domingo, 27 de abril de 2014

Torneio Apertura 2014 - Décima Rodada - 27/04/2014

Diante da falta de datas, o complemento da décima rodada do Apertura seria durante a semana, mas só pôde se realizar neste domingo. Melhor para quem foi ao Itaquá Dome, que assistiu a dois jogos de pura emoção. Vamos a eles!

HURACÁN 3x2 SAN LORENZO

Vindo de acachapante vitória sobre o Estudiantes (4x1) e em franca ascensão, o Huracán vem forte para disputar uma vaga nos playoffs. Empolgados pela artilharia de Cigogna, os comandados de Sr Rabina vinham sob ordens de manter a forte marcação e sair em contra ataques velozes. Além disso, Sr Rabina colocava Erramuspe no lugar de Alexis Ferrero, que cumpria suspensão. Já o San Lorenzo, em franca decadência, não ganha há 6 jogos e vem de derrota para o Racing (4x6), a primeira do time de Avellaneda no certame. A ordem, segundo Nilson, é tocar a bola rápido e buscar variações pelas pontas. No primeiro turno, San Lorenzo 4x2 Huracán.

Pois bastou a bola rolar para a estratégia do Huracán prevalecer. A equipe marcava forte, forçava o erro do adversário e saía em contra ataques violentos. Aos 2 minutos, Daniel Islas cobrou tiro de meta na direção de Ruben Masantonio. O camisa 10 tocou a Danelon na direita e o camisa 2 deu a Milano no ataque. Travando a bola, o camisa 7 viu seu marcador passar batido e teve a área livre à sua frente, para invadir e chutar na saída de Migliore, fazendo Huracán 1x0.

O San Lorenzo se assustou e passou a aceitar a marcação passivamente. Buffarini era vaiado, Piatti parecia fora de forma, Romagnoli era marcado... as saídas eram pelas laterais, onde apareciam Luciatti e Johnathan Ferrari. Mas a bola chegava ao ataque e um displicente Stracqualursi perdia tudo e não concluía. Com isso, o Huracán ficava mais perto do segundo gol e ele veio justamente em falha de Stracqualursi. Aos 6 minutos, o camisa 9 tentou uma finta e foi desarmado por Barrientos. O camisa 5 tocou para Ruben Masantonio, que avançou pelo meio. Com um passe magistral, ele encontrou Minici na esquerda. O camisa 6 avançou e chutou forte e cruzado para vencer Migliore e fazer Huracán 2x0.

No intervalo, Sr Rabina trocou Milano por Barrales, já que era a única substituição possível. Já Nilson, além de trocar Buffarini e Stracqualursi por Erviti e Hauche, tentava dar um jeito na equipe, que saiu de campo debaixo de vaias.

As ordens de Nilson foram assimiladas e o San Lorenzo voltou a mil por hora. Com apenas um minuto, a equipe forçou o erro do Huracán. Villarruel tentou passar para Masantonio, mas Reynoso se antecipou e roubou a bola, tocando a Erviti. O camisa 11 tocou para Johnathan Ferrari na direita, que deu a Piatti mais à frente. O camisa 12 tocou a Romagnoli, que driblou Centurión e chutou da entrada da área, batendo no peito, apontando ao chão e fazendo a taunt da Paloma: San Lorenzo 1x2.

A equipe de Almagro cresceu e passou a rondar a área do Huracán, que se encolheu e ficou só se defendendo. Mas o empate só veio aos 5 minutos, quando Walter Ferrero fez falta em Raul 'Pipa' Estevez. Romagnoli cobrou com extrema categoria, bateu no peito, apontou ao chão e fez a taunt da Paloma: San Lorenzo 2x2.

A partir daí, o jogo ganhou emoção. O San Lorenzo empurrou o Huracán e começou a rondar a área com muito mais perigo, enquanto que a equipe de Buenos Aires se defendia como podia e saía e contra ataques perigosíssimos. Aos 9 minutos, no entanto, a genialidade de alguém que não fez nada o jogo todo definiu a partida. Masantonio cruzou bola para a área, procurando Cigogna. Tula se antecipou e ficou com a bola, mas tentou dar um drible de efeito no mito e perdeu a bola. Cigogna, então, girou o corpo e chutou cruzado. A bola bateu e voltou e o juiz marcou gol, dizendo que ela bateu na parede da rede. Os jogadores do San Lorenzo cercaram o árbitro, mas o resultado não foi revertido: Huracán 3x2.

Destaque do jogo: Ruben Masantonio. Romagnoli fez um jogo excepcional e marcou os dois gols de sua equipe. Mas as regras da FIFUBO determinam que o nome do jogo tem que ser do time vencedor e este foi o camisa 10 do Huracán. Ajudou na marcação, reiniciou as jogadas de ataque, deu assistências e foi a principal peça de sua equipe para a vitória.

VELEZ SARSFIELD 2x2 RACING

Vindo de uma humilhante derrota para o River (1x5) e com boatos de que um novo treinador já aceitou proposta, o Velez parece fadado a cumprir tabela. Os jogadores negam e treinaram a semana inteira com afinco para tentar levar a equipe mais à frente, aproveitando a confusão na tabela. Do lado do Racing, com a troca de treinador já certa, a equipe também parece buscar uma forma honrosa de terminar o campeonato, mas a realidade aqui é bem maior e os jogadores já sabem que uma classificação é quase impossível. No primeiro turno, Racing 1x3 Velez.

Quem achava que as duas piores equipes do campeonato fariam um espetáculo sofrível, se enganou. Foi o melhor jogo da rodada, disparado! E o placar foi inaugurado com apenas 35 segundos. Ruben Capria deu a saída tocando para Martin Simeone. O camisa 8 devolveu na direita e Capria correu, mas foi desarmado por Lucas Romero. O camisa 7 devolveu a Emiliano Papa, que tocou no meio de campo para Turco Assad. Acossado por 4 jogadores, o camisa 9 fez um lançamento genial, invertendo o jogo e encontrando Claudio Hussain livre. O capitão do time invadiu a área pela direita e deu um toquinho na saída de Saja para fazer Velez 1x0, em linda jogada coletiva.

O Racing joga um futebol muito pobre nesse campeonato e o que se podia esperar era que a equipe largasse o jogo de mão ao tomar um gol antes do primeiro minuto. Mas o time foi se acertando, tocando a bola e passou a rondar a área do Velez, o que fazia com que o gol fosse questão de tempo. E foi mesmo! Aos 4 minutos, Saja cobrou tiro de meta mal. Ruben Capria se esforçou, se atirou e ficou com a bola, driblando Insua e tocando para Latorre na esquerda. O camisa 11 trouxe a bola para o meio e inverteu o jogo magistralmente, encontrando Acosta livre. O camisa 9 invadiu a área e chutou no ângulo de Sosa, para empatar para o Racing: 1x1.

O jogo melhorou e as equipes deram uma aula de futebol. A que não tinha a bola marcava muito bem. A que tinha, tocava em busca de espaços e invertia o jogo para chegar à área adversária. Mas uma falha fez o Velez ir para o intervalo em vantagem. Pelletieri voltou para tentar recuperar uma bola e atropelou Turco Assad na entrada da área. Insua cobrou a falta no lado oposto à barreira e Saja só percebeu quando ela já estava balançando as redes: Velez 2x1.

No intervalo, Valdir Espinoza trocou Dario Hussain por Lucas Pratto. Já Madeirite sacou Pelletieri e Latorre para pôr Fariña e Hauche.

O Velez voltou para segurar o resultado e o Racing ganhou terreno. Com isso, o jogo virou ataque contra defesa. E o ditado de que água mole em pedra dura, tanto bate até que respinga água para tudo quanto é lado, foi confirmado aqui. Aos 8 minutos, uma blitz do Racing: Diego Capria recebeu na direita, foi ao fundo e cruzou para Acosta. Sebá Dominguez se atirou e afastou a bola, que sobrou para o próprio Diego Capria. Dessa vez, o camisa 2 trouxe mais para trás e inverteu o jogo para a intermediária esquerda, onde Martin Simeone recebeu livre. O camisa 8 avançou em diagonal e chutou de trivela. Sosa se esticou e não achou e o jogo estava empatado: Racing 2x2.

No último lance da partida, Ruben Capria lançou Acosta, que chutou da entrada da área e acertou o travessão. Desfecho perfeito para o melhor jogo da rodada.

Destaque do jogo: Ruben Capria. Muitos podiam ser indicados aqui, mas somente um pode ser nomeado e este foi o camisa 10 do Racing, que ajudou na marcação, organizou a equipe em campo, reiniciou jogadas de ataque e contagiou seus companheiros em busca do empate.

CLASSIFICAÇÃO

1° Independiente - 21 pontos
2° Estudiantes - 18 pontos
3° River Plate - 17 pontos
4° Huracán - 16 pontos
5° Boca Juniors - 14 pontos
6° San Lorenzo - 11 pontos
7° Racing - 6 pontos, 21 gols pró
8° Velez Sarsfield - 6 pontos, 15 gols pró

ARTILHARIA

1° Daniel Cigogna (Huracán) - 14 gols
2° Nestor Silvera (Independiente) e David Trezeguet (River Plate) - 11 gols
3° Juan Roman Riquelme (Boca Juniors) e Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 9 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • Diante da dificuldade de encontrar datas e com os próximos 3 sábados perdidos, as rodadas terão que continuar no meio da semana. A décima primeira rodada se inicia no meio dessa semana, possivelmente na quarta-feira.
  • Com 12 pontos ainda em disputa, nenhuma equipe está fora do campeonato e ninguém garantiu classificação antecipada.
  • O milestone da rodada vai para Leandro Romagnoli. As duas vezes em que fez a taunt da Paloma contra o Huracán o fizeram chegar a 40 gols com a camisa do San Lorenzo.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Torneio Apertura 2014 - Décima Rodada - 21/04/2014

O sábado foi de muita festa. O domingo foi de Páscoa e, por isso, chocolate. Como não houve espaço para jogo, mas sim para muito doce, a segunda-feira é de exercícios! Assim sendo, a rodada do Apertura começa a ser disputada na segunda-feira. Foi uma tarde de sol, queda do último invicto e substituição de bola. Vamos aos jogos!

RIVER PLATE 3x4 INDEPENDIENTE

O primeiro jogo prometia. Vindo de vitória sobre o Velez (5x1), o River é o último invicto e está na cola dos líderes. Uma vitória e a equipe iria para a liderança. Já o Independiente, também vinha de vitória (4x3 no Boca), mas com um desfalque importantíssimo. Gracián foi expulso contra o Boca e a equipe não possui armador para colocar no seu lugar. Assim, Gandin viria para jogar como meia atacante e, se não funcionasse, Acevedo entraria no segundo tempo para formar um meio com 4 volantes. No primeiro turno, Independiente 3x3 River Plate.

O jogo foi muito, mas muito bom! Logo no início, uma tabela entre Gandin e Fredes só não encontrou as redes graças a uma defesaça de Carrizzo. No contra ataque, o River quase chega. Com tantas oportunidades, o gol não demoraria a sair e logo aos 2 minutos já tivemos rede balançando. Em impedimento no ataque do River, Montenegro cobrou fazendo um lançamento para a esquerda. Silvera recebeu livre e poderia avançar, mas preferiu inverter o jogo e passou a bola entre Gallardo e Almeyda para Facundo Parra. A defesa do River estava escancarada e o camisa 17 aproveitou para invadir a área e chutar forte para fazer seu primeiro gol no campeonato: Independiente 1x0.

O gol não abalou o River, que sabia que tinha muita partida pela frente. Aos 4 minutos, Gallardo e Trezeguet fizeram linda tabela. O francês tocou e Gallardo chutou de curva para vencer Navarro e empatar o jogo: River 1x1.

O empate foi benéfico para todos os presentes no Itaquá Dome, que viram o jogo crescer tecnicamente e as equipes rondarem o gol em lindas jogadas. Aos 6 minutos, Barrado derrubou Gandin próximo à entrada da área. Sem Gracián, ninguém sabia ao certo quem cobraria, até que Busse se apresentou. A cobrança foi perfeita. A bola encobriu a barreira e morreu no fundo das redes, enquanto Carrizzo pulava a troco de nada: Independiente 2x1.

O River, novamente, não se abalou e procurou o empate. Aos 7 minutos, Ortega avançou pelo meio e tocou a Gallardo na esquerda. O camisa 11 retribuiu o presente do primeiro gol e inverteu o jogo para a direita, onde Trezeguet recebeu e pôde avançar até a entrada da área para chutar de pé direito e vencer Navarro: River 2x2.

Aos 8 minutos, o lance triste da partida. Ortega lançou Trezeguet na ponta direita. O camisa 7 avançou, invadiu a área e chutou cruzado. Hilário Navarro fez linda defesa de ponta de dedo e mandou a corner. Mas a bola foi parar longe e, quando foi encontrada, estava toda amassada. É o fim da bola Spongos, a oficial dos torneios da FIFUBO. Em seu lugar, entrou a bola de lã que, justamente por ser deste material (a Spongos é de feltro), corre mais e é de difícil controle no passe.

Com isso, o jogo passou a ficar mais corrido e com mais erros de passe e num deles, já nos acréscimos, Busse inverteu errado para Silvera e Ferrari interceptou. Trazendo a bola para o meio, o camisa 2 percebeu Trezeguet livre na entrada da área e passou no meio dos zagueiros para o camisa 7 invadir e chutar alto no meio, enquanto Navarro caía para a esquerda: River 3x2.

No intervalo, Francescoli não mexeu. Pediu a seus jogadores que não fizessem passes longos e evitassem deixar a bola correr. Já Bayer colocou Acevedo (seu único reserva), mas tirou Fredes (que não era nem sombra do destaque do último jogo). Além disso, armou uma jogada para a saída de bola.

E foi essa jogada que levou o Independiente a empatar o jogo. Montenegro parou a jogada de ataque do River e tocou para Gandin. O camisa 9 foi tabelando com Acevedo pela esquerda, até receber dentro da área e chutar cruzado para fazer Independiente 3x3 aos 40 segundos.

O jogo teve uma queda de qualidade, com muitos erros de passe. Mas, já nos acréscimos, o último invicto do campeonato caía. Silvera recebeu na esquerda e chutou. A bola bateu no travessão e José Maria Paz tirou de cabeça para lateral. O próprio Silvera fez a reposição para Facundo Parra, que cruzou para a área e Acevedo surgiu para cabecear e dar a vitória à sua equipe: Independiente 4x3.

Destaque do jogo: Daniel Montenegro. O camisa 5 foi um gigante, no jogo que quando termina com vitória do Independiente é chamado de "El secreto de sus rojos". Novamente foi a peça chave da partida. À frente da zaga, interrompeu as tentativas do River e reiniciou as jogadas de ataque de sua equipe. Deu assistências e saiu consagrado na liderança do campeonato.

BOCA JUNIORS 5x2 ESTUDIANTES

Vindo de mais uma derrota, o Boca está fora da zona de classificação aos playoffs. Vendo que seu ciclo à frente da equipe chega ao fim, Paralelo evita um tom de despedida e pede que seus jogadores foquem em levar o time aos playoffs e tentem o título. Já no Estudiantes, a ordem era virar a página da derrota para o Huracán na rodada anterior (1x4). Sabendo que precisavam vencer anotando um mínimo de 5 gols para recuperarem a liderança, tinham em mente que a vitória é o primeiro passo e, depois, o número de gols marcados deveria ser visto. No primeiro turno, Estudiantes 4x3 Boca Juniors.

Pois bastou a bola rolar para se ver que o espetáculo não seria bonito. Desadaptados à bola de lã, os jogadores de ambas as equipes erravam passes e as jogadas de ataque não eram criadas. Para algo ser criado, só a genialidade do craque e ela surgiu aos 5 minutos. Riquelme recebeu na intermediária, driblou dois adversários e avançou pela esquerda, perdendo o ângulo. A opção seria um chute alto de curva, mas o camisa 10 preferiu a bola lenta e rasteira. Acabou surpreendendo Andujar, que ficou procurando a bola e só descobriu onde estava quando a torcida já comemorava o gol: Boca 1x0.

Aos 6 minutos, Serna levou cartão amarelo, por erro de posicionamento. Aos 7, o lance que poderia mudar tudo no jogo. Serna tentou chutar, mas acabou atingindo três adversários e foi expulso. Se acertasse dois, seria expulso do mesmo jeito, pois receberia o segundo amarelo. Mas a expulsão foi direta. Palermo passou a ser o capitão da equipe.

Com erros de passe, mas liderando no placar, se esperava que o Boca fosse recuar. Com erros de passe, perdendo o jogo, mas com um a mais, se esperava que o Estudiantes fosse avançar para buscar o empate. Mas nada disso ocorreu. O Boca cresceu na partida e o Estudiantes continuou errando, irritando a torcida. Aos 8 minutos, o gênio surgiu novamente. Riquelme recebeu de Cagna, avançou pela direita e chutou cruzado. Andujar voou, mas não alcançou e o Boca fazia 2x0.

A torcida vaiava cada erro do Estudiantes e os jogadores torciam para o primeiro tempo acabar, para ajeitar as coisas com seu treinador. Mas o Boca continuou em cima e Riquelme roubou de Veron, driblou Leandro Benítez e deu lindo passe em profundidade para Palácio. O camisa 19 invadiu a área e tocou na saída de Andujar para fazer Boca 3x0 aos 9 minutos.

No último lance do primeiro tempo, Schiavi fez falta em Gastón Fernandez na entrada da área. Verón cobrou com maestria e descontou para o Estudiantes: 1x3.

No intervalo, Paralelo sacou Palácio que, mesmo tendo marcado o gol, precisava sair para recompor o meio. Battaglia entrou em seu lugar. Já Cristaldo tentou mudar tudo. Tirou Angeleri e Leandro Benítez (que saíram debaixo de muita vaia) e colocou Mathias Sanchez e Mauro Boselli. Com isso, Gastón Fernandez voltaria para compor o meio e Boselli jogaria em seu lugar, no ataque e pela direita.

Não mudou nada. O Boca continuou dominando, agora que Palermo jogava centralizado e sozinho no ataque, e o Estudiantes continuava errando. Aos 4 minutos, Abbondanzieri cobrou tiro de meta para Palermo, que recuou de cabeça para Riquelme. Sem ser incomodado, o camisa 10 devolveu para Palermo, que invadiu a área e tocou na saída de Andujar para fazer Boca 4x1.

Perplexos, sem saber o que acontecia com o time outrora envolvente, os jogadores do Estudiantes passaram a amarrar o jogo para esperar o apito final. Mas ainda encontraram um gol aos 7 minutos, quando Gastón Fernandez avançou pelo meio e tocou a Boselli na direita. O camisa 9 chutou forte e cruzado e venceu Abbondanzieri, para fazer Estudiantes 2x4.

O gol deu uma mínima fagulha de vida ao Estudiantes, que ainda tentou se lançar ao ataque, mas a sorte estava do lado do Boca. Aos 9 minutos, Gastón Fernandez fez boa jogada, invadiu a área e chutou rasteiro. Abbondanzieri defendeu com o pé e a bola subiu, indo para o campo de ataque do Boca. Riquelme deu um leve desvio de cabeça e matou Andujar, fazendo seu hat trick: Boca 5x2.

Destaque do jogo: Juan Roman Riquelme. Destaque absoluto do Boca e do campeonato, o camisa 10 teve nova tarde de gala. Fez três gols e deu o passe para os outros dois. Foi o único a conseguir "domar" a bola de lã e levou perigo em diversas jogadas. Faltou fazer chover, mas em compensação, deu um chocolate de Páscoa muito bem dado.

NOTAS RÁPIDAS:

  • Com a destruição da bola Spongos (que ficou ovalada e amassada), a bola de lã será utilizada nos próximos jogos, mas a FIFUBO está providenciando a compra de um novo lote, que ficaria acautelado na sede da Federação, ao invés da sede do Imperatriz F.B., como acontece atualmente.
  • O milestone da rodada vai para Walter Busse. A cobrança de falta perfeita contra o River resultou no décimo gol dele com a camisa do Independiente.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Torneio Apertura 2014 - Nona Rodada - 16/04/2014

Foi na tarde chuvosa e fria desta quarta-feira que a nona rodada do Apertura 2014 se encerrou. Não faltou emoção e gols nos dois ótimos jogos. Vamos a eles!

INDEPENDIENTE 4x3 BOCA JUNIORS

Empolgados pela derrota do Estudiantes nessa rodada, os jogadores do Independiente sabiam que dependiam de si para alcançar a liderança. Confiante no bom futebol que levou a equipe a golear o Huracán na rodada anterior (6x3), Bayer mantinha o time e pedia atenção à movimentação de Riquelme. Do lado do Boca, apesar do empate no Superclássico (4x4), a moral estava alta pelo futebol de superação apresentado. Paralelo manteve Palácio no ataque, o destaque contra o River. No primeiro turno, Boca Juniors 3x2 Independiente.

Pois bastou a bola rolar e o Independiente já tomou as rédeas da partida. Gracián tocou para Fredes, que driblou Riquelme, avançou pela intermediária e chutou com efeito. Abbondanzieri voou, mas não alcançou e, aos 33 segundos, o placar estava inaugurado: Independiente 1x0.

Apesar do susto inicial, o Boca não se acanhou e começou a construir seu jogo. Aos 2 minutos, a bola saiu pela lateral na intermediária. Cagna foi ao lado esquerdo e cobrou para Basualdo no meio. O camisa 11 inverteu o jogo pela direita e Ibarra apareceu chutando cruzado para acertar o ângulo de Navarro e fazer Boca 1x1.

O gol deu emoção e equilibrou a partida, com ambas as equipes desperdiçando chances. Qualquer uma podia chegar ao segundo gol e foi isso que aconteceu aos 5 minutos, quando Vella pegou uma bola pela direita e tocou no meio para Fredes. O camisa 8 tocou para Facundo Parra na direita e o atacante recuou para Vella. O camisa 2 trouxe para o meio e chutou forte e cruzado para fazer Independiente 2x1.

Se esperava uma reação imediata do Boca, mas o Independiente acertou a marcação e não deixou a equipe xeneize chegar próxima à área. E isso ainda permitia à equipe de Avellaneda sair em contra ataques, como o que fez aos 7 minutos. Tuzzio recuperou bola rifada e tabelou com Montenegro para sair da área. Depois, tabelou com Fredes para chegar ao meio e fez um passe com precisão cirúrgica para Gracián na entrada da área. O camisa 19 dominou, viu Abbondanzieri voltando desesperadamente e, da meia lua, mandou um chute de cobertura com extrema categoria. O goleiro do Boca caiu de bunda no chão ao ver a bola entrando: Independiente 3x1.

A partir daí, a porteira estava aberta para o Independiente, certo? Errado! Aos 8 minutos, Basualdo tabelou com Riquelme, avançou pela direita e chutou rasteiro. Navarro se esticou todo, mas não alcançou e o Boca diminuiu: 2x3.

Aos 9 minutos, Gracián recebeu de Busse e tentou o chute, mas atingiu 3 adversários e foi expulso.

No intervalo, Bayer sacou Facundo Parra e colocou Acevedo para recompor o meio de campo, formando um quadrado defensivo, com quatro volantes. Já Paralelo tirou Arruabarrena e Palácio e colocou Battaglia e Viatri. O Boca viria para cima!

E foi isso que aconteceu. Aos 2 minutos, Abbondanzieri cobrou tiro de meta na direção de Cagna. O camisa 8 tocou mais ao centro para Riquelme, que deu seu ar de maestria ao passe preciso para Viatri, no meio de três dos quatro volantes que fechavam a entrada da área. O camisa 7 recebeu, invadiu a área e chutou na saída de Navarro para empatar o jogo: Boca 3x3. Viatri não entra em campo há muito tempo, mas foi só receber a bola para mostrar que tem faro de gol...

O jogo ficou no toma lá, dá cá. O Boca pressionava, mas o meio de campo do Independiente se acertou. E os contra ataques passavam pelos pés de Fredes, sempre procurando Silvera. O camisa 11 atuava longe da área, mas isso não é problema para quem sabe encontrar o caminho do gol. Aos 7 minutos, ele recebeu de Mareque de muito longe, quase no meio de campo, e resolveu arriscar. A bola ganhou altura e caiu dentro do gol de Abbondanzieri, que se esticou, mas não achou: Independiente 4x3.

Destaque do jogo: Hernán Fredes. Depois que revelou estar jogando lesionado, o futebol do camisa 8 só cresceu. Como volante, foi um marcador implacável, que ajudou a fechar a entrada da área quando sua equipe era pressionada. Como armador foi um desafogo, no jogo em que o armador da equipe foi expulso. As principais jogadas de ataque passavam pelos seus pés, assim como a autoria do primeiro gol lhe é creditada.

RIVER PLATE 5x1 VELEZ SARSFIELD

O desespero começa a bater à porta do River. Há 4 jogos sem vencer (com 4 empates), começava a ver os líderes se distanciando e o pessoal de baixo chegando. Para evitar isso, Francescoli deu muito ênfase à defesa nos treinamentos da semana, para evitar novo empate no certame. Já o Velez é, ainda, a incógnita do campeonato. Embora seja visível a evolução do jogo da equipe e o começo de um padrão, a ameaça de demissão de seu treinador ao fim do campeonato incomoda. O time joga bem, mas não consegue transformar o bom jogo em vitórias. No primeiro turno, Velez Sarsfield 1x2 River Plate.

O Velez começou o jogo tomando a iniciativa e partiu ao ataque. Criticado na rodada passada, Insua se movimentava e dava opções à equipe. Turco Assad recebeu do camisa 11 logo a um minuto e avançou pela esquerda, chutando para Carrizzo defender com os pés. A bola sobrou para Almeyda, que reiniciou o ataque tocando a Ferrari na direita. O camisa 2 tocou para Trezeguet no meio, que descobriu Ortega na ponta direita. O camisa 10 recebeu, foi trazendo para o meio e chutou de trivela. A bola fez um curva e entrou no ângulo direito de Sosa, num golaço: River 1x0.

O gol assustou o Velez, mas ainda assim a equipe buscava o ataque. Aos 4 minutos, a jogada parou por impedimento. Placente foi extremamente inteligente e mandou a reposição para longe. Ortega recebeu livre, invadiu a área, tirou Sosa e empurrou para o gol vazio, para fazer River 2x0.

Com o jogo dominado, o River passou a tocar a bola e ver o Velez se desorganizar cada vez mais. Com isso, surgiu o futebol do maior destaque da equipe até então. Aos 6 minutos, Emiliano Papa recebeu de Lucas Romero e foi avançando pela esquerda. O camisa 3 ainda estava bem longe da área quando resolveu arriscar e, tal qual na rodada anterior, acabou fazendo um golaço: Velez 1x2.

Vendo o filme do empate se repetindo, o River tratou de jogar e afastar esse fantasma. O Velez, por sua vez, se inflamou e partiu para o ataque, mas de forma desorganizada. Aos 7 minutos, após Dario Hussain chutar de longe, a bola foi pela linha de fundo assustando Carrizzo. O goleiro cobrou o tiro de meta para Gallardo no meio, que recuou a Barrado. O camisa 19 tocou na direita para Ortega. Ortega, por sua vez, tocou no meio para Trezeguet, que dominou com facilidade e, da entrada da área, chutou forte e venceu Sosa, na típica jogada do River Plate: 3x1.
 
Ainda empolgado pelo gol de Papa, o Velez continuou tentando diminuir o prejuízo, mas novamente pagou alto o preço de Gago abandonar a cabeça de área. O camisa 5 participou de uma frustrada tentativa de ataque, que saiu em lateral. Berizzo jogou para a frente, pois não havia ninguém do Velez para cortar. Trezeguet dominou, driblou Sebá Dominguez duas vezes e chutou cruzado para vencer Sosa aos 9 minutos e fazer River 4x1.

No intervalo, o River não quis mudar, para não desmanchar o bom esquema e ver o Velez empatar no segundo tempo. Já o Velez tirou Gago (pelas falhas na marcação) e Turco Assad (pelas falhas na conclusão) e colocou Cubero e Lucas Pratto.

O Velez melhorou e até rondou a área, mas não conseguia concluir devido à ótima marcação do River que, por sua vez, tocava a bola e esperava o jogo passar. Aos 8 minutos, em erro do Velez, o River ainda encontrou as redes. Paz afastou a bola para o meio. Gallardo pegou e partiu pela direita, arriscando um chute de muito longe. A bola saiu mascada, mas Sosa resolveu só acompanhar com o olhar e ver a bola entrar mansa no cantinho: River 5x1.

Destaque do jogo: Ariel Ortega. O River inteiro voltou a jogar bem e teve uma tarde/noite de gala. Mas o camisa 10 foi o grande destaque. Fez os dois primeiros gols de sua equipe, deu assistências e foi um perigo constante nas jogadas de contra ataque da equipe de Nuñez.

CLASSIFICAÇÃO

1° Independiente - 18 pontos, 30 gols marcados
2° Estudiantes - 18 pontos, 29 gols marcados
3° River Plate - 17 pontos
4° Huracán - 13 pontos
5° Boca Juniors - 11 pontos, 26 gols marcados
6° San Lorenzo - 11 pontos, 19 gols marcados
7° Racing - 5 pontos, 19 gols marcados
8° Velez Sarsfield - 5 pontos, 13 gols marcados

ARTILHARIA

1° Daniel Cigogna (Huracán) - 13 gols
2° Nestor Silvera (Independiente) - 11 gols
3° David Trezeguet (River Plate) - 9 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • Por um erro de comunicação, o jogador do Huracán Alexis Ferrero, que devia cumprir suspensão nesta rodada, não cumpriu e atuou normalmente. Com isso, cumprirá a suspensão normalmente na próxima rodada.
  • A décima rodada seguirá os moldes das duas últimas, com um jogo no final de semana e outro durante a semana, por conta do feriado de Páscoa.

domingo, 13 de abril de 2014

Torneio Apertura 2014 - Nona Rodada - 13/04/2014

A previsão do tempo para este domingo é de chuva. Algumas nuvens cobrem o céu, que logo se abre revelando um majestoso sol. Mas a previsão não errou. Tivemos uma chuva de gols no Itaquá Dome neste domingo, na abertura da nona rodada do Apertura 2014. Vamos aos jogos!

SAN LORENZO 4x6 RACING

Duelo de desesperados. Sem vencer há 5 rodadas, o San Lorenzo precisava da vitória para não se distanciar da zona de classificação. O pouco tempo para a preparação (jogara contra o Velez na quarta-feira) fez com que a situação ficasse mais dramática. Nilson teve uma longa conversa com Romagnoli, onde indicou que a volta das vitórias passava pelos mágicos pés do camisa 10. Se a crise está marcando ponto em Almagro, o que dirá de Avellaneda? Último colocado, único time que ainda não venceu no atual certame, com rumores de troca de treinador e uma torcida impaciente. Esses são os sobrenomes do Racing em 2014. A equipe também não teve tempo para se preparar (enfrentou o Estudiantes na quarta) e, por isso, ia para o jogo com o que tinha. No turno, Racing 0x2 San Lorenzo.

O Racing até começou bem o jogo. Com Ruben Capria encostando em Latorre e Acosta, a equipe rondou a área e obrigou Migliore a fazer boas defesas. Mas o problema do Racing neste campeonato é que, mesmo jogando bem, um erro põe tudo a perder. E ele aconteceu aos 4 minutos. Quiroz recuou uma bola na fogueira para Saja, que teve que chutar para o lado. Tula cobrou o lateral para Romagnoli, na direita, que tocou no meio para Stracqualursi. O camisa 9 invadiu a área sem ser incomodado e chutou forte para fazer San Lorenzo 1x0.

Aí bateu o desânimo e eles pararam de acertar. Na saída de bola, Ruben Capria tocou para seu irmão, Diego, que mandou a bola para a frente sem a menor necessidade. Ameli tocou para Reynoso, que tocou na direita a Stracqualursi. O camisa 9 tocou para Buffarini, que chutou fraco e de muito longe. Saja fez golpe de vista e engoliu um grande frango aos 5 minutos: San Lorenzo 2x0.

O Racing não acertava mais nada e o San Lorenzo dominava o jogo. Isso aumentou a confiança dos jogadores da equipe de Almagro, o que é sempre ruim. Aos 9 minutos, Luciatti tocou para Ameli, que foi displicente e não conseguiu dominar. A bola escapou e sobrou para Martin Simeone, que enfiou um bico de primeira. Migliore nem viu o foguete, só quando as redes já balançavam: Racing 1x2.

Mas quando a sorte está longe de ti, nenhuma centelha vira fogo. Na saída de bola, já nos acréscimos, Romagnoli tocou para Buffarini, recebeu na intermediária e chutou por cobertura, vencendo Saja, batendo no peito, apontando ao chão e fazendo a taunt da Paloma: San Lorenzo 3x1.

No intervalo, Nilson tirou Ameli (pelo erro no gol) e Raul 'Pipa' Estevez (pela pouca objetividade no ataque) para colocar Tellechea e Bordagaray. Já Madeirite tirou Quiroz (que falhou em um dos gols e deu espaços) e Latorre (que atrasava o ataque) e colocou Fariña e Hauche.

O jogo voltou em um marasmo total. O San Lorenzo confiante da vitória e o Racing desarrumado. Mas isso foi até os 3 minutos, quando começou o temporal. Aos 3, Migliore cobrou tiro de meta para o meio, visando Romagnoli. Ruben Capria recuperou a bola, colocou no chão e deu lindo passe nas costas de Piatti. Acosta recebeu e, já dentro da área, tirou Migliore da jogada: Racing 2x3.

O gol fez a equipe de Avellaneda crescer e o San Lorenzo se perder completamente. A entrada de Fariña na cabeça de área afastou qualquer tentativa do San Lorenzo de chegar próximo à área e, com isso, os ataques do Racing se fizeram com mais facilidade. Aos 4 minutos, após Fariña recuperar e tocar na esquerda para Enrique, o camisa 3 tocou para Martin Simeone na intermediária. O camisa 8 avançou, driblou Buffarini e chutou forte, de pé esquerdo, para vencer Migliore: Racing 3x3.

A torcida, que antes vaiava, passou a aplaudir e vibrar e isso fez com que o Racing quisesse mais. Aos 6 minutos, foi a vez de Martin Simeone recuperar e tocar para Pelletieri na meia direita. O camisa 7 tocou mais à frente para Ruben Capria, que ajeitou próximo à área e chutou de trivela. A bola fez uma curva e enganou Migliore: Racing 4x3.

Desesperado por ver o sexto jogo sem vitória se aproximando, o San Lorenzo se lançou ao ataque e, com isso, abriu buracos na defesa. A partir daí, surgiu ofensivamente Pelletieri. Aos 7 minutos, Pocchetino afastou bola da área, Ruben Capria dominou e deu lindo passe para Pelletieri no meio de dois jogadores. Pressionado e já caindo, o camisa 7 tocou de bico de chuteira e enganou Migliore, fazendo Racing 5x3.

Aos 8, já com a toalha jogada, o San Lorenzo descontou em boa jogada pela direita. Buffarini tocou para Angeleri, que fez bom passe para a área. Stracqualursi chegou chutando e venceu Saja: San Lorenzo 4x5.

Mas, na saída de bola aos 9, o Racing deu números finais à sua bela vitória. Ruben Capria tocou para Pelletieri na direita. O camisa 7 avançou, driblou Romagnoli e Reynoso e, já dentro da área, deslocou Migliore para fazer Racing 6x4.

Destaque do jogo: Agustín Pelletieri. Enquanto o Racing estava apático, ninguém se destacou. Mas foi a equipe tomar as rédeas do jogo e apareceu o futebol do camisa 7. Marcou bem, ajudou a desafogar o meio de campo e fez dois gols de pura habilidade.

ESTUDIANTES 1x4 HURACÁN

O jogo de fundo colocava duas equipes em bom momento. O Estudiantes é a equipe a ser batida. Líder do campeonato, jogando o futebol mais vistoso e tendo a maior evolução. Já o Huracán, mesmo vindo de goleada para o Independiente (3x6), mostra evolução e tem o artilheiro do campeonato. O jogo ainda colocava frente a frente o ótimo toque de bola do Estudiantes contra a marcação cerrada do Huracán.

E quem venceu, desde o início, foi a marcação cerrada. Marcando forte, o Huracán impedia o Estudiantes de jogar. Ninguém na equipe de La Plata se destacou, enquanto o time de Buenos Aires saía com força em contra ataques. Em um deles, aos 2 minutos, inaugurou o marcador. Cigogna chamou a marcação de Rodrigo Braña (o único que jogava no Estudiantes) para dentro da área. Centurión tocou para Minici na esquerda e o camisa 6 avançou em velocidade, chutando do bico da área para vencer Andujar e fazer Huracán 1x0.

O gol assustou o Estudiantes, mas não serviu para acordar a equipe. O Huracán continuou dominando e ampliou aos 5 minutos. Minici cobrou escanteio para Cigogna, que cabeceou para baixo. Andujar voou e fez linda defesa, mas o rebote caiu nos pés do próprio Cigogna, que empurrou para o gol vazio: Huracán 2x0.

Se a vitória parcial já chocava, a vitória por dois gols era um escândalo. O Estudiantes não jogava nada, mas encontrou um gol na sorte. Leandro Benítez e Alexis Danelon disputaram um pé de ferro e o camisa 8 levou a melhor. A bola sobrou para Veron, que rolou para Marco Rojo na esquerda. O lateral chutou forte e cruzado e conseguiu vencer Daniel Islas: Estudiantes 1x2.

No intervalo, Cristaldo tirou Leandro Desábato (que dava espaços a Cigogna) e Hernán Rodrigo Lopez (que não era o mesmo centroavante incisivo de outrora) e colocou Mathias Sanchez e Mauro Boselli. Já Sr Rabina decidiu não correr riscos e fechou a retranca. Tirou Mauro Milano e colocou Erramuspe, passando a jogar num 4-5-1 com 4 volantes.

A expectativa era de um ataque contra defesa no segundo tempo, mas isso não ocorreu, pois logo aos 10 segundos, o Huracán ampliou. Masantonio tocou para Centurión e recebeu na frente. Masantonio apenas colocou o pé na bola para pará-la e Centurión veio chutando. A bola subiu e enganou Andujar, em linda jogada ensaiada: Huracán 3x1.

O Estudiantes viu a vitória cada vez mais longe e não acertou mais nada. O Huracán forçava o erro e saía em velocidade. Em um desses lances, uma linda jogada terminou nas redes. Aos 5 minutos Daniel Islas cobrou tiro de meta no meio de campo para Masantonio. O camisa 10 recuou para Centurión, que chamou Minici na esquerda. O camisa 6 dominou, trouxe para o meio e passou no meio da zaga para Cigogna. O mito invadiu a área pelo meio e chutou no meio do gol, no alto, enquanto Andujar caía para o lado direito: Huracán 4x1.

Destaque do jogo: Daniel Cigogna. É estranho um time jogar defensivamente e o destaque ser o centroavante. Mas quando se marca dois gols contra o líder do campeonato e leva sua equipe à vitória, nada pode afastar Cigogna de tamanha honraria.

NOTAS RÁPIDAS:

  • O milestone da rodada vai para Denis Stracqualursi. Com os dois gols marcados contra o Racing, o centroavante chegou a 10 com a camisa do San Lorenzo.
  • A rodada será finalizada, possivelmente, na quarta-feira. Talvez a próxima rodada siga o mesmo padrão.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Torneio Apertura 2014 - Oitava Rodada - 09/04/2014

Devido a uns problemas no final de semana e na terça-feira, a primeira rodada do returno do Apertura só pôde ser finalizada nesta quarta. Mas não faltou emoção aos dois jogos desta tarde!

RACING 2x3 ESTUDIANTES

O último contra o primeiro, um panorama bem diferente do início do campeonato, onde tínhamos os papéis invertidos. Outrora favorito ao título, vindo da conquista do Torneio Início, o Racing é a única equipe que ainda não venceu no campeonato. Mas os últimos jogos mostraram uma evolução aos comandados de Madeirite e a esperança estava em alta para este duelo. Outrora uma incógnita, o Estudiantes venceu 5 dos seus 7 jogos no primeiro turno e virou na liderança. Hoje, é a equipe a ser batida graças a um esquema eficiente. No primeiro turno, Estudiantes 6x2 Racing.

Quando a bola rolou, a perspectiva de um jogo equilibrado se fez presente. O Racing marcava bem e saía em bons contra ataques, em velocidade. A proposta era muito boa e surpreendeu o Estudiantes, que não conseguia se organizar em campo.
 
O gol era questão de tempo, mas infelizmente não foi para a equipe que pressionava. O Estudiantes aliviou uma bola no meio de campo, por falta de opções de jogada. A bola foi parar na área do Racing, onde Gamboa tocou a Diego Capria na direita. O camisa 2 deu a Quiroz no meio, para ele reiniciar o ataque. Mas o camisa 5 quis levar a bola pela ponta e saiu com bola e tudo. Marco Rojo cobrou rápido o lateral para Hernán Rodrigo Lopez, que invadiu pela esquerda e chutou forte da entrada da área para vencer Saja, aos 4 minutos: Estudiantes 1x0.

Podia-se esperar que o Estudiantes abrisse a porteira e o Racing se perdesse, como foi visto inúmeras vezes no certame. Mas o Racing continuou agindo, pressionando e rondando o ataque. De tanto pressionar, foram premiados com o empate. Aos 7 minutos, Saja saiu e dividiu com Hernán Rodrigo Lopez. A bola foi isolada até a esquerda, na linha central, onde Latorre dominou. Ele inverteu o jogo para a direita para Pelletieri, que fez lindo passe em profundidade. Acosta recebeu, invadiu a área e chutou na saída de Andujar para empatar: Racing 1x1.

O gol dava justiça ao placar e o jogo ficou bom. Andujar salvou o Estudiantes algumas vezes, enquanto Saja se desdobrava na meta do Racing para não deixar mais nada passar. Mas o Estudiantes não é o líder do campeonato à toa. A inteligência de seus jogadores se faz presente. Pelletieri chutou da entrada da área e Andujar defendeu. Ao invés de ficar estirado no gramado, o goleiro levantou rápido e correu para cima de Pelletieri no momento em que o camisa 7 tentava o rebote. A bola dividida viajou até a intermediária do Racing, onde Diego Capria não conseguiu o domínio e a bola saiu para lateral. Marco Rojo cobrou para Leandro Benítez no meio, na entrada da área, e o camisa 8 aproveitou que Saja estava fora de posição para empurrar para o gol vazio aos 9 minutos: Estudiantes 2x1.

No intervalo, Madeirite mudou. Tirou Quiroz (responsável direto pelos dois gols adversários) e Latorre (que, embora tenha iniciado a jogada do gol, atuava muito longe da área) e colocou Fariña e Hauche. Já Cristaldo, contente com o desenvolvimento de sua equipe em campo, manteve a mesma formação.

O problema do Racing no campeonato reside nas falhas individuais. A equipe joga bem, mas um jogador falha e o time perde. Foi assim com apenas um minuto. Ruben Capria deu a saída tocando para Martin Simeone. O camisa 8 tentou driblar Verón e perdeu a bola. O camisa 11 tocou para Leandro Benítez, que deu passe muito esticado para Enzo Perez. O camisa 7 invadiu a área, tocou de lado e a bola sairia mansa pela linha de fundo. Mas Saja tentou tirar a bola dele e acabou derrubando-o. Chico Lírio não pensou duas vezes e anotou o penal, que foi muito bem cobrado por Federico Fernandez. O zagueiro chutou no canto esquerdo e Saja ainda tocou na bola, mas ela entrou mansa: Estudiantes 3x1.

Dono do jogo, o Estudiantes marcava bem e saía em bons contra ataques, mas Saja se redimiu da falha e começou a fechar o gol. Contente com o resultado, o time de La Plata começou a tocar a bola para passar o tempo. Mas, aos 8 minutos, tomaram um tremendo susto. Gastón Fernandez foi ao fundo e cruzou, mas Gamboa afastou. Fariña reiniciou tocando a Martin Simeone na intermediária, que procurou Enrique na esquerda. Angeleri deu um carrinho e mandou a bola para lateral. Enrique cobrou rápido para Hauche, que avançou em velocidade, invadiu a área pela esquerda e tocou na saída de Andujar para fazer seu primeiro gol com a camisa do Racing e dar números finais ao confronto: Racing 2x3.

Destaque do jogo: Rodrigo Braña. Ele não fez gol, não deu assistências, nem foi visto no ataque. Mas é passar da linha do meio de campo para ver como esse jogador se agiganta. Ele tomou conta da intermediária, não deixou o Racing se aproximar da área, desarmou vários jogadores do time de Avellaneda e saiu nos braços da torcida.

VELEZ SARSFIELD 1x1 SAN LORENZO

Passado o período de experiências e balançando no cargo, Valdir Espinoza disse a seus jogadores que é hora de decidir, se o Velez quiser alguma coisa no campeonato. Em penúltimo, com apenas 4 pontos no campeonato, o time começou a delinear seu esquema. Com Insua se movimentando pelo meio, para buscar opções, os laterais apoiando o tempo inteiro e os volantes chegando de trás de quando em quando, a proposta do Velez era para somar o máximo de pontos possíveis e tentar uma vaga nos playoffs.
 
Já o San Lorenzo precisava se encontrar. Depois de um início arrasador, com 3 vitórias nas 3 primeiras rodadas, a equipe desandou e perdeu os 4 jogos seguintes, saindo da zona de classificação e terminando o turno em sexto lugar. Muito disso se deve ao sumiço do futebol de Romagnoli, o que Nilson tentava recuperar. A ordem era para Buffarini ficar mais fixo na entrada da área, a fim de impedir os avanços de Lucas Romero. No primeiro turno, San Lorenzo 3x2 Velez Sarsfield.

Pois bastaram 2 minutos para o San Lorenzo mostrar que a equipe do início do campeonato estava de volta. Amelli pegou uma bola descartada pelo Velez e tocou na esquerda para Luciatti. O lateral esticou para Stracqualursi livre e o camisa 9 tinha a bola à sua feição. Adiantou para soltar uma bomba da entrada da área e vencer Sosa: San Lorenzo 1x0.

Aos poucos, no entanto, o San Lorenzo foi se retraindo e o Velez começou a ganhar terreno. O jogo ficou bom, com várias chances de lado a lado, mas o empate só saiu no último minuto. Aos 9, Emiliano Papa pegou a bola no meio de campo e ficou procurando opções. Vendo todo mundo marcado, o camisa 3 resolveu arriscar, mesmo de muito longe. O chute saiu à lá Adhemar. A bola subiu alto e desceu dentro do gol, surpreendendo Migliore. É o primeiro gol de Papa com a camisa do Velez: 1x1.

No intervalo, os dois treinadores ousaram. Espinoza sacou Insua e Turco Assad e colocou Cubero e Lucas Pratto. A genialidade veio na mudança tática. Cubero passou a primeiro volante e Gago saiu lá de trás para ser o armador. Já Nilson cansou de esperar uma boa partida de Romagnoli e o sacou, junto com Reynoso (que dava espaços para os ataques do Velez), colocando Erviti e Tellechea.

O jogo continuou muito bom. Embora o San Lorenzo ainda atacasse, as melhores chances vieram do Velez, principalmente dos pés de Gago, que soube aproveitar a chance como armador. Mas o gol não saiu e o placar ficou na mesma.

Destaque do jogo: Emiliano Papa. O camisa 3 foi importantíssimo para desafogar o time, em uma partida onde o armador não atuou bem. Saindo em velocidade pela esquerda ou aparecendo no meio, Papa foi a melhor opção de ataque, municiando seus companheiros e fazendo o gol de sua equipe.

CLASSIFICAÇÃO

1° Estudiantes - 18 pontos
2° Independiente - 15 pontos
3° River Plate - 14 pontos
4° Boca Juniors - 11 pontos, 23 gols pró
5° San Lorenzo - 11 pontos, 15 gols pró
6° Huracán - 10 pontos
7° Velez Sarsfield - 5 pontos
8° Racing - 2 pontos

ARTILHARIA

1° Daniel Cigogna (Huracán) - 11 gols
2° Nestor Silvera (Independiente) - 10 gols
3° Juan Sebastian Verón (Estudiantes), Leandro Benítez (Estudiantes), David Trezeguet (River Plate) - 7 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • O sábado desta semana não terá partidas. Assim sendo, a Federação estuda colocar os dois primeiros jogos da rodada na sexta e o encerramento no domingo. Caso não seja possível, a abertura será no domingo e o fechamento durante a semana.
  • Apesar da polêmica em jogo em que voltava de suspensão (não validou gol em bola que poderia ter batido dentro do gol), o árbitro Wilson Neca não foi a julgamento. A falta de denúncia por parte do San Lorenzo é entendida como uma aceitação de que a bola não entrou.

domingo, 6 de abril de 2014

Torneio Apertura 2014 - Oitava Rodada - 06/04/2014

Após uma semana de descanso e novos treinos, o Apertura teve,este domingo de sol, o início do returno. E já com o Superclássico! Vamos aos jogos!

BOCA JUNIORS 4x4 RIVER PLATE

Fora da zona de classificação, com uma campanha muito irregular e a ameaça de trocar de treinador ao final do campeonato. Este é o cenário do Boca Juniors para este returno. Alheio aos rumores, Paralelo treinou a equipe para este Superclássico com a volta de Palácio no lugar de Schelloto. Do lado do River, a vitória não vem há 3 jogos, em que a equipe empatou e se distanciou da liderança. Em terceiro no campeonato, Francescoli treinou os passes como forma de se chegar à vitória e voltar à briga pelas primeiras posições. No turno, River Plate 3x2 Boca Juniors.

E o jogo começou com muita marcação e alguns erros de passe. O estado do gramado prejudicou o jogo e a solução era arriscar de longe. Foi o que aconteceu aos 2 minutos, quando o Boca isolou uma bola para o campo de defesa do River. Paz tocou de cabeça para Berizzo, que tocou para Buonanotte na esquerda. O camisa 30 procurou alguém no ataque para o passe, mas todos estavam marcados. Então, avançou e chutou da intermediária. A bola surpreendeu Abbondanzieri e entrou em sua meta: River 1x0.

O que se esperava era que o gol agitasse o jogo e as equipes se espalhassem mais, mas não foi o que aconteceu. O River errava passes e o Boca, com Riquelme em má tarde, não se organizava. Assim sendo, um gol só na base da sorte. E ela sorriu ao Boca, quando Abbondanzieri bateu tiro de meta com chutão para um lugar vazio na defesa do River. Palácio correu mais que Barrado, ganhou a bola, invadiu a área e chutou na saída de Carrizzo para empatar aos 5 minutos: Boca 1x1.

O gol fez o Boca melhorar no jogo e buscar mais o ataque. O River, por sua vez, errava muitos passes e, com isso, a virada veio aos 8 minutos, quando Carrizzo cobrou o tiro de meta visando Gallardo no meio. O camisa 11 tocou na bola, mas Palácio lhe roubou com incrível destreza, invertendo o jogo na esquerda. Palermo correu mais para a ponta, driblou Placente e chutou cruzado, para fazer um golaço: Boca 2x1.

Com o gol, a torcida se inflamou e o que se esperava era que o Boca fosse deslanchar, mas foi o oposto que ocorreu. Nos acréscimos do primeiro tempo, Palermo tentou alcançar a bola e fez falta em Ortega. O camisa 10 cobrou rápido para a entrada da área, onde Serna deveria estar, e Gallardo recebeu livre. O camisa 11 invadiu a área e chutou sem chance para Abbondanzieri, fazendo River 2x2.

No intervalo, Paralelo sacou Serna e colocou Battaglia, pois o camisa 5 falhava muito na marcação na entrada da área. Com isso, Palermo passou a ser o capitão. Já Francescoli tirou Trezeguet (figura nula) e pôs Funes Mori.

O fato é que, novamente, a mudança de Francescoli não surtiu qualquer efeito. O nível técnico do jogo caiu e o River parou de atacar com alguém fixo no ataque. Mas, aos 2 minutos, Ortega fez falta dupla e recebeu cartão amarelo. Basualdo tocou para Palermo, recebeu na frente, avançou até a intermediária e mandou a bomba para fazer Boca 3x2.

O River não se acanhou e, aos 5 minutos, conseguiu empatar. Gallardo recebeu de Barrado, invadiu a área e foi derrubado por Abbondanzieri. Ferrari cobrou o penal no canto esquerdo e Abbondanzieri foi para o lado direito: River 3x3.

O empate foi bom para o River que, finalmente, começou a impor seu ritmo de jogo. O seu famoso trik-trik (a versão argentina do tic-tac) apareceu, em ótima jogada, aos 7 minutos. Paz tocou a Berizzo, que tocou a Almeyda, que tocou a Buonanotte, que devolveu a Berizzo. O camisa 6 tocou a Gallardo no meio, recebeu mais à frente à esquerda e tocou mais à esquerda para Buonanotte, no bico da área. O camisa 30 ajeitou e chutou cruzado, para vencer Abbondanzieri e fazer River 4x3.

A partir daí, o River continuou no trik-trik para passar o tempo e vencer o Superclássico. Mas, após um chute para fora, o raio caiu duas vezes no mesmo lugar. Abbondanzieri cobrou o tiro de meta no mesmo lugar vazio de onde o primeiro gol do Boca havia saído. Palácio correu mais que Barrado, invadiu a área e tirou Carrizzo do lance para dar números finais ao jogo, aos 9 minutos:  Boca 4x4.

Destaque do jogo: Rodrigo Palácio. Paralelo bancou a presença do camisa 19 em campo e foi recompensado. Dois gols, uma assistência e a presença constante no ataque, em jogo muito equilibrado.

HURACÁN 3x6 INDEPENDIENTE

Depois de três derrotas em três jogos, o Huracán engrenou três vitórias e um empate, conseguindo uma invencibilidade que o levou à zona de classificação do campeonato. O equilíbrio entre o setor defensivo e o contra ataque era a arma de Sr Rabina para sair com a vitória. Do lado do Independiente, o segundo lugar era bom, mas Bayer queria que a equipe vencesse, para encostar no líder Estudiantes. Queria aproveitar o campeonato ruim que River e Boca fazem para conseguir a liderança e o título. A semana foi aproveitada para melhorar o físico de seus jogadores, visto que Fredes e Busse se queixaram de dores durante alguns jogos. No primeiro turno, Independiente 3x2 Huracán.

A bola rolou e o Huracán mostrou que é outra equipe daquela que começou o campeonato. Forçando o erro do adversário e saindo em velocidade, o time não tardou a abrir o marcador. Logo a um minuto, Walter Ferrero desarmou Parra e tocou para Centurión, que tocou rápido para Cigogna. O mito avançou pela esquerda e, da entrada da área, chutou forte e venceu Navarro para fazer Huracán 1x0.

O Independiente não se acanhou e cercou a área do Huracán. Ao todo, foram 3 bolas na trave e duas que Islas defendeu maravilhosamente no primeiro tempo. Mas o empate só veio aos 4 minutos, quando um bombardeio encontrou as redes. Mareque tocou a Silvera, que perdeu a bola. Gracián recuperou e tocou para Silvera, que chutou para Islas espalmar. Mareque cobrou o lateral para o mesmo Silvera, que invadiu a área, driblou Alexis Ferrero e, enfim, venceu Islas: Independiente 1x1.

O jogo ficou bom, pois o Independiente passou a tocar a bola e buscar o ataque. Aos 6 minutos, Milano chutou e Navarro espalmou. Em jogada de habilidade, Mareque fez um malabarismo e dominou a bola, tocando a Montenegro no meio. Busse saiu da esquerda em velocidade e Montenegro tocou para ele na direita. O camisa 7 avançou pela ponta e chutou de curva para surpreender Islas e fazer Independiente 2x1.

Quando se achava que a equipe de Avellaneda iria deslanchar, o Huracán voltou ao jogo. Facundo Parra perdeu a bola para Cigogna, que tocou a Villarruel. O camisa 13 descobriu Ruben Masantonio entrando pelo meio e deu bom passe em profundidade. Masantonio só deslocou a bola de Navarro e empatou aos 9 minutos: Huracán 2x2.

No intervalo, Sr Rabina tirou Barrientos (que falhava sistematicamente) e Milano (substituição usual) e lançou Erramuspe e Barrales. Já Bayer sacou Vella (que deixava espaços no lado direito) e Parra (que jogava muito mal e já tinha cartão amarelo)  colocou Acevedo e Gandín.

O jogo continuou em alto nível e, com dois minutos, o Independiente voltou a ficar na frente. Em lançamento que iria para Cigogna, Tuzzio tirou de cabeça. Mareque tocou a Busse no meio e o camisa 7 deu a Silvera na esquerda. O artilheiro chamou a marcação ao avançar e inverteu o jogo para a direita, pegando Fredes livre. O camisa 8 chutou e ainda contou com a falha de Islas, que fez golpe de vista: Independiente 3x2.

No minuto seguinte, o lance que mudou o jogo. Alexis Ferrero tentou chutar e fez falta tripla, levando o cartão vermelho. Se esperava que o Independiente fosse crescer, mas foi o oposto que aconteceu. Ao menos neste lance... Gracián tocou a falta curta, Busse tentou devolver e acabou errando o passe,que encontrou Centurión. O camisa 8 tocou no meio e Masantonio entrou na área livre para, de primeira, tirar Navarro da jogada: Huracán 3x3.

Mas o Independiente não é uma equipe pequena e soube aproveitar a vantagem numérica para construir sua vitória. Aos 5 minutos, foi ao ataque em bloco e Walter Ferrero deu um carrinho em Gandin para mandar a bola a lateral. Tuzzio cobrou mais atrás e Mattheu chegou já batendo. A bomba estufou as redes de Islas e Mattheu marcou seu primeiro gol com a camisa do Independiente (agora, o único que não marcou foi o goleiro Hilário Navarro): Independiente 4x3.

Aos 7 minutos, Montenegro desarmou Barrales e tocou no meio para Gracián. O camisa 19 tocou a Busse na esquerda e o camisa 7 tocou a Fredes na direita. Este tipo de jogada, chamada "Figura Oito", confundiu o Huracán. Quando os jogadores perceberam, Fredes já estava dentro da área chutando rasteiro e fazendo Independiente 5x3.

Nos acréscimos, a goleada foi finalizada. Tocando para o tempo passar, a bola passou nos pés de Mareque, Tuzzio, Acevedo, Busse, Montenegro, até chegar na direita para Gandin. O camisa 9 avançou em diagonal e, da entrada da área, chutou e deu números finais ao jogo: Independiente 6x3.

Destaque do jogo: Hernán Fredes. Após o intenso trabalho físico de duas semanas, o camisa 8 não sentiu dores e jogou com desenvoltura. Responsável pela marcação a Cigogna no primeiro tempo, ainda participou de jogadas de ataque, cadenciou o jogo quando necessário e fez dois gols.

NOTAS RÁPIDAS:

  • Por problemas no curto final de semana, a rodada será encerrada durante a semana. Tal fenômeno deve se repetir na próxima rodada.
  • Milestone duplo nesta rodada! Os dois gols marcados no Superclássico fizeram Palácio chegar a 10 com a camisa do Boca. Já o primeiro gol marcado contra o Huracán foi o décimo de Fredes com a camisa do Independiente.