segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Torneio Apertura 2016 - Quarta Rodada - 29/02/2016

Não teve jogo do Apertura no domingo passado, então a rodada teve que se encerrar nesta segunda-feira. A forte chuva que caiu em Niterói afastou o público e o Itaquá Dome não teve torcedores em suas arquibancadas, uma vez que o entorno do estádio estava alagado. Menos mal que as equipes foram a campo e deram show. Vamos aos jogos!

BOCA JUNIORS 2x1 HURACÁN

Vindo de duas vitórias (4x2 no Velez e 4x1 no Estudiantes), o Boca queria mostrar que está recuperado e quer encostar no líder Independiente. Schelloto estava mantido no ataque, no lugar de Palacio. Já o Huracán quer recuperar-se da derrota na última rodada (1x5 Independiente) e frear o ímpeto dos rivais.

Além das inúmeras poças no campo, fazer uma avaliação do que seria a partida ficou complicado logo com 30 segundos, quando Abbondanzieri tocou com a mão fora da área e recebeu o cartão vermelho. Basualdo foi o escolhido para sair em seu lugar e cumprir a suspensão na próxima rodada, deixando não só o Boca com 10, como desmontando todo o esquema tático do time de Madeirite.

Mas há, na FIFUBO, uma regra implícita que diz que o time com um jogador a menos se multiplica em campo e vence a partida. E aqui não foi diferente. O Boca barrou as principais opções ofensivas do Huracán e soube aproveitar os contra ataques no campo pesado com lançamentos longos. Em um deles, aos 3 minutos, Escudero lançou, Barrientos não alcançou e a bola sobrou livre para Cagna. O camisa 8 invadiu a área e chutou na saída de Islas, fazendo Boca 1x0.

No intervalo, Madeirite resolveu consertar o esquema, tirando Palermo e Schelloto e colocando Battaglia e Viatri. Assim, recompunha o losango no meio de campo e deixava Viatri centralizado, como único atacante. Já Sr Rabina foi acometido por uma onda ofensiva e resolveu colocar o time para a frente. Tirou Barrientos e Centurión e colocou Erramuspe e Barrales. Assim, colocava Villarruel e Erramuspe como volantes e partia para um 4-3-3.

O jogo melhorou, pois o Huracán pressionava e o Boca saía em contra ataques. Mas Cigogna, em péssima noite, não produzia muito. Mas o mito não é só um grande jogador, mas também um sortudo de marca maior. Quando perdeu o controle da bola, Escudero o atropelou, em falta irresponsável na intermediária. O próprio Cigogna cobrou com um scopetazzo, que tocou no travessão e morreu no fundo do gol, aos 2 minutos: Huracán 1x1.

O futebol de botão é uma benção, capaz de fazer alguém ir do céu ao inferno (e vice-versa) em questão de minutos. E foi assim aos 6 minutos, quando Cagna desarmou Cigogna e tocou a Ibarra na ponta. O lateral avançou pela direita e cruzou para o primeiro pau. Escudero veio como homem surpresa e cabeceou sem chances para Islas, fazendo Boca 2x1 e dando números finais ao confronto.

Destaque do jogo: Diego Cagna. Tudo bem que Escudero deu o passe pro primeiro gol, fez a falta que originou o gol de empate e marcou o gol da vitória. Mas o Boca só conseguiu triunfar graças ao seu camisa 8, que se desdobrou na volância com a saída de Basualdo, anulou Cigogna, reiniciou jogadas (como a do segundo gol) e ainda fez o primeiro gol da equipe, numa espécie de barba, cabelo e bigode argentino.

VELEZ SARSFIELD 2x2 ESTUDIANTES

Duas equipes em situação complicada estavam prontas para encerrar a rodada. O Velez vinha de duas derrotas (2x4 para o Boca e 3x4 para o San Lorenzo) e precisava da vitória para voltar ao grupo de cima do campeonato. Já o Estudiantes, afundado numa crise, era o único que não havia pontuado até então, com derrotas para o River (0x7), Independiente (1x4) e Boca (1x4). Cristaldo já ameaça pedir demissão, mas os jogadores acham que, passados os duelos contra os times argolados, as coisas se equiparam.

Quem esperava um jogo de péssimo nível técnico, foi brindado com o melhor jogo da rodada. Desde o início, os dois times partiram para cima, em uma sequência de ataques e contra ataques de ambos os lados. O Estudiantes se armava com triangulações pela esquerda, enquanto o Velez contra atacava variando jogadas. Melhor para a equipe de La Plata, que abriu o marcador aos 2 minutos, com nova triangulação pela esquerda. Marco Rojo tocou a Leandro Benítez, que deu a Boselli mais à frente. O camisa 9 devolveu a Rojo na esquerda, que tocou no meio para Benítez. O camisa 8 recebeu, olhou o posicionamento do goleiro e mandou um chute fortíssimo, que tocou no travessão antes de entrar: Estudiantes 1x0.

O Velez entendeu aquilo como um recado para intensificar os ataques e, com isso, se abriu para os contra ataques. E o Estudiantes continuava a marcar bem e se organizar melhor ainda. Aos 6 minutos, Federico Fernandez desarmou Dario Hussain e tocou a Marco Rojo na esquerda. O lateral tocou a Verón no meio, que deu mais à frente para Leandro Benítez. Se movimentando com desenvoltura, o camisa 8 avançou e deu lindo passe para Mauro Boselli, que recebeu já dentro da área e tocou na saída de Sosa, concluindo belíssima jogada coletiva: Estudiantes 2x0.

O Velez se desesperou com aquilo e passou a ir para o ataque de forma desordenada, mas seus atacantes nada produziam. Quando já era vaiado, aos 9 minutos, Dario Hussain recebeu de Peruzzi dentro da área, tentou driblar Andujar e foi derrubado. Pênalti que Insua cobrou no ângulo direito. Andujar se esticou, mas não conseguiu alcançar: Velez 1x2.

No intervalo, Tripa Seca sacou Lucas Romero e Dario Hussain para colocar Cubero e Lucas Pratto. Já Cristaldo sacou Gastón Fernandez e colocou Hernan Rodrigo Lopez.

O jogo continuou de altíssimo nível, com o Velez tomando as iniciativas e dando a Andujar a chance de se destacar, com defesas milagrosas. O Estudiantes foi cansando aos poucos e se trancando na defesa, à espera de um contra ataque. O jogo ficou emocionante, mas sem alteração nenhuma no placar até os 9 minutos, quando o Velez se lançou de vez para o ataque. Insua recebeu de Claudio Hussain e tocou na esquerda para Turco Assad. O camisa 9 inverteu para Lucas Pratto, que perdeu o tempo para chutar e tocou atrás. Emiliano Papa recebeu livre e bateu de chapa, escolhendo o canto e fazendo Velez 2x2.

Destaque do jogo: Leandro Benítez. É sabido que boa parte dos fracassos do Estudiantes se devem ao péssimo futebol apresentado pelo seu camisa 8. Quando ele resolve jogar, a equipe ganha na armação e na conclusão também. Hoje não foi diferente. Benítez finalmente entrou em campo e conduziu sua equipe, se movimentando pelo campo todo, fazendo o primeiro gol e participando da linda jogada no segundo gol.

CLASSIFICAÇÃO

1° Independiente - 12 pontos
2° Boca Juniors - 9 pontos
3° San Lorenzo - 6 pontos, 12 gols pró
4° River Plate - 6 pontos, 11 gols pró
5° Huracán - 6 pontos, 9 gols pró
6° Velez Sarsfield - 4 pontos
7° Racing - 3 pontos
8° Estudiantes - 1 ponto

ARTILHARIA

1° Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 6 gols
2° Facundo Parra (Independiente) - 5 gols
3° Guillermo Barros Schelloto (Boca Juniors), Daniel Cigogna (Huracán), Marcelo Gallardo (River Plate), Denis Stracqualursi (San Lorenzo) e Turco Assad (Velez Sarsfield) - 4 gols

sábado, 27 de fevereiro de 2016

Torneio Apertura 2016 - Quarta Rodada - 28/02/2016

O primeiro mês de Apertura vai chegando ao fim e a quarta rodada está só começando! Apesar do calor fortíssimo, o público compareceu em bom número ao Itaquá Dome, para assistir ao primeiro clássico da Liga. O tempo prejudicou o físico dos atletas, mas ainda assim sobrou emoção nas duas partidas.

RIVER PLATE 0x4 SAN LORENZO

Duas equipes vindo de vitórias, mas com situações completamente distintas. O River, que venceu o Racing (2x0), queria continuar provando sua força e encostar no líder Independiente, mas ainda não tinha Francescoli à beira do campo. Seu treinador cumpria o último jogo de suspensão pela expulsão na segunda rodada. Já o San Lorenzo, empolgado pela primeira vitória no campeonato (4x3 no Velez), mantinha o esquema ofensivo, mas sabia que enfrentava o gigante River Plate do outro lado.

Se uma pessoa não acompanhasse esse jogo e outra lhe dissesse que foi River e San Lorenzo e terminou 4x0, a pessoa que não acompanhou jamais diria que foi a favor do San Lorenzo. Mas foi isso mesmo, podem acreditar! Enquanto o River tinha dificuldades imensas em impor seu ritmo de toque de bola constante, graças ao péssimo jogo que Gallardo, Ortega e Buonanotte faziam, isolando Trezeguet e minando o poderio ofensivo da equipe de Nuñez. Já o San Lorenzo parecia o River, tocando a bola com paciência, abrindo jogadas pelas pontas e buscando constantemente seu centroavante.

E foi assim, à lá River Plate, que o San Lorenzo abriu o placar. Aos 5 minutos, Romagnoli recebeu no meio e abriu na ponta  direita para Raul Estevez. O camisa 7 recebeu e tocou no meio para Stracqualursi. O centroavante recebeu apertado pela marcação, mas encontrou um espaço para concluir. Com um potente chute, mandou no canto de Carrizzo e o San Lorenzo fez 1x0.

O gol não acordou o River, que continuava errando muito e dando espaços para o San Lorenzo. Aos 8 minutos, Romagnoli tocou a Tellechea, que deu lindo passe em profundidade para Stracqualursi. O camisa 9 invadiu a área, tocou de lado e foi derrubado por Carrizzo. Pênalti que Romagnoli cobrou alto no canto esquerdo. Carrizzo foi nela, mas não a alcançou e ainda viu Romagnoli bater no peito, apontar ao chão e fazer a taunt da Paloma: San Lorenzo 2x0.

No intervalo, Blue Steel tentava recolher os cacos e formar alguma coisa que prestasse para tentar, ao menos, o empate. Tirou Ortega e Gallardo e colocou Coudet e Funes Mori. Iria jogar com 3 volantes e 3 atacantes. Já Nilson trocou Johnathan Ferrari por Buffarini apenas para dar descanso ao lateral direito, pois o time era perfeito taticamente.

O River até ensaiou algumas jogadas no início do segundo tempo, mas logo foi dominado pelo eficiente esquema do San Lorenzo. Aos 3 minutos, Reynoso interceptou passe que ia para Trezeguet e tocou a Romagnoli para reiniciar o ataque. O camisa 10 deu lindo passe em profundidade para Stracqualursi, que foi novamente derrubado por Carrizzo. A cobrança de pênalti de Romagnoli foi no mesmo ângulo esquerdo, tal qual o pulo de Carrizzo, tal qual o gol e a comemoração de Romagnoli, batendo no peito, apontando ao chão e fazendo a taunt da Paloma: San Lorenzo 3x0.

A partir daí, o River jogou a toalha e o San Lorenzo passou a tocar a bola, ao som de "olé" de seus torcedores. Mas ainda tinha tempo para mais e a cereja do bolo ficou para os 9 minutos. Tellechea cobrou lateral para Bordagaray e correu para o ataque, pela esquerda. Bordagaray deu a Stracqualursi no meio. O camisa 9 tocou a Tellechea no bico da área e o camisa 20 devolveu a Bordagaray. A defesa partiu para bloquear o chute do camisa 13, que passou rapidamente para Stracqualursi livre dentro da área e o camisa 9 só teve que tirar de Carrizzo, para concluir a linda jogada coletiva: San Lorenzo 4x0.

Destaque do jogo: Denis Stracqualursi. O time foi perfeito tática e tecnicamente. Do goleiro ao ponta esquerda, todos fizeram seu trabalho e mostraram que esse é o esquema que levantará o time de Almagro. Mas foi com Stracqualursi que o placar foi resolvido. Como autêntico centroavante que é, o camisa 9 fez dois gols e ainda sofreu o pênalti que resultou nos outros dois gols da equipe.

INDEPENDIENTE 3x2 RACING

O primeiro clássico do campeonato é justamente o Clássico de Avellaneda! Responsável por lotar o estádio, o jogo colocava frente a frente os dois centenários rivais da província de Buenos Aires. O Independiente vinha empolgado. Único time com 100% de aproveitamento e mostrando o belo futebol que chegou a colocá-lo como favorito ao Apertura  de 2014, o time vermelho ainda comemorava a goleada sobre o Huracán (5x1) na rodada anterior. Já o Racing, vindo de derrota (0x2 para o River), precisava mostrar serviço. A aposta era na empolgação dos atletas em jogar o clássico contra o maior rival.

O primeiro tempo foi um show de horrores. Os dois times amontoavam o meio de campo e não conseguiam criar nada. O Racing ainda tentou algumas jogadas, mas parava sempre nas mãos do goleiro Navarro. O Independiente não conseguia encaixar nenhuma jogada, mas quem é líder tem que contar com a sorte também. Aos 7 minutos, na única jogada do Independiente em todo o primeiro, Tuzzio rolou para Facundo Parra, que dividiu com o goleiro. A bola sobrou para Mareque, que tocou a Montenegro. O camisa 5 só teve que empurrar para o gol vazio e sair para comemorar: Independiente 1x0.

No intervalo, Bayer teve que sacar Tuzzio, lesionado. Aproveitou e tirou Gracián também, que não criava nada. Em seus lugares, entraram Acevedo e Gandin, com Montenegro passando a ser o capitão do time. Já Paralelo sacou Pelletieri e Latorre para colocar Fariña e Hauche.

A ideia de Bayer era colocar Gandin para fazer a função de Gracián mais à frente. Enquanto este é armador, aquele é atacante, mas pode voltar para armar o jogo, formando o time quase que com uma linha de três na frente. E essa tática deu certo e, logo aos 30 segundos, Fredes disputou com Ruben Capria, com a bola indo para lateral. Fredes cobrou para Gandin, que se movimentou para receber na frente, olhar a posição do goleiro e mandar sem chances: Independiente 2x0.

O gol logo aos 30 segundos de jogo fez a partida melhorar absurdamente. Aí sim o Clássico de Avellaneda começou! O Racing começou a se posicionar melhor no ataque, bem como fazer uma marcação mais eficiente. O Independiente foi impondo seu ritmo, marcando bem e se posicionando para reiniciar jogadas no ataque. O jogo ficou melhor ainda aos 3 minutos, quando Ruben Capria recebeu de Martin Simeone e deu lindo passe em profundidade para Acosta. O camisa 9 recebeu na direita, invadiu a área e tocou na saída de Navarro, fazendo Racing 1x2.

Mas o Independiente controlava o jogo magistralmente, mostrando por que é o líder do campeonato. Marcando bem, a equipe conseguia recuperar a bola e tocar com calma, procurando a melhor oportunidade para concluir. Aos 6 minutos, o gol mais bonito do jogo. Uma linda jogada coletiva, que começou com Fredes tocando a Busse e recebendo de volta. O camisa 8 tocou a Facundo Parra, que ficou marcado e devolveu a Fredes. Fredes procurou Busse na esquerda e o camisa 7 tocou de primeira para Nestor Silvera. O camisa 11 atraiu a marcação e inverteu o jogo magistralmente, encontrando Facundo Parra livre dentro da área. O camisa 17 empurrou de primeira e fez Independiente 3x1.

Com a vitória assegurada, os jogadores do Independiente tocavam a bola no ritmo da festa que rolava nas arquibancadas. O Racing, na roda, nada podia fazer, a não ser esperar um erro. E ele veio aos 9 minutos. Pocchetino recuperou a bola e tocou a Martin Simeone. O camisa 8 procurou Hauche na esquerda. O camisa 13 recebeu e avançou pela ponta, chamando a marcação. Quando Mattheu chegou para bloqueá-lo, Hauche tocou no meio para Ruben Capria. O camisa 10 recebeu de frente e chutou rasteiro e cruzado para derrotar Navarro, fazendo Racing 2x3.

Destaque do jogo: Hilário Navarro. Sem culpa nos dois gols que sofreu, o camisa 1 foi o grande responsável pela vitória de seus comandados. Com grandes defesas nos dois tempos, impediu que o Racing tomasse a dianteira e manteve o Independiente com 100% de aproveitamento.

NOTAS RÁPIDAS

  • Provavelmente, não haverá tempo para o encerramento da rodada neste domingo. Se isso acontecer, a segunda-feira deve ser escolhida para acabar a quarta rodada.
  • O milestone do sábado vai para Denis Stracqualursi. O primeiro gol que marcou contra o River foi o de número 20 dele com a camisa do San Lorenzo.

domingo, 21 de fevereiro de 2016

Torneio Apertura 2016 - Terceira Rodada - 21/02/2016

O domingo foi nublado, com ameaça constante de chuva, mas muito calor. Nenhum desses fatores impediu o público de comparecer em bom número ao Itaquá Dome, para o desfecho da terceira rodada do Apertura 2016. E os torcedores foram brindados com dois bons jogos e muita emoção.

RACING 0x2 RIVER PLATE

Vindos de vitória (3x2 no San Lorenzo), os jogadores do Racing queriam embalar o segundo triunfo para subirem na tabela e se empolgarem de vez para o Clássico de Avellaneda da próxima rodada. Já o River tinha problemas. Além da derrota para o Huracán na rodada anterior (2x4), viu a punição a seu treinador Francescoli aumentar para dois jogos. Com isso, Blue Steel iria para a beira do gramado neste jogo e no próximo, contra o San Lorenzo.

A estratégia do Racing era marcar forte e sair em contra ataques. A primeira parte fez bem, congestionando o meio de campo e impedindo o toque de bola do rival. Mas a segunda parte foi bem difícil, pois os jogadores estavam mais preocupados em super povoar o campo defensivo para se lembrarem de atacar. Com isso, o River foi procurando alternativas e, aos poucos, começou a criar jogadas diferentes das que está acostumado. A situação no campo de defesa do River era tão tranquila que uma das principais peças de ataque do primeiro tempo foi o zagueiro José Maria Paz.

O primeiro gol do River veio aos cinco minutos, quando Ortega tocou mal para Trezeguet no ataque. O camisa 7 recebeu de costas, com a marcação apertada e, ao invés de tentar o giro, tocou atrás. Ferrari apareceu como elemento surpresa e deu um lindo chute, que encobriu Saja e fez River 1x0.

No intervalo, Paralelo sacou Diego Capria e Latorre, para colocar Fariña e Hauche. A ideia era reforçar o lado direito, por onde o River atacava com bastante liberdade e trocar um jogador inoperante no ataque. Já o River não mexeu, contente com o bom jogo que fazia, tanto na marcação quanto na criação de jogadas.

O Racing não teve chances no segundo tempo, tão eficiente foi a marcação dos jogadores do River. Com mais espaço, o time de Buenos Aires chegava mais ao ataque e tinha chances mais claras de gol. Porém, o único gol saiu com apenas 30 segundos, quando o Racing errou a saída. Ruben Capria tocou para Pelletieri, que foi desarmado por Barrado e fez falta no meio. O camisa 19 tocou a Gallardo e foi tabelando com o camisa 11 até a entrada da área, quando Gallardo desferiu bonito chute e deu números finais ao confronto: River 2x0.

Destaque do jogo: David Trezeguet. Isolado no ataque, reclamou que a bola não chegava em condições, tanto que não concluiu no jogo. Seu grande trunfo, no entanto, foi perceber que poderia ser útil de outras formas e, com isso, voltou para buscar o jogo, conseguindo armar boas jogadas, inclusive na assistência para o primeiro gol, saindo de campo como o melhor da partida.

SAN LORENZO 4x3 VELEZ SARSFIELD

2 jogos, 2 derrotas e um time sem identidade. Esse é o problema do San Lorenzo, que ainda pegava um dos favoritos ao título. Nilson tentou um nó tático e surpreendeu, mandando a equipe no 4-3-3, com uma formação de frente conhecida como "peixe", com 6 jogadores chegando, dando a ideia de sufocar o adversário desde o início. Buffarini e Piatti seriam a dupla de volantes, que viriam para o ataque desde trás, auxiliando o armador Romagnoli, que jogaria centralizado e veria três homens na frente (Raul Estevez, Stracqualursi e Bordagaray). Já o Velez tinha problemas. A torcida não perdoou a derrota para o Boca (2x4), mas Tripa Seca tentava manter a tranquilidade e confiar na equipe.

O nó tático deu certo e o San Lorenzo surpreendeu o Velez, pressionando desde o início. Marcando em cima do meio de campo, a equipe de Almagro sufocava o rival e o forçava a se desfazer da bola, atacando como rolo compressor na sequência. Com isso, não foi surpresa quando o San Lorenzo abriu o marcador aos 3 minutos. Insua tentou sair jogando e foi desarmado por Raul 'Pipa' Estevez, que inverteu na esquerda para Bordagaray. O camisa 13 foi ao fundo e cruzou para o meio da área, onde Stracqualursi entrou testando forte e vencendo Saja, para fazer San Lorenzo 1x0.

O problema da estratégia do San Lorenzo é que ela é suicida. Se você sufocar o adversário, bem. Se ele conseguir passar pelo bloqueio, vai na cara do gol. Foi isso que aconteceu  aos 5 minutos, quando Sebá Dominguez desarmou Raul Estevez e tocou para Emiliano Papa na esquerda. O camisa 3 tocou no meio para Insua, que deu bom passe para Turco Assad no campo de ataque. O camisa 9 recebeu e viu pela frente somente o defensor Tulla. Com bom drible, Assad se livrou do marcador, invadiu a área e tocou na saída de Migliore, fazendo Velez 1x1.

O gol mostrou que um pingo de organização daria a vitória ao Velez. E isso ficou claro aos 7 minutos, quando novamente uma bola roubada e um contra ataque rápido levaram o time ao ataque. Gago roubou bola que ia para Romagnoli e tocou a Claudio Hussain no meio. O camisa 8 viu Turco Assad se movimentando em diagonal e passou no ponto futuro. Assad recebeu no meio, invadiu a área sem ser incomodado e chutou colocado para vencer Migliore e fazer Velez 2x1.

A estratégia do San Lorenzo já era equivocada a este ponto e as coisas pioraram nos acréscimos, quando Sebá Dominguez se antecipou a um passe e roubou a bola, tocando a Papa na esquerda. O camisa 3 tocou rápido para o ataque e encontrou Insua livre. O camisa 11 avançou até a entrada da área e chutou com curva antes da chegada de Tulla, fazendo Velez 3x1.

No intervalo, Nilson fez ajustes no esquema e trocou Buffarini e Piatti por Reynoso e Tellechea. Com dois volantes de marcação forte e pouca habilidade na frente, ele reforçava a marcação e liberava o ataque com 4 homens. Já Tripa Seca tirou Romero e Dario Hussain para colocar Cubero e Lucas Pratto. A ideia era reforçar a marcação no meio e ter mais um homem se movimentando na frente, coisa que Hussain não foi.

O Velez voltou relaxado para o segundo tempo e pagou um preço altíssimo. Com apenas um minuto, Insua perdeu uma bola no meio de campo para Reynoso, que deu rápido a Romagnoli. O camisa 10 passou em profundidade para Stracqualursi, que invadiu a área e foi derrubado por Sosa. Romagnoli cobrou o pênalti no canto direito e, enquanto Sosa ia para o lado esquerdo, ele batia no peito, apontava ao chão e fazia a taunt da Paloma: San Lorenzo 2x3.

O Velez continuou errando muito. Insua não acertava nada e atrasava todas as jogadas, o que levava os outros jogadores a irem para o ataque na tentativa de ajudarem e deixarem espaços lá atrás. Foi assim que o San Lorenzo foi armando contra ataques perigosos e obrigando Sosa a fazer milagres.

A pressão deu resultado e, após mais um erro de Insua no ataque, o San Lorenzo organizou um contra ataque letal. Stracqualursi recebeu livre na direita e Gino Peruzzi teve que fazer uma falta na entrada da área. Romagnoli cobrou com perfeição e, na sequência, bateu no peito, apontou ao chão e fez a taunt da Paloma novamente: San Lorenzo 3x3 aos 8 minutos.

O Velez se desesperou por ver sua fácil vitória se transformar em empate num segundo tempo desastroso. Com isso, os jogadores começaram a correr para buscarem o placar favorável novamente. Porém, aos 10 minutos, um novo erro bisonho decretou uma derrota bem dolorosa. Gino Peruzzi recebeu na direita e olhou para a intermediária para reiniciar a jogada. Lucas Pratto correu e pediu a bola, no que Peruzzi tocou. Pratto levantou a cabeça e se esqueceu de dominar a bola, que passou entre as suas pernas. O problema é que atrás dele vinha Bordagaray. O camisa 13 chutou de primeira, com muita violência, e surpreendeu Sosa, que só viu quando a bola já estufava suas redes: San Lorenzo 4x3.

Destaque do jogo: Leandro Romagnoli. Turco Assad era o destaque até Bordagaray fazer o gol da vitória do San Lorenzo. O próprio Bordagaray se destacou muito bem, fazendo o gol da vitória e dando assistência no primeiro gol. Mas a alma desse time do San Lorenzo é mesmo seu camisa 10. Romagnoli fez dois gols (um de falta e outro de pênalti), se movimentou no campo de ataque e distribuiu bolas em todas as jogadas de perigo de sua equipe, ajudando o time de Almagro a conseguir sua primeira vitória.

CLASSIFICAÇÃO

1° Independiente - 9 pontos
2° River Plate - 6 pontos, 11 gols pró
3° Boca Juniors - 6 pontos, 9 gols pró
4° Huracán - 6 pontos, 8 gols pró
5° San Lorenzo - 3 pontos, 6 gols pró, 9 gols contra
6° Velez Sarsfield - 3 pontos, 6 gols pró, 9 gols contra
7° Racing - 3 pontos, 4 gols pró
8° Estudiantes - 0 ponto

ARTILHARIA

1° Guillermo Barros Schelloto (Boca Juniors), Facundo Parra (Independiente), Marcelo Gallardo (River Plate), Leandro Romagnoli (San Lorenzo) e Turco Assad (Velez Sarsfield) - 4 gols
2° Martin Palermo (Boca Juniors) e Daniel Cigogna (Huracán) - 3 gols

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Torneio Apertura 2016 - Terceira Rodada - 18/02/2016

Não houve jogos do Torneio Apertura no fim de semana por conta das gravações do evento de fevereiro da CMLLJ. Por esse motivo, tivemos nesta quinta-feira os primeiros jogos de meio de semana do Apertura. O público compareceu em bom número ao Itaquá Dome, apesar da ameaça de temporal. O tempo se manteve firme e os jogadores deram um bom espetáculo. Vamos aos resultados!

ESTUDIANTES 1x4 BOCA JUNIORS

No desespero após duas goleadas em dois jogos, os jogadores do Estudiantes querem começar a pontuar, para não ficarem para trás no campeonato. Mas a equipe não consegue dar liga e, para piorar, não conta com Hernan Rodrigo Lopez no banco, suspenso após expulsão contra o Independiente. Do lado do Boca, a empolgação por derrotar um dos favoritos ao título (4x2 no Velez) faz os jogadores acreditarem em nova vitória, para espantar a crise de vez.

O Estudiantes tomou a iniciativa desde o início, com boa participação de Leandro Benítez na armação e na conclusão de jogadas. O Boca foi se segurando como podia e saindo em contra ataques, na espera de um bom lance que os fizesse abrir o marcador. E a chance veio aos 4 minutos, em bola de Cagna para Schelloto. O passe não foi bom, mas o camisa 13 se esforçou e, na raça, conseguiu descolar um lateral. Cagna cobrou para Schelloto, que invadiu pela direita e, da entrada da área, deu lindo chute e venceu Andujar, fazendo Boca 1x0.

O Estudiantes continuou jogando bem, dominando o meio de campo mas sem concluir, uma vez que o ataque não se apresentava. O Boca se segurava lá atrás e tentava organizar um contra ataque aqui, outro acolá. A chance boa veio aos 9 minutos, quando Basualdo tabelou com Arruabarrena, recebeu na área e tentou driblar Andujar, sendo atropelado pelo goleiro. Pênalti que Palermo cobrou no canto esquerdo de Andujar, que foi para o direito e só viu a torcida vibrando: Boca 2x0.

No intervalo, Cristaldo sacou Angeleri e colocou Mathias Sanchez, na esperança de melhorar a marcação no lado direito. Já Madeirite tirou Escudero e Riquelme para colocar Battaglia e Palacio. Schelloto iria jogar na armação.

A ideia de Madeirite foi interessante, de juntar os dois melhores do time (Schelloto e Basualdo) na armação pelo meio. E isso ficou latente logo na saída de bola. Schelloto e Basualdo foram tabelando até dentro da área do Estudiantes, quando Andujar veio para cima de Basualdo, que tocou para Schelloto empurrar para o gol vazio e fazer Boca 3x0 com apenas 27 segundos.

O temor de uma goleada como a sofrida para o River (0x7) voltou com tudo e os jogadores do Estudiantes não fez  mais nada em campo. Piedoso, o Boca tocou a bola com calma e só procurou as jogadas mais fáceis para concluir. Em uma delas, de contra ataque, Palermo recebeu e tocou mais atrás para Arruabarrena. Palermo recebeu de volta na frente e mandou um chute indefensável, para vencer Andujar e fazer Boca 4x0, aos 6 minutos.

O Estudiantes descontou já nos acréscimos, quando Sanchez cobrou lateral para Verón e o camisa 11 chutou da entrada da área com extrema categoria, mas o Estudiantes fez 1x4 só para ter o seu golzinho de honra...

Destaque do jogo: Guillermo Barros Schelloto. Basualdo também jogou muito, armando e marcando bem, mas o grande destaque foi o camisa 13. Mantido na equipe graças à "teimosia" de Madeirite, Schelloto foi peça importante no ataque, marcando o primeiro gol, e também no meio de campo, recuado para armar o jogo e municiando o ataque do Boca com grandes jogadas.

HURACÁN 1x5 INDEPENDIENTE

O duelo mais esperado era esse choque de líderes, as duas equipes invictas e empolgadas. Do lado do Huracán, a euforia tomou conta dos torcedores após a vitória sobre o River (4x2), mas Sr Rabina queria a equipe com os pés no chão, marcando forte e saindo em contra ataques velozes. Milano saía da equipe, dando lugar a Barrales. Do lado do Independiente, a euforia é pelo retorno do bom futebol, dono de duas vitórias por 4x1 (contra Boca e Estudiantes).

O jogo foi sensacional desde o início, com as duas equipes marcando forte e arriscando jogadas perigosas, de extrema categoria. Aos 2 minutos, Navarro cobrou tiro de meta para Fredes, que levantou a cabeça e viu Facundo Parra entrando livre na área. O passe foi preciso e o camisa 17 chutou de primeira, na saída de Islas, para fazer Independiente 1x0.

O Huracán empatou na saída de bola, aos 3. Masantonio deu a saída e fez a figura 8 com Centurión, que recebeu na direita, avançou, driblou Montenegro e chutou da meia lua com força, fazendo Huracán 1x1.

O jogo continuava apertado, com mais marcação que criação. Isso até Busse "entrar" no jogo. Até então apagado, o camisa 7 resolveu assumir o protagonismo e, aos 6 minutos, fez o dois-um com Fredes, recebendo na entrada da área e chutando com extrema precisão, para fazer Independiente 2x1.

Busse entrou no jogo e começou a dominar a partida. Aos 9, ele desarmou Cigogna e levantou a cabeça, vendo Fredes se lançar pela direita. O camisa 7 tocou para o 8 com precisão cirúrgica, nas costas da defesa, e Fredes invadiu a área para chutar na saída de Islas e fazer Independiente 3x1.

No intervalo, Sr Rabina tirou Villarruel e Barrales para pôr Erramuspe e Milano. Já Bayer sacou Mareque e Silvera para colocar Acevedo e Gandin.

O jogo reiniciou muito favorável ao Independiente, que dominou as ações desde o início. O quarto gol surgiu em linda jogada de Vella pela direita. O camisa 2 fez boa jogada pela ponta e rolou dentro da área para Facundo Parra, que tocou na saída de Islas e fez Independiente 4x1 aos 3 minutos.

O gol mais bonito saiu aos 6 minutos, quando Busse deu lindo passe em profundidade para Gandin dentro da área. O camisa 9 dividiu com Islas e a bola sobrou para Busse. Ao invés de chutar sem ângulo, o camisa 7 deu um toque sensacional para trás e encontrou Gracián livre, para empurrar para o gol vazio e fazer Independiente 5x1.

Destaque do jogo: Walter Busse. Facundo Parra pode ter feito dois gols no jogo, mas Busse foi quem se destacou. Criticado pelas baixas atuações no ano, revelou após o jogo estar atuando no sacrifício. Mesmo assim, tentou de  todas as formas. Desarmou, preparou jogadas, concluiu e foi peça fundamental nos 5 gols da equipe, tendo inclusive, marcado um deles.

NOTAS RÁPIDAS

  • A rodada deve se encerrar no domingo, com Racing x River Plate e San Lorenzo x Velez Sarsfield.
  • Em sessão extraordinária durante a semana, Francescoli foi julgado pelo TJB e pegou mais um jogo de suspensão pela expulsão contra o Huracán. Agora, além de ficar fora do jogo contra o Racing, o treinador também cumprirá suspensão contra o San Lorenzo.
  • O milestone da rodada vai para Leandro Gracián. O gol que fez foi o último da quinta-feira, mas foi o de número 50 dele com a camisa do Independiente.

domingo, 7 de fevereiro de 2016

Torneio Apertura 2016 - Segunda Rodada - 07/02/2016

Sonhar não custa nada... e o meu sonho é tão real... o Itaquá Dome lotado e dois maravilhosos jogos encerrando a segunda rodada, a rodada de carnaval, do Torneio Apertura 2016. Vamos a eles!

INDEPENDIENTE 4x1 ESTUDIANTES

Dispostos a mostrar que a vitória na estreia (4x1 no Boca) não foi por acaso, os jogadores do Independiente treinaram duro durante a semana, para intensificar o esquema montado por Bayer. Do outro lado, a derrota para o River (0x7) ainda ecoava e especialistas já davam como grande desafio de Cristaldo, além de juntar os cacos da equipe, a integração entre os setores, considerado o principal problema do Estudiantes.

Realmente, ficou latente este problema, pois os jogadores não interagem. Verón buscou o jogo, mas não conseguia dar prosseguimento às jogadas porque ninguém se apresentava para o jogo. Já o Independiente mostrou que treinou forte e conseguiu organizar-se taticamente para recuperar a bola e sair de forma organizada. Com isso, o gol não demoraria a sair. Aos 2 minutos, Fredes passou a Vella na direita. O lateral procurou Gracián, mas viu que este estava impedido, então partiu com a bola pela ponta, indo ao fundo e cruzando para o segundo pau. Silvera subiu livre e cabeceou sem chances para Andujar, fazendo Independiente 1x0.

O gol mostrou toda a organização do time de Avellaneda e a saída de bola mostrou toda a falta de organização do time de La Plata. O Estudiantes errou. Verón tocou a Leandro Benítez, que não conseguiu acertar o passe e mandou a bola para lateral. Mareque cobrou no meio para Gracián, que deu a Busse. O camisa 7 devolveu a Mareque, que inverteu o jogo magistralmente para o lado direito, onde Facundo Parra recebeu livre e mandou no ângulo direito de Andujar, fazendo um golaço, aos 4 minutos: Independiente 2x0.

Aí voltou o temor de uma goleada, mas o Independiente se apiedou do adversário e tocou a bola para esperar o primeiro tempo acabar. No intervalo, Bayer trocou Busse (que parece ainda sentir antiga lesão) por Acevedo, enquanto Cristaldo tirou Enzo Perez e Gastón Fernandez para colocar Mathias Sanchez e Hernán Rodrigo Lopez.

A intenção do Estudiantes era se fechar, com 3 volantes no meio, para não ser goleado. Mas nada disso funciona contra um time que sabe tocar a bola pacientemente. E o Independiente encontrou o terceiro gol logo com um minuto, em linda jogada coletiva, que começou lá atrás com Mattheu, passou por Montenegro, Gracián, Facundo Parra e Silvera. O camisa 11 recebeu, levantou a cabeça e viu Fredes entrando livre na direita. O lançamento foi perfeito, o camisa 8 recebeu na entrada da área e chutou rasteiro, sem chances para Andujar, fazendo Independiente 3x0.

O Estudiantes jogou a toalha, sabendo que mais uma rodada foi desperdiçada. E o Independiente passou a tocar mais a bola, buscar a melhor ocasião para chegar à conclusão da jogada. Aos 6 minutos, Hernán Rodrigo Lopez fez uma falta completamente descabida no meio de campo e foi expulso. Mareque fez o "toca y me voy" com Silvera, recebeu de volta dentro da área e chutou na saída de Andujar, fazendo Independiente 4x0.

A partir daí, com 4x0 no placar a torcida do time de Avellaneda já festejava seu carnaval, enquanto a do Estudiantes, com um jogador a menos, deixava o estádio. Nem viram quando Verón finalmente encontrou alguém para dialogar. Ao receber na intermediária, ele viu Boselli entrando livre na área pelo lado direito. O passe foi preciso e o camisa  9 chutou na saída de Hilário Navarro para fazer o gol de honra já nos acréscimos: Estudiantes 1x4.

Destaque do jogo: Nestor Silvera. O primeiro tempo foi de Facundo Parra, com seu gol e sua multiplicação em campo, voltando inclusive para recompor a marcação. Mas Silvera dominou o jogo. Abriu o marcador, se movimentou no ataque e ainda mostrou que realmente está disposto a ser um grande armador, dando o passe para os dois últimos gols com precisão cirúrgica.

VELEZ SARSFIELD 2x4 BOCA JUNIORS

Campeão do Torneio Início, vindo de uma vitória contra um dos grandes favoritos ao título (3x1 no Racing), o time do Velez era favoritíssimo a novo triunfo. Ainda mais que do outro lado vinha uma equipe despedaçada, com a torcida pressionando e vindo de derrota (1x4 Independiente) na primeira rodada, somando-se à outra derrota (0x3 River) no outro jogo disputado no ano. A diretoria do Boca já analisa o trabalho de Madeirite e começa a buscar substitutos, no que muitos nomes já começam a pipocar.

Mas o Boca se multiplicou em campo. Com uma marcação eficiente, não deixava o Velez criar. O problema é que só a marcação não ganha jogo e o Boca não conseguia transformar sua superioridade em jogadas de ataque.

Quando conseguiu, no entanto, encontrou as redes. Aos 6 minutos, Arruabarrena recuperou bola na esquerda e tocou a Basualdo. O camisa 11 tocou mais à frente para Riquelme, que viu Palermo se deslocando pela esquerda. A bola veio do jeito que o camisa 9 gosta, um pouco à frente para ele mandar aquele chute violento, que foi indefensável a Sosa: Boca 1x0.

O Velez não se encontrou com o gol e continuou sendo forçado a se desfazer da bola, no que o Boca saía e contra ataques. Mas o segundo gol só veio aos 9 e foi uma pintura. Após Serna desarmar Insua, ele recuou a Abbondanzieri, que deu um chutão para a frente. Schiavi correu como nunca o fez em toda a vida e conseguiu, de lá da defesa, chegar na bola próxima à área do Velez. O domínio de bola do camisa 6 também foi impressionante, já trazendo para o pé direito, de onde surgiu um chute indefensável, que fez Boca 2x0.

No intervalo, Tripa Seca tirou Insua e Dario Hussain para colocar Cubero e Lucas Pratto. Com isso, Gago iria para a armação e a equipe ganharia na marcação, com 4 volantes. Já Madeirite só trocou Ibarra por Battaglia para fazer uma mudança, pois o time era perfeito taticamente.

O Velez até voltou melhor para o jogo, criando boas  jogadas de ataque, mas ainda longe do envolvente futebol que apresentou até aqui. Descontaram com 2 minutos, quando Gago pegou bola no meio e tocou na direita para Gino Peruzzi, que veio como elemento surpresa e chutou da entrada da área para vencer Abbondanzieri: Velez 1x2.

Mas o Boca não se incomodou com a pressão e chegou ao terceiro gol aos 5 minutos, em linda jogada de Riquelme, que tabelou com Schelloto e devolveu ao camisa 13 na intermediária. Schelloto arriscou um chute de longe, cheio de curva, e surpreendeu Sosa: Boca 3x1.

O Velez descontou aos 7 minutos, em nova e boa jogada. Sebá Dominguez saiu jogando na defesa e tocou a Romero, que deu mais atrás a Emiliano Papa. O camisa 3 avançou pela esquerda e tocou no meio, nas costas da zaga. Gago entrou na área, driblou Abbondanzieri e tocou para o gol vazio, fazendo Velez 2x3 e fazendo gesto de silêncio à torcida do Boca, que não perdoava o ex jogador.

Mas o carnaval é xeneize e, na saída de bola, uma linda jogada coletiva deu números finais ao jogo. Riquelme tocou a Basualdo e correu para a direita. O camisa 11 tocou na esquerda, por onde Schiavi apareceu de surpresa. A zaga foi cobrir a subida do camisa 6, que inverteu a Riquelme. O camisa 10 recebeu livre dentro da área e deslocou Sosa, para fazer Boca 4x2 aos 8 minutos.

Destaque do jogo: Rolando Schiavi. O camisa 6 foi peça importante na marcação e mais ainda no ataque, onde apareceu como elemento surpresa em várias ocasiões, marcando inclusive o segundo gol da equipe.

CLASSIFICAÇÃO

1° Independiente - 6 pontos, 8 gols pró
2° Huracán - 6 pontos, 7 gols pró
3° River Plate - 3 pontos, 9 gols pró
4° Velez Sarsfield - 3 pontos, 5 gols pró, 5 gols contra
5° Boca Juniors - 3 pontos, 5 gols pró, 6 gols contra
6° Racing - 3 pontos, 4 gols pró
7° San Lorenzo - 0 ponto, 4 gols pró
8° Estudiantes - 0 ponto, 1 gol pró

ARTILHARIA

1° Daniel Cigogna (Huracán) e Marcelo Gallardo (River Plate) - 3 gols
2° Guillermo Barros Schelloto (Boca Juniors), Facundo Parra (Independiente), Nestor Silvera (Independiente), Ruben Capria (Racing), Leandro Romagnoli (San Lorenzo) e Turco Assad (Velez) - 2 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • Após o jogo, o TJB se reuniu e acatou a denúncia do Independiente, condenando o árbitro Dula Rápio a 2 jogos de suspensão por não ter validado gol em que a bola entrou, contra o Estudiantes. O Independiente levantou, também, a possibilidade de estar havendo um complô de árbitros contra a equipe, pois é o segundo jogo em que tal fato ocorre.
  • A rodada de carnaval chega ao fim, com os dois favoritos ao título perdendo por 4x2 (River para o Huracán e Velez para o Boca) e a próxima rodada pode ter jogos no meio de semana. A conferir.
  • Dois jogadores conseguiram milestones na rodada. O gol de Fredes contra o Estudiantes foi o de número 30 dele com a camisa do Independiente. Já o gol que encerrou a rodada foi o de número 50 de Riquelme com a camisa do Boca.

sábado, 6 de fevereiro de 2016

Torneio Apertura 2016 - Segunda Rodada - 06/02/2016

Explode coração na maior felicidade! É lindo a FIFUBO contagiando e sacudindo essa cidade com a segunda rodada do Torneio Apertura 2016! O sábado de sol com algumas nuvens, porém de muito calor, trouxe uma multidão de foliões ao Itaquá Dome para a abertura da rodada, com jogos de pura emoção!

SAN LORENZO 2x3 RACING

Duas equipes vindas de derrotas, mas com situações adversas. O San Lorenzo mostrou que pode reagir, se conseguir colocar a bola no chão e sair jogando. Mas Nilson quer usar o jogo de hoje para testar o seu 4-5-1 defensivo e, por isso, sacou Raul 'Pipa' Estevez do time para colocar Erviti. O meio de campo ora fazia o chapéu de bruxa, com Reynoso à frente da zaga e duplas se abrindo até o meio com Buffarini e Piatti e, mais à frente, Romagnoli e Erviti; ora fazia o 1-3-1, com Reynoso à frente da zaga, uma linha de 3 com Buffarini, Piatti e Erviti e, mais à frente, Romagnoli. Stracqualursi ficaria isolado no ataque. Já o Racing, mesmo perdendo para o Velez (1x3), sabia que tinha feito uma boa partida. O foco na semana foi o mental, pois foi nesses pequenos vacilos que a equipe tomou os gols. Paralelo conversou longamente com Martin Simeone e mostrou ao camisa  8 que se não dá para ser protagonista, o melhor é focar na sua função tática e ajudar a equipe de outra forma.

O jogo começou com o Racing em cima e Martin Simeone mostrando que entendeu o recado. Logo a um minuto, ele foi lançado por Ruben Capria, invadiu a área e foi derrubado pelo goleiro. Pênalti que Ruben Capria cobrou no canto esquerdo e fez Racing 1x0.

O San Lorenzo errou a saída de bola e o Racing emendou bela jogada de contra ataque. Aos 3 minutos, Martin Simeone tocou a Pelletieri e se deslocou para a esquerda. O camisa 7 driblou Piatti e tocou em profundidade. Simeone recebeu, se livrou de Reynoso e chutou da entrada da área para fazer Racing 2x0.

Com esses dois gols relâmpago, o fantasma do jogo contra o Huracán retornou a Almagro. O time do San Lorenzo temia uma goleada. Mas, tal qual naquele jogo, o San Lorenzo descontou logo. Na única jogada em que armaram, aos 6 minutos, Erviti recebeu de Luciatti e tocou em profundidade para Romagnoli. O camisa 10 recebeu, girou e chutou colocado, sem chances para Saja, para bater no peito, apontar ao chão e fazer a taunt da Paloma: San Lorenzo 1x2.

O Racing se assustou e viu o San Lorenzo crescer, com a liberdade com que Romagnoli se movimentava no ataque. Algumas bolas foram desperdiçadas pelo time de Almagro até que Quiroz pegou um rebote e tocou a Pelletieri. O camisa 7 tabelou com Martin Simeone e deu lindo passe na direita para Ruben Capria. O camisa 10 trouxe a bola para o pé esquerdo e chutou cruzado, para fazer Racing 3x1 aos 9 minutos.

No intervalo, Nilson resolveu mudar tudo. Tirou Buffarini e Piatti e lançou Raul Estevez e Bordagaray, saindo do 4-5-1 para o 4-3-3. Já Paralelo percebeu a liberdade a Romagnoli e trocou o lado direito, tirando Diego Capria e Acosta para colocar Fariña e Hauche.

O jogo melhorou e as duas equipes protagonizaram um duelo eletrizante. Com mais peças no ataque, o San Lorenzo se fartou de perder gols, enquanto o Racing  organizava contra ataques, mas sem conseguir concluir. Aos 8 minutos, Bordagaray fez boa jogada pela esquerda e cruzou para trás. Romagnoli chegou chutando de primeira e bateu no peito, apontou ao chão e fez a taunt da Paloma novamente: San Lorenzo 2x3. Mas era tarde.

Destaque do jogo: Ruben Capria. Com menção honrosa a Pelletieri e Martin Simeone, o camisa 10 do Racing se consagrou, ao marcar dois gols e levar sua equipe à primeira vitória no campeonato.

RIVER PLATE 2x4 HURACÁN

Empolgados pela maior goleada do campeonato (7x0 no Estudiantes), os jogadores do River vinham também felizes pela invencibilidade de 10 jogos, mas sabiam que enfrentariam uma pedra no seu sapato. O Huracán, com grande evolução jogo a jogo, também vinha de vitória (3x2 no San Lorenzo)  e acreditava na marcação forte e nos contra ataques para superar o gigante da FIFUBO.

E as apostas do Huracán se mostraram acertadíssimas. Com marcação forte e contra ataques velozes, de poucos toques, o Globo chegava ao ataque com facilidade. O primeiro gol não demorou a vir, com 2 minutos. Centurión roubou de Ortega e tocou a Ruben Masantonio, que lançou Milano nas costas da zaga. O camisa 7 chutou de trivela e surpreendeu Carrizzo, fazendo Huracán 1x0.

O River não se importou com o gol e tentou impor seu ritmo, mas a marcação do adversário era muito forte. Aos 4 minutos, Minici  desarmou Ortega e tocou a Centurión, que rolou rápido para Cigogna. O camisa 9 foi avançando até a entrada da área, de onde soltou o scopetazzo e venceu Carrizzo, fazendo Huracán 2x0.

A partir daí o River se assustou, pois a vantagem era difícil de ser revertida. Eles erraram a saída de bola, aos 5, e viram o Huracán partir em velocidade novamente. Minici tocou a Villarruel, que deu a Masantonio no meio. O camisa 10 abriu na esquerda para Centurión, que driblou Ferrari e, do bico da área, mandou cruzado, fazendo Huracán 3x0.

Atônitos, os torcedores do River tentavam entender o que se passava, enquanto os jogadores do Huracán continuavam roubando bolas e partindo para o ataque. Nas vezes em que o River tinha a bola, os jogadores se atrapalhavam sozinhos. Ortega tentou reiniciar uma jogada de ataque, se atrapalhou com Ferrari e saiu com bola e tudo. Centurión cobrou rápido para Cigogna e viu o mito invadir a área sem ser incomodado, para soltar novo scopetazzo e fazer Huracán 4x0, aos 8 minutos.

As coisas pioraram no lance do gol, pois Francescoli invadiu o campo para reclamar com seus jogadores, recebeu a segunda advertência e foi expulso. Por isso, a torcida do River comemorou quando o juiz apitou o fim do primeiro tempo. O baile de carnaval do Huracán começava a dar ressaca no time de Nuñez...

No intervalo, o auxiliar de Francescoli, Blue Steel, tirou Ferrari e Ortega e colocou Coudet e Funes Mori. Por não poder ir a campo no lugar do treinador expulso, deu aos reservas a ordem de mudar algumas coisas no time. Barrado iria para a lateral direita, Coudet iria para o meio e Funes Mori faria a ponta direita. Já Sr Rabina, contente com o resultado, sacou Milano e colocou Erramuspe, para fechar a equipe e assegurar a vitória.

O segundo tempo foi todo do River, que passou a dominar o jogo e fez algumas opções  táticas interessantes. Em uma delas, logo a um minuto, Barrado recuou a Carrizzo, que viu Placente disparar pela ponta direita. O lançamento foi perfeito e o camisa 3 recebeu livre, invadiu a área e tocou na saída de Islas, fazendo River 1x4.

O Huracán não se importou com o gol e continuou esperando os contra ataques, fechadinho na defesa. Mas Coudet entrou bem novamente e tomou conta do meio de campo. Com um bom passe, aos 4 minutos, lançou Buonanotte dentro da área. O camisa 30 tentou driblar Islas e foi derrubado. Pênalti que Gallardo cobrou no ângulo direito de Islas, que se esticou mas não achou: River 2x4.

O gol empolgou o River, mas não abalou o Huracán. O River ainda teve umas 3 ou 4 bolas na trave, mas não conseguiu empatar o jogo.

Destaque do jogo: Daniel Cigogna. Os dois gols do mito mostraram que é nos pés dele que os voos mais altos do Huracán passarão.

NOTAS RÁPIDAS

  • Expulso contra o Huracán, Francescoli cumprirá suspensão automática na próxima rodada. Blue Steel poderá ficar em seu lugar.
  • Três jogadores atingiram milestones na rodada. O gol de Martin Simeone contra o San Lorenzo foi o de número 30 dele com a camisa do Racing. Já Milano chegou a 10 com a camisa do Huracán ao abrir o marcador contra o River, enquanto que Cigogna mostrou por que é mito. Fez dois contra o River e chegou a 50 com a camisa do Huracán.