Agosto chega, com céu limpo e temperatura em elevação. O Itaquá Dome recebeu um bom público, na abertura da terceira rodada do Clausura 2014.
ESTUDIANTES 4x7 BOCA JUNIORS
Empolgados após a boa vitória sobre o Independiente (4x2), os jogadores do Estudiantes pegavam o Boca de olho em mais um triunfo. Rodrigo Braña atuou bem à frente da zaga e deu liberdade a Verón para armar e a intenção era repetir este esquema no jogo de hoje. Do outro lado, a crise bate à porta. Após 4 jogos sem vencer, Madeirite começa a ser questionado e já há nomes para substituí-lo.
O jogo começou a mil por hora e logo se viu que o Boca fez lição de casa. Verón tocou para Enzo Perez, recebeu na frente e chutou na trave de Abbondanzieri, com a bola saindo pela linha lateral. Arruabarrena jogou para a frente, num ponto futuro onde Basualdo chegou em velocidade, tocando na saída de Andujar e fazendo Boca 1x0 logo aos 40 segundos.
O gol surpreendeu o Estudiantes, mas nada que os impedisse de continuar buscando o ataque. Aos 2 minutos, nova jogada terminou no travessão, com Leandro Benítez concluindo. A bola sobrou para Ibarra, que chegou antes de Verón e inverteu para Serna. O camisa 5 tocou mais à frente para Arruabarrena, que procurou Riquelme no meio. O camisa 10 deu lindo passe para Palermo, que chutou da entrada da área e ampliou sem a menor chance para Andujar, em linda e envolvente jogada coletiva: Boca 2x0.
Se o primeiro gol surpreendeu, o segundo foi um pânico ao Estudiantes, que passou a se lançar cegamente ao ataque. Aos 4 minutos, Schiavi roubou bola que iria para Gastón Fernandez e tocou para Cagna. O camisa 8 abriu na direita para Ibarra, que lançou a Riquelme na frente. O camisa 10 recebeu, viu o goleiro adiantado e deu lindo toque de cobertura, para fazer Boca 3x0.
Foi só neste momento que os jogadores do Estudiantes entenderam que suas jogadas estavam marcadas. O Boca treinou a semana inteira com base no que o time de La Plata faz e ensaiou jogadas de contra ataque. Aos 7 minutos, Rodrigo Braña foi para estourar a bola na lateral com Cagna e o camisa 8, inteligentemente, saiu da disputa. O próprio Cagna cobrou o lateral para Arruabarrena, que apareceu de surpresa no meio (no buraco deixado por Braña) e chutou da entrada da área para derrotar Andujar novamente: Boca 4x0.
Na saída de bola, o Estudiantes descontou. Verón tocou a Enzo Perez, recebeu na frente e chutou forte, sem chances para Abbondanzieri: Estudiantes 1x4, aos 8 minutos.
Aos 9, em jogada idêntica, o Boca ampliou. Riquelme tocou a Basualdo, recebeu na frente e chutou com extrema categoria, para fazer Boca 5x1.
No intervalo, um atônito Cristaldo tentava juntar os cacos. Tirou os imóveis Marco Rojo e Mauro Boselli e colocou Mathias Sanchez e Hernán Rodrigo Lopez. Já Madeirite tirou Palácio (de novo nulo) e Escudero (que já tinha cartão amarelo) e colocou Guillermo Barros Schelloto e Battaglia.
O jogo reiniciou e o Boca continuou em cima. Aos 2 minutos, após uma blitz onde Riquelme chutou na trave, Basualdo chutou o rebote para defesa de Andujar, a bola sobrou para Ibarra, que enfim venceu o goleiro do Estudiantes: Boca 6x1.
O Estudiantes descontou na saída de bola novamente, aos 3. Verón tocou a Enzo Perez, recebeu na frente e chutou colocado para vencer Abbondanzieri: Estudiantes 2x6.
Mas o jogo era todo do Boca, que tocava verticalmente e chegava com facilidade ao ataque. Foi assim que saiu o sétimo gol, aos 5 minutos, quando Ibarra recebeu de Serna e tocou à frente para Cagna. O camisa 8 deu a Schelloto na ponta e o camisa 13 tocou mais à frente para Riquelme. Com um lindo drible, o camisa 10 se livrou de Desábato, invadiu a área e deslocou Andujar para fazer seu hat trick: Boca 7x2.
Na saída de bola, aos 6, o Estudiantes descontou novamente. Verón tocou para Enzo Perez que, desta vez, não devolveu. Ele driblou Basualdo, driblou Serna e, da entrada da área, deu lindo toque por cobertura e fez Estudiantes 3x7.
Quando o jogo já se encaminhava para seu fim, o Estudiantes descontou novamente. Nos acréscimos, Federico Fernandez isolou a bola para a frente e ela caiu aos pés de Enzo Perez, dentro da área. O camisa 7 se aproveitou da incerteza de Abbondanzieri e chutou para o gol vazio, dando números finais ao confronto: Estudiantes 4x7.
Destaque do jogo: Juan Roman Riquelme. Em um jogo onde todo o time do Boca atuou muito bem, o camisa 10 foi o grande nome da partida. Marcou 3 gols, deu assistências e fez lindas jogadas, na partida que a imprensa classificou como "La Boca llena de goles".
HURACÁN 4x2 INDEPENDIENTE
O jogo de fundo era um jogo de desesperados. O Huracán vinha de um heroico empate com o River (3x3), mas preocupado com a situação de Cigogna. O mito vem atuando longe da área, sem ajudar muito. Do outro lado, a crise é muito pior. Vindo de derrota para o Estudiantes (2x4), com um abatimento forte devido aos vice campeonatos nos dois campeonatos no ano, o Independiente tenta juntar os cacos para começar a vencer no campeonato.
O marasmo do Independiente foi visto logo no início. Gracián tocou a Busse, que tocou no ponto futuro para Mareque. O camisa 3 fez falta em Villarruel ao tentar pegar a bola. O camisa 13 cobrou rápido para Mauro Milano, no buraco deixado por Mareque na ponta direita, e o camisa 7 avançou, chutando cruzado para pegar Navarro de surpresa e fazer Huracán 1x0 logo aos 30 segundos.
O Independiente tentou continuar a jogar, mas foi surpreendido em novo contra ataque. Desta vez, Walter Ferrero chegou antes de Gracián e tocou para Villarruel no meio. O camisa 13 avançou tabelando com Masantonio e recebeu dentro da área, dividindo com Navarro. A bola sobrou nos pés de Masantonio, que só teve que empurrar para o gol vazio aos 2 minutos: Huracán 2x0.
No desespero, o Independiente tentava se armar, mas neste momento o Huracán apertou a marcação e não deixou o time de Avellaneda jogar. Na única vez em que conseguiram encaixar uma jogada, saiu o gol. Aos 6 minutos, Mattheu tocou a Fredes no meio e o camisa 8 descobriu Gracián se deslocando para a direita. O passe foi preciso e, do bico da área, Gracián chutou e venceu Islas para fazer Independiente 1x2.
Nos acréscimos, o Huracán ampliou. Islas cobrou tiro de meta para Centurión, que deu para Masantonio mais à frente. O camisa 10 tocou para Cigogna uma bola perfeita e o mito fez uma jogada de gênio. Fingiu avançar, atraiu toda a marcação e inverteu na direita para Milano. O camisa 7 recebeu livre, invadiu a área e chutou na saída de Navarro, para fazer Huracán 3x1.
No intervalo, Sr Rabina tirou Centurión (cansado) e colocou Erramuspe. Já Bayer, aos berros, tentava arrumar a equipe. Tirou Busse e Facundo Parra e colocou Acevedo e Gandin.
O jogo não mudou. O Huracán continuava marcando muito bem e forçando os erros do Independiente. Prova disso foi o quarto gol, aos 3 minutos. Fredes levantou a cabeça para ver para quem passar e só viu jogadores do Huracán. Tentou isolar a bola, mas Erramuspe se colocou à frente e bloqueou. A bola sobrou para Montenegro, que também tentou isolar, mas Cigogna se posicionou à frente e impediu o estouro. A bola sobrou para Villarruel, que recebeu livre, invadiu a área e tocou na saída de Navarro para fazer Huracán 4x1.
Na única jogada em que conseguiu armar no segundo tempo, aos 9, o Independiente voltou a encontrar as redes. Navarro cobrou tiro de meta para Fredes, que deu para Gracián mais à frente. Com um lindo passe, o camisa 19 deixou Gandin livre dentro da área e o camisa 9 só teve que concluir: Independiente 2x4.
Destaque do jogo: Lucas Villarruel. Num jogo de marcação forte, o destaque foi para o camisa 13. Se multiplicou na defesa, apareceu para armar o jogo, deu assistências e fez um gol.
NOTAS RÁPIDAS
- Provavelmente, a terceira rodada só será concluída na segunda-feira.
- Alguns jogadores conseguiram milestones nesta rodada. Os dois gols marcados contra o Boca fizeram Verón chegar a 20 com a camisa do Estudiantes. Já o primeiro gol contra o próprio Estudiantes foi o 40° de Riquelme com a camisa do Boca. O Independiente pode ter perdido, mas Gandin fez seu décimo gol com a camisa vermelha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
A FIFUBO quer te ouvir!