domingo, 24 de fevereiro de 2019

Liga FIFUBO 2019 - Primeira Rodada - 24/02/2019

E chega o domingo, com muito calor e Imperatriz Arena lotado. Finalmente a primeira rodada se encerrará. O jogo atrasado deveria ter sido realizado no sábado, mas o horário apertou e a partida só pôde ocorrer neste domingo. Apesar do bom público, os jogadores não entregaram um espetáculo à altura. Vamos ver como foi.

RACING 1x0 RIVER PLATE

Bem fisicamente, os jogadores do Racing querem mostrar que também estão adaptados ao campo do Imperatriz Arena e, assim, estrear com uma vitória para dar as credenciais de quem quer disputar o título. Do outro lado, a falta de bons resultados começa a incomodar os jogadores do River, que prometem que a Liga FIFUBO será bem diferente das últimas competições.

Mas o River não conseguiu cumprir a promessa. Lento e desorganizado, o time de Nuñez jamais conseguiu mostrar aquele jogo que o levou a ser conhecido como o "Barcelona do Futibou de Butaum". A bola não passava pelos pés de Gallardo, que também não se importava em buscá-la. O Racing, por sua vez, tinha organização e bons jogadores para chegar à frente. Só no primeiro tempo, foram três bolas na trave: duas com Latorre e uma com Acosta.

O gol da vitória veio nos acréscimos do primeiro tempo, quando Diego Capria avançou pela direita sem ser incomodado e, com um lançamento magistral, encontrou Martin Simeone livre invadindo a área. Da meia lua, o camisa 8 viu o posicionamento do goleiro e, ao invés de chutar alto no canto esquerdo, virou o pé e mandou rasteira no canto direito, matando Carrizzo na jogada: Racing 1x0.

No intervalo, Paralelo tirou Quiroz e Latorre para colocar Fariña e Hauche. Já Francescoli teve que promover uma boa revolução tática, ao sacar os apagados (e vaiados) Barrado e Gallardo, colocando Coudet e Funes Mori em seus lugares. Coudet seria um volante mais adiantado, Ortega iria para a armação e Funes Mori faria a ponta direita bem próximo ao centroavante.

O River melhorou no segundo tempo, criou mais, mandou duas bolas na trave (com Buonanotte e Trezeguet) e viu o Racing explorar os contra ataques. Ruben Capria e Acosta também acertaram a trave de Carrizzo. Mas o placar não mudou.

Destaque do jogo: Diego Capria. Bem na defesa, o lateral teve fôlego para ir ao ataque. Armou jogadas e deu o passe para o único gol do jogo, se multiplicando em campo.

CLASSIFICAÇÃO

1° Estudiantes - 3 pontos, 3 gols pró, 0 gol contra
2° Huracán - 3 pontos, 3 gols pró, 2 gols contra
3° Vasco - 3 pontos, 2 gols pró
4° Racing - 3 pontos, 1 gol pró
5° Independiente - 1 ponto, 3 gols pró, 3 gols contra
6° San Lorenzo - 1 ponto, 3 gols pró, 3 gols contra
7° Imperatriz - 0 ponto, 2 gols pró
8° Velez Sarsfield - 0 ponto, 1 gol pró
9° River Plate - 0 ponto, 0 gol pró, 1 gol contra
10° Boca Juniors - 0 ponto, 0 gol pró, 3 gols contra

ARTILHARIA

1° Gaston Fernandez (Estudiantes), Centurión (Huracán) e Erviti (San Lorenzo) - 2 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • A situação da tabela, com a primeira rodada pedindo três datas, levou a um problema grave. A segunda rodada teve que ser iniciada no mesmo domingo onde a primeira se encerrou. O problema grave é que o Racing, que jogou contra o River, abriria a segunda rodada contra o San Lorenzo. Vamos ver como ficou...
SAN LORENZO 3x2 RACING

Com um misto de doçura e amargura, o San Lorenzo se prepara para enfrentar o segundo time de Avellaneda. Se pensar no resultado contra o Independiente (3x3), o San Lorenzo tem que comemorar. Mas, olhando para a forma como o empate se deu, após estar ganhando por 3x0, o amargor aparece. Mesmo assim, Nilson manteve a equipe que jogou na rodada passada, esperançoso de que pudesse aprontar novamente. Do outro lado, o cansaço de jogar pela manhã e voltar a campo na parte da tarde fez com que o treinador Paralelo fizesse mudanças. Pelletieri e Acosta ficaram no banco, com Fariña e Hauche atuando em seus lugares.

É cedo para dizer, nesta Nova Ordem do Futibou de Butaum no Imperatriz Arena, quem comandará. Mas é certo dizer que muita coisa irá mudar e, neste início de Era, o San Lorenzo começa a mostrar serviço. De equipe candidata a sair da Liga caso apareça um novo time a sensação do campeonato, bastaram dois jogos. Organizado, o time não deixa o adversário jogar e ainda sabe sair para construir boas jogadas.

Eram 4 minutos do primeiro tempo quando uma jogada famosa do River Plate deu as caras em Almagro. Migliore cobrou o tiro de meta para Romagnoli no meio de campo e o camisa 10 abriu na direita. Raul 'Pipa' Estevez trouxe da ponta para o meio e rolou para Stracqualursi na meia lua. O camisa 9 pegou de frente para Quiroz, deu um corte para o lado e acertou um lindo chute no ângulo esquerdo de Saja, fazendo San Lorenzo 1x0.

O cansaço aparecia, mas não poderia ser a justificativa para a derrota parcial. O Racing tinha dificuldades para criar jogadas, principalmente porque Fariña e Hauche não entraram bem no jogo. A equipe se abria e se oferecia para os contra ataques. Mas a ironia ainda daria as caras neste jogo...

Aos 7 minutos, Erviti fez linda jogada pela esquerda e rolou no meio para Romagnoli. O camisa 10 chutou forte, de primeira, uma bola rasteira. Saja se esticou todo e conseguiu fazer a defesa. O chute foi tão forte, que a espalmada do goleiro do Racing fez a bola viajar o campo todo e ir parar próximo ao bico esquerdo da área do San Lorenzo. Latorre estava naquele local, de frente pro gol. Sem nem ajeitar, o camisa 11 pegou um chute de primeira, a bola fez uma curva incrível e venceu Migliore: Racing 1x1.

O empate era injusto frente a tudo que o San Lorenzo apresentava e, por isso, a equipe se esforçou mais ainda para conseguir a vantagem no placar novamente. E ela veio já nos acréscimos. Após Romagnoli chutar da entrada da área, Saja espalmou para lateral. Jonathan Ferrari cobrou dentro da área para Romagnoli, em uma situação que não daria para o camisa 10 chutar novamente. Esperto, Romagnoli deu uma finta, deixando a bola passar. Saja não percebeu, saiu para abafar e derrubou o camisa 10.  O próprio Romagnoli cobrou o pênalti no ângulo de Saja para bater no peito, apontar ao chão e fazer a taunt da Paloma: San Lorenzo 2x1.

No intervalo, Nilson tratou de reforçar o lado direito para não dar o mole que deu contra o Independiente. Tirou Jonathan Ferrari e Tulla para colocar Buffarini (que faria a lateral direita) e Tellechea (que entraria na zaga). Paralelo também fez mudanças táticas e promoveu a volta dos titulares Pelletieri e Acosta. Saíram Gamboa e Hauche. Pelletieri iria para a volância direita, Fariña seria recuado para a lateral direita e Diego Capria ficaria de zagueiro.

O Racing melhorou com as mudanças, principalmente com a entrada de Acosta, que deu mais movimentação no ataque. Mas o San Lorenzo continuou dominando e precisou de apenas dois minutos para ampliar. Repetindo a jogada que consagrou o River Plate, Migliore cobrou tiro de meta no meio de campo para Romagnoli. Desta vez, o camisa 10 trouxe para o lado esquerdo e abriu para Erviti. O camisa 11 trouxe de volta para o meio e rolou para Stracqualursi. Marcado por Quiroz, o camisa 9 deixou a bola correr um pouco para o lado direito, fez a finta em cima do camisa 5 e chutou rasteiro, no canto esquerdo de Saja, fazendo San Lorenzeo 3x1.

Ao contrário do que aconteceu contra o outro time de Avellaneda, desta vez o San Lorenzo soube se segurar. O Racing vinha para o ataque, mas a defesa estava bem postada e rechaçava as tentativas do adversário. Tocando a bola com inteligência, o San Lorenzo fazia o tempo passar e a torcida cantava e vibrava a cada toque do seu time.

Isso foi rolando até o último lance da partida, quando Luciatti se empolgou ao ir ao ataque e tentar uma tabela com Raul 'Pipa' Estevez, que fez falta em Pocchetino. O camisa 6 inverteu para o lado direito de sua área, com Diego Capria, que avançou até a intermediária de defesa, levantou a cabeça e fez um excelente lançamento para a área do San Lorenzo. Acosta recebeu de costas, fez um lindo giro e chutou sem chances para Migliore, que caiu dentro do gol desolado. O Racing descontava para 2x3, mas a festa era da torcida do San Lorenzo.

Destaque do jogo: Denis Stracqualursi. O camisa 9 foi tudo o que se espera dele há anos. Atuando no comando de ataque, fez o trabalho de pivô quando marcado, concluiu quando possível, ajudou na construção de jogadas e, com dois belos gols, levou sua equipe à liderança pelo menos até o carnaval.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

A FIFUBO quer te ouvir!