Sábado escuro, tempo nublado, ameaça constante de chuva, vento frio. Poucos atrativos para o torcedor sair de casa e ir ao Imperatriz Arena. Por este motivo, a continuação da décima segunda rodada da Liga FIFUBO foi acompanhada por poucos torcedores. Vamos ver como foram os jogos.
BOCA JUNIORS 1x1 VASCO
Em oitavo lugar na tabela, o Boca precisa pontuar. A equipe não ganha há quatro jogos, com dois empates e duas derrotas. Contra o Imperatriz, até criou oportunidades, mas saiu com mais um revés (0x1). Para este jogo, Guillermo Barros Schelloto volta ao time, no lugar de Palacio. O Vasco quer aproveitar o tropeço do Imperatriz (1x2 Estudiantes) para se isolar na vice liderança e pressionar o Racing. No primeiro turno, Vasco 1x0 Boca.
O público não quis se arriscar nesse tempo frio para ir ao Imperatriz Arena e o fez com grande razão. As duas equipes apresentaram um jogo sofrível, de erros de passe e pouquíssimas chances de gol. Quando não erravam os passes, o faziam para trás e atrasavam as jogadas. Tirando um chute de Palermo na trave, que Carlos Germano acompanhava, o Boca nada criou. O Vasco, ao menos, conseguiu uma jogada...
Aos 6 minutos, Ramon correu para a lateral de sua área e desarmou Schelloto, tocando a Anderson Martins na entrada da mesma. Ramon recebeu de volta na meia esquerda e avançou, tabelando com Felipe. Os dois canhotos trocaram passes até a intermediária do Boca, mudando de posição constantemente, até que Ramon deu um passe na ponta esquerda. Felipe ajeitou, olhou o posicionamento de Abbondanzieri e mandou um chute com efeito para acertar no canto e fazer Vasco 1x0.
No intervalo, Julio Falcioni tirou Basualdo e Riquelme. Os dois erravam demais e deixavam buracos no campo de defesa. Em seus lugares, entraram Battaglia e Palacio. Antonio Lopes tirou Fagner e Diego Souza. O lateral errava passes e fazia marcação muito frouxa pelo seu setor, enquanto Diego Souza atrasou todas as jogadas e irritou os companheiros de ataque. Em seus lugares, entraram Allan e Bernardo.
O Vasco voltou ligeiramente melhor no segundo tempo, mas sempre se atrapalhava próximo à entrada da área. O Boca continuava errando muito e esperava um milagre. E ele aconteceu...
Aos 5 minutos, o Vasco partiu em jogada de contra ataque com Bernardo. Com um passe para a esquerda, o camisa 11 procurava Felipe, mas Adriano resolveu correr e ficar com a bola. O problema é que, afoito, Adriano acabou passando da bola e não só não a dominou, como atrapalhou Felipe, que estava mais bem colocado. Ibarra afastou tocando a Serna, que procurou Battaglia no meio. Com um lançamento nas costas da defesa, o camisa 12 encontrou Palacio, que invadiu a área e chutou na saída de Carlos Germano para dar números finais ao confronto: Boca 1x1.
O resto do jogo foi um sofrimento ao torcedor, que não viu mais nada de emocionante ser criado e vaiou com inteira razão quando Aristeu Tavares deu o jogo por encerrado.
Destaque do jogo: Ramon. Em meio a tanta ruindade, o camisa 33 mostrou qualidade. Com boa marcação pelo lado esquerdo, não deixou o Boca criar. Com a bola nos pés, armou o jogo. Chamou a responsabilidade para si e fez boa dupla com Felipe.
HURACÁN 1x0 INDEPENDIENTE
Se o principal jogo do sábado foi aquela coisa horrível, o que esperar do jogo de fundo? Em nono na tabela, o Huracán não vence há 6 jogos. A equipe se limita a defender e não cria nada de contra ataque, o que explica a recente fase e o lugar que ocupa na classificação. O Independiente, por sua vez, é uma equipe que está na luta para entrar na zona de classificação. Também apresenta um futebol ruim, como ficou provado na última rodada. Precisam da vitória para não deixar o Estudiantes tomar o seu lugar, ainda mais que a equipe de La Plata venceu na rodada (2x1 Imperatriz).
Curiosamente, das quatro equipes que entraram em campo, a única que apresentou alguma coisa foi justamente a de pior colocação. O Huracán finalmente jogou de forma defensiva explorando os contra ataques. Foi ajudado pelo Independiente que errava tudo. Mas a cada passe errado ou bola rifada, lá estava o Huracán se organizando para o contra ataque.
O gol da vitória veio aos 8 minutos quando, após jogada de contra ataque, Cigogna recebeu na esquerda e chutou para ótima defesa de Navarro, que espalmou a lateral. Milano cobrou para Cigogna, que correu para receber do lado direito. Desta vez, o camisa 9 ajeitou bem e chutou sem chances para Navarro, da entrada da área, para fazer Huracán 1x0.
No intervalo, Sr. Rabina tirou Milano e Centurion para colocar Erramuspe e Barrales, apostando mais ainda nos contra ataques. Bayer sacou os vaiados Gracián e Facundo Parra para colocar Gandin e Mauro Burruchaga.
No segundo tempo, o Independiente até tentou algumas coisas. O time jogou mais adiantado e contou com os bons passes de Mauro Burruchaga, mas o resto do time não ajudou. Silvera só jogava a bola para trás, enquanto Busse e Fredes se desentenderam após troca de passes dar errado. O Huracán viu que o adversário não iria oferecer resistência e deixou o tempo correr, para conseguir a primeira vitória em sete rodadas. E o jogo, assim como o anterior, terminou com vaias dos torcedores.
Destaque do jogo: Daniel Cigogna. O mito apareceu nesta partida. Quando o Huracán liga o contra ataque, ele é a referência e, assim, consegue fazer o que se espera. Teve três chances, guardou uma e saiu consagrado.
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