Para recuperar o tempo perdido, a décima segunda rodada do Clausura 2010 se iniciou na manhã desta sexta-feira com dois jogos. É a chamada Rodada dos Clássicos Caseiros!
Bangu 2x5 CROL
Começamos com o clássico do ônibus cinza. De um lado, o Bangu tentava a vitória para roubar o quarto lugar do Americano e entrar na zona de classificação, mas tinha problemas entre suas principais estrelas. A relação entre Claudio Adão e Mendonça está azeda. Do outro lado, o CROL vinha de goleada sofrida para o Imperatriz no dia anterior e não tinha o mínimo ânimo para fazer coisa alguma. No primeiro turno, CROL 3x4 Bangu.
Tal qual o jogo contra o Imperatriz, o CROL partiu para dentro logo no início, mas errava o gol. Parecia querer perder de novo em contra-ataques. Mas o Bangu não jogava bem. Mendonça tentava criar, mas Arturzinho mostrava estar inteiramente fora de forma e Claudio Adão aceitava a marcação passivamente. E o CROL se aproveitou disso para marcar logo aos 2 minutos, quando Ma Luca e Dr L tabelaram com extrema tranquilidade. O camisa 5 tocou curta para Pablo, que avançou com qualidade e soltou um belo chute para vencer Ricardo Cruz e fazer CROL 1x0.
Embora o CROL dominasse o jogo, ficava claro que a sina de jogar como nunca e perder como sempre agiria novamente. E começou a acontecer logo aos 4 minutos. O jogo ficou bom, as equipes começaram a atacar de lado a lado e o campo foi ganhando espaços. Em um desses, Borçato descobriu Mendonça livre. O camisa 10 foi até a entrada da área e chutou com extrema violência para empatar a partida: 2x1.
Mas, curiosamente, o CROL não se abateu. Rafinha era um gigante na zaga, se antecipando a todas as jogadas do Bangu e iniciando os ataques do CROL. A equipe do Rio do Ouro continuou em cima e conseguiu ir para o intervalo em vantagem. Aos 9 minutos, Pablo fez linda jogada, tabelou com Leozinho e chutou bonito da entrada da área para fazer CROL 2x1.
No intervalo, o Bangu tirou Wilson Gottardo e Arturzinho, colocando Messias e André Biquinho. Curiosamente, o capitão passou a ser Borçato, porque Claudio Adão (substituto natural) não estava muito bem equilibrado emocionalmente. O CROL trocou os dois atacantes (Leozinho e André) e Spinardi por Matthäus, Mosquito e Ratinho.
E o time do Rio do Ouro continuou muito bem, dominando o jogo e criando oportunidades. Mas a sina bate novamente. Quando tudo indicava que a equipe venceria finalmente (5 jogos sem vitória), eis que a fatalidade lhes bate à porta. Aos 7 minutos, Mendonça avançou pelo meio e ia marcar, quando Hobson defendeu com as mãos fora da área. Pelas regras da FIFUBO, falta em dois lances e expulsão do goleiro, que deve ser cumprida (inclusive a suspensão) por um jogador de linha. O sorteado foi o capitão Iverson, que passou a faixa para Dr L e saiu do campo. Na cobrança, André Biquinho rolou para Mendonça, que soltou a bomba e empatou em 2x2.
Mas, curiosamente, o CROL não se abalou. Pelo contrário, cresceu! Aos 8, Dr L arrancou pelo meio e chutou de bico. Ricardo Cruz engoliu um frango imenso, morrendo abraçado com a bola no fundo das redes: CROL 3x2.
Aos 9, Pablo correu para a área para tapar a visão de Ricardo Cruz, enquanto Nélcio dominava pelo meio. O camisa 8 chutou rasteiro e Ricardo Cruz nem viu a bola entrar: CROL 4x2.
Nos acréscimos, com o Bangu já abatido, Nélcio ainda arrancou pela esquerda tabelando com Marquinhos e chutando alto para dar ares de goleada ao confronto. Final: CROL 5x2.
Destaque do jogo: Pablo. O camisa 11 fez 2 gols, armou o time, fez jogadas lindas e saiu como o melhor em campo.
Imperatriz 3x2 Viradouro
O clássico das Escolas de Samba veio como jogo de fundo. Do lado do Imperatriz, confiança em alta após os 5x1 sobre o CROL. A equipe buscava a vaga nas semifinais, o que aconteceria diante de vitória, já que o Bangu perdeu e não poderia mais alcançá-los. Do lado do Viradouro, desânimo. Queriam só cumprir tabela e nada mais. No primeiro turno, Viradouro 4x4 Imperatriz.
E o Viradouro surpreendeu logo com 50 segundos de jogo. Após belo passe de Itaquá, Leandro recebeu na esquerda, girou bonito e acertou belíssimo chute para fazer Viradouro 1x0.
O Imperatriz não acertava nada e irritava a torcida. Denilson, Consuelo e Cristóvão embolavam as saídas de bola. Zenden, Schelloto e Etcheverry eram bem marcados. Palermo tinha liberdade, mas se atrapalhava e desperdiçava oportunidades. As vaias não demoraram a sair para ele. Menos mal que aos 2 minutos, o próprio Palermo recebeu na área e foi derrubado por Rangel. Pênalti que Zenden cobrou no ângulo, mas a bola explodiu na trave.
Aos 6 minutos, um lance polêmico. Skyban dividiu faltosamente com Denilson, mas o juiz Wilson Neca ignorou a infração, deixando correr. Na sequência, Itaquá recebeu e chutou de longe, surpreendendo Charlie Brown e fazendo Viradouro 2x0.
Aí a paciência da torcida foi pro espaço. Com vaias estridentes ao time, os torcedores viram um Imperatriz totalmente dominado pelos rivais de vermelho e branco. Aos 9, porém, brilhou a estrela do craque. Com posicionamento impecável, Zenden recebeu uma bola na esquerda, dominou e chutou cruzado para fazer um golaço: Imperatriz 1x2.
No intervalo, o Imperatriz trocou Anderson Lima, Etcheverry (que passou a faixa para Leão) e Palermo (que saiu vaiado de novo) por Triton, Romagnoli e Dinei. O Viradouro trocou Vicenzo e Leo por George e Ceguinho, passando a jogar no 3-6-1 para segurar a vitória.
E o jogo caiu de nível. O Viradouro só bicava para longe, esperando o tempo passar, e o Imperatriz não se organizava. Schelloto continuava bem vigiado e Romagnoli era marcado individualmente por Flalda. Dinei entrou para brigar com a bola e Denilson continuou atrapalhado.
Isso durou até os 7 minutos, quando Romagnoli enfim recebeu uma bola. O camisa 20 argentino recebeu no meio, tirou 3 marcadores, avançou até a entrada da área e chutou com extrema categoria para empatar o jogo em 2x2. Na comemoração, a mesma coisa. Bateu no peito, mostrou o chão e fez a taunt para homenagear Paloma pelo gol marcado.
A partir daí, o Imperatriz caiu dentro com toda a força que tinha, para buscar a vitória. O Viradouro sentiu o golpe de vez. Nos acréscimos, uma bola esticada e um esforço incrível foram recompensados. Triton recebeu e entregou para Romagnoli, pois o argentino estava confiante. Só que o camisa 20 curiosamente devolveu a bola para Triton. Não restou outra alternativa ao lateral direito a não ser chutar com força. E ele acertou no ângulo, comemorando com toda a equipe a tão suada virada e a vaga nas semifinais.
Destaque do jogo: Romagnoli. O argentino entrou em uma equipe sem nenhuma armação e mudou o jogo. Um gol, passe para outro, homenagem à Paloma e alegrias à torcida.
Notas rápidas:
* Correção ao post anterior. O primeiro jogo entre Americano e Bangu terminou 1x1 e não com vitória do Bangu por 4x3, como informado erroneamente.
* Com a classificação do Imperatriz, resta apenas uma vaga nas semifinais, com duas rodadas e meia em disputa. O Viradouro já está eliminado, então Americano, Bangu, CROL e Fluminense lutam freneticamente pela última vaga. Se o Americano ganhar do São Paulo neste domingo, o CROL e o Fluminense estarão matematicamente eliminados. Mas, se o São Paulo ganhar, a situação se inverte:
* Para o CROL ou Fluminense se classificar, é necessário ganhar os dois jogos e torcer para o Bangu empatar seus dois jogos e o Americano empatar só um.
* Para a vaga do Bangu, vencendo os dois jogos é necessário torcer para o Americano não fazer mais que 3 pontos nos últimos 3 jogos.
* O Americano depende de si apenas, bastando marcar os outros resultados.
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