A quarta rodada do Clausura só pôde ser encerrada na noite desta quarta-feira. Mas não faltou emoção a nenhum dos jogos!
VELEZ SARSFIELD 3x2 ESTUDIANTES
Disposto a recuperar a liderança, o time do Velez tinha como objetivo a vitória a qualquer custo. Os jogadores, empolgados pela goleada sobre o San Lorenzo (5x2), estavam completamente focados no objetivo de voltar à ponta, de preferência fazendo muitos gols para superar o River no desempate por gols pró. Do lado do Estudiantes, a ordem era esquecer o atípico jogo contra o Boca, quando foi derrotado por 7x4, voltando a crescer na competição e tentando se aproximar dos líderes.
A bola rolou e ambas as equipes partiram para o ataque. O Estudiantes ia mais aos trancos e barrancos, enquanto o Velez tinha organização. Algumas chances foram desperdiçadas de lado a lado até que Insua disputou no meio com Leandro Benítez e ganhou, tocando na esquerda para Turco Assad. O camisa 9 inverteu para a direita, onde Emiliano Papa apareceu de surpresa, trazendo a bola para o pé esquerdo e chutando para inaugurar o marcador aos 4 minutos: Velez 1x0.
O Estudiantes deu a saída, aos 5 minutos, em boa jogada. Verón tocou para Leandro Benítez, correu e recebeu na frente, chutando na saída de Sosa. O goleiro uruguaio defendeu com o pé direito e a bola sobrou para a lateral direita. Gino Peruzzi recebeu a bola e puxou o contra ataque, tocando para Claudio Hussain, que invadiu a área e chutou rasteiro na saída de Andujar, fazendo Velez 2x0.
No intervalo, Tripa Seca tirou Lucas Romero e Turco Assad e colocou Cubero e Lucas Pratto. Já Cristaldo mudou o lado esquerdo. Saíram os inoperantes Marco Rojo e Mauro Boselli, entrando Mathias Sanchez e Hernán Rodrigo Lopez.
A mudança de Cristaldo deu resultados imediatos. Na saída de bola, Verón tocou para Leandro Benítez e correu, recebendo na meia lua. O camisa 11 tirou de Gago e, agora sim, conseguiu chutar sem chances para Sosa, fazendo Estudiantes 1x2 logo aos 12 segundos.
O gol empolgou o Estudiantes, que jogava na base da raça de Verón. Aos 4 minutos, o camisa 11 aprontou novamente, recebendo de Enzo Perez dentro da área e trombando com Sosa. O árbitro Wilson Neca, que estreava no campeonato depois de 14 jogos, marcou pênalti que o próprio Verón cobrou no lado esquerdo de Sosa, que até foi na bola, mas não a alcançou: Estudiantes 2x2.
O gol empolgou a equipe de La Plata de vez, mas o Velez sobrava em campo e dava mostras de que ganharia na hora que quisesse. Aos 6 minutos, Federico Fernandez tentou sair driblando, mas acabou saindo com bola e tudo. Claudio Hussain tocou para Insua, que dominou com categoria e chutou de trivela para fazer belo gol e dar números finais à partida: Velez 3x2.
Destaque do jogo: Dario Hussain. O camisa 10 não participou de nenhum gol, mas levou perigo o tempo todo. Armou, concluiu, chamou a marcação. No segundo tempo, vendo a desorganização defensiva do Velez, se postou na entrada da área e ajudou na marcação, reorganizando o time.
BOCA JUNIORS 2x2 HURACÁN
A vitória sobre o Estudiantes (7x4) empolgou os jogadores do Boca, que enfim jogaram bem e mostraram o futebol que os levou ao título do Apertura. A ordem era repetir a exibição da semana passada para embalar de vez. Do lado do Huracán, a vitória sobre o Independiente (4x2) empolgou a equipe, mas o jejum de Cigogna incomoda. A ordem era para o camisa 9 ficar sempre próximo à área e não se preocupar com marcação.
O Boca começou melhor e encontrou o gol logo aos 50 segundos, quando Walter Ferrero tentou dominar e saiu com bola e tudo pela lateral. Cagna cobrou para Riquelme, que trouxe a bola pro chão e chutou com extrema categoria para vencer Islas e fazer Boca 1x0.
Quem esperava que o gol fosse o prenúncio de nova noite de gala do Boca, se enganou. Quem esperava que o Huracán fosse se lançar ao ataque, também se enganou. O primeiro tempo foi marcado por marcação forte de ambas as equipes, que se impediam de chegar ao ataque. Mesmo assim, o Huracán conseguiu empatar aos 6 minutos, quando Minici cobrou lateral para Cigogna no bico esquerdo da área e o mito ajeitou para soltar seu tradicional scopetazzo e, enfim, romper o jejum de gols: Huracán 1x1.
No intervalo, Madeirite trocou a dupla de ataque. Saíram Palacio e Palermo e entraram Guillermo Barros Schelloto e Viatri. Já Sr Rabina trocou Villarruel e Milano por Erramuspe e Barrales.
O Huracán voltou melhor, a despeito do jogo continuar de forte marcação no meio de campo. Um novo posicionamento da equipe de Sr Rabina lhes trouxe a virada. Abbondanzieri cobrou tiro de meta procurando Riquelme, aos 4 minutos, mas Ruben Masantonio foi mais esperto e lhe roubou a bola, dando lindo passe no meio para Cigogna. O mito ajeitou e chutou de bico. A bola ganhou altura e entrou no meio do gol: Huracán 2x1.
O Boca não conseguia organizar jogadas de ataque e o Huracán se trancou na defesa para ficar com a vitória. Porém, aos 10 minutos, Cagna disputou na raça, acreditou e conseguiu ficar com a bola, tocando na esquerda para Schelloto. Riquelme puxou a marcação e o caminho se abriu para Schelloto ajeitar e chutar cruzado, vencendo Islas e dando números finais ao confronto: Boca 2x2.
Destaque do jogo: Daniel Cigogna. O mito voltou a ser mito. Marcou seus dois primeiros gols no campeonato e foi figura relevante para o Huracán sair com um ponto.
CLASSIFICAÇÃO
1° Velez Sarsfield - 10 pontos, 15 gols pró
2° River Plate - 10 pontos, 14 gols pró
3° Racing - 5 pontos, 13 gols pró
4° Boca Juniors - 5 pontos, 11 gols pró
5° Huracán - 5 pontos, 10 gols pró
6° Estudiantes - 3 pontos, 10 gols pró
7° San Lorenzo - 3 pontos, 7 gols pró
8° Independiente - 2 pontos
ARTILHARIA
1° David Trezeguet (River Plate) - 6 gols
2° Juan Roman Riquelme (Boca Juniors) e Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 5 gols
3° Juan Sebastian Verón (Estudiantes), Leandro Gracián (Independiente) e Ruben Capria (Racing) - 4 gols
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