segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

Liga FIFUBO 2020 - Quarta Rodada - 24/02/2020

Ainda é carnaval, então o baile continua no Imperatriz Arena! Os torcedores aproveitaram que não choveu nesta segunda-feira, ficando uma temperatura agradável e um céu parcialmente nublado, para invadirem o estádio e acompanharem a abertura da quarta rodada da Liga FIFUBO 2020. Vamos conferir os jogos!


INGLATERRA 0x1 FRANÇA

Líder do campeonato, dona de um futebol vistoso, a seleção da Inglaterra é franca favorita para este confronto. Mas a comissão técnica tem uma preocupação quanto ao cansaço, já que a partida anterior (3x1 Holanda) foi no domingo, deixando uma margem mínima para a recuperação dos atletas. Mesmo tendo sido o herói do último jogo, Peter Crouch segue no banco. A França está em situação bem diferente. Os bleus ficaram de bye na última rodada e entram descansados para este duelo. Djorkaeff está mantido, no lugar de Pires. A grande questão é saber se a França que entrará em campo será a que perdeu vergonhosamente para Camarões (1x2) ou a que derrotou vigorosamente a Holanda (2x0).

A que entrou em campo foi a mesma que enfrentou Camarões. Bem fisicamente, mal tecnicamente, a França não conseguia criar. Os passes eram sempre fortes demais e os atacantes não corriam. Por isso, não deu um chute a gol no primeiro tempo inteiro. Por sorte, o cansaço bateu forte nos ingleses. Os Súditos da Rainha dominaram o jogo desde o início, mas não tinham pernas para chegar ao ataque. Gerrard distribuía bem o jogo pelo meio, deixando Lampard mais plantado. Beckham e Owen criavam pelo lado direito, enquanto Joe Cole e Rooney faziam o mesmo pelo lado esquerdo, auxiliados por Ashley Cole. Mas as conclusões, tortas e fracas, mostraram que faltavam pernas para uma pontaria mais certeira. Assim, o primeiro tempo terminou 0x0.

No intervalo, Alex Ferguson tirou os exaustos John Terry e Wayne Rooney, para colocar Carragher e Crouch em seus lugares, com Beckham se tornando o capitão da equipe. José Mourinho tirou Deschamps e Henry, colocando Pires e Trezeguet em campo e fazendo Lauren Blanc virar o capitão.

O panorama do jogo não mudou. A França continuou sem produzir nada e a Inglaterra dominando as ações. Peter Crouch entrou muito bem novamente, deu movimentação e concluiu com perigo algumas vezes, numa delas chegando a acertar o travessão de Barthez. Mas o gol não saía.

Isso foi até os 9 minutos, quando Beckham tocou a Gerrard na intermediária defensiva e o camisa 4 resolveu recuar para Rio Ferdinand. Gerrard tocou sem olhar e não percebeu que quem estava atrás era Zidane. O camisa 10 agradeceu o passe, invadiu a área pelo lado esquerdo e deu um chute de extrema categoria para vencer Paul Robinson e fazer França 1x0, no único chute dos bleus no jogo. Um castigo para o futebol inglês.

Destaque do jogo: Ashley Cole. A Inglaterra mostrou-se cansada, mas dominou o jogo inteiro e perdeu no único chute que os adversários deram. Mesmo assim, o seu camisa 3 foi o grande nome da partida. Com boas arrancadas pela esquerda, fez uma boa trinca com Joe Cole e Rooney no primeiro tempo. No segundo, serviu bem a Crouch e chegou a concluir com perigo, em chutes de fora da área. Na defesa, anulou Guivarch, que era o único a tentar alguma coisa do lado francês. Ashley Cole merecia melhor sorte neste jogo...

ARGENTINA 1x2 HOLANDA

O jogo de fundo era o duelo dos desesperados. Duas equipes ainda em busca da primeira vitória e com campanhas praticamente idênticas. A Argentina perdeu dois jogos (1x3 Coreia do Sul e 0x2 Camarões) e só se difere da Holanda por ter um jogo a mais (1x1 Alemanha). Para o jogo de hoje, Alario retorna ao time, no lugar de Scocco. A Holanda atuou duas vezes e perdeu as duas (0x2 França e 1x3 Inglaterra). Se considerarmos o histórico de dois mundiais e um Torneio Início, o panorama holandês é devastador. Apenas uma vitória e uma coleção enorme de derrotas, que mostram que a equipe joga bem, mas se acostuma a perder. A ordem hoje é inverter esta situação.

Realmente, a Holanda é dotada de uma boa equipe. Técnica, bem organizada, com jogadores que sabem a sua função. Os holandeses saem da defesa de forma organizada e, quando a bola chega a Zenden no meio, o jogo é aberto para uma das pontas, onde Overmars e Bergkamp podem tanto rolar no meio para Kluivert quanto buscar tabelas com apoiadores do meio e das laterais. A Argentina também jogou melhor, com Messi se movimentando pelo campo de ataque e recebendo os passes de Conca para criar jogadas com Tevez e Alario que, surpreendentemente, jogou muito bem hoje.

Mas a Argentina perde por falhas e, se a vexaminosa derrota para Camarões surgiu de uma falha de Di Maria, aqui não foi diferente. Eram 3 minutos de jogo quando Tevez pegou uma bola na esquerda e foi trazendo para o meio, a fim de chegar ao outro lado e fazer tabelas com Alario. Mas, ao chegar no meio, o camisa 11 procurou Di Maria que, tal qual no jogo anterior, não conseguiu dominar uma bola fácil. Quando percebeu o erro, Seedorf já tinha lhe roubado a bola e partia para o contra ataque. Com a categoria habitual, Seedorf fez um lançamento magistral para o lado esquerdo e encontrou Overmars livre. O camisa 11 avançou até o bico da área e acertou um lindo chute colocado, encobrindo Abbondanzieri e fazendo Holanda 1x0.

A partir dali, os próprios jogadores passaram a evitar Di Maria. É evidente que o camisa 7 passa por uma crise técnica incrível e não tem mais confiança em seu jogo. Os holandeses perceberam e passaram a marcar o outro lado, matando as jogadas de Conca. A Argentina ficou mais acuada e a Holanda só não ampliou por falta de sorte.

Aos 8 minutos, uma coisa incrível aconteceu. A Argentina falhava de novo em uma saída de bola, quando Abbondanzieri cobrou o tiro de meta tencionando tocar a Vangioni. Gabriel Milito achou que o passe era para ele e tentou dominar, mas a bola acabou espirrando e sobrando para Kluivert na meia lua. Por sorte, o camisa 9 não conseguiu dominar direito e teve que domar a bola antes de chutar. Isso deu tempo a Abbondanzieri de voltar para o gol e se esticar todo para espalmar para o meio da área. Gabriel Mercado aliviou o perigo e a bola caiu nos pés de Conca, no meio de campo. O camisa 8 tocou a Messi no meio e o camisa 10 avançou com a bola dominada. A marcação chegou e Messi abriu para Alario na direita. O camisa 13 invadiu a área e chutou cruzado e rasteiro para vencer Van Der Sar: Argentina 1x1.

No intervalo, Carlos Bianchi tirou Gabriel Milito e Di Maria, colocando Kranevitter e Scocco em seus lugares. Kranevitter faria a zaga esquerda, Tevez iria para a meia direita, Conca faria a meia esquerda e Scocco entraria no ataque. Já Johan Cruyff mudou para poupar os jogadores, cansados por jogarem duas vezes em dois dias. Tirou Heitinga e Zenden para colocar Triton e Jordi Cruyff. Apesar de Zenden estar bem, já dava sinais de cansaço e, com isso, Cruyff iria armar o jogo com Seedorf, formando um triângulo no meio com Davids, enquanto Triton faria a zaga com Stam, novo capitão da equipe.

Apesar de mudar o esquema, a Holanda continuou jogando muito bem. Jordi Cruyff mudou a característica do meio, que atuava com Zenden centralizado, enquanto o camisa 14 jogaria na meia esquerda. Mas a sua entrada fez maravilhas no meio de campo holandês. A categoria de Cruyff nos passes é impressionante e fez os laranjas dos Países Baixos terem maior movimentação no ataque. A Argentina voltou ao marasmo de sempre e se limitou a fazer faltas no segundo tempo. Com isso, a vitória holandesa era questão de tempo.

Mas ela só veio aos 7 minutos e com extrema categoria. Após Scocco fazer falta no campo de ataque, Stam tocou a Seedorf no meio e o camisa 8 abriu a Bergkamp na direita. O camisa 7 tabelou com Numan para chegar ao campo de ataque. Da entrada da área, tabelou com Kluivert, recebeu de volta já dentro da mesma e, com um lindo chute rasteiro, acertou o canto de Abbondanzieri, marcando um golaço e dando à sua equipe a primeira vitória no campeonato: Holanda 2x1.

Destaque do jogo: Marc Overmars. Em uma partida onde a Holanda criou bastante, destacou-se o futebol do camisa 11. Overmars puxava as melhores jogadas pela ponta esquerda, mas também buscava o meio quando era marcado na extrema. Fez o primeiro gol e serviu os companheiros para uma infinidade de chances desperdiçadas.

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