domingo, 23 de fevereiro de 2014

Torneio Apertura 2014 - Terceira Rodada - 23/02/2014

Neste domingo de sol forte e muito calor, foi encerrada a terceira rodada do Apertura 2014. Vamos aos jogos!

SAN LORENZO 4x2 HURACÁN

O San Lorenzo tinha que vencer para não deixar o Estudiantes se isolar na liderança. Nilson treinou a equipe durante a semana com ênfase nos volantes Buffarini e Piatti, pois o time de Almagro enfrentava uma equipe forte na defesa e com contra ataques rápidos, então os volantes teriam uma função dupla de auxiliar Romagnoli na marcação e voltar quando a equipe perdia a bola. Já o Huracán, com duas derrotas em dois jogos, corria atrás dos primeiros pontos. Sr Rabina treinou a defesa intensamente, visando dar consistência nos 20 minutos de partida e evitar viradas como as ocorridas nos dois primeiros jogos.

A tática de Sr Rabina deu certo e o Huracán dominou a partida. Marcando forte, a equipe de Buenos Aires anulou o meio de campo do San Lorenzo e ainda encaixou ótimos contra ataques. Cigogna acertou o travessão de Migliore com dois minutos de jogo. Como a bola não chegava a Stracqualursi através de Romagnoli, coube a Piatti e Raul Estevez chamarem a responsabilidade. Aos 5 minutos, Luciatti tocou para Piatti na meia esquerda. O camisa 12 trouxe para o meio e chamou a marcação, tocando na esquerda para 'Pipa', que soltou a bomba da entrada da área e venceu Islas para fazer San Lorenzo 1x0.

O gol liberou mais o San Lorenzo, mas fez o Huracán ficar mais agudo em suas tentativas. A equipe encontrou o gol aos 7 minutos, quando Barrientos tocou para Minici na esquerda e o camisa 6 devolveu a Centurión no meio. O camisa 8 avançou e deu lindo passe para Cigogna, que já recebeu dentro da área e no pé direito para soltar o escopetazzo e empatar o jogo: Huracán 1x1.

O gol devolvia justiça ao placar, pois o Huracán tinha uma boa defesa e o San Lorenzo chegava por mérito próprio. Mas, nos acréscimos, Walter Ferrero fez nova besteira ao furar um chutão e a bola sobrou para Stracqualursi dentro da área. Tal qual o 9 do Huracán, o 9 do San Lorenzo não desperdiçou e chutou forte para vencer Islas e fazer San Lorenzo 2x1.

No intervalo, Nilson trocou Luciatti por Erviti, visando colocar um meia na lateral esquerda para ajudar na armação de jogadas. Já um irritado Sr Rabina tirou Walter Ferrero e Milano e colocou Erramuspe e Barrales.

É difícil dizer se o jogo seria outro no segundo tempo, pois logo a um minuto, Reynoso desarmou o ataque do Huracán e tocou para Buffarini. O camisa 8 descobriu Romagnoli na meia esquerda. O camisa 10 invadiu a área e chutou no ângulo oposto de Islas para marcar um golaço, bater no peito, apontar ao chão e fazer a taunt da Paloma: San Lorenzo 3x1.

A partir daí, a equipe de Almagro tomou conta do jogo e passou a rondar a área do Huracán com muita autoridade. Aos 6 minutos, a goleada se desenhou, quando Reynoso roubou bola que iria para Cigogna e tocou para Piatti. O camisa 12 avançou, tabelou com Raul Estevez e chutou da entrada da área para fazer San Lorenzo 4x1.

Com o jogo decidido, a equipe passou a tocar a bola e o Huracán voltou a ganhar terreno. Aos 9 minutos, Minici cobrou lateral para Barrales, que chutou da entrada da área e descontou para o Huracán: 2x4.

Destaque do jogo: Ignácio Piatti. De reserva a titular e destaque pelo segundo jogo consecutivo, o volante da camisa 12 foi peça fundamental para desafogar Romagnoli. Com o camisa 10 jogando mal e sendo bem marcado, coube a Piatti organizar o jogo. Marcou o ataque do Huracán, deu assistências e fez um gol para se consagrar novamente. Menção honrosa a Raul 'Pipa' Estevez, que também fez um belo jogo, e para Salvador Reynoso, de novo um muro à frente da área do seu time, mas só um pode ser escolhido e este foi Piatti

RACING 1x3 VELEZ SARSFIELD

O jogo dos desesperados, pois ambos não tinham pontuado no campeonato ainda. Jogando mal, o Racing é alvo de muitas críticas. Madeirite treinou a equipe para fazer um jogo solidário, sem saber o que esperar do Velez. Já Valdir Espinoza manteve Lucas Romero no time, visando dar mais entrosamento a seus atletas.

O Velez tomou as ações logo no início do jogo. Com um minuto, Claudio Hussain acionou Gino Peruzzi na direita, em contra ataque. O camisa 2 avançou e chutou cruzado para vencer Saja e fazer seu primeiro gol com a camisa do Velez: 1x0.

O Racing não se acanhou com o gol relâmpago e passou a buscar seu jogo. O empate veio aos 6 minutos. Ruben Capria recuou para Pelletieri, que deu passe cirúrgico para Acosta. O camisa 9 invadiu a área e desviou de Sosa para empatar a partida: Racing 1x1.

O jogo ficou bom, com ambas as equipes marcando bem e organizando boas jogadas. Mas a genialidade do Velez começou a ser vista aos 9 minutos, quando Lucas Romero acionou Emiliano Papa na esquerda. O camisa 3 foi ao fundo e cruzou para Turco Assad completar e fazer o seu primeiro gol com a camisa do Velez: 2x1.

No intervalo, Madeirite sacou Quiroz e Latorre e colocou Fariña e Hauche. Já Valdir Espinoza foi ousado e sacou os irmãos Hussain, colocando Cubero e Lucas Pratto em campo.

O segundo tempo continuou bom, mas as equipes não conseguiram transformar em gols graças às grandes defesas de Saja e Sosa. Porém, aos 8 minutos, o Velez matou a partida com uma linda jogada que começou com Gago desarmando Acosta. O camisa 5 passou a Peruzzi, que tocou a Cubero no meio. O camisa 13 tocou mais à frente para Insua, que deu a Lucas Pratto na direita. Percebendo a aproximação da defesa do Racing, o camisa 12 tocou na esquerda para Turco Assad, que invadiu a área e chutou rasteiro para vencer Saja e fazer Velez 3x1.

Destaque do jogo: Turco Assad. Menção honrosa ao belo futebol de Lucas Romero, Turco Assad foi o artilheiro da tarde, ao marcar 2 gols e levar seu time ao primeiro triunfo oficial.

CLASSIFICAÇÃO

1° Estudiantes - 9 pontos, 12 gols pró
2° San Lorenzo - 9 pontos, 9 gols pró
3° River Plate - 7 pontos
4° Independiente - 4 pontos
5° Boca Juniors - 3 pontos, 8 gols pró
6° Velez Sarsfield - 3 pontos, 6 gols pró
7° Huracán - 0 ponto, 5 gols pró
8° Racing - 0 ponto, 3 gols pró

ARTILHARIA

1° Nestor Silvera (Independiente) - 5 gols
2° Juan Sebastian Verón (Estudiantes) - 4 gols
3° José Basualdo (Boca Juniors), Gastón Fernandez (Estudiantes), Daniel Cigogna (Huracán), David Trezeguet (River Plate), Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 3 gols

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Torneio Apertura - Terceira Rodada - 22/02/2014

É no finalzinho de uma tarde muito quente que a temperatura sobe no Itaquá Dome. A terceira rodada do Apertura 2014 se iniciou com dois jogos de tirar o fôlego! Vamos a eles!

INDEPENDIENTE 3x3 RIVER PLATE

Vindo de derrota, o time do Independiente tinha um rival indigesto pela frente. Precisando conter o toque de bola à lá Barcelona do River, Bayer treinou seus volantes para marcar, evitando os toques para os pontas. O desejo era conseguir fazer uma vitória que, contra o River, é chamada de "el secreto de sus rojos". Do lado do River, a vitória manteria a equipe na liderança e com 100% de aproveitamento. Mas, a despeito do aproveitamento, o estilo de jogo que o levou a ser apelidado de "Barcelona do Futibou de Butaum" ainda não havia aparecido neste Apertura. Francescoli treinou muito os passes durante a semana.

E o jogo foi muito bom! Logo com 30 segundos, Gracián já havia mandado uma cobrança de falta no travessão de Carrizzo e, com um minuto, Gallardo havia obrigado Hilário Navarro a fazer uma defesa com a ponta dos dedos.

Aos 4 minutos, no entanto, Navarro nada pôde fazer. Trezeguet chutou e o goleiro espalmou para lateral. Gallardo cobrou para Ortega, que invadiu a área pela ponta e fuzilou, fazendo River 1x0.

O gol dava ao River a vantagem no placar, mas o Independiente ainda equilibrava as ações. Porém, não conseguia chegar ao gol. Aos 9 minutos, uma infantilidade de Navarro desequilibrou completamente a partida. Trezeguet recebeu de Ortega na área e tentou driblar o goleiro. Navarro o derrubou com a bola saindo pela linha de fundo. Ferrari cobrou o pênalti no ângulo esquerdo do goleiro, que escolheu o direito: River 2x0.

No intervalo, Bayer sacou Busse (que já tinha cartão amarelo e não jogava bem) e Facundo Parra (pouco acionado) e colocou Gandin e Acevedo. Francescoli, a seu turno, tirou Barrado e Buonanotte para colocar Funes Mori e Coudet, visando descansar os titulares.

As escolhas certas foram do lado vermelho. Com apenas 30 segundos, Acevedo roubou a bola de Coudet que iria para Gallardo e puxou contra ataque. Placente mandou a bola a corner. Mareque cobrou e Acevedo cabeceou no canto de Carrizzo para fazer Independiente 1x2.

O gol desestabilizou o River, que jogava tocando bem até o intervalo. Com isso, o Independiente ganhou terreno e passou a rondar a área do adversário. Aos 4 minutos, em bela jogada de contra ataque iniciada por Mattheu, passando por Acevedo e Gracián encontrou Gandin na direita. O camisa 9 driblou Coudet trazendo para o meio e tocou mais à esquerda para Silvera. O artilheiro do campeonato se livrou de Almeyda com extrema facilidade e chutou rasteiro para vencer Carrizzo e empatar o jogo: Independiente 2x2.

Quando se esperava que o River fosse se desestabilizar, a defesa do Independiente protagonizou nova lambança. Funes Mori tocou para Berizzo na esquerda. O lateral avançou, mas a bola estava mais para Mattheu. Com uma pixotada, o camisa 4 deixou a bola livre para Berizzo, que invadiu a área e chutou com força na saída de Navarro, para fazer River 3x2 aos 6 minutos.

Porém, o empate era o resultado mais justo e ele foi sacramentado aos 8 minutos. Mareque saiu da esquerda para o meio, tabelou com Gracián, foi para a direita, tabelou com Vella e, de pé direito, chutou cruzado para dar números finais ao jogo: Independiente 3x3.

Destaque do jogo: Walter Acevedo. O camisa 12 é um volante de marcação. Porém, Bayer o colocou no lugar de Busse (volante mais de armação) e ele entrou muito bem, mudando a cara do jogo. Plantado à frente da área, afastou o River. Saindo para o jogo, ajudou na armação. Fez tabelas e deixou seu gol, importante para recolocar o Independiente no jogo.

ESTUDIANTES 4x3 BOCA JUNIORS

Sabendo do resultado do jogo do River, o Estudiantes tinha todas as armas para dormir na liderança e manter os 100% de aproveitamento. Durante a semana, Cristaldo treinou com Veron mais à frente, formando um triângulo de armação. Também dava mais um chance a Boselli, embora a pressão da torcida por Hernan Rodrigo Lopez estivesse cada vez maior. Por falar em pressão, o Boca vem com muita. A vitória sobre o Independiente na última rodada (3x2) aliviou um pouco, mas o trabalho de Paralelo ainda vem sendo muito questionado. Ele treinou a semana inteira a movimentação de Riquelme, querendo que o camisa 10 participe mais do jogo para municiar o ataque.

Foi um jogo muito igual. O Estudiantes tentava tomar a iniciativa, mas o meio de campo do Boca estava impecável, impedindo os avanços da equipe de La Plata. Para o marcador ser inaugurado, somente com uma falha. E ela veio. Aos 2 minutos, Enzo Perez pegou a bola no meio, de frente para Serna, e arriscou o chute. Abbondanzieri preferiu fazer golpe de vista e viu a bola entrando mansamente em seu gol: Estudiantes 1x0.

O gol afrouxou um pouco a marcação do Boca e fez a equipe errar muitos passes, no que o Estudiantes se aproveitou para puxar perigosos contra ataques. Mas o acaso deu um gol ao time de La Plata, tinha que dar um para o de La Boca também. Aos 4 minutos, Arruabarrena resolveu arriscar de muito longe e mandou um chute forte. Basualdo meteu o pé na bola no meio do caminho e desviou totalmente sua trajetória, matando Andujar e fazendo Boca 1x1.

O jogo cresceu de nível e passou a ficar eletrizante. Aos 6 minutos, Basualdo puxou contra ataque, tabelou com Riquelme, invadiu a área e deu um toque por cima de Andujar. A bola, caprichosamente, bateu no travessão. No rebote, Federico Fernandez tocou para Leandro Benítez. O camisa 8 inverteu para Enzo Perez, que tocou para Verón no meio. O camisa 11 invadiu a área e com belo toque de cobertura venceu Abbondanzieri, para fazer Estudiantes 2x1.

O jogo era tão igual que se o maestro de um time fazia um golaço, o do outro também tinha que fazer. Na saída de bola, aos 7, Basualdo tocou mais na ponta para Riquelme. O camisa 10 foi ao fundo, encontrou ângulo e chutou com efeito. A bola entrou no ângulo de Andujar no gol mais bonito do jogo: Boca 2x2.

No intervalo, Cristaldo tirou Marco Rojo (que já tinha cartão amarelo) e Boselli (nulo novamente) e colocou Mathias Sanchez e Hernan Rodrigo Lopez. Já Paralelo sacou Serna (que falhou na marcação nos dois gols) e Palácio (ainda sem produzir muito) e pôs Battaglia e Guillermo Barros Schelloto. Palermo passou a ser o capitão do Boca, na saída de Serna.

O jogo diminuiu um pouco o ritmo. As equipes passaram a errar passes, fruto da boa marcação e do cansaço. Mas ainda tivemos emoção. Aos 6 minutos o jogo esquentou, quando Leandro Benítez tocou na ponta esquerda para Hernan Rodrigo Lopez. Trazendo para o meio, o camisa 13 uruguaio tocou mais à direita para Gastón Fernandez, que tentou um drible de efeito. Schiavi falhou feio ao tentar roubar a bola dele e viu o camisa 10 invadir a área e tocar na saída de Abbondanzieri para fazer Estudiantes 3x2.

Se um zagueiro falha e resulta em gol de um lado, um zagueiro tem que falhar e resultar em gol do outro também. Aos 8 minutos, Basualdo tocou para Riquelme, que deu bom passe em profundidade para Palermo. Mas a bola correu demais e ficou para Leandro Desábato. Só que o camisa 3 tentou dar um toque de efeito para driblar Palermo, perdeu a bola e viu o camisa 9 invadir a área e chutar forte para vencer Andujar: Boca 3x3.

O Estudiantes queria manter os 100% de aproveitamento e, para isso, acertou a saída de bola. Verón tocou para Enzo Perez, recebeu na frente e, da intermediária, acertou um belo chute para fazer Estudiantes 4x3. O problema foi que os deuses do futibou de butaum cansaram de igualdade e não deixaram o Boca fazer o mesmo. Riquelme tocou para Basualdo, recebeu na frente, mas Verón roubou a bola e tocou com sua equipe até o juiz apitar o fim do jogo.

Destaque do jogo: Juan Sebastian Verón. 2 gols, um deles o da vitória. Presença constante no ataque, ditando o ritmo da equipe e organizando as jogadas. Marcação forte ao atacante de movimentação do Boca. Ainda roubou a bola que Riquelme levaria para tentar empatar o jogo. Injustiça haveria se Verón não fosse indicado pela segunda vez em três rodadas como o nome do jogo.

NOTAS RÁPIDAS

  • Esta foi uma rodada de milestones. Paulo Ferrari cobrou com perfeição o penal que foi o seu décimo gol com a carreira do River; Basualdo meteu o pé para mudar a trajetória da bola e fazer o vigésimo gol com a camisa do Boca; já Verón colocou o Estudiantes na frente e chegou aos 10 com a camisa do time de La Plata.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Torneio Apertura 2014 - Segunda Rodada - 16/02/2014

No finalzinho da tarde deste domingo, com céu nublado e chuva fraca caindo no decorrer das partidas, foi encerrada a segunda rodada do Apertura 2014, com dois jogos muito bons. Vamos a eles!

BOCA JUNIORS 3x2 INDEPENDIENTE

Com um princípio de pressão ao seu trabalho, Paralelo sabia que a vitória sobre o Independiente seria importante. Vindo de derrota para o River (2x3) na estreia no campeonato e com a torcida pressionando por mudanças, o treinador manteve o mesmo time para este novo clássico. Já o Independiente também tinha certa desconfiança pois, apesar de vencer na estreia (3x2 no Huracán), ainda não apresentou bom futebol, se salvando graças ao hat trick de Silvera na primeira rodada.

O jogo começou com o Boca tomando a iniciativa. Com Riquelme se movimentando e buscando o jogo, a equipe tinha como ir ao ataque, mas seus atacantes eram bem marcados. Com o meio congestionado, coube aos laterais buscar o avanço, conforme orientação tática de seu treinador. E foi assim que o primeiro gol surgiu, aos 5 minutos. Escudero roubou bola que seria de Silvera e partiu para o ataque, tabelando com Ibarra e deixando o lateral em boas condições para chutar e fazer Boca 1x0.

O gol acordou o Independiente, que não tinha boa organização ofensiva. Embora Facundo Parra buscasse o jogo, Gracián não jogava bem, sucumbindo à marcação de Basualdo. Assim como o Boca buscava o ataque com seus defensores, o Independiente encontrou esta solução e, nos acréscimos do primeiro tempo, Matheu desarmou Palermo e tocou para Vella na direita. O camisa 2 avançou e tocou para Gracián na esquerda. O camisa 19 puxou a bola para o pé direito e chutou bonito, sem chances para Abbondanzieri, fazendo Independiente 1x1.

No intervalo, Madeirite e Bayer não quiseram mudar, evidentemente satisfeitos com o comportamento tático de suas equipes. Talvez tenha faltado coragem para tirarem os artilheiros Palermo e Silvera, que eram marcados com eficiência. Acabariam acertando nisso também...

O jogo ficou muito bom no segundo tempo, quando começou a chover mansamente. O Independiente começou a tomar as rédeas da partida e chegou à virada aos 2 minutos, quando um bate rebate na intermediária sobrou para Mareque. O camisa 3 tocou a Fredes no meio, que puxou contra ataque na esquerda para Silvera. O camisa 11 deu lindo corte que deixou Ibarra no chão e chutou na saída de Abbondanzieri para fazer seu quarto gol no campeonato: Independiente 2x1.

O Independiente continuou dominando as ações até que começou a chover mais forte, quando o Boca acordou. Escudero se lançou ao ataque e tocou para Ibarra no dois-um, recebendo dentro da área e chutando na saída de Navarro, empatando a partida aos 5 minutos: Boca 2x2.

A partir daí, o jogo ficou aberto. Com as duas equipes tocando com categoria e buscando o gol a todo momento, só um toque dramático faria o jogo se resolver. E foi assim que, aos 9 minutos, Riquelme deu carrinho para recuperar a bola em cima de Parra, tocando para Basualdo na esquerda. O camisa 11 tocou mais à frente para Palermo que, da intermediária, acertou lindo e forte chute para vencer Navarro e dar números finais ao jogo: Boca 3x2.

Destaque do jogo: Hugo Ibarra. O lateral direito do Boca chamou a responsabilidade para si. Pela tática imposta por Paralelo, quando os volantes não puderem ajudar a armação pelo meio, cabe aos laterais abrir o jogo, deixando para os volantes a responsabilidade da marcação. Com isso, Ibarra se lançou ao ataque, fez boas jogadas, marcou um gol, deu uma assistência e foi a opção mais perigosa para o Boca numa partida em que a vitória era crucial.

VELEZ SARSFIELD 1x2 RIVER PLATE

O último jogo da rodada colocava em campo um Velez que ainda é uma incógnita. Valdir Espinoza pensou em trocar Romero por Cubero, mas manteve o camisa 7, visando dar maior ritmo antes de trocar. Além disso, pediu aos seus volantes que ajudassem a dificultar o toque de bola do River. A equipe, vinda de derrota para o San Lorenzo (2x3), não tinha motivos para pânico, por ainda estar buscando a melhor formação. Já o River, vindo de vitória no Superclássico (3x2), tinha dificuldades por não conhecer o adversário. Francescoli manteve a equipe e pediu para eles fazerem o jogo deles, sem se importar com o adversário.

A rigor foi isso que aconteceu. O River tomou a iniciativa e chegou ao seu gol logo aos dois minutos. O River forçou o Velez a se desfazer da jogada no meio. Barrado tocou para Berizzo na esquerda, que deu a Buonanotte na ponta. O camisa 30 tocou rápido a Trezeguet no meio e o camisa 7 driblou Gago com facilidade antes de chutar forte e vencer Sosa, fazendo River 1x0.

O gol desarticulou o Velez, que errou a saída e quase viu o River ampliar. Mas, em novo contra ataque aos 4 minutos, nada pôde ser feito. Novamente forçando o Velez a se desfazer da bola, Barrado tocou a Berizzo na esquerda. O lateral fez belo lançamento invertendo o jogo e pegando Trezeguet livre para chutar da entrada da área e fazer River 2x0.

A goleada parecia desenhada, mas o Velez foi reequilibrando o jogo. Com Insua saindo para o jogo com mais liberdade, as jogadas começaram a aparecer e foram empurrando o River de volta para sua área. Aos 10 minutos, finalmente encaixaram uma jogada de irmãos. Insua tocou para Claudio Hussain na direita, o camisa 8 avançou e tocou em profundidade para Dario Hussain invadir a área e tirar Carrizzo da jogada, fazendo Velez 1x2.

No intervalo, só o Velez trocou. Saíram Romero e Turco Assad e entraram Cubero e Lucas Pratto. O Velez melhorou e teve mais presença no ataque, dando o contra ataque ao River. Mas o placar não mudou.

Destaque do jogo: David Trezeguet. Menção honrosa à belíssima atuação de Diego Armando Barrado, pela marcação forte e saída organizada ao ataque, Trezeguet foi o grande destaque, por ser para onde as jogadas convergiam. Marcou 2 gols e decidiu o jogo.

CLASSIFICAÇÃO

1° Estudiantes - 6 pontos, 8 gols pró
2° San Lorenzo - 6 pontos, 5 gols pró, 2 gols contra
3° River Plate - 6 pontos, 5 gols pró, 3 gols contra
4° Boca Juniors - 3 pontos, 5 gols pró, 5 gols contra
5° Independiente - 3 pontos, 5 gols pró, 5 gols contra
6° Huracán - 0 ponto, 3 gols pró, 5 gols contra
7° Velez Sarsfield - 0 ponto, 3 gols pró, 5 gols contra
8° Racing - 0 ponto, 2 gols pró, 8 gols contra

ARTILHARIA

1° Nestor Silvera (Independiente) - 4 gols
2° David Trezeguet (River Plate) - 3 gols
3° José Basualdo (Boca Juniors), Gastón Fernandez (Estudiantes), Juan Sebastian Veron (Estudiantes), Leandro Benítez (Estudiantes), Daniel Cigogna (Huracán), Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 2 gols

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Torneio Apertura 2014 - Segunda Rodada - 15/02/2014

Na tarde deste sábado meio nublado foi iniciada a segunda rodada do Apertura 2014. Vamos aos jogos!

RACING 0x2 SAN LORENZO

Com uma enorme desconfiança por não saber jogar ligas (só copas), o Racing vinha disposto a desfazer essa impressão após ser a única equipe a sofrer uma goleada na primeira rodada (2x6 Estudiantes). Mas enfrentava a equipe que, ao lado do Estudiantes, tinha jogado o futebol mais eficiente da primeira rodada. O San Lorenzo vinha de vitória (3x2 Velez) e, em 4 partidas, ainda não havia perdido.

Bastou um minuto para ficar provado que as impressões da primeira rodada se repetiriam aqui. O primeiro  ataque do jogo, quando Martin Simeone acertou o travessão, foi tudo o que o Racing fez no jogo. A bola sobrou para Reynoso no meio, que ligou a Piatti na esquerda. O camisa 12 avançou pela intermediária e deu lindo passe em profundidade para Stracqualursi invadir a área e deslocar Saja para fazer San Lorenzo 1x0.

O gol relâmpago deu a impressão de que o San Lorenzo era um azarão, mas não era a verdade. Tanto é que, no minuto seguinte, Ruben Capria tocou para Pelletieri na saída de bola. O camisa 7 tentou driblar Reynoso e perdeu a bola. Reynoso ligou rápido para Piatti na esquerda e o camisa 12 avançou até chutar forte da intermediária (sua especialidade) para fazer San Lorenzo 2x0.

O segundo gol foi a mostra definitiva que o San Lorenzo ditava as cartas no jogo e que o Racing se limitaria a fazer figuração. O San Lorenzo marcava no meio de campo e não deixava a equipe de Avellaneda armar jogadas. No entanto, a equipe de Almagro parecia feliz em ditar o ritmo do jogo e tocava a bola no campo de ataque, deixando o tempo passar. No intervalo, Madeirite tentou mudar as coisas, tirando Pelletieri e Latorre e colocando Fariña e Hauche, enquanto Nilson sacou Raul 'Pipa' Estevez e Piatti, colocando Bordagaray e Erviti, mas o resultado se manteve o mesmo. Apático, o Racing nada fez para evitar sua segunda derrota.

Destaque do jogo: Ignácio Piatti. O camisa 12 matou a partida em dois minutos. No primeiro, deu o passe para o gol de Stracqualursi. No segundo, fez ele mesmo. Fora isso, era a ligação entre a defesa e o ataque com velocidade e marcação eficiente. Se deu ao luxo de sair no intervalo e ainda sim ser o melhor em campo, mostrando que o San Lorenzo tem alternativas para quando Romagnoli não estiver bem.

HURACÁN 1x2 ESTUDIANTES

Ainda ajustando seu sistema defensivo e seus contra ataques, o Huracán vinha de derrota para o Independiente (2x3) na estreia, após estar vencendo por 2x0. Durante a semana, Sr Rabina preparou a equipe para marcar forte o jogo todo, já que o primeiro gol do Independiente saiu nos acréscimos do primeiro tempo e o da virada saiu nos acréscimos do segundo. Já o Estudiantes vinha disposto a provar que a goleada na estreia não tinha sido em vão e que a equipe era sim favorita ao título.

O primeiro tempo foi inteiro do Huracán. A equipe dedicou os primeiros 5 minutos a acertar a marcação e não deixar o Estudiantes jogar, no que foi muito eficiente. Quando a marcação já estava acertada, a equipe começou a encaixar contra ataques e conseguiu chegar ao seu primeiro gol aos 5, quando Milano puxou contra ataque pela direita, avançou e Marco Rojo deu um carrinho jogando para lateral. Milano repôs rápido para Cigogna, que invadiu a área e deu lindo toque de cobertura para abrir o marcador: Huracán 1x0.

O resto do primeiro tempo foi com o Estudiantes tentando sair da marcação, mas com um Huracán muito aplicado, que forçava a equipe de La Plata a se desfazer da bola e saía rápido em contra ataques perigosos. No intervalo, Sr Rabina tirou Barrientos e Milano para colocar Erramuspe e Barrales. Já Cristaldo sacou Angeleri e Boselli e pôs Mathias Sanchez e Hernan Rodrigo Lopez. No caso de Sanchez, visava marcar melhor e sair com qualidade pela direita. No caso de Lopez, a intenção era tirar um atacante nulo e tentar mudar o jogo.

Deu certo! Com 2 minutos, uma blitz do Estudiantes encontra a rede. Marco Rojo saiu pela esquerda e tocou para Hernan Rodrigo Lopez no meio. O camisa 13 invadiu a área, chutou e Daniel Islas fez linda defesa de ponta de dedos, mandando a corner. O próprio Lopez cobrou, Gastón Fernandez cabeceou e acertou o ângulo de Islas para fazer Estudiantes 1x1.

O gol reequilibrou o jogo. O Huracán ainda marcava bem, mas o Estudiantes já criava jogadas de perigo e isso fez com que o jogo melhorasse bastante, com bolas na trave e boas defesas dos goleiros. Mas, aos 8 minutos, o feitiço virou contra o feiticeiro. O Huracán se mandou ao ataque e Federico Fernandez desarmou a bola que ia para Cigogna. O toque do camisa 4 para a lateral foi rápido e encontrou Marco Rojo pronto para avançar. O camisa 6 tocou no meio e pegou a zaga de calças na mão. Hernan Rodrigo Lopez avançou pelo meio e chutou à meia altura, no canto esquerdo de Islas, para dar números finais ao confronto: Estudiantes 2x1.

Destaque do jogo: Hernan Rodrigo Lopez. Novamente o centroavante uruguaio entra e muda o panorama da partida. Conseguiu o escanteio e cobrou na cabeça de Fernandez no primeiro gol e ainda marcou o segundo. A situação de Mauro Boselli começa a ficar complicada...

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Torneio Apertura 2014 - Primeira Rodada - 09/02/2014

Neste domingo de muito calor foi encerrada a primeira rodada do Apertura 2014, com dois jogos maravilhosos! Vamos a eles!

ESTUDIANTES 6x2 RACING

Com a promessa de um 2014 melhor, o Estudiantes treinou forte durante a pré-temporada e fortaleceu suas variações de ataque.  Mesmo assim, a eliminação no Torneio Início para o mesmo Racing (1x2) jogava uma sombra na promessa de classificação aos playoffs. A equipe de Cristaldo formava com 1. Andujar, 2. Angeleri, 3. Leandro Desábato, 4. Federico Fernandez, 6. Marco Rojo; 5. Rodrigo Braña, 11. Verón (c), 7. Enzo Perez, 8. Leandro Benítez; 10. Gastón Fernandez e 9. Mauro  Boselli.

Do outro lado, o Racing vinha como maior vencedor da fase argentina da FIFUBO (3 conquistas em 5 disputas), mas com a pecha de só vencer torneios de tiro curto. Para tirar a mancha de não ir bem em ligas, Madeirite preparou sua equipe para suportar a longa competição. A conquista do Torneio Início era um incentivo à equipe para buscar a vitória. A equipe formou com 1. Saja, 2. Diego Capria, 4. Gamboa, 6. Pocchetino, 3. Enrique; 5. Quiroz, 7. Pelletieri, 8. Martin Simeone, 10. Ruben Capria (c), 9. Acosta, 11. Latorre.

O jogo foi todo do Estudiantes, que começou a construir sua vitória com apenas 1 minuto, quando em uma esticada de bola, Enzo Perez jogou-a de lado e foi derrubado por Saja. Verón cobrou o penal fraco no canto direito, Saja espalmou e o próprio Verón pegou o rebote para fazer Estudiantes 1x0.

O Racing não tinha tempo de respirar. Cristaldo deu um golpe de mestre ao adiantar Verón para marcar Ruben Capria no meio de campo, acabando com as saídas de bola da equipe de Avellaneda. Some-se a isso a movimentação dos jogadores e nós chegamos ao segundo gol aos 4 minutos. Verón roubou bola de Ruben Capria e tocou para Leandro Benítez na direita. O camisa 8 avançou e chutou cruzado, acertando o ângulo de Saja e fazendo Estudiantes 2x0.

Aos 8, o Racing descontou. Quiroz sofreu falta de Boselli e tocou rápido para Martin Simeone, que driblou Verón e, da intermediária, acertou belo chute de esquerda para vencer Andujar: Racing 1x2.

No intervalo, Cristaldo sacou Boselli e colocou Hernan Rodrigo Lopez. Apesar do time jogar bem, seu camisa 9 ainda não entrou no esquema de jogar forte e disputar todas as bolas. Já Madeirite tirou Pelletieri e Latorre para colocar Fariña e Hauche. Com Ruben Capria bem marcado, Acosta ficava muito afastado da área. A entrada de Hauche serviria para colocar outro jogador entre os zagueiros.

Não deu muito certo, pois a tarde de gala de Verón se fez latente logo a um minuto. Marco Rojo avançou pela esquerda e foi derrubado por Diego Capria. Verón cobrou a falta no lado do goleiro, que saiu para cobrir o canto da barreira e só percebeu quando a bola já estava no fundo das redes: Estudiantes 3x1.

Com o jogo praticamente definido, o Estudiantes tocava a bola no campo de ataque, mas em busca de um espaço para marcar mais gols. Já o Racing tentava aproveitar o ritmo menor da equipe de La Plata para encostar. E conseguiu aos 5, quando Ruben Capria recebeu de Fariña no meio e deu boa enfiada para Acosta no meio dos zagueiros. O camisa 9 invadiu e tirou Andujar da jogada para fazer Racing 2x3.

A resposta do Estudiantes veio 2 minutos depois, aos 7. Depois de Acosta chutar e Andujar fazer ótima defesa, Rodrigo Braña despachou, transformando em belo contra ataque para Angeleri. O camisa 2 tocou para Enzo Perez, que avançou e chutou forte. Saja defendeu e o rebote foi do próprio Enzo Perez, que tocou para o gol vazio: Estudiantes 4x2.

O gol foi uma ducha de água fria para o Racing, que entregou os pontos. Mas o Estudiantes queria mais e conseguiu seu quinto e sexto gols nos acréscimos. Primeiro, Desábato recuperou bola perdida e tocou para Braña no meio. O camisa 5 tocou a Verón, que deu belo passe para Marco Rojo na esquerda. O lateral avançou e cruzou na medida para Leandro Benítez completar o seu segundo gol no jogo: Estudiantes 5x2.

A tampa do caixão foi fechada logo depois, quando Andujar jogou rápido para Angeleri na direita e, com belo passe, o lateral jogou para Gastón Fernandez invadir a área pela direita e tocar na saída de Saja: Estudiantes 6x2.

Destaque do jogo: Juan Sebastian Verón. O camisa 11 só não fez chover. Mais adiantado, anulou o principal jogador do adversário, o que serviu para o Racing não chegar próximo à área do Estudiantes. Além disso, distribuiu jogadas, deu assistências e fez 2 gols. Só não aprendeu ainda a bater pênalti...

SAN LORENZO 3x2 VELEZ SARSFIELD

O último jogo da primeira fase era uma incógnita. De um lado, o San Lorenzo. Último colocado no Clausura 2013, treinou forte as partes física, técnica e tática durante a pré-temporada. Nilson forçou a sua equipe até o limite, para fazer o seu esquema ser entendido, além de pedir maior movimentação de toda a equipe. O resultado veio com o vice-campeonato no Torneio Início. A equipe formava com 1. Migliore, 2. Johnathan Ferrari, 3. Tula, 4. Ameli, 6. Luciatti; 5. Reynoso, 8. Buffarini, 12. Piatti, 10. Romagnoli (c); 7. Raul 'Pipa' Estevez, 9.  Stracqualursi.

Já o Velez fazia sua primeira partida oficial completa (a anterior havia sido meia partida no Torneio Início). E a julgar pelo apronto, a equipe agradava. Seus volantes participam muito na armação, Insua se movimenta o campo todo e a dupla de ataque se entende bem. Além disso, os avanços de Emiliano Papa pela esquerda são uma arma mortífera. A equipe de Waldir Espinoza formou com 1. Sosa, 2. Gino Peruzzi, 4. Juan Sabia, 6. Sebá Dominguez, 3. Emiliano Papa; 5. Fernando Gago, 8. Claudio Hussain (c), 7. Lucas Romero, 11. Federico Insua; 10. Dario Hussain, 9. Turco Assad.

O jogo começou num ritmo extremamente morno, sem ninguém tomar a iniciativa. Muito estudo e erros de passe resultaram em pouquíssimas finalizações nos primeiros minutos. Sendo assim, um gol só sairia se fosse por algum erro e ele veio aos 4 minutos. Após uma jogada perdida e sem o menor perigo, a bola sobra limpa na área do Velez, mas Fernando Gago faz um pênalti infantil em Stracqualursi. Romagnoli cobrou no ângulo direito, deslocando o goleiro, e bateu no peito, apontou ao chão e fez a taunt da Paloma para comemora San Lorenzo 1x0.

O penal desestabilizou Gago, o que é injustificável, dada a sua experiência. Mas o camisa 5 continuou errando passes, fazendo faltas desnecessárias e atrapalhando o time. Aos 8 minutos, nova falha de Gago fez o San Lorenzo ampliar. Ele errou um passe para Romero, que foi interceptado por Romagnoli. O craque do time deu passe cirúrgico para Buffarini, que invadiu a área, driblou Sebá e chutou cruzado para fazer San Lorenzo 2x0.

No intervalo, Nilson se arriscou desnecessariamente, tirando Ameli e Piatti e lançando Tellechea e Erviti. Além de desmontar a zaga que estava entrosada, tirou um volante marcador e colocou um mais ofensivo. Já do lado do Velez, Valdir Espinoza tirou Gago e Assad e lançou Cubero e Lucas Pratto. Além disso, armou algumas jogadas em prancheta para a equipe compensar a falta de entrosamento.

Uma dessas jogadas foi armada na saída de bola. Insua tocou para Romero, recebeu de volta na direita, devolveu a Romero na esquerda, recebeu mais ao meio e devolveu a Romero mais à esquerda. O camisa 7 chutou cruzado e fez o seu primeiro gol com a camisa do Velez aos 18 segundos: 1x2.

Mesmo assim, o San Lorenzo não teve muitas dificuldades para se manter dominando. Com toda a equipe marcando bem, o time melhorou no segundo tempo e  conseguiu boas jogadas de ataque. Mas só encontrou as redes aos 5 minutos, quando mais uma de suas belas tramas acabou em gol. Tula tocou para Ferrari na direita, o lateral deu a Buffarini no meio e o camisa 8 tocou para Romagnoli. O capitão driblou dois marcadores e tocou para Raul Estevez na esquerda, recebendo de volta no meio e tocando na saída de Sosa para bater no peito, apontar ao chão e fazer a taunt da Paloma: San Lorenzo 3x1.

Com isso, o San Lorenzo diminuiu o ritmo e tocou a bola para amenizar o calor. O Velez, entregue, só foi acordar aos 8 minutos, quando enfim saiu uma jogada dos irmãos Hussain (que Migliore defendeu) e, aos 9, quando Insua inverteu bola e encontrou Dario Hussain livre na área. O camisa 10 tentou driblar Migliore, mas foi derrubado. Insua cobrou o pênalti rasteiro, no canto esquerdo de Migliore, que não conseguiu alcançá-la, aos 9 minutos: Velez 2x3.

Destaque do jogo: Leandro Romagnoli. O camisa 10 começou o campeonato com o pé direito. Fez dois gols, deu o passe para o terceiro e foi presença constante no ataque, onde infernizou o time do Velez e mostrou que o San Lorenzo é outra equipe neste campeonato.

CLASSIFICAÇÃO

1° Estudiantes - 3 pontos, 6 gols marcados.
2° Independiente, River Plate e San Lorenzo - 3 pontos, 3 gols marcados, 2 gols sofridos.
5° Boca Juniors, Huracán, Velez Sarsfield - 0 ponto, 2 gols marcados, 3 gols sofridos.
8° Racing - 0 ponto, 2 gols marcados, 6 gols sofridos.

ARTILHARIA

1° Nestor Silvera (Independiente) - 3 gols
2° José Basualdo (Boca Juniors), Juan Sebastian Verón (Estudiantes), Leandro Benítez (Estudiantes), Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 2 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • Após 3 jogos com o mesmo resultado e uma goleada, a média de gols do campeonato subiu para 5,8 gols por jogo.
  • O milestone desta primeira rodada vai para Leandro Benítez. Os dois que marcou contra o Racing levaram o meia do Estudiantes a 10 na carreira.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Torneio Apertura 2014 - Primeira Rodada - 08/02/2014

Na tarde deste sábado de muito calor foi iniciado o Torneio Apertura 2014 com dois jogos de tirar o fôlego. A primeira liga do ano começa com o pé direito!

RIVER PLATE 3x2 BOCA JUNIORS

Que melhor maneira de se começar um campeonato do que com um Superclássico? Os dois finalistas do Torneio Clausura 2013 vinham a campo em situações bem opostas. O River Plate, campeão naquela ocasião, vinha de derrota nas semifinais do Torneio Início para o Racing (1x3). Apesar disso, conseguiu dar ritmo a todos os atletas e vinha com seus titulares "na ponta dos cascos". A equipe que começou o campeonato formou com 1. Carrizzo, 2. Ferrari, 3. Placente, 4. Paz, 6. Berizzo; 5. Almeyda (c), 19. Diego Armando Barrado, 11. Gallardo; 10. Ortega, 7. Trezeguet, 30. Buonanotte.

Do lado do Boca, crise. Muitos reclamaram da escolha de Paralelo, ao mandar os reservas para as quartas de final do Torneio Início, já de olho nas semifinais e na final, onde colocaria o time titular. Só se esqueceram de pedir ao San Lorenzo para abrir as pernas e a derrota (1x4) colocou o Boca para estrear com um Superclássico, sem que seus titulares tivessem ritmo de jogo. Mesmo assim, Paralelo colocou os titulares e sua equipe foi a campo com 1. Abbondanzieri, 4. Ibarra, 2. Escudero, 6. Schiavi, 3. Arruabarrena; 5. Serna (c), 8. Cagna, 11. Basualdo, 10. Riquelme; 19. Palacio, 9. Palermo.

O ritmo de jogo é uma coisa importante e isso é demonstrado nesta partida. O River dominou desde o início e não demorou a encontrar as redes aos 2 minutos. Riquelme escondido, Cagna e Basualdo sem poder ajudar e Serna se mandando ao ataque para tentar armar. Isso deixou um buraco no meio de campo do Boca Juniors, principalmente na entrada da área. Berizzo recuperou a bola na defesa, tocou para Almeyda, que deu a Placente na zaga. O camisa 3 tocou para Gallardo no meio, que deu um toque de letra a Buonanotte na esquerda. O camisa 30, então, tocou para o meio e encontrou Trezeguet livre para invadir a área e chutar na saída de Abbondanzieri, fazendo River 1x0.

O jogo era do River, com o Boca perdido em campo e a equipe de Nuñez tocando até chegar à área do adversário, onde perdia seus gols. Mas um descuido reequilibrou as coisas. Em jogada de contra ataque, Cagna tocou a Basualdo, que viu Carrizzo adiantado e mandou por cobertura para empatar a partida aos 7 minutos: 1x1.

Quem pensava que o gol faria o Boca entrar em campo, se enganou. Enquanto Serna armava e Riquelme faziam a cabeça de área, o River se organizava e buscava o segundo gol. E o encontrou aos 9, se aproveitando desta desorganização xeneize. Berizzo tocou lateral para Trezeguet, que deu a Buonanotte na esquerda. O ponta avançou e chutou cruzado para vencer Abbondanzieri e fazer River 2x1.

No intervalo, somente o Boca mudou. Saíram Serna e Palácio e entraram Battaglia e Schelloto (que passou a ser o capitão).

A rigor foi a única mudança que o Boca fez, pois a equipe continuava sem conseguir se organizar e o River continuava tocando com habilidade até buscar o gol. Com menos de um minuto, em boa trama envolvendo Trezeguet e Gallardo, Abbondanzieri teve que derrubar o camisa 11 para não sofrer o gol. O juiz José Roberto Wright marcou o penal, que foi bem cobrado por Ferrari, no alto, a despeito do goleiro do Boca acertar o canto: River 3x1.

A partir daí, a equipe de Nuñez começou a tocar a bola e esperar o tempo passar (e alguma brecha para avançar). O Boca não se acertava e a torcida vaiava Riquelme, que não acertava um passe. Felizmente, um erro de Riquelme foi corrigido por Palermo, que tocou dentro da área para Basualdo descontar aos 8, mas ficou só nisso. Boca 2x3.

Destaque do jogo: David Trezeguet. Enquanto teve fôlego, o francês foi presença constante no ataque do River. Fez o primeiro gol do campeonato, deu o passe para o de Buonanotte e ainda estava na jogada onde Gallardo sofreu o penal do terceiro gol. No final, foi visto ajudando a defesa para afastar o Boca de sua área.

INDEPENDIENTE 3x2 HURACÁN

O jogo de fundo colocou frente a frente uma equipe com um esquema tático muito bem armado contra outra que tem um sistema defensivo muito forte e contra-ataques mortais. Do lado do Independiente, críticas ao futebol pobre apresentado no Torneio Início. Mesmo assim, Bayer pôde dar ritmo a todos, pedindo que variassem as jogadas tanto para Silvera quanto para Parra. Entrou em campo com 1. Navarro, 2. Vella, 4. Mattheu, 6. Tuzzio (c), 3. Mareque; 5. Montenegro, 7. Busse, 8. Fredes, 19. Gracián, 17. Facundo Parra, 11. Silvera.

Já o Huracán não podia ser criticado, mesmo perdendo logo de cara para o River (1x4). A equipe jogava bem em contra ataques, mas a defesa não tinha sido forte como se esperava de um esquema defensivo. Sr Rabina treinou forte a defesa durante a semana e veio a campo com o que tinha de melhor: 1. Islas (c), 2. Danelon, 3. Alexis Ferrero, 4. Walter Ferrero, 6. Minici; 5. Barrientos, 13. Villarruel, 8. Centurión, 10. Ruben Masantonio; 7. Milano, 9. Cigogna.

O treino do Huracán deu certo e o primeiro gol saiu com apenas 30 segundos de jogo. O time marcou bem e Gracián fez falta em Barrientos após perder a bola. O camisa 5 tocou logo para Centurión, que tocou para Ruben Masantonio. De longe, o camisa 10 chutou e fez o primeiro gol de sua equipe no campeonato: Huracán 1x0.

O gol precoce e a apatia não deixavam o Independiente sair para o campo de ataque. Para piorar, a forte marcação do Huracán empurrava a equipe de Buenos Aires em perigosos contra ataques. E foi assim que o Huracán fez o segundo aos 4 minutos, quando Walter Ferreiro recolheu passe de Montenegro para Facundo Parra, tocou para Centurión, que tocou na esquerda para Minici. Com uma linda enfiada, o camisa 6 encontrou Cigogna no buraco deixado por Montenegro e o mito invadiu a área para tirar Navarro da jogada e fazer Huracán 2x0.

Perdido completamente, o Independiente precisava de um milagre para descontar ainda no primeiro tempo. E ele veio nos acréscimos. Em cobrança de tiro de meta, ao invés de tocar no meio para Gracián, Navarro tocou para Mareque na esquerda. O lateral avançou e deu bom passe em profundidade para Silvera trazer para o pé direito e chutar para vencer Daniel Islas: Independiente 1x2.

No intervalo, Bayer sacou Busse e Parra e colocou Acevedo e Gandin. Ele podia escolher entre Montenegro e Busse para sacar, preferindo o segundo para tentar aumentar a marcação. Já do lado do Huracán, Sr Rabina trocou Villarruel e Milano por Erramuspe e Barrales, pois os titulares haviam cansado.

A mudança não surtiu muito efeito para o Independiente, que continuava sem conseguir avançar. Acevedo armava o jogo e Fredes tentava aparecer, pois Gracián jogava muito mal. Já o Huracán tocava a bola, feliz com o resultado e tentando poupar seus jogadores do forte calor.

Mesmo assim, o Independiente tinha seus golpes de sorte para conseguir chegar ao empate. E um deles veio aos 6 minutos, quando Mareque cobrou lateral para Silvera e tabelou até deixar o camisa 11 livre na esquerda, onde trouxe para o pé direito e chutou cruzado para vencer Islas, fazendo Independiente 2x2.

Mesmo empatando após estar ganhando o jogo por 2x0, o Huracán ainda estava contente com o empate, tamanho o cansaço de seus jogadores. Só que um último golpe seria fatal para o belo futebol apresentado pela equipe de Buenos Aires. Nos acréscimos, em lance idêntico aos dois primeiros gols, Fredes cobrou lateral para Silvera e tabelou até deixar o camisa 11 em condições de trazer a bola para o pé direito e tirar Islas da jogada. O gol lhe deu o hat-trick e o Independiente venceu por 3x2.

Destaque do jogo: Nestor Silvera. Grande destaque do Clausura passado, quando disputou a artilharia até o fim com Palermo e Romagnoli, o camisa 11 começou o campeonato com o pé direito. Fez os três gols de sua equipe em um jogo onde só um milagre daria ao Independiente a vitória. E ele veio...

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Torneio Início Apertura 2014 - Fase final

Neste domingo foram realizadas as semifinais e a grande final do Torneio Início do Apertura 2014. Com a presença de autoridades políticas ao Itaquá Dome, três grandes jogos, muita emoção e polêmica na final!

SAN LORENZO 1x0 INDEPENDIENTE

Jogando um futebol vistoso (goleou o Boca por 4x1), o San Lorenzo vinha embalado e com mudanças na equipe. Saíram os laterais Johnathan Ferrari e Luciatti e o atacante Raul 'Pipa' Estevez e entraram Tellechea, Erviti e Bordagaray. Com Erviti na lateral esquerda, a equipe ganhava mais um armador para ajudar Romagnoli. Já Bordagaray fazia com que a equipe jogasse com os atacantes em linha, sendo que Stracqualursi jogaria do lado direito desta vez. Bem menos badalado, o Independiente só se classificou por ter um escanteio a favor (empatou em 1x1 com o Velez), mas não parecia se importar muito com a classificação, somente em dar ritmo a seus jogadores. Para isso, Bayer tirou Mattheu e Facundo Parra e colocou Acevedo e Gandin. As mudanças se justificavam. No caso de Acevedo, testá-lo na zaga e não desfazer o meio de campo, tão bem armado. No caso de Gandin, colocar um atacante de velocidade para auxiliar Silvera.

O jogo foi bom, com as duas equipes marcando bem e organizando boas jogadas. O Independiente acertou a trave duas vezes (com Silvera e Gracián), contra uma do San Lorenzo (de Stracqualursi) até o gol sair, aos 8 minutos. Romagnoli recebeu bola roubada por Reynoso e avançou pela direita. Ele tirou um chute cruzado e a bola fez uma curva incrível, com velocidade, até entrar no ângulo de Hilário Navarro, fazendo San Lorenzo 1x0 e garantindo a vaga na grande final, além de bater no peito, apontar pro chão e fazer a taunt da Paloma.

RACING 3x1 RIVER PLATE

O Racing, vindo de bom jogo contra o Estudiantes (vitória por 2x1), queria manter o bom futebol e derrotar o campeão do Clausura 2013. Para isso, além da substituição de Pelletieri e Latorre por Fariña e Hauche, Madeirite exigiu marcação forte de seus jogadores. Já o River, com o intuito de preparar todos os jogadores para o Superclássico na abertura do Torneio Apertura, mas sem descuidar de uma possível vaga à final do Torneio Início, tinha suas mudanças. Saíram Barrado e Trezeguet e entraram Coudet e Funes Mori. Muitos achavam que Francescoli tinha dado um tiro no pé...

E o pior é que tinha mesmo. Desorganizado, o River não conseguia articular jogadas. Era comum ver 3 ou 4 jogadores se atrapalhando no mesmo lado, o que abria buracos no campo. Além disso, uma marcação eficiente liderada por Martin Simeone travou as principais opções de saída do River, obrigando a equipe de Nuñez a tentar armar com Coudet, que errava passes em profusão. Numa dessas jogadas, aos 3 minutos, Coudet perdeu para Fariña e teve que fazer a falta. Embora fosse de longe, Ruben Capria ajeitou e chutou por cima da barreira, vencendo Carrizzo e fazendo Racing 1x0.

O River tentava, mas ainda estava desarticulado, sucumbindo à marcação do Racing. E isso foi letal aos 4 minutos, quando Quiroz pegou bola descartada pelo River e tocou para Ruben Capria. O camisa 10 tocou para Fariña na direita e, mais ou menos do local onde havia saído o primeiro gol, o camisa 12 chutou, vencendo Carrizzo e fazendo Racing 2x0.

A essa altura, com 2x0 no placar e um escanteio a favor, o jogo era todo do Racing e o River passou a tentar chutes de longe, sem surtir efeito.  Aos 6 minutos, o golpe de misericórdia. Em bola rifada, Pocchetino tocou para Enrique na lateral esquerda. O camisa 3 encontrou Martin Simeone e tabelou com ele. Enrique recebeu de novo e chutou rasteiro da entrada da área, contando com falha de Carrizzo para ampliar: Racing 3x0.

Entregue, o River conseguiu o gol de honra aos 9 minutos, quando Funes Mori tocou para Coudet chutar de muito longe e surpreender Saja, que não se mexeu, mas já era tarde demais. A derrota por 3x1 e o péssimo futebol apresentado pelos reservas acende a luz de alerta para o River, em semana de Superclássico.

SAN LORENZO 1x1 RACING

A grande final colocava em campo as duas equipes que apresentaram o melhor futebol, fazendo justiça ao futebol arte que se prega na FIFUBO. Com a volta dos titulares, o San Lorenzo ia a campo com 1. Migliore, 2. Johnathan Ferrari, 3. Tula, 4. Ameli e 6. Luciatti; 5. Reynoso, 8. Buffarini, 12. Piatti e 10. Romagnoli (c); 9. Stracqualursi e 7. Raul 'Pipa' Estevez. O Racing vinha também com seus titulares de volta: 1. Saja, 2. Diego Capria, 4. Gamboa, 6. Pocchetino, 3. Enrique; 5. Quiroz, 7. Pelletieri, 8. Martin Simeone e 10. Ruben Capria (c), 9. Acosta e 11. Latorre.

E foi um jogão, digno do futebol apresentado pelos times neste Torneio Início. Logo aos 2 minutos, Ferrari cobrou lateral para Stracqualursi, que deu belo drible em Pocchetino e chutou cruzado para fazer San Lorenzo 1x0.

Aos 4 minutos, foi a vez do Racing marcar um gol desta forma. Diego Capria cobrou lateral para Acosta, que driblou Ameli e chutou cruzado para fazer Racing 1x1.

O jogo continuou num nível altíssimo, com os dois camisas 9 levando perigo, mas os goleiros foram eficientes e fizeram ótimas defesas para garantir o empate. O título, no entanto, foi decidido no último lance, quando Piatti não conseguiu o domínio e Ruben Capria estourou a bola, que tocou em Piatti e saiu em corner. Com um escanteio contra nenhum do adversário, o Racing saiu de campo vitorioso. Os jogadores do San Lorenzo partiram para cima do árbitro José Roberto Wright, mas sem razão, pois a bola desviou em Piatti escandalosamente.

RACING CAMPEÃO DO TORNEIO INÍCIO APERTURA 2014

O título, embora apenas simbólico, foi muito comemorado pelo Racing que, em 5 competições, conquistou 3 e foi vice em uma, consolidando-se como o maior campeão da fase argentina da FIFUBO (River e Independiente têm dois títulos cada e o Boca tem um só). A respeito da conquista, o capitão Ruben Capria disse o seguinte: "Dizem que Torneio Início só vale como preparação e apresentação, mas conta como título e nós sabíamos disso desde o início. O trabalho de pré-temporada focou na preparação a longo prazo e os resultados apareceram de imediato. Agora, vamos com tudo para conquistar o Apertura também!"
 
Já o treinador Madeirite foi mais realista: "É lógico que estamos contentes com a conquista deste título, é o terceiro do Racing desde que começamos a disputar competições, no meio do ano passado. Mas se formos parar para pensar, os títulos (Copa Olé, Supercopa FIFUBO e Torneio Início) são torneios de tiro curto. Temos que nos preparar melhor para competições longas, como é o caso do Apertura que se inicia na semana que vem. Vamos embalados para nos classificar aos playoffs".

Lamentando a decisão do árbitro, Romagnoli preferiu exaltar o bom campeonato de sua equipe: "Ficamos muito tristes com este escanteio dado pelo árbitro no último momento. Era a nossa chance de conquistar o primeiro título. Mas estou muito feliz pela campanha de nossa equipe. Quando ficamos em último no Clausura, todos diziam que nosso time era fraco, mas fizemos uma pré-temporada muito forte, visando tornar o San Lorenzo grande. Vencemos dois jogos com autoridade e empatamos o último. Saímos de cabeça em pé.  Saio como artilheiro (3 gols), mas trocaria pelo título. Vamos com tudo para o Apertura!".

O Torneio Apertura começa no próximo sábado, com o Superclássico River Plate x Boca Juniors e a partida entre Independiente x Huracán. No domingo, completam a rodada Estudiantes x Racing e San Lorenzo x Velez.

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Torneio Início Apertura 2014

Na noite deste sábado, 1 de fevereiro de 2014, foi dado o pontapé inicial para os clubes argentinos da FIFUBO. Foi realizada a etapa de quartas de final do Torneio Início do Apertura 2014. Trata-se de um torneio sem premiação, cujo intuito é apresentar e dar os últimos ajustes às equipes para a estreia no Apertura 2014, no final de semana que vem. É uma partida disputada em tempo único de 10 minutos, onde vence quem fizer mais gols. Se houver empate, a equipe com mais escanteios a seu favor avança. Se o empate persistir, há disputa de pênaltis. por ter um tempo pequeno de jogo, os quatro jogos das quartas de final puderam ser realizados no sábado. As semifinais e a final serão realizadas no domingo. Vamos aos jogos!

ESTUDIANTES 1x2 RACING

A equipe de La Plata vinha empolgada. Após o 'escândalo das bainhas', a equipe se recuperou bem e terminou o Clausura 2013 de forma honrosa, ainda que sem a vaga nas semifinais. Bayer mandava a campo sua equipe titular, com um sentimento de que o bom momento da equipe não podia parar. Já o Racing foi uma equipe de altos e baixos. Campeão da Copa Olé, entrou como favorito absoluto no Clausura, mas decepcionou e nem sequer chegou perto da zona de classificação. Na Supercopa FIFUBO, no entanto, derrotou o embalado River Plate e levou a taça. Madeirite pediu muita atenção a seus jogadores, do início ao fim, para evitar a apatia que se abateu durante o Clausura.

E foi o Estudiantes quem abriu o marcador, a despeito do bom início do Racing. Com 3  minutos, Angeleri cobrou lateral para Enzo Perez, que devolveu ao lateral e correu para a área. O cruzamento, rasteiro, encontrou Perez, que tocou desviando a bola de Saja e fazendo o primeiro gol argentino de 2014: Estudiantes 1x0.

O Racing não se abateu e conseguiu o empate na saída de bola, aos 4 minutos. Ruben Capria e Martin Simeone se atrapalharam no passe. Capria, então, teve que recuar e encontrou seu irmão, Diego, que veio correndo e soltou uma bomba para surpreender Andujar e fazer o seu primeiro gol com a camisa do Racing: 1x1.

Apesar do Estudiantes jogar bem e criar boas jogadas de ataque, era o Racing quem dominava. Martin Simeone e Ruben Capria eram os dois melhores em campo, com boas tabelas e servindo o ataque em jogadas perigosas. Assim, aos 8 minutos, foi Martin Simeone quem tocou para Ruben Capria na direita e viu o camisa 10 driblar Marco Rojo e tocar na saída de Andujar para dar números finais ao confronto: Racing 2x1.

O Estudiantes, apesar da derrota, mostrou bom jogo. Com praticamente 3 armadores (Veron sai para ajudar Perez e Benítez), tem boa gama de jogadas de ataque, que ainda conta com a subida dos laterais. Os atacantes mostraram maior movimentação e deram opção para o passe.

O Racing, por sua vez, mostra que pode ser a  equipe da Copa Olé. Com Simeone ajudando na armação e Quiroz firme na entrada da área, a equipe marca bem e sai com qualidade.

BOCA JUNIORS 1x4 SAN LORENZO

O Boca Juniors, vice campeão do Clausura 2013, precisava acalmar sua torcida, pois para River e Boca, só o título interessa, em qualquer competição. Visando dar maior ritmo de jogo (e já confiante da vaga nas semifinais), Paralelo levou a campo seus três reservas: Battaglia, Schelloto e Viatri barraram Serna, Palácio e Palermo. Schelloto era o capitão da equipe que, vencendo, veria seus três titulares de volta na próxima fase. Já o San Lorenzo, último colocado no Clausura e um dos atingidos pelo 'escândalo das bainhas', vinha de reformulação. Nilson treinou forte a equipe na pré-temporada e exigiu maior participação de todos, visando diminuir a carga em cima de Romagnoli.

E quem se mostrou correto desde o início foi o San Lorenzo. Marcando forte e saindo com organização, a equipe de Almagro encontrou as redes logo a um minuto, quando Buffarini fez bela jogada na direita ao ganhar no pé de ferro de Battaglia, driblar Arruabarrena e chutar cruzado para vencer Abbondanzieri: San Lorenzo 1x0.

Mesmo desorganizado, o Boca tentava sair para o ataque e foi numa dessas tentativas, aos 3, que conseguiu seu gol. Schelloto tocou para Cagna, que avançou pela intermediária até ser derrubado por Piatti. Riquelme cobrou a falta com perfeição e superou Migliore, fazendo Boca 1x1.

A rigor, foi tudo o que o Boca fez no jogo. O San Lorenzo dominou e encontrou o segundo gol aos 5 minutos, em bela jogada coletiva. Buffarini tocou para Piatti na esquerda, que deu a Romagnoli no meio. O camisa 10 avançou até a entrada da área e chutou forte, para vencer Abbondanzieri. Depois, bateu no peito, apontou ao chão e fez a taunt da Paloma: San Lorenzo 2x1.

O Boca surpreendido pelo gol, tentou se lançar ao ataque e fez exatamente o que queria o San Lorenzo. Aos 6, Reynoso tomou a bola de Schelloto e tocou na esquerda para Luciatti. O camisa 6 tocou para Stracqualursi avançar pela esquerda e, da entrada da área, soltar a bomba de pé esquerdo e fazer San Lorenzo 3x1.

O Boca entregou os pontos e deixou o jogo correr. Mas o San Lorenzo ainda queria mais, para começar o ano com o pé direito. Em nova jogada de contra ataque aos 9 minutos, Piatti recebeu de Luciatti, invadiu a área e foi derrubado por Abbondanzieri. Romagnoli cobrou o penal no canto esquerdo, enquanto o goleiro ia para o canto direito. Com isso, novamente o capitão bateu no peito, apontou o chão e fez a taunt da Paloma: San Lorenzo 4x1.

O Boca arriscou e deu um tiro no pé. Ao poupar titulares visando a próxima fase, Paralelo não se classificou e ainda vê sua equipe não ter tempo para treinar e entrosar antes da estreia no campeonato. Para piorar, a estreia é um Superclássico, contra o River, no jogo de abertura.

Já o San Lorenzo mostra evolução. A equipe dominou o jogo do início ao fim com boa marcação em cima do meio campo e saídas rápidas com 5 jogadores, fora as subidas de Luciatti pela esquerda. É uma promessa para o Apertura.

INDEPENDIENTE 1x1 VELEZ SARSFIELD

O jogo seguinte era uma incógnita total. O Independiente alternou suas atuações no último ano. Ora era uma equipe organizada, jogando um futebol bonito e se candidatando ao título, ora era uma equipe apática, perdendo jogos fáceis sem demonstrar reação. Mas terminou com Silvera brigando pela artilharia. Já o Velez... ninguém sabia o que esperar. A equipe tinha feito um único amistoso até então e este era o seu primeiro jogo oficial. A rigor, o esquema tático é o mesmo que a maioria das equipes usa (4-4-2 losango, com atacantes atuando em linha). Mas o comportamento individual e as variações de jogo eram um mistério.

E foi a bola rolar para se ter uma noção do que será o Velez. A equipe tomou a iniciativa e tentou boas jogadas. Mas, bem plantado, o Independiente as repelia e saía em contra-ataques perigosos, que por pouco não encontravam o caminho das redes. Embora Bayer tenha pedido que Facundo Parra fosse mais municiado, para desafogar Silvera, era do lado esquerdo que a equipe atuava e Silvera era a referência.

O Independiente foi acuando o Velez, que se desorganizou e foi aí que surgiu o futebol de Gago. O camisa 5 passou a ajudar na armação, atuando mais adiantado e, aos 4 minutos, recebeu de Insua e, de muito longe, soltou um chute forte e indefensável para vencer Navarro: Velez 1x0.

O Independiente se assustou com o gol e isso reequilibrou as coisas. Mas Cubero estava nervoso com a estreia e acabou fazendo falta em Busse. Quem cobrou foi Gracián, que encobriu a barreira. Sosa saltou e conseguiu tocar na bola, que tocou também no travessão e morreu no fundo do gol, com Sosa abraçado a ela, aos 7 minutos: Independiente 1x1.

O jogo foi assim até o final. De nota, duas situações do Velez: a primeira foi a expulsão de Insua, aos 9 minutos, o que fez com que a equipe perdesse poder de armação. A outra foi nos acréscimos, quando teve a chance da vitória em cobrança de falta próxima à área, que Gago cobrou na trave. Por ter um escanteio contra nenhum do oponente, o vencedor foi o Independiente.

O Independiente mostrou o mesmo futebol eficiente do ano passado. Com boa marcação e todos se ajudando, a equipe saiu bem para o ataque, mas tem que evoluir ainda nas alternativas. Facundo Parra não foi acionado. Se continuar assim, basta uma marcação em Silvera e a equipe terá muitas dificuldades de encontrar o gol.

Já o Velez foi uma grata surpresa. Insua, seu único armador, se movimenta o campo todo buscando o jogo e partindo para o ataque com passes inteligentes. Claudio Hussain, capitão e volante pela direita, faz boas jogadas por aquele lado, municiando seu irmão, o camisa 10 Dario Hussain. Do outro lado, o grande problema. Turco Assad não era bem municiado, uma vez que o volante da esquerda, Cubero, errou muitos passes, mas isso não parece ser grande problema, já que Gago chamou a responsabilidade e saiu da entrada da área para ajudar na armação. Pode dar bossa essa equipe!

HURACÁN 1x4 RIVER PLATE

De um lado a surpreende equipe do Huracán. Mesmo sendo atingida pelo 'escândalo das bainhas' no ano passado, jamais deixou a zona de classificação no Clausura, terminando com um honroso quarto lugar. Mas o problema é que o adversário era o River Plate, que ganhou todos os quatro jogos que fez contra 'El Globo' no ano passado, todos de goleada (3 por 4x2 e 1 por 6x1). Sr Rabina pediu a seus atletas atenção e sem medo, diante do River. Já o River Plate, campeão do Clausura 2013 e dono do futebol mais vistoso do ano passado, a ordem era preparar para o Superclássico. Com a equipe titular em campo, Francescoli queria o futebol bonito, de variação de jogadas e marcação forte, para seguir adiante no Torneio Início.

Quando a bola rolou, um equilíbrio se fez latente nos dois primeiros minutos. O River foi se organizando, enquanto o Huracán não se acovardou. Armando uma bela armadilha, o Huracán encontrou a rede justamente aos dois minutos, quando Minici roubou a bola de Ortega e tocou para Ruben Masantonio, que encontrou Cigogna. O camisa 9 tocou atrás para Minici, que devolveu a Cigogna na entrada da área. O mito recebeu ao seu estilo e soltou o escopetazo para fazer Huracán 1x0.

O River não se acovardou e, aos três minutos, encontrou a igualdade. Gallardo fez boa jogada pela direita, na lateral da área, e contou com a afobação de Walter Ferrero, que o derrubou. Gallardo cobrou a falta com perfeição, no ângulo oposto e fez River 1x1.

A partir daí, o Huracán ainda tentou uns contra-ataques, mas os 'contra-contra-ataques' do River se mostraram mais eficientes. Aos 6 minutos, após Villarruel perder uma boa oportunidade, Paz tocou para Almeyda no meio. O capitão tocou a Berizzo na esquerda, que inverteu o jogo em lançamento cirúrgico. Ortega recebeu livre na direita, avançou até o bico da área e chutou cruzado para fazer River 2x1.

Surpreendido em sua própria tática, o Huracán tentou forçar o River a descartar a bola, para sair em contra-ataque. Mas, aos 8 minutos, após Villarruel perder outra boa oportunidade, o River saiu rápido. Novamente Almeyda tocando na esquerda para Berizzo. Desta vez, o lateral tocou mais à esquerda para Buonanotte, que não conseguiu dominar para seguir adiante, preferindo tocar a Ortega no meio. O camisa 10 trouxe para a esquerda, ajeitou o corpo para a bola ficar no pé direito e acertou o ângulo de Islas, fazendo River 3x1.

Entregue e desanimado, o Huracán errou a saída de bola. Gallardo tocou para Diego Armando Barrado, que avançou pela intermediária e chutou de pé esquerdo para vencer Islas novamente, aos 9 minutos, e manter a tradição do River de golear o adversário: 4x1.

O Huracán mostrou que sua proposta continua de pé. Explorou bem os contra-ataques, mas para jogar assim, precisa marcar forte, o que não fez no jogo.

Já o River mostrou toda a magnitude de seu futebol. Além de tramar boas jogadas, sabe forçar o erro do adversário e usar todos os atletas, invertendo o jogo e esperando a hora exata de concluir. É o Barcelona do futibou de butaum.

NOTAS RÁPIDAS:

  • Dois atletas atingiram milestones nesta rodada inicial. O gol de Gracián contra o Velez foi o de número 20 com a camisa do Independiente. Já a exibição de gala de Romagnoli contra o Boca Juniors lhe rendeu 30 gols na carreira.
  • As semifinais ocorrerão neste domingo, provavelmente no fim do dia, com San Lorenzo x Independiente e Racing x River Plate.