terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Arte e Botões – Mais Handebol – 29/01/2019

Neste domingo se encerrou o mundial de handebol. Disputada na Alemanha e na Dinamarca, a competição reuniu a nata do esporte e teve uma final inédita. Pela primeira vez na história do torneio tivemos uma final nórdica e, desde o título mundial da Suécia (1999) um time nórdico não chega ao título. Para completar, a final entre Dinamarca e Noruega traria um campeão inédito. E este foi a Dinamarca, que bateu a Noruega por 31x22 e levantou a taça em casa, na cidade de Herning.

Infelizmente, como dito na primeira postagem sobre handebol, o esporte não desperta atenção alguma no Brasil. Mesmo com jogadores atuando na Europa e uma boa seleção, que terminou em nono lugar (a melhor colocação em sua história), o handebol não significa nada para nós. Nenhum jogo foi transmitido, nenhuma (ou quase nenhuma) notícia foi dada e a final da Copa do Mundo não foi transmitida em lugar algum, nem pelo site da confederação brasileira. Assim, realmente, fica difícil acreditar em alguma virada, mesmo com o próximo mundial só daqui a 4 anos.

Mas, como já expliquei anteriormente, este é (ao lado do ciclismo de estrada) o meu esporte favorito e, mesmo sem notícia alguma do certame, o mundial mexeu comigo. Por esse motivo, já tinha feito 3 seleções do Brasil, uma da França e uma da Suécia. Agora, apresento mais seis seleções, o que dá para fazer um mundial de handebol com nove equipes, três grupos de três, o líder de cada grupo e o melhor segundo colocado indo para as semifinais e a diversão garantida. Não vou me alongar explicando cada uma, mas já garanto aqui que estão presentes a campeã mundial (Dinamarca), a vice (Noruega), a quarta colocada (Alemanha), a sexta colocada (Croácia), a décima colocada (Hungria) e a décima primeira (Islândia). A França terminou em terceiro, a Suécia em quinto e o Brasil em nono.

As equipes estão no já tradicional formato de defesa, com o treinador ao lado do goleiro. Olho vivo no armador central da Dinamarca, Mikkel Hansen, que marcou 7 gols na final e terminou o mundial como campeão, artilheiro e melhor jogador. Trata-se do melhor jogador do mundo na atualidade e já havia levado a Dinamarca a derrubar a poderosíssima França na final das Olimpíadas.








domingo, 27 de janeiro de 2019

Copa Olé 2019 - Final - 27/01/2019

Domingo, 27 de janeiro de 2019. Um lindo dia de sol, com o calor típico do verão, mas não tão infernal como vem sendo. A chuva que caiu nos últimos dias ajudou a puxar a temperatura para um nível aceitável e, assim, o Imperatriz Arena se abriu como o local ideal para os fãs passarem um dia perfeito, com um espetáculo de primeira linha. Afinal, estamos falando da grande final da Copa Olé 2019!

Velez Sarsfield e Independiente foram ao campo de jogo, decidir a Copa Olé 2019

Após vencer o San Lorenzo (2x0) nas quartas de final e passar pelo River nos pênaltis (4x3) após empate em 1x1, nas semifinais, o Velez Sarsfield chega com certo favoritismo à final. Com uma equipe bem armada onde até o goleiro participa das jogadas, o Velez tem em Federico Insua seu grande nome. Com liberdade para atuar pelo meio de campo, o camisa 11 distribui o jogo e encosta nos atacantes, vindo de trás para concluir.

O Velez foi a campo com 1. Sosa; 2. Gino Peruzzi, 4. Juan Sabia, 6. Sebá Dominguez, 3. Emiliano Papa; 5. Gago, 8. Claudio Hussain (c), 7. Romero, 11. Insua; 10. Dario Hussain, 9. Turco Assad. O técnico, Pearl Jam, auxiliado por Ledbetter, tinha ainda no banco 12. Lucas Pratto e 13. Cubero.

Estreando com uma vitória nos pênaltis (3x1) sobre o Estudiantes, após empatar em 0x0, o Independiente venceu o Boca Juniors (2x0) nas semifinais e arrancou de vez para a final. Sem apresentar um grande futebol, a equipe de Avellaneda se apega ao fato de defender o título conquistado em 2018 e tentar o primeiro "back to back" da Copa Olé, já que o Velez o fez, mas em 2014 e 2016 (2015 não teve disputa).

O Independiente foi a campo com 1. Navarro; 2. Vella, 4. Matheu, 6. Tuzzio (c), 3. Mareque; 5. Montenegro, 8. Fredes, 7. Busse, 19. Gracián; 17. Facundo Parra, 11. Nestor Silvera. O técnico Bayer, auxiliado por Madrepérola B, tinha no banco 9. Gandin, 10. Mauro Burruchaga e 12. Acevedo.

Em jogo, além do título da Copa Olé, estava o novo troféu e, também, a hegemonia. Com duas conquistas, Velez e Independiente são as equipes que mais venceram a competição. A vitória aqui significaria o terceiro título e a liderança no número de vitórias.

O árbitro é Anderson Daronco, auxiliado por Leonardo Gaciba.

VELEZ SARSFIELD 2x0 INDEPENDIENTE

O nervosismo de decidir no Imperatriz Arena, diante de 150 mil torcedores, bateu sobre os dois times. Um início de muitos erros. As equipes até chegaram ao campo de ataque, mas sem condições de conclusão e, assim, os chutes iam sem direção e força. O Independiente era um pouco melhor, mas não conseguia se organizar porque Gracián ficou muito mais no campo de defesa, o que obrigava os volantes e o lateral Mareque a tentarem alguma coisa. Só assim Silvera recebia a bola, mas sempre longe da área. Do lado do Velez, Insua pareceu sentir a final e se omitiu várias vezes do jogo. Mas, para sua sorte, Claudio Hussain resolveu chamar a responsabilidade.

Já corriam os acréscimos do primeiro tempo quando Mareque tentou ir ao ataque e passar a bola a Silvera. Juan Sabia interceptou e tocou a Gago no meio. O camisa 5 fez um lançamento para o campo de ataque, nas costas do lateral do Independiente. Claudio Hussain dominou pela meia direita, driblou Tuzzio e, com um toque de mestre, jogou por cima. A bola encobriu o goleiro Navarro e morreu mansa no fundo das redes: Velez 1x0.

No intervalo, Pearl Jam tirou Gino Peruzzi e Dario Hussain para colocar Cubero e Lucas Pratto. A ideia era fazer o mesmo que contra o River, reforçando a marcação do lado direito e tendo alguém dentro da área para concluir. Bayer ousou e fez uma mudança mais profunda. Tirou Fredes e Facundo Parra para colocar Mauro Burruchaga e Gandin. Gracián ficaria como volante, Burruchaga armaria o jogo e Gandin usaria a velocidade pelo lado direito.

Mauro Burruchaga demorou a entrar no jogo. Errando domínios e passes, o camisa 10 não conseguia dar continuação às jogadas. Com Gracián jogando mal, o Independiente não fazia a bola sair do seu campo. O Velez também demorou a entrar no jogo, mais preocupado em segurar a vantagem que tinha. Mas isso foi até os cinco minutos, quando as peças se encaixaram e a final ganhou emoção. Burruchaga passou a se movimentar mais pelo campo de ataque e buscar jogadas. Em uma delas, apareceu por trás dos zagueiros e chutou para Sosa fazer um milagre. Em outra, foi Silvera quem recebeu na esquerda e acertou a trave.

O Velez também melhorou, principalmente quando Insua resolveu jogar. Se movimentando pelo campo de ataque, o camisa 11 passou a distribuir o jogo e fez a equipe chegar à área adversária. Em cobrança de córner, Turco Assad cabeceou e a bola tocou no travessão duas vezes. Mas o placar permanecia inalterado. O Independiente tentava o empate e o Velez buscava os contra ataques.

E foi assim até os 8 minutos, quando uma pressão do Independiente foi aguentada com valentia pelo Velez, até que Gago afastou um cruzamento da área e Romero tocou a Turco Assad na esquerda. O camisa 9 trouxe para o meio e abriu um lançamento para o outro lado do campo, encontrando Insua. O camisa 11 dominou com o pé direito, viu a aproximação de Mareque, deu um drible desconcertante para trazer para o pé esquerdo e, com um chute em arco da entrada da área, venceu Navarro e deu números finais ao confronto: Velez 2x0.

VELEZ SARSFIELD CAMPEÃO DA COPA OLÉ 2019

Um esquema sólido e revolucionário fez o Velez triunfar ante adversários difíceis. Com boa movimentação, a equipe conseguiu se sobressair e chegar à sua terceira conquista, tornando-se o maior ganhador da Copa Olé e fazendo jus ao apelido "O Rei de Copas". De quebra, ainda teve em Federico Insua o artilheiro da competição, com 2 gols.

Convidado de honra da FIFUBO, o ciclista Frank Schleck, ganhador da Real Liga de Ciclismo, parabeniza o jogador Federico Insua pela artilharia da Copa Olé 2019.

"A chegada de Pearl Jam mudou a minha forma de jogar. Com a liberdade que tenho, posso chegar mais nos atacantes e distribuir melhor o jogo. E, ainda, chegar de trás para concluir. Devo a essa forma de jogar a artilharia da competição." - Insua, após ser premiado o artilheiro do campeonato.

Com a conquista, o Velez se classifica para a Supercopa FIFUBO no final do ano, junto com o Imperatriz (campeão da Copa 3 Corações). E embala de vez para o restante da temporada.

"Sim, é a minha primeira conquista como treinador do Velez. Espero que seja apenas a primeira de muitas. A equipe gosta de jogar - e ganhar - a Copa Olé e isso ficou provado. Temos um elenco muito capacitado e vamos provar isso nas próximas competições. Vamos com tudo para ganhar o Torneio Início e entrar forte na Liga FIFUBO!" - Pearl Jam, treinador do Velez, falando sobre a conquista.

O presidente da FIFUBO, Batistuta, entrega a Copa Olé ao capitão do Velez, Claudio Hussain.

"Jogar no Velez é uma honra. Ser capitão do Velez é uma honra. Fazer gol em final pelo Velez é uma honra. Erguer a Copa Olé como capitão do Velez? Sempre uma honra!" - Claudio Hussain, capitão do Velez, após erguer o troféu de campeão.

Jogadores e comissão técnica do Velez posam com a Copa Olé 2019, no gramado do Imperatriz Arena.

NOTAS RÁPIDAS


  • Além do título e da artilharia, Federico Insua tem outro motivo para tornar este domingo inesquecível. Ao fechar o placar na final, ele chegou a 50 gols com a camisa do Velez.
  • Virada a página da Copa Olé, é hora de prepararmos a Liga FIFUBO. O Torneio Início será disputado no próximo final de semana. No sábado, a primeira fase será disputada com Vasco x Velez e Huracán x Imperatriz. Os vencedores deste confronto se juntarão aos outros 6 times nas quartas de final, ainda no sábado. No domingo, as semifinais e a final.

sábado, 26 de janeiro de 2019

Copa Olé 2019 - Semifinais - 26/01/2019

O calor intenso deu uma trégua neste sábado. A chuva que caiu durante a tarde/noite de sexta-feira fez a temperatura baixar, molhou o gramado e fez com que os torcedores se sentissem muito confortáveis para irem ao Imperatriz Arena e conhecer os finalistas da Copa Olé 2019. Vamos ver os jogos!

RIVER PLATE 1x1 VELEZ SARSFIELD

Vindo de vitória sobre o Racing (2x1) no melhor jogo da competição até aqui, o River sabe que enfrentou um adversário que lhe tirou o máximo e, por isso, está pronto para enfrentar quem quer que seja. O Velez também vem de vitória (2x0 sobre o San Lorenzo) e jogando bem. Federico Insua é o melhor jogador da competição até aqui e, por isso, o treinador Pearl Jam quer que o jogo continue concentrado nele.

Para muitos, essa partida deveria ser a final. As duas equipes que apresentaram o melhor futibou de butaum até aqui deram um espetáculo. O River ficou mais com a bola, propôs o jogo e desperdiçou chances. O Velez marcava bem, ficava atrás esperando a oportunidade e saía rápido nos contra ataques. A equipe joga de uma forma mais compacta, onde até o goleiro Sosa participa dos lances.

A partida ficou assim até os 7 minutos, quando o River fez sua jogada de pé em pé, com Gallardo abrindo para Ortega na direita e o camisa 10 procurando Trezeguet no meio. Mas, bem postado, o Velez conseguiu recuperar a bola, com Sebá Dominguez, que tocou a Emiliano Papa. O camisa 3 tocou a Insua no meio de campo e o camisa 11 começou uma tabela impressionante com Turco Assad. Os dois foram pela esquerda, desde o meio de campo até a área do River, quando Insua deixou Assad livre. O camisa 9 chutou cruzado e venceu Carrizzo, fazendo Velez 1x0.

No intervalo, Francescoli tirou Barrado e Ferrari para colocar Coudet e Ponzio. O treinador do River percebeu que Trezeguet estava bem marcado na área, que os atacantes teriam que vir de trás. Então, colocou dois jogadores que ajudariam na armação de jogadas, permitindo aos pontas que adiantassem o jogo. Pearl Jam também percebeu isso e, assim, tirou Gino Peruzzi e Dario Hussain para colocar Cubero e Lucas Pratto. A ideia era reforçar a marcação e ter um homem na área para concluir.

O jogo continuou de altíssimo nível. O River, mais do que nunca, saía pro jogo. O Velez, bem postado, continuava apostando nos contra ataques. Chances de lado a lado, os goleiros operando verdadeiros milagres.

O empate veio aos 3 minutos, quando Sebá Dominguez dominou uma bola em sua própria área e não teve a atenção necessária para sair jogando. Trezeguet veio por trás, roubou a bola e abriu na direita. Ortega veio correndo, recebeu a bola e chutou cruzado. A bola descreveu um arco e foi escapando do goleiro Sosa, até entrar no lado oposto: River 1x1. Com isso, o finalista seria conhecido nos pênaltis!

Na primeira série de cobranças, Gago mandou à meia altura no canto direito de Carrizzo e Gallardo fez o mesmo, acertando o ângulo de Sosa. Na segunda série de cobranças, Turco Assad mandou no canto de Carrizzo, mas Trezeguet acertou a trave de Sosa.

Na temida terceira série, Insua acertou um chute forte para vencer Carrizzo e Almeyda, com uma cavadinha, venceu Sosa. O Velez tinha 3x2 na quarta série, quando Claudio Hussain cobrou no ângulo de Carrizzo, que fez uma defesa espetacular. Ortega cobrou deslocando Sosa e fez 3x3.

Na quinta e última série, Lucas Pratto cobrou com força e venceu Carrizzo. Buonanotte teria que converter para ir para as cobranças extras. Deslocou Sosa, mas a bola bateu na trave. O Velez venceu por 4x3 e conseguiu a vaga na final, em uma grande partida de futibou de butaum.

INDEPENDIENTE 2x0 BOCA JUNIORS

Este era considerado o jogo da esperança, já que as duas equipes tinham apresentado um jogo muito pobre nas quartas de final. O Independiente passou maus bocados frente ao Estudiantes, não saiu do 0x0 e só conseguiu a vaga nos pênaltis. O time foi mantido, com um voto de confiança do treinador. O Boca fez o placar mais expressivo (5x1 no Huracán), muito mais por conta da extrema fragilidade do adversário do que pela qualidade de sua própria equipe. O treinador Tripa Seca admitiu que está fazendo um trabalho de longo prazo, recuperando primeiro a parte física, agora a tática e, por último, a técnica.

Realmente, deu pra notar esta linha de trabalho do treinador do Boca. Com a equipe bem postada defensivamente, o Independiente se via sem opções para chegar ao ataque. A ideia do Boca era jogar com 8 atletas na defesa (incluindo o goleiro) e três no ataque, com Riquelme armando para Palacio e Palermo, que chegou a concluir algumas vezes, sem perigo. Isso mostra que a parte tática vinha sendo bem seguida, mas o trabalho técnico precisa ser feito. O Independiente, por sua vez, tinha dificuldades para criar. Gracián até tentava armar o jogo, mas Facundo Parra e Nestor Silvera estavam muito bem marcados, então os chutes vinham de longe.

Mas, aos 8 minutos, a genialidade de Silvera finalmente apareceu. Palermo tentou cruzar para Palacio na área, mas Tuzzio afastou. Montenegro abriu na esquerda para Busse, que lançou Silvera no campo de ataque. O camisa 11 se antecipou a Ibarra para dominar, invadiu a área após driblar Escudero e, com um lindo chute, venceu Abbondanzieri, fazendo Independiente 1x0.

No intervalo, Bayer sacou Busse e Gracián para colocar Acevedo e Mauro Burruchaga. Iria reforçar a marcação e apostar na estrela de seu camisa 10. Tripa Seca tirou Riquelme e Palacio para colocar Schelloto e Viatri, visando levar o time ao ataque.

O Boca perdeu um pouco de sua formação tática inicial e o Independiente se aproveitou dessa desorganização para matar o jogo. Aos 3 minutos, Serna foi ao campo de ataque e errou o passe. Fredes tocou a Parra na direita, que procurou Mauro Burruchaga no meio. Apesar de Silvera pedir a bola, o camisa 10 não lhe passou, pois o 11 estava impedido. Burruchaga avançou até a meia lua e, dali, chutou no canto direito de Abbondanzieri e fez Independiente 2x0.

O Boca ainda tentou diminuir, mas quando chegava, Navarro fazia uma excelente defesa. O Independiente segurou a vitória e conseguiu a vaga na final.

NOTAS RÁPIDAS

  • Velez Sarsfield e Independiente fazem, neste domingo, a grande final da Copa Olé. Além do direito de ser o primeiro a levantar a nova taça, os dois disputam a hegemonia do torneio, já que ambos têm dois títulos. O Velez quer voltar a vencer, já que sua última conquista foi em 2016. O Independiente quer o bicampeonato, já que é o atual vencedor da competição.
  • O milestone da rodada vai para Turco Assad. Ao abrir o marcador contra o River, ele chegou a 40 gols com a camisa do Velez.
  • Durante o intervalo da partida entre Independiente e Boca, chegou a triste notícia da morte do apresentador e deputado Wagner Montes. Apesar de ser um blog que fala de futibou de butaum (e não de política), a notícia entristece a todos. Sempre fui fã de Wagner Montes, desde a época de jurado do Show de Calouros e sempre votei nele em todas as eleições, independente de qualquer coisa. Quando morre um ídolo, o fã fica triste e é assim que me sinto neste momento. A FIFUBO está em festa com a Copa Olé, mas de luto por essa grande perda e deixa, aqui no final da postagem, a imagem da arte feita em homenagem ao apresentador, que tinha 64 anos, e faria parte da seção Arte e Botões com os "botões políticos", que desisti de postar para não causar animosidade, em tempos de tanta intolerância.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Arte e Botões - Madureira - 24/01/2019

Os estaduais estão começando, mas o charme acabou. Houve tempos em que eu gostava mais de ver campeonato carioca do que de brasileiro. Ver os times grandes apresentando seus reforços e os pequenos mostrando novos talentos, de cidades do interior ou do subúrbio. Foi-se o tempo em que um Madureira apresentava Muriqui ou um Friburguense vinha com Ziquinha. Ou até a Cabofriense e seu camisa 10 Teti. Hoje, os grandes agem como pequenos e os pequenos... bom, esses quase não existem. Cheios de veteranos ou jogadores de qualidade pra lá de duvidosa, dando a impressão que foram apanhados ali no mercado da esquina ou no posto de gasolina para montar o time às pressas. Para os grandes, importa é reclamar do calendário inchado. Para os pequenos, reclamar do calendário que se encerra tão logo acabe a competição. Mas eu ainda gosto da história do cariocão e, particularmente, amo de paixão duas equipes: Americano e Madureira. Escolhi fazer uma arte do tricolor suburbano por acreditar no celeiro de craques que já foi e, também, por adorar quando o Vasco estreia em Conselheiro Galvão (ou Aniceto Moscoso, ou Arena Madureira) lotado (3 mil pessoas!), vencendo com um 1x0 apertado. E aí entra a segunda parte da história de hoje.

Football Manager é um dos meus jogos favoritos de videogame. Nele, você é somente o manager do time, gerenciando desde a formação do time (escolhendo jogadores e táticas) até a contratação de atletas e profissionais, passando pelo merchandising da equipe e a infraestrutura do clube. Na hora do jogo, você não faz nada, apenas fica vendo o seu time armado enfrentar os adversários. Você pode escolher uma entre várias ligas do mundo e um entre os vários times distribuídos nas divisões daquela liga. Sempre escolho o Vasco como time para jogar sério e o Madureira, para brincar de Roman Abramovich. Uso o editor do jogo para deixar as duas equipes com (muito) dinheiro. Com o Vasco, contrato os principais jogadores, vejo a formação tática, escolho os melhores profissionais e parto em direção às conquistas.

Com o Madureira, coloco uma quantidade suficiente de dinheiro para poder contratar bem e fazer do time uma potência no futebol nacional. Faço um perfil secundário, contrato bons jogadores, monto a estrutura e, com tudo pronto, peço demissão e excluo aquele perfil. Assim, a diretoria contrata um treinador aleatório (normalmente, um bom nome do nosso futebol) e este toca o clube numa boa. Assim, o Madureira já chegou a ganhar Copa do Brasil e chegou ás semifinais da Libertadores (!). Uma diversão extra no jogo...

Então a brincadeira hoje é essa. Nada contra os profissionais do clube hoje, que ralaram muito debaixo do sol de Madureira para vestir a camisa e disputar o estadual. Mas vamos fazer de conta que um grupo de investidores se reuniu com Elias Duba (presidente do clube) e resolveu despejar dinheiro no Madureira. Reformulando Conselheiro Galvão, hoje o estádio comporta 30 mil pessoas. O dinheiro de contratações serviu para trazer bons jogadores do cenário nacional, com o objetivo de ganhar a série D, depois a C, depois a B e levar o clube à elite do futebol nacional. E, com as peças que vamos apresentar, talvez até conquistar a Copa do Brasil.

Lembrem-se, estamos falando de futibou de butaum. Brincadeira, fantasia, sonhos, diversão. Um pouco de imaginação não faz mal a ninguém. O Madureira do faz de conta tem dinheiro e bons jogadores. Abram a mente...


Começamos pelo goleiro. Do Sul veio Muriel, um bom nome que surgiu no Internacional, mas não teve a mesma sorte que seu irmão, Alisson. Muriel é um bom goleiro, seguro e capaz de fechar o gol.

A defesa começa com Nei na lateral direita. Jogador com bom porte físico, defende bem, chega bem ao ataque, é bom nos cruzamentos e tem um chute forte. Polivalente, joga nas duas laterais, na zaga e até de volante. Na dupla de zaga, o primeiro nome é um jogador que os investidores despejaram mais dinheiro, para ser a cara da equipe. Miranda veio da Europa para comandar a zaga e ser o capitão do time. Ao seu lado, Réver estava sem contrato com o Flamengo e veio de graça. Uma dupla boa no jogo aéreo, de bom posicionamento e muito segura. Na lateral esquerda, também de graça, veio Fabrício. O Vasco (o Inter e o Cruzeiro) não teve paciência com ele, mas Fabrício encontrou aqui um bom ambiente, acertou o posicionamento e virou uma arma constante pelo lado esquerdo. Para a defesa, Dudu Cearense é o reserva. Joga de volante, mas pode fazer a lateral direita também. Chega bem ao ataque, é bom cabeceador e arrisca uns golzinhos.

O primeiro volante é mais um dos que os investidores gastaram mais. Lucas Leiva veio da Europa para tomar conta da entrada da área e ajudar na saída do jogo. É o vice capitão da equipe e tem ao seu lado Ralf. Contratado junto ao Corinthians, é um jogador seguro, que dá boa proteção na entrada da área. Na armação, Paulo Henrique Ganso foi trazido da Europa em baixa e encontrou o ambiente (e o esquema) ideal para, enfim, desenvolver seu futebol. Dono de bom passe, é o cérebro da equipe. Ao seu lado, a pedido do treinador, a aposta é em Toró. O "craque" que começou fazendo muitos gols no Fluminense foi recuado para a armação no Flamengo, depois virou volante, chegou a atuar de zagueiro até que o campo acabou e ele foi mandado embora. O Madureira apostou no seu futebol e o trouxe para ser o meiocampista que encosta nos atacantes, como elemento surpresa.

O ataque tem uma disputa interessante. O único garantido é o centroavante Alecsandro. Com bons jogadores chegando tanto pelo meio quanto pela ponta, Alecgol pode ficar na área esperando a bola chegar para empurrar para o gol. O segundo atacante é que é o problema. Contratado pela experiência, Kleber Gladiador largaria na frente. Jogador forte, habilidoso, incansável e que sabe fazer gols, foi uma boa aposta. Mas a diretoria abriu o cofre e conseguiu tirar Luan do Atlético Mineiro. Um jogador de velocidade, que pode atuar tanto no meio quanto no ataque, é habilidoso e vem para brigar com Kleber pela segunda vaga.

E a quem cabe decidir isso? Ele mesmo, nosso querido Renato Gaúcho! Escolhi esse nome para ser o treinador porque, em 99% dos casos no Football Manager, era o escolhido pela diretoria do Madureira. Aqui, tem a missão de pegar todos esses talentos e fazê-los jogar. E isso, nosso Renatão tem toda a capacidade.

ARTE BÔNUS

Leu a postagem até o final? Parabéns, vamos ter uma arte bônus hoje! A arte da semana passada, do handebol, fez muito sucesso. Talvez pelo mundial, talvez porque muitos fãs do esporte se identificaram, talvez porque meu sonho esteja se realizando e os brasileiros estão com mais interesse, mas o que importa é que fez sucesso.

Muita gente falou comigo, dizendo o quanto gostou da iniciativa e da boa gama de jogadores brasileiros, além da poderosa França. E foi justamente a França que causou estranheza, pois foram 3 times formados por brasileiros e um francês, completamente fora de contexto. Coloquei a França por serem eles os melhores do mundo.

Como me pediram um bis de handebol, vou colocar a seleção por quem mais nutro simpatia, então vamos conhecer a seleção da Suécia de handebol! A Suécia está para o handebol assim como a Inglaterra está para o futebol. Uma liga forte, bons jogadores brotando da terra, torcedores fanáticos e um apoio maciço da mídia. Mas, na hora que a seleção se reúne e vem como favorita nas competições, é uma decepção atrás da outra. Parece que há espíritos rondando a quadra, impedindo a bola sueca de entrar. Mesmo assim, gosto muito do estilo sueco e aqui está a seleção, baseada na última convocação antes do mundial, inclusive com o treinador, o lendário Staffan Olsson. Não vou explicar jogador por jogador, até porque não conheço a história deles direito. Vou colocá-los na posição de defesa, com o treinador ao lado do goleiro.


A brincadeira do handebol tá ficando boa. Já consegui formar 6 equipes nacionais, uma francesa e uma sueca. Se continuar com boas entradas, as seleções da Alemanha e da Croácia podem pintar, com grandes chances também para Dinamarca e Islândia. Quem sabe não montamos uma Copa do Mundo de Handebol de Butaum qualquer dia desses?

domingo, 20 de janeiro de 2019

Copa Olé 2019 - Quartas de Final - 20/01/2019

Conforme previsto, as quartas de final da Copa Olé só se concluíram neste domingo, dia 20. O feriado de São Sebastião foi celebrado com um calor enorme. Os torcedores lotaram o Imperatriz Arena e foram obrigados a segurar esse forninho que o estádio se tornou, mas era  dia de jogo, então vamos ver quem avança às semifinais!

ESTUDIANTES 0x0 INDEPENDIENTE

Estreando no Imperatriz Arena, o time de La Plata tinha uma estratégia bem definida de jogar pelas pontas. O problema seria o espaço enorme que seria aberto no meio de campo. Do outro lado, estava um Independiente que já tinha jogado no Imperatriz Arena, mas perdido suas duas partidas. A ideia era tocar curto, evitar grandes corridas e se poupar por causa do calor.

E foi isso que aconteceu realmente. Tocando bem, o Estudiantes chegava ao campo de ataque pelas pontas. Mas o último passe era sempre errado e, por esse motivo, as conclusões eram escassas. O Independiente, por sua vez, tinha dificuldades em construir as jogadas. Com o centro do gramado inteiro para trabalhar, a equipe de Avellaneda não conseguia chegar ao ataque.

No intervalo, Cristaldo trocou Marco Rojo e Boselli por Mathias Sanchez por Hernan Rodrigo Lopez, visando ter melhor marcação na defesa e alguém que pudesse concluir no ataque. Já Bayer trocou Busse e Gracián por Acevedo e Mauro Burruchaga, visando ganhar qualidade no meio de campo.

O Estudiantes não criou nada no segundo tempo e viu o Independiente crescer. Com Burruchaga distribuindo o jogo, Silvera e Facundo Parra chegaram a acertar a trave de Andujar, mas o jogo não saiu do 0x0 e, com isso, a vaga foi definida nos pênaltis!

Na primeira leva, Navarro pegou a cobrança de Federico Fernandez e Silvera acertou a trave direita de Andujar. Na segunda leva, foi a vez de Leandro Benítez acertar o travessão de Navarro, enquanto Mauro Burruchaga acertava o ângulo de Andujar e fazia Independiente 1x0.

Na terceira leva, as temidas cobranças do meio, Gastón Fernandez acertou o travessão de Navarro, enquanto Tuzzio fez uma cobrança incrível. Enquanto Andujar caía para o canto direito, o camisa 6 dava uma cavadinha no meio do gol e fazia Independiente 2x0, jogando toda a pressão para a quarta série de cobranças. Enzo Perez não poderia perder, para tentar manter o Estudiantes na disputa e, com uma bola no ângulo de Navarro, fez Estudiantes 1x2. Mas, na sequência, Fredes cobrou rasteiro no canto esquerdo de Andujar, fez Independiente 3x1 e levou o time de Avellaneda às semifinais.

RACING 1x2 RIVER PLATE

Estreando no Imperatriz Arena, o técnico Paralelo já disse que o Racing não vai mudar seu estilo de jogo. A equipe iria jogar da mesma forma que jogava no Itaquá Dome. O River já jogou no Imperatriz Arena, derrotando o Boca (3x0) em amistoso. Mas, na FMN e no campeonato brasileiro da CBFM, a equipe jogou várias vezes e, assim, está mais do que acostumado a jogar neste tipo de campo. A vantagem, então, estaria do lado de Nuñez...

Este era o jogo mais esperado pelos torcedores e, com razão, as duas equipes trouxeram um espetáculo de primeira grandeza. Logo na saída de bola, Gallardo fez o 'toca y me voy' com Barrado, mas Pocchetino conseguiu interceptar a bola. Daí em diante, começou uma linda jogada coletiva, que levou um minuto inteiro para encontrar o caminho das redes. De Pocchetino, a bola foi para dentro da área, para Saja, com Barrado retornando ao campo de defesa, para recompor. Saja abriu na meia direita com Pelletieri, que jogava de costas. O camisa 7 avançava, virava de costas pro campo de ataque e tocava atrás. Fez assim com Ruben Capria no meio e correu para a meia esquerda, para receber de volta. O camisa 10 lhe tocou a bola e Pelletieri, novamente de costas, recuou a Latorre. O camisa 11 recebeu na ponta esquerda, se livrou de Ortega e avançou em velocidade pela ponta. Com outro drible, deixou Ferrari para trás, invadiu a área trazendo para o pé direito e chutou cruzado, acertando o ângulo oposto de Carrizzo, que se esticou todo, mas não encontrou a bola: Racing 1x0.

O gol logo em sua primeira jogada mostrava que o Racing acertava em manter suas características. Bem postado, o time de Avellaneda esperava o River errar para fazer a sua jogada. Pelletieri assumiu uma posição no centro do campo, de onde distribuía o jogo para as duas pontas e via seus atacantes concluindo com perigo. Latorre acertou a trave do River aos 3 minutos e, aos 8, mandou outra chance por cima.

Mas o River não ficou atrás. Com seu toque de bola característico, o time de Nuñez invertia a bola de um lado para o outro do campo, fazia sua jogada sem pressa e esperava o momento certo para concluir. Foi assim que conseguiu o empate. Aos 7 minutos, Ferrari desarmou Latorre e passou a Placente, que procurou Gallardo no meio. Com um passe para a direita, o camisa 11 encontrou Ortega. Enquanto Trezeguet corria para dentro da área pelo lado direito e puxava a defesa, Buonanotte avançava pelo lado esquerdo da área. Ortega passou a bola ao camisa 30, que recebeu na entrada da área, driblou Gamboa para entrar na mesma e acertou um chute no ângulo de Saja, fazendo River 1x1.

No intervalo, Paralelo tirou Enrique e Acosta para colocar Fariña e Hauche. Já Francescoli foi ousado ao tirar o capitão e o artilheiro do time. Saíram Almeyda e Trezeguet e entraram Ponzio e Funes Mori, com Ferrari recebendo a faixa de capitão.

O jogo continuou de altíssimo nível. Pelletieri continuou correndo com liberdade pelo meio de campo, distribuindo o jogo com Ruben Capria, que tinha uma excelente companhia na armação. Hauche fez boas jogadas pela direita e Latorre, pelo lado esquerdo, continuou como o melhor em campo. O River também cresceu. Gallardo distribuía o jogo pelas pontas e os atacantes buscavam Funes Mori no centro para a conclusão. Saja e Carrizzo trabalharam e fizeram defesas milagrosas, enquanto a trave salvou em outras ocasiões. Com mais chances, o Racing se fartou de perder oportunidades, que seriam fatais no final do jogo.

Já rolavam os acréscimos, quando a última jogada da partida se desenhou. Após Hauche chutar uma bola que Carrizzo agarrou, o goleiro repôs para Gallardo no meio. O camisa 11 abriu na direita para Ortega, que fez a jogada pela ponta, trouxe para o meio e rolou para Funes Mori. O camisa 9 deixou a bola passar, matando a marcação de Quiroz e, antes de Gamboa tirar, Funes Mori acertou um lindo chute no ângulo de Saja, concluindo com maestria a clássica jogada do time: River 2x1.

NOTAS RÁPIDAS

  • Com os quatro semifinalistas decididos, a Federação fez o sorteio e, assim, ficou definido que as semifinais serão River Plate x Velez Sarsfield e Independiente x Boca Juniors. Se nada mudar, as semifinais serão no próximo sábado e a grande final, no domingo.
  • A festa está garantida, pois a FIFUBO conseguiu adquirir os troféus e, assim, a taça da Copa Olé já está na sede da Federação.
  • A LMC concluiu sua primeira competição por etapas na semana que passou. Com uma corrida de antecedência, Frank Schleck venceu a Real Liga de ciclismo. Na última prova, Bauke Mollema saiu vencedor, com Alberto Contador em segundo e Oscar Pereiro Sio em terceiro. Frank Schleck, ciclista de Luxemburgo e da equipe Saxobank, foi o grande campeão da Real Liga, com Alberto Contador (Espanha e Astana) em segundo e Bauke Mollema (Holanda e Rabobank) em terceiro. Agora, os ciclistas estão na disputa do Protour do Benelux.
  • A FIFUBO e a LMC parabenizam Frank Schleck pela conquista da Real Liga de Ciclismo!
O ciclista Frank Schleck, com o troféu da Real Liga de Ciclismo.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Arte e Botões - Handebol - 16/01/2019

Meio de semana, jogos só no domingo, blog mortinho... então vamos à primeira arte do ano e fazer algo diferente. Hoje, vamos falar de uma das minhas maiores paixões: o handebol!

Apesar de ser louco por futibou de butaum, os meus dois esportes favoritos são o ciclismo de estrada, que já foi alvo de uma arte no blog (e você pode conferir clicando aqui) e o handebol. Sim, handebol, não handball. Estamos no Brasil e falando português, então é handebol! Toda a movimentação, os arremessos de ângulos impossíveis dos pontas, os mísseis disparados pelos armadores, toda a habilidade do central, o pivô jogando no meio da defesa... sem contar o melhor de tudo, que são as defesas espetaculares dos goleiros, muitas vezes menos de meio metro à frente do arremessador.

Na Europa, o handebol é um esporte com muitos adeptos. As competições atraem a atenção da mídia, o público lota os ginásios e os jogadores são verdadeiros ídolos. É até compreensível que países com inverno rigoroso tenham maior paixão por handebol, jogado em ginásios fechados e sem necessidade de manutenção de gramado, o que permite que várias partidas possam ser disputadas na mesma quadra, seguidas uma da outra. Por isso as competições de seleções, por exemplo, têm de 6 a 8 jogos seguidos no mesmo dia. Assim, países como Suécia, Rússia, Islândia, Dinamarca (a atual campeã olímpica) e Noruega têm forte tradição. Mas outros, como Alemanha, Hungria, Espanha, Croácia e a França também amam o esporte. A segunda divisão alemã tem mais audiência do que muito campeonato europeu de futebol da primeira divisão!

E por que no Brasil não deslancha? Estudos indicam que o handebol é o esporte mais praticado nas escolas do país, o que nos daria uma grande base de jogadores e profissionais, além de aumentar o interesse dos praticantes em acompanhar as competições. Mas a Liga Nacional é incipiente e só atrai atenção da mídia nas semifinais, por ser disputada no final de dezembro, quando a TV por assinatura não tem o que passar. E, mesmo assim, se limita a uma disputa entre Metodista e Pinheiros.

Mas o que poucos sabem é que há um trabalho grande, levando os principais jogadores para a Europa, a fim de aprenderem com os melhores, que já vem trazendo resultados. A seleção feminina "aluga" um time na segunda divisão da Áustria para jogar o campeonato nacional e, em 2013, conquistou o mundial feminino, um grande feito. A seleção masculina ainda não conseguiu passar das quartas de final em mundiais ou olimpíadas, mas já tem jogadores espalhados pelas principais ligas do mundo, alguns até em times de ponta, como o Barcelona e o PSG, que investem pesado em handebol. O Brasil já teve, em 2003, o terceiro melhor jogador do mundo, o genial Bruno Souza.

Entra ano, sai ano, e eu continuo sonhando no dia que o brasileiro vai descobrir este esporte fascinante e poderemos ver todo o talento dos nossos atletas em uma Liga Nacional forte ou, quem sabe, acompanhar as ligas europeias com o mesmo interesse que vemos a UEFA Champions League, a NBA, a NFL e outras ligas esportivas ao redor do mundo.

Mas, pelo visto, não será neste ano. Na segunda-feira, o Globo noticiou que o Brasil derrotou a Sérvia, uma das maiores potências do esporte, no mundial de handebol. Logo pensei que esse será o nosso ano, mas a surpresa ao ler a notícia e descobrir que o Brasil já tinha enfrentado (e perdido para) França e Alemanha mostra como o handebol ainda não desperta a nossa atenção.

Mas chega de lamentação! Vamos apresentar as artes. Fiz quatro equipes, sendo as duas primeiras compostas por jogadores da seleção brasileira atual; a terceira arte é com os jogadores aposentados (ou quase lá) que fizeram história na seleção; e a última é a França que ganhou tudo e só perdeu a hegemonia do esporte nas últimas Olimpíadas, para a Dinamarca.

Tenho uma prancheta magnética de handebol com imãs. Fiz umas regras para jogar o que chamo de "handebol de butaum", que não explicarei na íntegra para não deixar a postagem maior do que já está. Mas o principal dá para explicar. O time atacante vai tocando a bola até decidir arremessar. Neste momento, o time atacante joga um dado de oito lados e, na sequência, o defensor joga outro. Se o número do atacante for maior que o defensor, é gol; se igual, é uma situação de rebote, bateu na defesa, goleiro ou trave e voltou para o atacante; se o número do defensor for maior, pode acontecer uma de três situações: se a diferença for de um ponto, é escanteio; se for de dois pontos, é lateral; se for de três para cima, o goleiro defendeu e a bola passa para o time defensor. As duas equipes têm, alternadamente, 12 posses de bola (divididas em "dois tempos" de 6 posses cada). E o vencedor é aquele que fizer mais gols.

Como fiz as artes e me empolguei, talvez resolva fazer outras e retomar a liga de handebol. Muita gente boa ficou de fora. Se contar só os atletas brasileiros, dá para fazer um bom campeonato. Vou apresentar os quatro times aqui, na posição de defesa e com os treinadores do lado. Se der vontade, outras equipes surgirão ao longo do ano. Em caso de dúvida sobre algum jogador, posição, pontos fortes, deixa aí nos comentários.





domingo, 13 de janeiro de 2019

Copa Olé 2019 - Quartas de Final - 13/01/2019

Os dias passam da mesma forma, com um calor infernal e nenhuma nuvem no céu. O domingo foi nesse estilo. Mas os torcedores não deixaram de comparecer em bom número ao Imperatriz Arena, para acompanharem o início da Copa Olé 2019. Vamos conhecer os dois primeiros semifinalistas!

VELEZ SARSFIELD 2x0 SAN LORENZO

Campeão em 2014 e 2016, o Velez pisa pela primeira vez no Imperatriz Arena disposto a mostrar um novo estilo de jogo, mais dinâmico, ocupando bem os espaços. Já o San Lorenzo, campeão do Torneio Início do Apertura 2018, quer mostrar que a boa fase vivida naquele torneio segue aqui e que a torcida de Almagro pode confiar em sua equipe.

O único que cumpriu suas promessas foi o Velez. Desde o início, a equipe esteve bem distribuída em campo e tocava a bola com inteligência. Insua se movia por todo o meio de campo, buscando e distribuindo o jogo, municiando os atacantes e estes desperdiçavam boas oportunidades. Com dois volantes atuando quase como zagueiros e Romagnoli encostando nos atacantes, o San Lorenzo deixava um espaço enorme no meio de campo e foi ali que o Velez deitou e rolou.

Aos 5 minutos, Emiliano Papa roubou uma bola de Raul 'Pipa' Estevez e tocou a Lucas Romero na meia esquerda. O camisa 7 tocou a Insua no meio de campo, que avançou com a bola dominada. Insua tabelou com Turco Assad, recebeu de volta na meia lua e não se intimidou diante da marcação de Reynoso. Com um chute em arco, venceu Migliore e fez Velez 1x0.

Desorganizado e em desvantagem no placar, o San Lorenzo tentava ir ao ataque, mas errava muitos passes. Com isso, o Velez saía em velozes contra ataques e tinha a chance de ampliar. Aos 9 minutos, em uma bola esticada, Stracqualursi dividiu com Sosa e Sebá Dominguez afastou para longe. A bola viajou o campo inteiro, surpreendeu a zaga do San Lorenzo e sobrou livre para Turco Assad invadir a área e fazer o gol. Mas ventava muito no Imperatriz Arena e a bola acabou correndo pela linha de fundo antes que Assad concluísse, frustrando o camisa 9.

Na cobrança de tiro de meta, a bola sobrou para Erviti na esquerda, mas ele foi desarmado por Gino Peruzzi, que tocou a Insua no meio. Com um passe magistral, o camisa 11 encontrou Dario Hussain na direita. O camisa 10 trouxe para o meio, driblou Luciatti, invadiu a área e chutou forte na saída de Migliore para fazer Velez 2x0.

No intervalo, Pearl Jam sacou Romero e Turco Assad para colocar Cubero e Lucas Pratto. Nilson tirou Tellechea e Raul Estevez para colocar Piatti e Bordagaray. Visava ganhar o meio de campo e ter mais presença no ataque.

Mas o panorama não mudou. Senhor do jogo, o Velez tocava a bola e esperava uma chance para matar de vez. O San Lorenzo tentou chegar ao ataque e, na melhor oportunidade, Romagnoli cobrou córner na cabeça de Stracqualursi, que mandou no travessão.

HURACÁN 1x5 BOCA JUNIORS

Time mais defensivo da FIFUBO, o Huracán tem a missão de adaptar seu esquema retranqueiro a um campo maior. Já o Boca, que já jogou aqui e perdeu pro River (0x3), tem que se encontrar rápido e acalmar sua exigente torcida, que não vê o time ser campeão desde 2014.

Pode-se dizer tranquilamente que foi o pior jogo já disputado no Imperatriz Arena. As duas equipes fizeram um espetáculo deplorável, de passes errados, jogadas equivocadas e nenhuma conclusão. O primeiro chute a gol só saiu aos 4 minutos e, mesmo assim, sem nenhuma direção. Riquelme irritava a torcida ao levar sempre o time para trás. O Huracán não criava nada.

Em um panorama tão ruim, gol só sairia se houvesse uma falha. E foi assim. Aos 7 minutos, quando a bola estava na área do Boca, o lateral do Huracán, Danelon, resolveu agredir o volante do Boca, Basualdo, próximo à meia lua da área do Huracán. O auxiliar Nestor Pitana viu e alertou o árbitro Leonardo Gaciba, que marcou a falta. Riquelme cobrou com perfeição, por cima da barreira, e venceu Islas. Boca 1x0.

Quando se pensava que as coisas iam terminar assim, o Huracán conseguiu falhar de novo. Já nos acréscimos, Minici errou um passe de dois metros para Cigogna e mandou a bola a lateral. Palacio cobrou para Cagna, que tabelou com Basualdo, recebeu nas costas de Minici, invadiu a área e chutou na saída de Islas, fazendo Boca 2x0.

No intervalo, Sr Rabina tirou Centurion e Milano para colocar Barrales e Erramuspe. Já Tripa Seca sacou Riquelme e Palacio para colocar Guillermo Barros Schelloto e Viatri. Riquelme saiu surpreso, mas o fato é que, tirando a cobrança de falta que resultou no primeiro gol, ele não fez nada no jogo inteiro.

As mudanças melhoraram o Boca, que passou a ter mais organização. Já o Huracán continuou falhando. E muito! Aos 2 minutos, foi a vez de Alexis Ferrero errar um saída de bola e entregar nos pés de Basualdo. O camisa 11 tabelou com Palermo e deixou o camisa 9 livre no bico da área para acertar o ângulo de Islas e fazer Boca 3x0. 

O Huracán ainda diminuiu aos 5 minutos, em boa jogada de Danelon. O camisa 2 tabelou com Cigogna, avançou pela ponta, invadiu a área  e chutou cruzado para vencer Abbondanzieri e fazer Huracán 1x3. O gol mostrava como o time estava perdido. Enquanto o autor do gol voltava sozinho para seu campo, todos cumprimentavam Ruben Masantonio, que foi quem buscou a bola no fundo das redes.

E foi nessa desorganização que o Huracán entregou mais dois gols ao adversário. Aos 7 minutos, Viatri protegeu a bola próximo à entrada da área e Walter Ferrero lhe aplicou uma tesoura por trás. Guillermo Barros Schelloto cobrou muito bem, por cima da barreira, e fez Boca 4x1.

A goleada veio em mais uma falha de Minici, aos 9 minutos. O camisa 6 saiu com a bola dominada e tentou o passe para Erramuspe, mas acabou acertando para Cagna. O camisa 8 tocou a Schelloto no meio, recebeu de volta na direita e passou a Viatri nas costas de Minici. Viatri invadiu a área e chutou na saída de Islas para dar números finais ao jogo: Boca 5x1.

NOTAS RÁPIDAS

  • A Copa Olé dá uma pausa até o domingo que vem, quando Estudiantes x Independiente e Racing x River decidirão os outros semifinalistas. Até lá, a FIFUBO tenta resolver o problema de seus troféus.
  • Até a próxima rodada, o campeão da Real Liga de Ciclismo deve já ter sido definido. O ciclista vencedor daquela competição será convidado ao Imperatriz Arena, para entregar o prêmio de artilheiro da Copa Olé e, assim, reforçar os laços entre os dois esportes.

sábado, 12 de janeiro de 2019

Copa 3 Corações 2019 - 12/01/2019

Sábado, doze de janeiro de dois mil e dezenove. Um dia de sol forte, calor intenso, nenhuma nuvem no céu e aquele desejo de curtir uma praia com a família. Mas 150 mil pessoas escolheram outro programa, bem mais atraente. Foram ao Imperatriz Arena, para a primeira competição do ano da FIFUBO. A décima edição da Copa 3 Corações abre o calendário e já traz muita emoção. Frente a frente o maior clássico da FIFUBO, Vasco x Imperatriz!

O Vasco é o atual bicampeão da competição e tem, ao todo, cinco conquistas da Copa 3 Corações. Quer manter a primazia nesta competição e alcançar o seu rival no total de conquistas na FIFUBO. Atualmente, a equipe da Colina conta com 14 troféus. Para a partida de hoje, Antonio Lopes corrigiu o posicionamento de Felipe e Juninho, para que se ajustassem à posição em que joga Nilton.

O Vasco foi a campo com 1. Carlos Germano; 23. Fagner, 26. Dedé, 25. Anderson Martins, 33. Ramon; 5. Nilton, 8. Juninho (c), 6. Felipe; 7. Eder Luis, 9. Adriano, 10. Diego Souza. O técnico Antonio Lopes, auxiliado por William, tendo Buchanan's Deluxe 8 como preparador físico e Buchanan's Deluxe 14 como médico, tinha no banco de reservas 2. Allan e 11 Bernardo.
4 vezes campeão da Copa 3 Corações, o Imperatriz quer voltar a se igualar ao Vasco na primazia da competição e, de quebra, impedir o tricampeonato do rival, o que seria inédito. Maior vencedor da FIFUBO, com 15 títulos, também quer manter essa dianteira, impedindo o Vasco de o igualar. Após uma pré temporada intensa, que exigiu muito do preparo físico, o time tem um novo posicionamento de laterais e volantes, visando dar mais mobilidade a Douglas na armação, para municiar o ataque. A equipe veio mordida pela derrota para o mesmo Vasco (0x4) na final da Supercopa FIFUBO 2018 e queria mostrar que não estava atrás do rival.

O Imperatriz foi a campo com 1. Charlie Brown; 2. Claudio Winck, 3. Victor Ramos, 4. Luan, 6. Juan; 5. Emerson (c), 14. Mendieta, 10. Douglas; 7. Robinho, 9. Suker, 17. Maikon Leite. O técnico Dircys, auxiliado por Buchanan's e Etcheverry, com Frômio como preparador físico e MST como médico, tinha no banco 8. Yago Pikachu e 11. Dagoberto.

A arbitragem ficou a cargo de Carlos Eugênio Simon, auxiliado por Nestor Pitana.

E assim estava tudo pronto para a grande decisão da Copa 3 Corações! A torcida fez o Imperatriz Arena tremer neste clássico do nosso futibou de butaum! Por ser o atual campeão, o Vasco teve o mando de campo. Mas, no intervalo, as equipes trocaram de lado. Em caso de empate, o campeão seria decidido nos pênaltis.

A saída pertenceu ao Vasco.

VASCO 1x3 IMPERATRIZ

Tão logo se deu a saída de jogo, o Imperatriz já dominou as ações. Dircys percebeu que o baile vascaíno na Supercopa se deu pelas pontas, principalmente com Diego Souza caindo bem para a lateral e cruzando para a área. Assim, mandou os laterais abrirem bem para cobrir as pontas e recuou os volantes para a entrada da área, fechando junto com os zagueiros o centro do campo. Desta forma, Douglas tinha liberdade para armar o jogo. Correndo no meio de campo, o camisa 10 distribuiu o jogo para as duas pontas, onde Robinho e Maikon Leite avançavam em velocidade e procuravam Suker para a conclusão. Mesmo quando a marcação apertava, o camisa 9 voltava o jogo para as pontas, de onde Robinho e Maikon Leite concluíam. O Vasco tentava impor seu ritmo. Juninho se movia pelo campo de ataque e buscava Eder Luis e Diego Souza nas pontas, mas os laterais do Imperatriz não deixavam as jogadas seguirem e, quando a bola chegava ao meio, Victor Ramos afastava antes que Adriano dominasse.

O primeiro gol da partida veio aos 5 minutos, numa variação da clássica River Plate. Charlie Brown cobrou tiro de meta para Douglas no meio. De costas, o camisa 10 recuou a Mendieta, para o camisa 14 armar o jogo. Mendieta avançou pela meia esquerda e esticou para Maikon Leite na ponta. O camisa 17 trouxe para o meio e rolou a Suker. De frente pro gol, o camisa 9 poderia concluir, mas Nilton e Dedé chegaram para bloquear. Assim, Suker rolou de volta na esquerda, pelo meio da zaga. Maikon Leite recebeu, invadiu a área e chutou rasteiro na saída de Carlos Germano, fazendo Imperatriz 1x0.

O primeiro tempo terminou desta forma, apesar de Robinho e Suker terem acertado a trave e Carlos Germano ter feito duas defesas muito difíceis. O Imperatriz poderia ter liquidado a fatura ainda na primeira etapa, mas preferiu guardar forças para o segundo tempo.

No intervalo, Antonio Lopes tentava reorganizar o time e sair da armadilha do rival. Tirou Ramon e Diego Souza (este, completamente anulado pela marcação adversária) e colocou Allan e Bernardo. Allan revezaria com Felipe entre lateral esquerda e meio de campo, ajudando na saída de bola, enquanto Bernardo tentaria recuar para armar e usaria sua velocidade para atacar.

Já Dircys optou por descansar jogadores, uma vez que o calor era intenso. Tirou Claudio Winck e Robinho, que jogavam bem, colocando Yago Pikachu e Dagoberto em seus lugares. Chegou a ser criticado por tirar o camisa 7, que jogava muito bem, mas as críticas foram poucas e sumiram logo...

Com apenas 2 minutos de jogo, o Vasco partia em busca do empate, com Juninho tocando a Adriano pelo meio e o camisa 9 abrindo na esquerda para Bernardo. Mas Victor Ramos apareceu de surpresa e desarmou o camisa 11, tocando a Emerson no meio. O camisa 5 procurou Suker mais à frente e o camisa 9 recuou a Mendieta na meia esquerda. Trazendo a bola pro centro, o camisa 14 viu Dagoberto correndo pela ponta direita. O passe saiu preciso, no meio da zaga. Dagoberto invadiu a área e chutou na saída de Carlos Germano, fazendo Imperatriz 2x0 e mandando a torcida do Vasco se calar.

Neste momento, ficava claro que o Vasco não tinha meios de reverter o placar. O jogo era todo do Imperatriz, que dominava desde a marcação até a conclusão da jogada. Aos 4 minutos, Douglas cobrou escanteio e Suker cabeceou no travessão, a terceira bola do Imperatriz que parava nos postes.

Mas, aos 8 minutos, não teve mais jeito. Em bola esticada para Eder Luis, Luan apareceu interceptando e tocando a Juan na lateral esquerda. O camisa 6 tocou a  Maikon Leite, que procurou Mendieta no meio. O camisa 14 tocou mais à frente para Suker, que viu Douglas entrando pela ponta direita. Novamente, o passe foi no meio dos zagueiros vascaínos. Douglas recebeu pelo lado direito, entortou Anderson Martins com um drible moralizante e, com a bola no pé esquerdo, viu o posicionamento de Carlos Germano antes de dar um toque de cobertura que entrou no ângulo do goleiro adversário: Imperatriz 3x0.

O Vasco descontou nos acréscimos, quando Felipe deu bom passe para Adriano na meia direita. O camisa 9 driblou Luan, protegeu de Emerson para entrar na área e, de frente, chutou forte de pé esquerdo no canto de Charlie Brown. O Vasco fazia 1x3, mas na saída de bola, Douglas voltou ao campo de defesa e tocou para trás. O Imperatriz trocou passes até Carlos Eugênio Simon pedir a bola e encerrar o jogo.

IMPERATRIZ CAMPEÃO DA COPA 3 CORAÇÕES 2019

Uma partida perfeita rendeu ao Imperatriz o primeiro título do ano, o quinto da competição e o décimo sexto de toda a sua história na FIFUBO. Douglas foi o melhor em campo, com uma tarde de gala, distribuindo o jogo para tudo quanto era lado e fazendo o gol mais bonito do jogo. Maikon Leite mostrou a todos por que Dircys disse que ele iria surpreender, com jogadas em velocidade pelas pontas e o gol que iniciou a conquista do título. Suker não marcou, mas mandou duas bolas na trave e ainda deu o passe para dois gols. Mendieta também deu duas assistências e mostrou que pode sair do campo de defesa para armar o jogo. Victor Ramos foi um gigante na defesa e anulou Juninho e Diego Souza. Juan fez o trabalho pelo outro lado. Até a estrela de Dagoberto, de entrar no lugar de um Robinho que jogava bem, e fazer o segundo gol. Em resumo, o Imperatriz teve uma tarde inesquecível, dominando um adversário fortíssimo, para conquistar o título da Copa 3 Corações.

O Vasco, por sua vez, fez o seu jogo, com Juninho correndo pelo campo de ataque para distribuir o jogo. Eder Luis apareceu bem na ponta direita e Adriano buscou aproveitar as oportunidades. Mas a marcação do Imperatriz foi perfeita e anulou as tentativas do Vasco de conquistar o sexto título.

Jogadores e comissão técnica do Vasco, após receberem a medalha de prata.

A artilharia não é premiada em copas, mas os jogadores são chamados ao tapete vermelho, para serem homenageados. Como foi partida única e quatro jogadores marcaram um gol, os quatro foram chamados para a homenagem.

O vice presidente da FIFUBO, Ruben Paz, parabeniza Maikon Leite (Imperatriz), Dagoberto (Imperatriz), Douglas (Imperatriz) e Adriano (Vasco), pela artilharia da Copa 3 Corações.

"Já vesti a camisa de grandes clubes; já vesti a camisa de grandes clubes que vestem verde. Quando o Imperatriz me procurou, não tive dúvidas em aceitar. O treinador Dircys disse para eu não ligar para as críticas e procurar me focar no meu jogo, no que era proposto. Ele acreditou em mim e bancou minha titularidade. Eu só podia retribuir. E confiei no meu talento para isso. Estou realizado com o gol e com esta conquista. E que venham outras!" - Maikon Leite, após ser homenageado pela artilharia da competição.

O Imperatriz dá a volta por cima. Mostra que continua gigante pronto para conquistar títulos. De quebra, o triunfo da Copa 3 Corações, que o iguala ao Vasco com cinco conquistas, garante a vaga do verde e branco de Niterói na Supercopa FIFUBO, em dezembro. E ainda se torna a primeira equipe a levantar um dos novos troféus da FIFUBO. O tradicional coração de cristal da Copa 3 Corações foi substituído e, agora, a Copa é representada pelo antigo troféu da Copa do Brasil, em aço inox e prata.

O presidente da FIFUBO, Batistuta, entrega a Emerson, capitão do Imperatriz, a Copa 3 Corações.

"Levantar este troféu, pela primeira vez como capitão do Imperatriz, é uma honra ímpar. Que seja a primeira de muitas vezes que farei isso com essa camisa" - Emerson, capitão do Imperatriz, após levantar o troféu da Copa 3 Corações.

Jogadores e comissão técnica do Imperatriz posam com o troféu da Copa 3 Corações.

"Vamos encarar os fatos. Temos craques no nosso elenco, uma comissão técnica muito capacitada e fizemos uma pré temporada maravilhosa, corrigindo os problemas físicos e acertando o posicionamento. Não dava para ter outro resultado que não fosse o título" - Dircys, treinador do Imperatriz, falando sobre a conquista.

E assim o Imperatriz F.B. levanta o primeiro troféu do ano. Mas 2019 está só começando e a FIFUBO tem muito mais emoção para dar a seus torcedores! Na próxima semana, é a vez dos times argentinos irem a campo, para a disputa da Copa Olé. Os duelos ainda serão sorteados, mas é possível inclusive que tenhamos a rodada inicial neste domingo ou durante a próxima semana.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Taças e Troféus da FIFUBO - 09/01/2019

Conforme prometido, na manhã desta quarta-feira o presidente Gabriel Batistuta, convocou uma coletiva de imprensa para apresentar os novos troféus da FIFUBO para a temporada 2019 e seguintes. Todos são de posse transitória.

A FIFUBO está, atualmente, no que se chama de Era Moderna. Só recapitulando, no início (1990 até 1994), vivíamos a Pré História, onde os botões eram do tipo panelinha, comprados em bancas de jornais. De 1994 até 2000, foi a Era Amadora, com botões de acrílico comprados em papelarias e lojas de esporte. De 2000 até 2002, foi a vez da Era Semi Profissional, com botões resinados, um esboço de regra e alguns campeonatos internos. De 2002 até 2017, foi a vez da Era Profissional, com botões argolados, regra 12 toques (adaptada para 8, por conta do tamanho da mesa) e alguns campeonatos externos. E, de 2017 em diante, a Era Moderna deu as caras, com botões fechados, regra 12 toques utilizada em sua plenitude, jogos externos e, em breve, se federar à FEFUMERJ para disputar o calendário oficial.

Nesta Era Moderna, os botões são fechados com a arte embutida, mas personalizados ao extremo, com nome, número e a foto do jogador. Os treinadores e árbitros também passaram a ser personalizados. Saíram os nomes criados (como os árbitros Dula Rápio e Wilson Neca) e entraram os nomes consagrados do nosso futebol (como os árbitros Leonardo Gaciba e Nestor Pitana).

Assim, surgiu a ideia de fazer o mesmo com os prêmios. Era muito difícil conseguir taças compatíveis com os botões e, com o tempo, o metal ia se desgastando e tornando o troféu mais opaco. Como tenho paixão por troféus personalizados, que a pessoa olha e já associa ao campeonato, tive a ideia de trazê-los para a FIFUBO e fazer deles os prêmios dos meus campeonatos. A ideia era muito simples: imprimir em uma folha adesiva transparente e colar, dos dois lados, em uma placa de acrílico na escala dos jogadores, fazendo o mesmo efeito que alguns goleiros, onde você só vê o desenho da taça. Em alguns casos, não pude encontrar o arquivo em PNG e, por isso, o troféu ficará com um fundo. Mas são poucos os casos. A gráfica responsável errou na confecção, mas até o final desta semana os troféus estarão prontos. Mesmo assim, vamos ver as imagens e conhecer as taças e qual campeonato elas vão representar.


LIGA FIFUBO 


A Liga será o campeonato magno da FIFUBO, disputado por 10 equipes em turno e returno, com semifinais e final. Será o substituto das duas ligas do ano, o Apertura e o Clausura. Para este campeonato, escolhi aquele que acho o melhor de todos os troféus do nosso país, o troféu do campeonato brasileiro da série A. Feito em aço inox, este troféu tem um desenho diferente, difícil de explicar, porém único.

COPA 3 CORAÇÕES

A Copa 3 Corações foi o torneio criado na Era Profissional, unindo 3 de minhas paixões: Vasco (futebol), Imperatriz (escola de samba) e Dallas Stars (hóquei). Chegou a ser 4 corações, com a chegada da Juventus, voltou a 3 e, desde o ano passado, é só com 2 corações. Vasco e Imperatriz duelam pela primazia deste torneio. Em 9 edições, o Vasco ganhou 5 e o Imperatriz, 4. É o torneio que abre o ano da FIFUBO e será disputado neste final de semana. Para substituir o antigo troféu em formato de coração, escolhi o troféu da Copa do Brasil. Semelhante ao do campeonato brasileiro, mas na cor prateada, este troféu foi entregue por poucos anos, antes de ser substituído pelo atual, de uma forma indefinida e muito feio. Como já disse, sou apaixonado pelo troféu da série A. Por tabela, também o sou por este da Copa do Brasil.

COPA OLÉ


A copa eliminatória disputada somente por times argentinos foi o que permitiu a retomada da FIFUBO, depois de 2 anos parada. Desde a sua primeira edição, em 2011, dava como troféu um pequeno adorno de metal que, com o tempo, foi perdendo a cor. Então, seu novo troféu também é de uma copa. Quando o troféu da série A foi criado de forma a dar uma cara ao campeonato, fizeram o mesmo com a Copa do Brasil e o resultado é este aí. Parecido com um abajur, tem o mesmo conceito do troféu da série A, mas ao invés de duas folhas que se encontram, é como se elas se fechassem. Não é tão bonito quanto o do brasileiro, mas a ideia de olhar para ele e associá-lo a uma competição me encanta e, por esse motivo, os times argentinos lutarão para tê-lo em suas galerias.

SUPERCOPA FIFUBO


Falar em troféu com a cara da competição e não falar da Libertadores é o mesmo que falar de feijoada sem feijão. Este troféu, que parece uma pessoa com headfones e um jogador na cabeça, é um dos mais significativos do mundo do esporte e é objeto de desejo de todos os times do continente. Como a Liga e as copas são disputadas por times brasileiros e argentinos, nada mais justo que a copa que reúne os clubes campeões da FIFUBO seja a Libertadores, agora rebatizada de Supercopa FIFUBO. Está pensando no mundial de clubes? Continue lendo...

ARTILHEIRO E MVP DA LIGA FIFUBO


Até então, o artilheiro do Apertura e do Clausura ganhava, em cada torneio, o troféu Van Basten e o MVP, o troféu Brasil, dois pingentes de acrílico em forma de folha. A ideia aqui era dar um troféu de verdade, que represente o que o jogador fez durante o campeonato. Se, para mim, o troféu mais bonito do futebol brasileiro é o da série A, na minha opinião o troféu individual mais bonito de todo o futebol é a Bola de Prata de Placar. Se eu fosse jogador, era este o troféu que eu gostaria de levar. Então, os atletas que disputarão a Liga se estapearão por marcar muitos gols e serem eleitos o melhor em campo mais vezes, para poderem levar a Bola de Prata para casa. O artilheiro ganhará uma e o MVP, outra.

COPA DO MUNDO


A Copa do Mundo de Futibou de Butaum é o principal torneio da FIFUBO, com suas seleções e os maiores craques do planeta buscando gravar seus nomes na História. Em anos de Copa do Mundo de Futebol, a FIFUBO promove a Copa do Mundo de Futibou de Butaum. Em anos sem Copa do Mundo, a FIFUBO promove o Mundial de Futibou de Butaum. Trata-se do mesmo torneio, só mudando para casar com a maior festa do futebol mundial.

A importância da Copa do Mundo da FIFUBO é tamanha, que o campeão leva não um, mas dois troféus para casa. Em anos de Copa do Mundo, o campeão leva tanto a Copa FIFA, quanto a Jules Rimet, os dois troféus de ouro maciço e valor inestimável. Em anos de Mundial, o campeão ficará com os dois troféus do mundial interclubes (ou Copa Toyota). Sempre achei lindos os troféus dados ao campeão intercontinental e nunca entendi por que a FIFA não entrou em acordo com a Toyota para mantê-los quando o mundial passou à chancela da entidade máxima do futebol. São icônicos, bonitos e muito significativos. O atual troféu dado ao campeão mundial é sem gosto, então a FIFUBO prestigia a tradição dos japoneses e dá ao seu campeão mundial estas duas joias da nossa História Esportiva.

O campeão do Mundial de Futibou de Butaum terá que devolver as taças no Bootecon do ano seguinte. Já o da Copa do Mundo ficará com a mesma durante quatro anos e só devolverá no Bootecon do ano da próxima Copa.

ARTILHEIRO E MVP DA COPA DO MUNDO

Até então, em sua única edição, o MVP da Copa do Mundo ganhava o troféu Lothaire Bluteau, um adorno de acrílico em forma de diamante. O artilheiro, levava o troféu Mike Modano, uma pequena placa que fazia parte de um cinturão da WWE. Agora tudo mudou. Tanto o artilheiro quanto o MVP levarão um troféu Bola de Ouro de Placar. A Bola de Ouro é dada ao jogador do campeonato brasileiro que obteve a melhor média das notas de Placar durante o campeonato. É como se fosse o melhor dos que levaram a Bola de Prata. Aqui, se a Bola de Prata vai para os destaques da competição de clubes, a Bola de Ouro vai para os destaques da competição de seleções.

COPA DO REI


Competição extraoficial entre seleções bancada pela Liga dos Reinos, a Copa do Rei é uma homenagem aos monarcas, aqueles que possuem um reino para chamar de seu. A ideia do primeiro campeonato (realizado em 2018) era seguir o da competição colegial descrita no anime Captain Tsubasa, de dar uma bandeira da Federação ao vencedor, que ficaria com ela até a competição do ano seguinte. A bandeira da Liga dos Reinos é a do Estado do Rio de Janeiro e foi entregue à Argentina, campeã da edição de 2018, permanecendo com aquela seleção até hoje. Mas a FIFUBO entrou na jogada e decidiu dar uma taça ao vencedor desta competição, junto com a bandeira. A diferença é que a taça será devolvida no Bootecon do ano seguinte, enquanto a bandeira permanece até a abertura da próxima Copa do Rei.

Por se tratar de um torneio extraoficial de forte tradição e falar de monarcas, o prêmio escolhido é o Troféu Teresa Herrera, uma competição pra lá de tradicional, disputado desde 1946 na cidade de Coruña, na Espanha, durante a intertemporada do futebol europeu. Esta competição já ocorreu 72 vezes.

TROFÉU DO PRESIDENTE


Outro torneio extraoficial entre seleções, este é uma homenagem às repúblicas espalhadas pelo mundo. Por ser um contraponto à Copa do Rei, a taça escolhida foi outro torneio tradicional da intertemporada europeia. Trata-se do Troféu Ramon de Carranza, que ocorre na cidade espanhola de Cadiz desde o ano de 1955 e já teve 64 edições.

COPA STANLEY ROUS


Stanley Rous foi um árbitro inglês e também presidente da FIFA, entre 1961 e 1974. Em sua homenagem, os britânicos rebatizaram o antigo British Home Championship (disputado entre Inglaterra e Escócia) e ampliaram o campeonato, passando a convidar uma equipe sulamericana. Com pouquíssimas edições (somente 5), o torneio deixou de ser disputado em 1989. Uma tentativa de ressuscitá-lo, entre 1995 e 1996, consagrou o futebol brasileiro e um Juninho Paulista que começava a ter chances na seleção, mas a competição desapareceu de vez depois disso. Por ser uma competição "britânica" entre seleções, nada mais justo que colocar o belíssimo troféu da Barclays Premier League, dada ao campeão da primeira divisão inglesa.

COPA AMÉRICA


O tradicional torneio entre seleções sulamericanas dá ao seu campeão o famoso caneco. A FIFUBO resolveu aproveitá-lo, embora não tenha ainda uma competição sulamericana. Mas como a Bolívia está nos planos da FIFUBO para 2019 ou 2020, juntando-a a Brasil e Argentina dá para fazer um triangular extraoficial e dar ao seu campeão esta cobiçada taça.

EUROCOPA


Talvez o maior objeto de desejo do futebol entre clubes, a taça da UEFA Champions League (também conhecida como "A Orelhuda") não podia ficar de fora da FIFUBO. A competição que dará ao seu campeão o direito de levantá-la ainda não existe, mas será realizada em breve (quem sabe ainda esse ano), de forma extraoficial. É a Eurocopa, o torneio entre seleções do continente europeu, que precisa ainda de um espaço no calendário para ocorrer. No momento, a FIFUBO possui em seus quadros a Alemanha, França, Holanda e Inglaterra, ou seja, dá para fazer o torneio. Até completar o seu número ideal de seleções para a Copa do Mundo de 2022, a FIFUBO ainda planeja adquirir a Croácia e a Suécia, chegando a seis o número de seleções europeias. Portanto, a Eurocopa ainda está surgindo no horizonte, mas a taça já está garantida.

LMC


A novidade para 2019 em matéria de esportes de botões é a criação da Liga Mundial de Ciclismo, como já explicado no Bootecon. O ciclista que somar mais pontos nas corridas e voltas do ano será coroado o campeão da LMC daquela temporada e, assim, fará jus ao troféu acima.

A Copa do Mundo de Juniores foi criada em 1977. Seu campeão levava aquela taça para casa e gravava o nome da seleção em sua base. Tal troféu foi dado aos campeões mundiais até 1999, quando a FIFA criou um novo design para a Copa de 2001, que ficou ativa até 2011. Para o mundial de 2013 em diante, já há um terceiro design. Mas nenhum dos seguintes conseguiu cativar tanto o público quanto o primeiro e, por esse motivo, não poderia ficar de fora dos prêmios da FIFUBO. Como não há competições de base (já que o futibou de butaum é atemporal), mas se trata de um troféu de extrema importância na história do esporte, será dado ao campeão da temporada ciclística, uma amostra da importância que este esporte tem.

GIRO D'ITALIA


Outra competição das mais importantes no mundo esportivo, o Giro D'Itália é uma das três joias da coroa ciclística mundial, também chamadas de Grand Tour. Além do Giro, o Tour de France e a Vuelta a España completam a trinca máxima do esporte. E como o ciclismo dará as caras em 2019, o Giro D'Itália é uma das provas confirmadas. Seu troféu é, talvez, o mais famoso do ciclismo, com essa mola banhada a ouro representando justamente o giro que os ciclistas dão pelo país europeu durante a competição. A FIFUBO e a LMC importaram o desenho (que não é em png e, por isso, terá um fundo azulado) e o vencedor do Giro deste ano poderá levantar este troféu ao final da última etapa.

EXTRA


Já que sobrou espaço na folha para colocar mais um troféu, a FIFUBO não poderia deixar de fora a inesquecível Taça das Bolinhas. Criado em 1975 pela então CBD e pela Caixa Econômica Federal e batizada de Troféu Copa Brasil, era entregue ao campeão brasileiro junto com o troféu da série A daquele ano. Muitos acham que era o troféu do campeonato brasileiro, tamanha a fama deste prêmio, mas tratava-se de um troféu secundário e de posse transitória. A equipe que vencesse o brasileirão três vezes seguidas ou cinco alternadas levaria o troféu em definitivo para casa. Em 1987, a Copa União teve dois campeões da série A. O Flamengo, que disputou o "módulo de elite", decidiu não enfrentar o campeão do... digamos... "módulo de acesso", que era o Sport. Assim, enquanto Flamengo e Inter faziam uma final, Sport e Guarani. Como o Flamengo não quis enfrentar o Sport, a CBF deu ao time pernambucano a Taça das Bolinhas como se o Flamengo tivesse perdido por W.O. Quando a equipe carioca levou o "pentacampeonato" em 1992, requereu a posse definitiva do troféu. A CBF se recusou a entregá-lo e a taça foi recolhida aos cofres da Caixa até uma definição. Em 2007, o São Paulo também chegou ao penta e a CBF, assim, resolveu entregar-lhes a Taça. O Flamengo recorreu à Justiça e, desde então, inúmeros recursos e decisões têm sido proferidos, o mais recente deles reconhecendo o Sport como verdadeiro (e único) campeão de 1987. Em resumo, uma amostra de como o futebol brasileiro é desorganizado...

Voltando ao troféu, tem 60 centímetros de altura e pouco mais de cinco quilos e meio. Possui uma base em jacarandá e 156 bolinhas, dispostas em várias hastes de metal, formando o desenho de uma taça. As bolinhas estão distribuídas em 13 níveis e vão crescendo de tamanho conforme sobem. São 155 bolinhas de prata e uma de ouro, segundo seu criador, para representar as equipes que, conforme iam avançando no campeonato, iam crescendo de importância até terminar com uma só sendo campeã (representada pela bolinha de ouro). Um dos maiores ícones do nosso futebol estragado pela ganância e incompetência de nossos dirigentes.

A FIFUBO não quer saber disso. Entidade séria como é, tratou de garantir uma réplica para seu acervo, embora ainda não saiba que competição ela representará. Pode, inclusive, ser reaproveitada no ciclismo, já que o Tour de France está sem troféu. Enquanto o impasse permanece, a taça fica em poder da FIFUBO.

E assim apresentamos os troféus. Agora, é ver quem irá levá-los para casa. O primeiro campeão será conhecido logo neste final de semana. Quem leva a Copa 3 Corações, Vasco ou Imperatriz?