domingo, 25 de novembro de 2018

Arte e Botões - Sendas - 25/11/2018

Conforme prometido, mais uma arte para alegrar o dia de todos. Vamos fazer um link com a arte de ontem e formar um clássico dos bilhões. Hoje vamos falar do Sendas Esporte Clube!

Criado em 2005 com a mesma ideia do Pão de Açúcar, o Sendas se limitava a ter equipes de categorias de base, com o intuito de fazer um projeto social e revelar jogadores. Só que, ao contrário do seu rival paulista, a base era o subúrbio do Rio, em São João de Meriti. Logo no seu ano de estreia, ficou com o vice campeonato estadual juvenil, ao perder a final para o Madureira. Dois anos depois, o projeto cresceu de tal forma que formou uma equipe profissional. Até 2011, a equipe profissional foi ganhando até subir à segunda divisão estadual, enquanto a base conquistava títulos e vice campeonatos. Em 2011, já com a fusão dos grupos Sendas e Pão de Açúcar, mudou de nome para Audax Rio e, já com este nome, chega à série A do estadual. Em 2013, o grupo Casino (que controla tanto o grupo Sendas quanto o Pão de Açúcar) alegou muitas despesas para os dois Audax, já que ambos disputavam a elite de seus estados. Desta forma, o Bradesco comprou os dois times e formou o que hoje se denomina Grêmio Osasco Audax.

Durante toda a sua trajetória, por lá passaram jogadores como Yamada, Fabiano Eller, Anderson Luis, Wellington Monteiro, Leandro Bonfim e outros. Também teve treinadores conhecidos, como Maurício Barbieri, Valber, Ailton e outros. Até hoje, a equipe tem o estádio Arthur Sendas, também conhecido como Sendolão, com capacidade para mil pessoas. Tal qual o Pão de Açúcar, acho muito interessante esta ideia pioneira de Arthur Sendas, de fazer um projeto social para atender jovens carentes, formar jogadores e manter viva a fonte de grandes craques de nosso futebol.

E já que a ideia é fazer um repeteco da postagem do Pão de Açúcar, a brincadeira é a seguinte: vamos imaginar a grande amizade entre Abílio Diniz e Arthur Sendas. Os dois são ricos, empresários de sucesso, que usaram seus impérios para manter viva sua grande paixão: o futebol. Assim, cada um montou um time, um em São Paulo e outro no Rio. Cada um investe na formação de seus atletas e abastece o futebol profissional em seu estado. Mas, uma vez ao ano, os dois se juntam para um desafio. Com um jogo no Abilião e outro no Sendão, as duas equipes se enfrentam e o vencedor ganha um troféu e a oportunidade de tirar sarro do amigo pelo resto do ano. Essa ideia foi copiada do que os chefes dos cartéis de drogas da Colômbia faziam, quando tiravam seus times do campeonato nacional só para um "jogo contra" pela hegemonia de suas equipes. Mas, ao contrários dos narcos, o Desafio dos Mercados é totalmente lícito e tem como grande objetivo dar ritmo aos seus atletas.

Se o time montado por Abílio Diniz era uma crítica ao sucateamento das divisões de base do Vasco, a equipe de Arthur Sendas é bem diferente. O mecenas, vascaíno de coração mas apaixonado pelos grandes craques do Rio, montou uma equipe com os filhos dos principais jogadores que já passaram pelos nossos gramados, filhos estes que penam por sair da sombra do pai. Vamos ver como ficou o sonho de Sendas?



No gol, aquele que já é realidade no Botafogo. Gatito Fernandez é filho de Gato Fernandez, que jogou no Cerro Porteño e Internacional-RS. No Botafogo, já vem se destacando e os torcedores, cada vez mais maravilhados com suas atuações, começam a esquecer de Jefferson.

Na lateral direita, Claudio Winck. Sobrinho de Luis Carlos Winck (ex lateral de Inter, Vasco, Flamengo e outros), o camisa 2 do Sendas tenta seguir os passos do tio famoso, tanto que iniciou a carreira no Internacional. Mas não teve muitas oportunidades e acabou sendo jogado daqui pra lá, entre Hellas Verona, Grêmio, Chapecoense e Sport, onde está atualmente.

A lateral esquerda tem um dos nomes mais curiosos dessa lista. Trata-se de Josimar Júnior, filho de quem o nome sugere, o ex lateral de Flamengo e Botafogo. Josimar Júnior começou sua carreira no Cruzeiro e já passou por Paulista, CFZ, América, Volta Redonda, Nacional de Patos, Fast Club, Águia Negra, Queimados e Prudentópolis, até chegar ao Batel, do Paraná, onde está até hoje.

A zaga começa com Ricardo Rocha Filho, cujo pai também dispensa apresentações. Zagueiraço de São Paulo, Vasco, Fluminense, Flamengo, capitão de seleção, o folclórico jogador nos apresenta seu filho, que começou a carreira no Náutico e passou por Rio Claro, Red Bull, CFZ e Juventude até chegar ao Valletta, de Malta, seu último clube.

Ao seu lado, Matheus Mancini, filho de Wagner Mancini, ex jogador da Portuguesa. Matheus começou a carreira no Comercial-SP e passou por Grêmio, Botafogo-SP e Atlético-MG até chegar ao Londrina, onde está até hoje.

O primeiro volante é Fábio Braga, filho do técnico Abel Braga. Ex jogador de Fluminense, América-RN, CSMS (Romênia), Coritiba e Ponte Preta, não teve muito sucesso no futebol.

Ao seu lado, um dos maiores desperdícios da base vascaína. Andrey é filho de Geovani, o Pequeno Príncipe que tanto sucesso fez com a camisa cruzmaltina. Não herdou do pai apenas a cara, mas também o trato com a bola. Quem o viu jogar nas divisões de base sabe das suas habilidades. Em 2013, o então treinador do time de cima, Ricardo Gomes, o chamou para completar uns treinos e ficou impressionado com a forma como ele jogava. Mas o Vasco acabou achando melhor deixá-lo treinar separadamente (e por conta própria) em Vitória-ES, enquanto esperavam o que fazer com ele. Um desperdício sem paralelo...

Na armação, começamos com Renan. O meia atacante é filho de Donizete Pantera e, aproveitando do sucesso do pai, começou sua carreira na base do Vasco. Mas Donizete arrumou tanta confusão lá que acabou levando o filho para o Flamengo. De lá, o clube rubro negro o emprestou para Boavista e América e não parece disposto a dar-lhe chance no time principal.

Completando o meio de campo e encostando nos atacantes, Rodrigo Dinamite também trai quem é seu pai. Roberto brilhou com a camisa do Vasco, entre outras tantas, e se despediu dos gramados num amistoso em São Januário, contra o La Coruña (0x2). No vestiário, antes de entrar em campo, posou para fotos com um bebê recém nascido. Era Rodrigo, que no Vasco, no Oeste-SP, no Duque de Caxias e no River-PI, ainda não conseguiu mostrar que talento vem de sangue.

Se a equipe já empolgou até aqui, esperem a dupla de ataque! O camisa 7 é ninguém mais, ninguém menos que Mattheus Oliveira. Quem não reconheceu pelo nome basta ver a comemoração de Bebeto ao marcar contra a Holanda na copa de 94, que já se encontra rapidinho na história. Após fazer a base inteira pelo Flamengo se sustentando com o nome, acabou desistindo do futebol. Seu pai conseguiu levá-lo para o Estoril Praia, de Portugal, e ele se manteve por lá, jogando por Sporting Lisboa e Vitória de Guimarães.

Seu companheiro de frente é Romarinho, filho de quem o nome sugere. Depois de tentar, sem sucesso, trilhar o caminho no Vasco, acabou indo para o Brasiliense. De lá, foi para o Zweigen Kanazawa do Japão, Macaé, Tupi e Figueirense, sempre com pouquíssimos (ou nenhum) gols, mostrando que é bem diferente de seu pai.

A equipe ainda tem um reserva, que joga de meia atacante. Seu nome é Lucas Surcin e ele é filho de Marcelinho Carioca. Dizem ter um talento para cobrar faltas, mas nem de longe lembra o pai. Lucas jogou no São Caetano, Marília, Tupã, Maracaju, Vitória das Tabocas, CSA, Gama, Taboão da Serra e, vejam que coincidência, Audax Rio.

E como não podia deixar de ter nesse jogo tão importante, o dono do time faz as vezes de treinador ou fica lá na sede social, tomando um uísque com Abílio Diniz, enquanto a bola rola no gramado lá embaixo. Arthur Sendas dá as caras nesta arte e nós temos pronto o Desafio dos Mercados.

Lógico que a maioria desses jogadores já não é jovem de divisão de base. Alguns, inclusive, já se aposentaram. Mas o tempo para no futibou de butaum e, por esse motivo, todos os jogadores citados acima ainda estão saindo da base. Coloque a imaginação para funcionar, não custa nada!

sábado, 24 de novembro de 2018

Arte e Botões - Pão de Açúcar - 24/11/2018

Período sem jogos na FIFUBO, mas não sem movimentação no blog. Mais uma arte e um grande exercício de imaginação. Vamos apresentar um fictício time do Pão de Açúcar, misturando com uma triste realidade de nosso futebol: as divisões de base!

A ideia original do texto era para criticar mais um rebaixamento do Vasco à série B. Mas o time conseguiu uma heroica vitória sobre o São Paulo (2x0) e está praticamente livre do descenso, mas a crítica continua. Entra ano, sai ano, entra diretoria, sai diretoria, troca treinador, volta treinador e o que manda são os interesses de uma minoria. A culpa é sempre a crise financeira e a famigerada Lei Pelé, que acabou com o patrimônio do clube. Mas a dita lei comemora 20 anos em 2018 e não é possível que o Vasco, até hoje, não tenha se recuperado disso! E é o único que não consegue se recuperar?

Pois é, o patrimônio do clube foi dilapidado, mas não pela Lei Pelé e sim pelos dirigentes, que preferem contratar reservas que atuam nas séries C e D e em campeonatos de menor escalão, "revelações" e "destaques" de campeonatos que ninguém viu, infelizmente. Se há uma crise financeira, por que não olhar para a própria divisão de base? Eles conhecem a realidade do clube, são dedicados à causa, podem segurar as pontas lá e até render algum dinheiro em transferências. Mas o Vasco insiste em dispensá-los, principalmente se forem bons. Vale lembrar que Luan era reserva nos juniores mesmo sendo capitão das seleções de base. Hoje, está a passadas largas para ganhar o título nacional com o Palmeiras. E o que o Vasco lucrou com isso? Pois é...

Mas vamos esquecer um pouquinho essa história triste e falar de uma história de sucesso. O Pão de Açúcar Esporte Clube foi criado em 1985 pelo empresário Abílio Diniz, dono do Grupo Pão de Açúcar. A ideia era fazer um trabalho social de formação de atletas, sem vínculo profissional. O time de futebol foi criado em 2003 e ia até o time de juniores. Ao estourarem a idade, os jogadores eram encaminhados para outros times, onde poderiam iniciar sua vida profissional. Com a alcunha de clube formador, o projeto do Pão de Açúcar era uma iniciativa importante para lapidar as pedras preciosas que brotam no nosso futebol todos os dias. Alguns anos mais tarde, o Pão de Açúcar montou uma equipe profissional e começou a jogar as divisões de acesso do futebol paulista. Em 2011, a fusão com o clube do Sendas (objeto de futura postagem) resultou na mudança de nome. Ali nascia o Audax-SP que, hoje, se chama Grêmio Osasco Audax.

A ideia da postagem é exaltar o clube formador, o Pão de Açúcar que dá oportunidades aos jovens talentos de desenvolverem seu futebol e se tornarem nossos futuros craques. Sempre quis uma ideia para fazer uma arte do Pão de Açúcar e, vendo como o Vasco não dá oportunidade para seus jovens valores, juntei as duas coisas.

A brincadeira aqui é a seguinte: empresário de sucesso e homem com olhar aguçado para grandes oportunidades, Abílio Diniz peneirou nas divisões de base do Vasco um grupo de jogadores talentosos, levou-os para o Pão de Açúcar e, lá, deu a eles todas as condições de, enfim, virarem os grandes jogadores que se espera. Vamos ver como ficou?



No gol, Jordi foi o escolhido. Considerado o novo Helton, o goleiro foi muito bem na base e chegou a ter oportunidades no time principal. Mas era considerado inexperiente e o Vasco contratou outros nomes para seu lugar, inclusive promovendo outros juniores e deixando-o cada vez mais sem espaço no clube. Jordi chegou a ser emprestado para um time do Irã e, até hoje, continua sem sequer sentar no banco.

Na lateral direita, Richard. Talvez uma das maiores revelações do clube nos últimos anos, capitão do time de base, bom na defesa e no apoio, joga de cabeça em pé e tem ótimo senso de colocação. Estourou a idade e foi dispensado do clube. A lateral esquerda fica com Alan Cardoso. Não é um projeto de craque, nem de longe, mas tem pernas largas, que ajudam no desarme, e chega bem ao ataque.

A dupla de zaga está no time principal hoje. Luiz Gustavo é versátil e, apesar de zagueiro, tem jogado muito bem na lateral direita. Contra o São Paulo, foi o melhor em campo, impedindo o último passe do adversário. Ricardo Graça era considerado a grande revelação da zaga, começando o ano como titular, mas andou falhando e perdeu vaga no elenco. Em sua defesa, vale ressaltar que dar a um garoto que acabou de subir a missão de substituir Anderson Martins e Breno e colocá-lo para segurar as pontas numa Libertadores não é uma forma muito legal de se formar um bom zagueiro...

A dupla de volantes vem jogando. Bruno Cosendey é um jogador voluntarioso. Precisa melhorar a marcação, mas é bom na saída de bola e chega bem como elemento surpresa. Andrey é o típico caso de como a base é mal aproveitada. Bom volante, bom no passe, chega bem ao ataque, chuta forte, mas perdeu muito espaço com as contratações de Raul, William Maranhão, Bruno Silva e outras dragas.

A dupla de armação é um misto de não aproveitamento e malandragem de empresários. Mosquito era  da geração de ouro da base, um jogador que joga mais encostado nos atacantes, tem habilidade e sabe concluir bem. Mas foi aconselhado por seu empresário a criar clima ruim em São Januário e forçar uma saída para o Atlético-PR, onde chegou a fazer parte do elenco que disputou a Libertadores, mas o Vasco recorreu à Justiça e prejudicou a carreira do jogador. Voltou a São Januário com o rabo entre as pernas e quando começava a recuperar o futebol foi negociado com o Arsenal de Sarandí (Argentina) e, hoje, está escondido no Deportivo Maldonado, da segunda divisão do Uruguai.

O seu companheiro de armação é um desperdício ímpar no futebol brasileiro: Matheus Índio. Chegou a ser emprestado, ainda na base, para o Arsenal da Inglaterra. Quando se preparava para chegar ao time de cima do Vasco, fez o mesmo que Mosquito, sumiu do clube e apareceu com contrato assinado na Penapolense, um contrato de fachada para ir para o Santos. A disputa judicial prejudicou sua carreira e, na mesma época de Mosquito, voltou ao Vasco (também com o rabo entre as pernas), de onde saiu para o Estoril de Portugal. Atualmente, está emprestado ao Boavista de Saquarema. É um desperdício grande, pois é o típico camisa 10. Meia canhoto de habilidade, visão de jogo, sabe organizar a equipe e é muito bom em cobranças de falta.

No ataque, a última dupla de sucesso dos juniores. Paulo Vitor é um jogador de extrema habilidade e um futuro brilhante, tanto é que foi alvo de uma disputa entre Vasco e Fluminense ainda na base. Mas, com a concorrência de Andrés Rios, Kelvin, Caio Monteiro e tantos outros, sobrou para o garoto habilidoso, que foi emprestado ao Albacete, da Espanha. Ao seu lado, Hugo Borges é outro desperdício enorme do Vasco. Artilheiro das divisões de base, vê todo mundo subir menos ele. Com problemas no ataque, o Vasco poderia buscá-lo e ver no que dá. Mas prefere mantê-lo até na reserva dos juniores, para que "ganhe experiência".

A reserva conta com 3 jogadores, um para cada setor do campo. O da defesa é Jussa. É volante de origem, mas é tão versátil que pode jogar na zaga, nas laterais, armando o jogo ou até no ataque. Emprestado ao Bonsucesso, atualmente joga no São Bernardo. No meio de campo, Dudu é o escolhido. Os profissionais do time de cima do Vasco já estão de olho nele, um talentoso meia armador canhoto, que deve ganhar alguma chance neste fim de ano. E o reserva do ataque é Lucas Santos, também conhecido como Robinho. No estilo de Paulo Vitor, é um jogador que atua pelas pontas, conduzindo a bola com extrema habilidade e servindo o centroavante.

A arte ainda traz o "treinador", que pode ser um "diretor", "incentivador", "mecenas" ou o que for. Mas é o grande responsável por esse projeto e, por esse motivo, está aqui acompanhando seus novos talentos. Abílio Diniz investe pesado nesses jogadores e, com certeza, engordará ainda mais a sua conta bancária em transferências.

Amanhã teremos o outro lado desse projeto de investimento na base. Vai rolar um grande clássico da base!

domingo, 18 de novembro de 2018

Arte e Botões - Leeds United

Final de semana sem jogos, mas não sem postagem. Vamos a mais uma arte especial. Eis o Leeds United!

Fundado em 1919, o time da cidade de Leeds, em Yorkshire (centro norte inglês) foi precedido pelo Leeds F.C. que entrou em crise após suspeita de pagamentos ilegais a jogadores durante a Primeira Guerra Mundial. Dissolvido, o Leeds F.C. deu lugar ao Leeds United, que fez fama na Inglaterra e na Europa.

A equipe venceu três vezes o campeonato inglês (1968-69, 1973-74 e 1991-92), a Copa da Inglaterra (1971-72), a Copa da Liga Inglesa (1967-68), a Supercopa da Inglaterra (1969 e 1992) e a segunda divisão do campeonato inglês (1923-24, 1963-64 e 1989-90), além da Taça das Cidades com Feiras (1967-68 e 1970-71), um torneio entre cidades europeias que tinham feiras com comércio, precursor da UEFA Europa League. Em 1974-75, ainda chegou à final da UEFA Champions League, mas perdeu para o Bayern de Munique. Entre os grandes nomes que vestiram sua gloriosa camisa, Rio Ferdinand, Robbie Fowler, Paul Robinson, Alan Smith, Ian Rush, Robbie Keane e Eric Cantona.

Na virada do século, o Leeds entrou em uma crise financeira fortíssima e, em 2004, foi rebaixado à segunda divisão, chegando a cair para a terceira. Em 2010, voltou à segunda divisão e, desde então, permanece lá. A tradição de sua camisa mostra que divisões inferiores não são o seu lugar. Desde o rebaixamento, diretores e torcedores buscam formas de fazer o Leeds voltar a ser grande e sonham com uma volta à primeira divisão, onde pode enfim reencontrar seus grandes rivais do Manchester United, no chamado Clássico das Flores, devido à rivalidade dos condados de Devonshire e Yorkshire, onde se encontram as equipes.

Atualmente, a equipe está na terceira colocação da Championship, a segunda divisão do futebol inglês, três pontos atrás do líder, Norwich. Em 11/08, a vitória fora de casa sobre o Derby County (4x1) foi um dos melhores jogos do ano no mundo. Muito disso se deve ao fato de o treinador ser Marcelo Bielsa. El Loco conseguiu uma boa geração de jogadores e um esquema que varia do 4-5-1 para o 4-3-3, passando pelo 3-4-3, baseado em bom toque de bola, jogadas pelos flancos e muita gente aparecendo para concluir. A arte a seguir conta com 13 jogadores de linha, o goleiro e o treinador. Vamos conhecer um pouco dos eleitos:

No gol, o jovem Peacock-Farrell é a garantia de segurança. Com apenas 22 anos, mas 1,93m de altura, é bastante ágil e seguro. As laterais estão a cargo de Luke Ayling (direita) e Barry Douglas (esquerda), que podem jogar na linha de quatro ou, no 3-4-3, como meias abertos pelas pontas. Pontus Jansson é o gigante sueco de 1,94m e, ao lado de Liam Cooper, forma uma dupla de zaga que se completa, afastando as ameaças pelo alto e pelo chão.

Os volantes são Kalvin Phillips e o polonês Mateusz Klich. Kalvin é quase um terceiro zagueiro, protegendo a frente da defesa, enquanto Klich é responsável por reiniciar as jogadas, papel que desempenha muito bem. Mais à frente, o espanhol Samu Saiz se encarrega de armar o jogo, enquanto o macedão Ezgjan Alioski é o camisa 10, meia esquerda e craque da equipe. Ele encosta nos atacantes e é a ameaça constante ao adversário.

No ataque, Patrick Bamford veste a camisa 9, mas é um jogador de cair pelas pontas, preparar a jogada. O homem-gol da equipe é Kemar Roofe, um jogador de apenas 1,78m, mas de ótimo posicionamento de área e com um fôlego infinito. Roofe já desperta a atenção de alguns clubes de ponta, entre eles o Chelsea.

A reserva tem três jogadores, um para cada setor do campo. A defesa fica a cargo de Tom Pearce, jovem de 20 anos que é lateral esquerdo de origem, mas pode atuar como zagueiro. Apesar do sobrenome, da posição e da habilidade, não tem parentesco com o ex lateral e treinador Stewart Pearce. Mas já marca presença em seleções de base e pode, num futuro próximo, ter o mesmo destaque que seu xará na equipe principal de seu país.

O reserva do meio é Jamie Schackleton, um inglês de apenas 19 anos, mas que atua pela faixa central do campo e sabe distribuir o jogo muito bem, além de ser bom na recomposição defensiva.

O nome do ataque é Jack Harrison, de 21 anos. Emprestado ao Leeds pelo Manchester City, é um jogador que cai pelas duas pontas, sabe armar um jogo e usa a velocidade como principal arma.

Como se vê, parece que o Leeds tem um bom elenco e um treinador muito bom, que soube dar uma cara à equipe. A posição atual lhes permite sonhar com a primeira divisão e a volta aos dias de glória. Nos resta torcer.

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Troféu do Presidente - Final jogo de volta - 14/11/2018

Véspera de feriado, prévia de verão, Imperatriz Arena lotado e final do Troféu do Presidente 2018. As cartas estão na mesa e a probabilidade de um jogão é alta. Em campo, aquelas que são consideradas as duas melhores seleções da FIFUBO na atualidade: a Inglaterra, campeã da Copa Stanley Rous e terceira colocada na Copa do Mundo, e o Japão, campeão da Copa do Mundo. Duas seleções vindas de projetos consolidados e esquemas bem assimilados fazendo uma sonhada final.

A Inglaterra passou pela Alemanha nas quartas de final, vencendo o primeiro jogo (3x2) e empatando o segundo (2x2). Nas semifinais, matou o Brasil no jogo de ida (4x0) e segurou o empate na volta (1x1) e, no primeiro jogo da final, derrotou o Japão por 2x0. Com isso, pode empatar ou até perder o jogo de volta por um gol de diferença que fica com o título. Ainda sem Alex Ferguson à beira do campo (cumprindo suspensão de dois jogos), o time é novamente comandado por seu auxiliar, Kevin Keegan.
A Inglaterra foi a campo com 1. Paul Robinson; 2. Wayne Bridge, 5. Rio Ferdinand, 6. John Terry (c), 3. Ashley Cole; 7. David Beckham, 8. Frank Lampard, 4. Steven Gerrard, 11. Joe Cole; 10. Michael Owen e 15. Peter Crouch. O técnico Kevin Keegan, sem auxiliar, tinha no banco 9. Wayne Rooney e 12. Jamie Carragher.

O Japão teve uma campanha parecida com a de seus rivais, vencendo o primeiro jogo e empatando o segundo. Nas quartas de final, ganharam da Argentina (2x0) na ida e buscaram o empate (2x2) na volta. Nas semifinais, passaram por Camarões no jogo de ida (2x1) e, novamente, buscaram o empate (2x2) na volta. No primeiro jogo da final, após perderem para os ingleses (0x2), precisavam vencer por 3 gols de diferença para levantar o troféu. Se vencessem por 2 de diferença, levariam a disputa do título para os pênaltis. Sr Mikami intensificou os treinamentos durante a semana e preparou psicologicamente seus jogadores para o desafio que viria.O Japão avançou à final da Copa do Mundo derrotando justamente a Inglaterra e justamente por 3x0. É possível sim!

O Japão foi a campo com 1. Genzo Wakabayashi (c); 2. Ryo Ishizaki, 3. Jito Hiroshi, 4. Shingo Takasugi, 6. Makoto Soda; 5. Shingo Aoi, 8. Jun Misugi, 7. Takeshi Sawada, 10. Oliver Tsubasa; 11. Taro Misaki e 9. Kojiro Hyuga. O técnico, Tatsuo Mikami, auxiliado por Shiroyama Tadashi, tinha no banco de reservas 12. Hikaru Matsuyama e 13. Shun Nitta.

A arbitragem tinha papel crucial em um jogo tão importante e o sorteio colocou na final um árbitro disciplinador e um auxiliar acostumado a grandes decisões. Assim, a direção do espetáculo estaria em ótimas mãos.
O árbitro do jogo seria Luis Carlos Félix, auxiliado por Nestor Pitana.

E assim estava tudo pronto para a grande decisão do Troféu do Presidente 2018! Quem leva o título, o primeiro do Imperatriz Arena?
A saída pertenceu ao selecionado japonês

INGLATERRA 0x2 JAPÃO

Quem vê o resultado do jogo acha que o Japão devolveu aos ingleses o domínio sofrido no jogo de dia. Mas não foi nada disso. Com estratégias distintas e brilhantes, os dois treinadores armaram arapucas um para o outro e o resultado foi um espetáculo de decisão. Tal qual no jogo de ida, a Inglaterra dominou a partida, propondo o jogo e ficando com a bola. Com Lampard, Beckham e Owen criando jogadas pelo campo de ataque e Crouch, em menor escala, aparecendo na conclusão, a equipe europeia levava perigo ao arco japonês o tempo inteiro. Owen uma vez e Beckham duas acertaram a trave de Wakabayashi, que defendeu bem duas conclusões, uma de Owen e outra de Lampard. Crouch chutou uma bola cruzada que Takasugi desviou no último instante.

O Japão, por outro lado, percebeu o domínio inglês e se segurou lá atrás, saindo em contra ataques perigoso por ambos os lados. Sawada e Misugi armavam o jogo, enquanto Tsubasa encostou no ataque pelo centro, com Hyuga na esquerda e Misaki na direita, obrigando Paul Robinson a fazer defesas difíceis.

Parecia que o gol inglês era questão de tempo, mas foi o Japão quem encontrou a felicidade no finalzinho do primeiro tempo. Beckham tocou a Lampard na meia direita e o camisa 8 levantou a cabeça para procurar opções. Neste centésimo de segundo, Shingo Aoi apareceu por trás e lhe roubou a bola, rolando a Soda na esquerda. O camisa 6 fez um excelente passe em profundidade para Tsubasa, que avançou pela ponta, driblou Wayne Bridge e invadiu a área. Paul Robinson saiu, o atropelou e Luis Carlos Félix marcou pênalti. Hyuga já tinha voltado para seu campo e, de repente, balançou a cabeça e foi à área, tomando a bola de Tsubasa. O camisa 10 ficou sem entender, mas Hyuga mostrou confiança na cobrança. O pênalti cobrado pelo camisa 9 foi no ângulo esquerdo de Paul Robinson, que se esticou, mas não achou: Japão 1x0, aos 10 minutos.

No intervalo, Kevin Keegan tirou Ferdinand e Crouch para colocar Carragher e Rooney, apostando que o Japão viria com tudo e se abriria para os contra ataques. Já Sr Mikami tirou Hiroshi e Misaki para colocar Matsuyama e Shun Nitta, buscando deixar a equipe mais leve e veloz.

A Inglaterra voltou mal e desorganizada no segundo tempo, contrastando com tudo aquilo que fez durante o campeonato. Cansado, Beckham não rendia o que rendeu no primeiro tempo. Para piorar, Owen e Rooney atuavam muito próximos e se atrapalhavam. O Japão, por sua vez, veio um rolo compressor. Atacando pelos dois lados, colocava até cinco jogadores no campo de ataque e dificultava a confusa marcação inglesa. Neste momento, Paul Robinson era a principal figura do jogo, saindo do gol corajosamente, fazendo defesas difíceis e torcendo quando a bola passava perto do seu gol e saía.

De tanto tentarem os japoneses acabaram premiados. Aos 6 minutos, Beckham rolou a Owen na direita, que foi ao fundo e cruzou fraco. Takasugi afastou com um bico para o campo de ataque, Tsubasa ganhou na cabeça contra Carragher e a bola sobrou para Sawada. O camisa 7 invadiu a área em velocidade e tocou na saída de Robinson, fazendo Japão 2x0.

O jogo ficou dramático. Os ingleses queriam diminuir, mas não podiam se abrir muito ou os japoneses podiam ampliar e ficar com o título. A torcida ficou com o coração na boca, mas o jogo acabou sem mais alterações. Assim, o campeão seria decidido nos pênaltis!
A primeira cobrança foi de David Beckham, que perderia...
Beckham foi para a primeira cobrança e chutou bem no canto, batendo e saindo. Luis Carlos Félix disse que foi na trave, enquanto Beckham protestava que a bola tinha batido na parede da rede. O árbitro manteve a marcação e chamou Tsubasa para bater para os japoneses. O camisa 10 acertou no ângulo de Robinson e fez Japão 1x0.

Na série seguinte, Gerrard cobrou rasteiro no canto de Wakabayashi e empatou. Sawada bateu à meia altura, no canto esquerdo, e a bola bateu na trave, deixando a disputa em 1x1.

A temida terceira série de cobranças chegava, com as batidas do meio. Rooney inovou e mandou um torpedo no meio do gol, pelo alto, enquanto Wakabayashi caía para o canto direito. Shingo Aoi também cobrou no meio pelo alto, mas Robinson tocou na bola e ela bateu no travessão. Assim, a Inglaterra fazia 2x1.

Na quarta série de cobranças, Lampard bateu rasteiro no canto direito de Wakabayashi, aumentando para a Inglaterra e jogando a pressão para os asiáticos. Se Misugi perdesse, a Inglaterra seria campeã. Mas o camisa 8 mostrou toda a sua categoria mandando no ângulo de Robinson, que se esticou mas não achou: Inglaterra 3x2.

Assim, bastava a Inglaterra converter sua última cobrança, que levantaria a taça sem que o Japão precisasse bater a sua última penalidade. John Terry colocou a bola na marca, esperou o apito, correu e chutou à meia altura no canto esquerdo. Wakabayashi se esticou todo, mas a cobrança foi perfeita e estufou as redes, finalizando a disputa em Inglaterra 4x2 Japão.

INGLATERRA CAMPEÃ DO TROFÉU DO PRESIDENTE 2018

O título consolida o belíssimo Projeto Premier League da Inglaterra, que preparou não só jogadores, mas treinadores para exercerem um cargo tão difícil. Alex Ferguson é o treinador e, suspenso das finais, viu seu auxiliar mostrar que é tão bom quanto ele na beira do campo. Kevin Keegan mostrou que conhece seus jogadores e o esquema e, por isso, conseguiu segurar a pressão japonesa e sair de campo com o título. A Inglaterra também mostrou ter elenco, com muitos jogadores decidindo jogos importantes, além de uma frieza ímpar na decisão por pênaltis.

Peter Crouch deu espetáculo nas quartas de final, marcando quatro gols em dois jogos e, depois, passou em branco os quatro jogos seguintes. Mesmo assim, terminou a competição como artilheiro, com aqueles quatro gols lá de trás.
Peter Crouch é premiado pelo ciclista holandês Bauke Mollema, da Rabobank, vencedor do Troféu Brasil de ciclismo e convidado de honra da final, numa demonstração da união dos esportes de butaum.
"Fiquei feliz com a mudança de comando. Ferguson e Keegan entenderam meu estilo e acertaram meu posicionamento para que eu pudesse render mais. Os gols contra a Alemanha mostram isso. Depois, a marcação apertou e serviu para mostrar que temos outros ótimos jogadores para decidir." - Peter Crouch, após ser premiado artilheiro da competição.

O capitão da Inglaterra, John Terry, recebe o Troféu do Presidente 2018 das mãos do presidente da república, Fernando Henrique Cardoso.
Antes que alguém venha invocar política no futibou de butaum, devo deixar claro que o presidente da república é escolhido no início do ano, através de uma "votação", onde são jogados 5 dados de 20 lados para cada candidato e aquele que somar mais pontos é eleito o presidente. Nesta eleição, Fernando Henrique Cardoso levou a melhor.

Explicada a parte política, o capitão John Terry recebeu o troféu das mãos do presidente da república, um belo prêmio em prata, com borda de ouro, que mostra a posição final da equipe campeã (número 1) e dá um toque de realeza ao troféu com a palavra "Real" embaixo.

"A Inglaterra é isso, uma geração talentosa de jogadores, combinada com uma comissão técnica de altíssimo nível e um trabalho de primeira. Na Copa do Mundo fraquejamos na final, mas mostramos aqui que somos sim a melhor equipe." - John Terry, capitão da Inglaterra, após receber o troféu.

Os jogadores e a comissão técnica da Inglaterra posam na foto oficial com o troféu. Neste momento, o técnico Alex Ferguson pôde entrar no campo para celebrar com seus jogadores

NOTAS RÁPIDAS
  • Assim termina o Troféu do Presidente, o penúltimo torneio de seleções do ano. A FIFUBO dá uma pausa em competições e volta em dezembro, com a Supercopa FIFUBO e a Jarra Tropon. Mas isso não quer dizer que os jogos vão parar. Amistosos serão realizados, equipes entrarão no Imperatriz Arena para conhecer o novo estádio e as três equipes que disputarão a Supercopa (Imperatriz, Independiente e Vasco) farão partidas de reconhecimento de gramado e aprumo de forma.
  • A aventura da FIFUBO na FMN pode estar com os dias contados. Mudanças de sede podem inviabilizar a participação. Mas isso será discutido mais para a frente e, se acontecer, a FIFUBO soltará nota esclarecendo tudo.
Parabéns à Inglaterra, campeã do Troféu do Presidente 2018!

domingo, 11 de novembro de 2018

Arte e Botões - Iraque - 11/11/2018

Nem só de problemas no computador vive a FIFUBO. Problemas de coluna também impedem os jogos de serem realizados. Dessa maneira, a segunda partida da final do Troféu do Presidente 2018 teve que ser adiado, podendo ser disputado nesta segunda, na terça ou só no final de semana que vem. Mas isso não significa que ficaremos sem postagem no domingo. Vamos promover a volta da seção Arte e Botões, trazendo uma equipe pra lá de especial. Vamos apresentar a seleção do Iraque!

Há muito tempo tenho simpatia por esse país e seu povo tão sofrido por inúmeras guerras e ditadores. Os iraquianos amam o futebol e tentam, de todas as formas, ter uma normalidade no esporte. Mas as dificuldades para montar uma seleção (há relatos que o filho de Sadam Hussein chicoteava os jogadores, se a seleção perdesse) e para arrumar um local para jogar (o Iraque manda seus jogos fora do país) impedem o surgimento de novos talentos e o desenvolvimento de uma liga local. Talvez pela simpatia pelos iraquianos ou fato de eu quase ter nascido no país, sempre quis fazer uma equipe de futibou de butaum homenageando o Iraque. Vamos ver como ficou!


A equipe foi escolhida com base no time titular que jogou contra a Argentina (0x4), no dia 11 de outubro de 2018. Jogam no 5-4-1, com os laterais formando a defesa com os três zagueiros, um meio de campo com dois volantes e dois meias abertos pelas pontas e apenas um atacante.

Desta forma, os titulares são o goleiro 12. Mohammed Kassid (c); o lateral direito 17. Mhawi, os zagueiros 2. Khalaf, 4. Nadhim e 5. Atiyah e o lateral esquerdo 6. Ali Adnan; no meio, os volantes são 8. Abdulraheem e 19. Attwan, na meia direita 9. Ahmed Yasin e, na meia esquerda, 7. Meram; no ataque, 13. Rasan. A equipe ainda tem no banco de reservas 11. Kamil (volante, que pode jogar em qualquer setor da defesa) e 10. Almubaraki (atacante, que pode jogar em qualquer setor do ataque). O camisa 10 é conhecido como "Fenômeno Iraquiano", mas fica na reserva por não ter atuado contra a Argentina. A equipe é treinada por Srecko Katanec, que foi defensor da Iugoslávia na Copa de 90 e tenta dar a este time alguma forma que possa aproveitar a troca intensa de passes, em busca da brecha ideal.

A ideia da FIFUBO é, até 2022, conseguir uma seleção por ano e fechar em 12 seu número ideal para a Copa do Mundo. A partir deste número, estão abertas as inscrições para novas seleções. O Iraque, agora que tem uma equipe, é candidato a uma das vagas extra. Como sonhar não custa nada, podemos ver tal seleção no Imperatriz Arena qualquer dia desses.

sábado, 10 de novembro de 2018

Troféu do Presidente - Final jogo de ida - 10/11/2018

A chuva deu uma trégua, o sol saiu, o céu ficou azul e o Imperatriz Arena lotou para o primeiro jogo da final do Troféu do Presidente. Curiosamente, um torneio para celebrar a república tem como finalistas duas monarquias. Acasos do futibou de butaum ficam de lado nessas horas. Vamos ver como ficou a primeira partida da decisão!

JAPÃO 0x2 INGLATERRA

Voltando a recuperar o bom futebol que os levou ao título mundial, os japoneses estão muito burocráticos nesta competição. Fazem o resultado no jogo de ida e garantem o empate na volta. A ideia é a mesma aqui. Feliz com o desempenho que levou à classificação à final, o senhor Mikami promoveu a volta de Taro Misaki ao ataque, no lugar de Shun Nitta. A Inglaterra também se garante no jogo de ida para empatar o de volta, mas exibe um futebol muito mais completo e se garante de forma convincente, como na primeira semifinal (4x0 Brasil). A preocupação dos europeus, porém, é com a suspensão de Alex Ferguson, que está fora dos dois jogos finais. Assim, Kevin Keegan fica na beira do campo, com foco principalmente em Peter Crouch, que não balançou as redes nos dois últimos jogos, apesar de ter feito quatro gols nas quartas de final.

O jogo começou bom, com as duas equipes buscando espaços e tocando a bola. Mas os japoneses, apesar de já terem vencido uma Copa do Mundo, ainda sentem quando chegam a uma decisão e costumam falhar nos momentos decisivos. Contavam 3 minutos de jogo quando uma ótima jogada de ataque começou a ser tramada entre Tsubasa e Hyuga. Percebendo que a marcação iria em cima da dupla, o camisa 9 japonês inverteu o jogo para o lado direito, encontrando Taro Misaki com um único marcador pela frente. O problema é que este jogador era John Terry, que tomou a frente do camisa 11 adversário e deixou o corpo para levar a falta. Misaki caiu na artimanha de seu adversário e cometeu a infração, próximo à entrada da área inglesa. Terry repôs para Joe Cole, que tabelou com Lampard no meio e abriu a Owen na direita. O camisa 10 fez que ia à linha de fundo para cruzar para Crouch, mas o camisa 15 correu para a entrada da área e recebeu rasteiro. No dois-um, Crouch devolveu a Owen já dentro da área, pelo lado direito e o camisa 10 só teve que tocar na saída de Wakabayashi e fazer Inglaterra 1x0.

O erro no último toque, resultando em contra ataque e gol do rival, desmontou de vez a equipe japonesa. Os asiáticos não conseguiam se articular na frente e, quando tinham um mínimo de organização, pegavam uma Inglaterra muito bem postada, forçando o erro e saindo para o ataque. Os europeus se fartaram de perder oportunidades, tanto pelo meio quanto pelas pontas, mas pareciam ter um repertório inesgotável.

Aos 8 minutos, o nervosismo japonês voltou a se fazer presente. Gerrard esticou uma bola errada e Hiroshi dominou a bola na lateral da área para sair jogando. Mas, percebendo a chegada de Joe Cole (para quem o passe de Gerrard iria), o camisa 3 japonês resolveu proteger a bola e, com o ombro, acabou derrubando o camisa 11 adversário. O árbitro Anderson Daronco apitou a infração. Cometer uma falta na lateral da área é ruim; se o cobrador é David Beckham, é pior ainda. A cobrança do camisa 7 foi perfeita, por cima da barreira, e entrou no canto de Wakabayashi, que nada pôde fazer: Inglaterra 2x0.

Foi só depois do segundo gol inglês que os japoneses conseguiram dar seu primeiro chute a gol no jogo. Mas a conclusão de Tsubasa foi tão fraca, que Robinson defendeu sem nenhuma dificuldade.

No intervalo, Sr Mikami tirou os dois responsáveis pelos gols do adversário. Saíram Hiroshi e Misaki e entraram Matsuyama e Shun Nitta, visando dar velocidade ao time. Kevin Keegan resolveu reforçar a defesa e usar a velocidade no ataque, tirando Bridge e Crouch para colocar Carragher e Rooney.

O Japão até veio melhor para o segundo tempo e perdeu ótima chance no início do jogo, quando Misugi chutou por cima da entrada da área. Mas, aos poucos, estava clara a superioridade enorme dos ingleses. Com sua defesa bem postada, eles tomavam a frente do adversário e forçavam o erro, saindo em contra ataques com muita categoria, de pé em pé. Rooney concluiu ótima jogada que teve a participação de metade do time, mas Wakabayashi fez uma defesa milagrosa, aos 4 minutos. Aos 9, em nova falta na entrada da área, Beckham acertou a trave. O placar não se alterou.

A Inglaterra abre uma vantagem considerável e pode ser campeã até com derrota por um gol de diferença. Aos japoneses, levar o Troféu do Presidente só será possível se vencerem por três ou mais gols de diferença. Se o Japão ganhar com vantagem de dois gols, o campeão será decidido nos pênaltis.

NOTAS RÁPIDAS

  • O jogo de volta da final do Troféu do Presidente será neste domingo, com mando da Inglaterra. Teremos aquela cobertura especial, com direito a fotos e celebridades no Imperatriz Arena.
  • Os dados do computador foram perdidos, numa ação completamente irresponsável do técnico que cuidava da manutenção. Mas, recuperados, trouxeram mais um milestone. Como jogos internacionais contam para estatística e River e Boca andaram jogando partidas na FMN, Riquelme marcou e chegou a 70 gols com a camisa do Boca.
  • A irresponsabilidade do técnico também custou duas semanas da seção Arte e Botões, que voltará normalmente (espero) na próxima semana.
  • Na tarde deste sábado teríamos a final da Copa Libertadores da América, entre Boca e River. O jogo foi adiado para o domingo, por conta das fortes chuvas em Buenos Aires. Para não ficarmos no prejuízo de um Superclássico, tivemos tal jogo pela primeira vez no Imperatriz Arena, de forma amistosa. O River venceu por 3x0, com dois gols de Trezeguet e um de Coudet.

domingo, 4 de novembro de 2018

Troféu do Presidente - Semifinais jogos de volta - 04/11/2018

Domingo nublado, temperatura agradável e Imperatriz Arena lotado. Ingredientes perfeitos para os jogos de volta das semifinais do Troféu do Presidente. Vamos conhecer os finalistas!

INGLATERRA 1x1 BRASIL

Após vencer com folga o jogo de ida (4x0), os ingleses estão com o caminho mais que livre para a final. O técnico Alex Ferguson aproveitou para dar ritmo aos reservas e promoveu as entradas de Carragher e Rooney nos lugares de Ashley Cole e Peter Crouch. Carragher jogaria na lateral direita e Bridge faria a esquerda. Já o Brasil, mesmo diante da tarefa hercúlea de ter que vencer por 5 gols de diferença, ainda acredita na classificação. Dorival Junior promoveu a entrada de Roque Junior no lugar de Juninho Paulista. Assim, a defesa formaria com Cafu, Lucio, Roque Junior e Roberto Carlos, com Edmilson e Kleberson de volantes, liberando os homens de frente para se preocuparem somente com o ataque.

A estratégia de Dorival até se mostrou acertada, mas a finalização era muito deficiente. Com Rivaldo armando o jogo e abrindo para Ronaldinho e Denilson nas pontas, o Brasil abria a defesa inglesa e deixava Ronaldo em condições de concluir. Mas o Fenômeno não estava num bom dia. Finalizou 3 vezes para fora, 1 na trave e outra que Paul Robinson defendeu espetacularmente. E aí entra aquele ditado: quem não faz...

Aos 6 minutos, Gerrard desarmou Denilson e abriu a Beckham na direita. O camisa 7 avançou com a bola para o campo de ataque e fez ótimo passe em profundidade para Owen na ponta direita. O camisa 10 foi ao fundo e cruzou para o segundo pau, onde Wayne Rooney subiu para cabecear sem chances para Carlos Germano e fazer Inglaterra 1x0.

No intervalo, Alex Ferguson colocou Ashley Cole e Peter Crouch nos lugares de Bridge e Owen, mantendo Carragher e Rooney no time para ganhar ritmo. Já o Brasil, com a quase impossível tarefa de fazer um gol a cada dois minutos para levar para os pênaltis, foi ao ataque. Dorival tirou Cafu e Ronaldinho e colocou Juninho e Romário. Kleberson iria para a lateral direita, Lucio seria o capitão e a equipe assumiria de vez o 4-3-3.

O Brasil melhorou muito no segundo tempo. Juninho tomou conta do meio de campo e fez com que  Rivaldo jogasse mais adiantado. Mas a conclusão ainda era deficiente e o tempo ia passando. A Inglaterra também cresceu e puxou bons contra ataques, mas não conseguia vencer Carlos Germano.

Aos 5 minutos, Paul Robinson cobrou mal o tiro de meta e Ronaldo dominou a bola, de costas pro gol. A marcação apertou e o camisa 9 viu Romário entrando pela direita. O passe foi preciso e o camisa 11 invadiu a área para chutar rasteiro no canto de Robinson e dar números finais ao confronto: Brasil 1x1.

A Inglaterra soube jogar com o regulamento debaixo do braço e ainda deu ritmo aos reservas para as finais. A notícia ruim foi que Alex Ferguson foi expulso ao levar o segundo cartão amarelo por invasão de campo e, como já havia levado um cartão no jogo de ida, chegou aos 3 amarelos e um vermelho, levando uma suspensão por dois jogos e, portanto, ficando de fora das finais. Já o Brasil mostra que começa a se adaptar ao esquema de Dorival Junior, mas peca muito na finalização. Se tivesse mais calma na hora de concluir, talvez estivesse comemorando a classificação.

JAPÃO 2x2 CAMARÕES

Após vencer o jogo de ida (2x1), os campeões mundiais podem até empatar para avançarem à decisão. Sr Mikami promoveu uma única mudança, com a entrada de Shun Nitta no lugar de Taro Misaki, sabendo que o adversário teria que propor o jogo e se abriria aos contra ataques. Já Camarões quer continuar sonhando. Precisando de uma vitória por dois gols de diferença (vitória simples levaria para os pênaltis), Zlatko Dalic manteve a equipe e pediu aos meias abertos (Mbouh e Makanaki) que atuassem próximos a Mfede, auxiliando na armação.

O Japão começou o jogo em cima, desperdiçando ao menos três oportunidades antes do primeiro minuto, em verdadeira blitz. Acuado, Camarões só esperou o erro do adversário e ele ocorreu quando Ebwelle afastou da área e Mfede abriu na esquerda para Makanaki. Tabelando com Roger Milla, o camisa 20 invadiu a área nas costas de Ishizaki e chutou na saída de Wakabayashi para fazer Camarões 1x0.

Tal qual contra a Argentina, os japoneses viam sua vantagem ser desfeita logo no início do jogo e, tal qual contra a Argentina, tiveram a frieza para se reorganizar e buscar o empate. Aos 5 minutos, Mfede tocou a Roger Milla, mas Shingo Aoi se antecipou e roubou-lhe a bola, tocando a Sawada na meia esquerda. O camisa 7 percebeu a tempo a chegada de Mbouh e recuou a Jun Misugi, que tocou a Tsubasa na meia direita. O camisa 10 fez um lançamento que parecia forte demais, mas enquanto Ebwelle esperava para interceptar, a bola bateu no chão e parou. Shun Nitta pegou em velocidade, driblou Ebwelle, entrou na área e chutou cruzado, sem chances para Nkono, fazendo Japão 1x1.

O jogo era bom. Camarões se arriscava e o Japão contra atacava, ambos com jogadas envolventes, que levantaram o público. Mas o gol não saía e as equipes começavam a deixar espaços. Novamente, quando o Japão era melhor, Camarões ficou na frente. Já nos acréscimos, Misugi tocou para Tsubasa, mas Massing se antecipou e afastou para Mfede no meio. O camisa 10 abriu a Makanaki na esquerda, que fez um lançamento magistral para Pagal na ponta esquerda. O camisa 11 trouxe a bola para o meio e chutou cruzado, vencendo Wakabayashi e fazendo Camarões 2x1.

No intervalo, Sr Mikami tirou Sawada e Shun Nitta para colocar Matsuyama e Taro Misaki. A ideia era que Matsuyama reforçasse a marcação, liberando Jun Misugi para atacar. Já Dalic tirou Kana Biyik e Roger Milla para colocar Ndip e Oman Biyik.

Quando foi anunciada a entrada de Misaki no lugar de Nitta, os torcedores criticaram seu treinador, por colocarem alguém que não vinha rendendo e tirar um dos melhores em campo. Mas as críticas logo virariam aplausos...

Aos 2 minutos, Wakabayashi cobrou o tiro de meta no meio para Tsubasa e o camisa 10 avançou pela meia direita, dando ótimo passe para Misaki na entrada da área. O camisa 11 driblou Kunde para fora e se ajeitou antes de mandar seu famoso Boomerang Shoot. A bola entrou no ângulo oposto de Nkono: Japão 2x2.

A partir daí, o jogo ganhou em emoção. Camarões atacava com os três meias vindos de trás e Oman Biyik concluindo, enquanto o Japão variava as jogadas pela esquerda com Hyuga ou pela direita com Misaki, tendo sempre Misugi e Tsubasa para vir de trás. Mas o placar não se alterou mais.

O Japão avança à final jogando de forma correta e sabendo reagir nos momentos certos. Camarões sai de cabeça em pé. De saco de pancadas até as semifinais, foram quatro jogos, com uma vitória, dois empates e uma derrota em jogos de igual para igual.

NOTAS RÁPIDAS

  • As finais serão disputadas no próximo sábado e domingo, entre Japão e Inglaterra. De acordo com o sorteio feito na sede da FIFUBO, o Japão será mandante do primeiro jogo, cabendo à Inglaterra mandar o segundo.
  • Neste sábado não teve jogo por causa do campeonato brasileiro de futebol de botão, modalidade 12 toques. A competição, disputada no H Hotel de Niterói na sexta, sábado e domingo, terminou com o Vasco campeão da Ouro e o Friburguense levando na Prata. A FIFUBO esteve lá e, embora não tivesse equipe participando, atuou em três partidas com o River Plate, perdendo as três para o atleta Anderson, do Flamengo, vice campeão na Prata, por 1x3, 2x3 e 4x5. As fotos vêm ao final desta postagem.
  • Os jogos no H Hotel e a recuperação do computador trouxeram dois novos milestones. Com 3 gols marcados no brasileiro, Gallardo chegou a 80 com a camisa do River, enquanto Beckham marcou contra o Brasil seu décimo gol com a camisa da Inglaterra.
  • Banner do campeonato, na entrada do salão.

    Alguns atletas reunidos em uma das três salas de competição

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Troféu do Presidente - Semifinais jogos de ida - 02/11/2018

El dia de los muertos, feriado nublado e temperatura amena. Menos mal que o computador está de volta e as semifinais do Troféu do Presidente podem começar. O Imperatriz Arena recebeu bom público e foi brindado com duas grandes partidas.

BRASIL 0x4 INGLATERRA

Brasil e Inglaterra sempre é prenúncio de jogão. A partida aconteceria pela primeira vez no Imperatriz Arena e os torcedores esperavam ansiosamente para ver como as duas equipes se portariam. O Brasil tinha como grande missão parar Peter Crouch. Lúcio e Edmilson, uma zaga alta, teriam essa missão, enquanto no ataque se esperava mais um baile de Denilson em cima de Beckham. A Inglaterra quer manter o bom nível apresentado até aqui no novo estádio. A preocupação é com Michael Owen, que vem demorando a pegar ritmo.

Apesar do equilíbrio registrado nos confrontos até aqui, o confronto de hoje foi um baile inglês, que começou bem cedo. Logo aos 18 segundos, a goleada já se desenhava, quando Lampard deu a saída de jogo no 'toca y me voy' com Crouch, recebendo na frente. O camisa 8 inglês driblou Edmilson com facilidade, entrou na área, driblou Carlos Germano e empurrou para o gol vazio: Inglaterra 1x0.

O gol relâmpago poderia ser só um aviso aos brasileiros de que teriam que se desdobrar para reequilibrar as coisas, mas acabou mostrando foi a superioridade inglesa. O Brasil jamais conseguiu se organizar, eram um bando de jogadores perdidos, sem guardar posição. Roberto Carlos saía para armar pelo centro, obrigando Juninho a voltar para cobrir a lateral esquerda. Já os ingleses eram organizados, desarmando o adversário e saindo ordeiramente para o ataque.

Aos 5 minutos, Lucio tentou sair jogando com Cafu na direita, mas perdeu a bola e os ingleses puxaram um contra ataque, que Kleberson afastou para lateral. Beckham repôs para Joe Cole, exatamente onde Lucio e Cafu deveriam estar. Kleberson correu para a cobertura, mas Cole devolveu a Beckham na meia esquerda, no espaço onde Kleberson estivera. O camisa 7 inglês ajeitou, viu o posicionamento do goleiro e mandou um chute perfeito, sem chances para Carlos Germano: Inglaterra 2x0.

O Brasil tentava, mas somente Rivaldo e Ronaldo tinham um pingo de organização e, sempre, batiam de frente contra o muro inglês formado por Bridge, Ferdinand e Gerrard. E, assim, a Inglaterra podia arrumar bons contra ataques em velocidade. Aos 9 minutos, Gerrard interceptou passe de Ronaldo para Rivaldo e tocou a Owen na ponta direita. O camisa 10 tabelou com Lampard, recebeu de volta nas costas de Roberto Carlos, invadiu a área e deu leve toque para desviar de Carlos Germano, fazendo Inglaterra 3x0.

No intervalo, Dorival Junior tentava juntar os cacos. Tirou um inoperante Edmilson e um Denilson que errava tudo e colocou Roque Junior e Romário. Assim, formava um 4-4-2 em que Romário e Ronaldo se aproximariam no ataque e tentava, com isso, diminuir os espaços. Já Alex Ferguson resolveu fazer experiências. Tirou John Terry e Peter Crouch para colocar Carragher e Wayne Rooney, apostando nos contra ataques em velocidade. Com a saída de Terry, Beckham seria o capitão.

No segundo tempo, os brasileiros não ofereceram grandes riscos aos ingleses. Chutaram algumas bolas de longe, que Robinson defendeu facilmente, e perderam ótima oportunidade quando Ronaldo, cara a cara com o goleiro, mandou por cima. Os ingleses tocaram a bola e testaram jogadas. Atuaram muito em velocidade, com Joe Cole se juntando a Rooney e Owen no ataque e infernizando a defesa brasileira.

O gol derradeiro veio aos 7 minutos, quando Gerrard abriu na esquerda para Joe Cole e o camisa 11 avançou em velocidade, levando a zaga consigo para a linha de fundo. Com um toque para trás, encontrou Rooney livre dentro da área. O camisa 9 trouxe para o pé direito e chutou cruzado para vencer Carlos Germano e fazer Inglaterra 4x0.

Em um jogo onde todo o time brasileiro esteve irreconhecível, a Inglaterra deu uma aula de futebol e abriu uma vantagem enorme para o jogo de volta.

CAMARÕES 1x2 JAPÃO

Embalados pela histórica classificação frente aos franceses, os camaroneses querem mais. A ideia é segurar o máximo no jogo de ida, para arrebentar na volta. Já os japoneses parecem finalmente entender a metodologia de Sr Mikami e começam a se entrosar melhor no campo maior.

Este jogo não foi tão bonito de se ver como o anterior. Os jogadores de ambos os lados pareciam fora de forma e demoravam a se encontrar em campo, então virou um festival de passes errados e conclusões de longe sem direção. Curiosamente, foi quando Camarões começava a jogar melhor que saiu o primeiro gol... japonês!

Aos 7 minutos, uma blitz africana foi montada próximo à área asiática. Uma linda jogada de escanteio, com Mfede tocando a Roger Milla na entrada da área, Milla tocando a Mbouh na direita (o camisa 8 passou por trás de Milla para receber) e um cruzamento de Mbouh para trás. Roger Milla chutou de primeira para concluir essa jogada e Wakabayashi fez milagre ao defendê-la. A bola foi afastada por Takasugi e acabou na meia esquerda com Sawada. O camisa 7 trouxe a bola para o pé direito e fez um lançamento magistral para o lado direito, onde encontrou Tsubasa livre de marcação, nas costas da zaga. O camisa 10 invadiu a área e chutou por cobertura, surpreendendo Nkono: Japão 1x0.

Camarões tentou dar a saída, mas a defesa japonesa se postou bem para impedir uma grande tabela entre Mfede e Milla. Quando o camisa 10 recebeu, Hiroshi apareceu e bicou a bola para longe. A bola, que bateu em Mfede e saiu para lateral no meio de campo. Ishizaki repôs para Jun Misugi e o camisa 8 avançou sem marcação até a intermediária, de onde resolveu arriscar um chute em arco. A bola começou a descair e encobriu Nkono, morrendo no fundo das redes: Japão 2x0.

No intervalo, Zlatko Dalic desfez o 4-5-1 e armou um 4-4-2, tirando o apagado Mfede e Kana Biyik para colocar Oman Biyik e Ndip em seus lugares. Sr Mikami, por sua vez, tirou Ishizaki e Taro Misaki para colocar Matsuyama e Shun Nitta, apostando na velocidade e no contra ataque.

Camarões melhorou no segundo tempo e dominou as ações e foi neste momento que o melhor jogador em campo apareceu: Genzo Wakabayashi fazia defesas incríveis e mantinha sua equipe na frente. Mas os japoneses pareciam em má forma física e, com a vantagem de dois gols, não faziam muito para mudar este quadro. Aos 8 minutos, a displicência japonesa fez o jogo ficar dramático. Hyuga correu pela ponta esquerda pedindo o jogo, mas Tsubasa errou o passe, que acabou nos pés de Tataw. O camisa 2 deu um bico para a frente, Milla ganhou de cabeça contra Hiroshi e a  bola sobrou para Oman Biyik, que invadiu a área e chutou na saída de Wakabayashi: Camarões 1x2.

Camarões lutou bravamente, mas não conseguiu empatar. Agora, precisam vencer por 2 gols de diferença para avançarem às finais. Já os japoneses escaparam por conta da melhor qualidade técnica de seus atletas, pois não jogaram como um campeão mundial costuma jogar.

NOTAS RÁPIDAS

  • Com o problema do computador, que deveria ficar pronto em três dias e levou duas semanas, a postagem da arte da semana ficou prejudicada. Se não tiver uma neste sábado, postarei durante a semana.
  • Neste sábado não haverá rodada na FIFUBO, pois irei acompanhar o campeonato brasileiro de 12 toques que está rolando em Niterói. Mas levarei os times do River e da França para tentar jogar umas partidas lá. Os jogos de volta das semifinais serão neste domingo.