sábado, 25 de agosto de 2018

Arte e botões - NHL Hockey - 25/08/2018

Final de semana avançando e mais uma postagem para vocês! A última, com arte de arbitragem, fez um sucesso tremendo. Empatou com a final da Copa do Mundo de Futibou de Butaum com o maior número de visualizações deste blog. Muito obrigado a todos! Acho que a ideia de aumentar a diversão do jogo com elementos além dos jogadores foi bem recebida, tanto é que outras pessoas já estão se mexendo para fazer seus árbitros. Muito bom! A postagem dessa semana continua nessa pegada, agora apresentando 5 equipes da NHL, a Liga Norte Americana de Hóquei no Gelo.

Comecei a jogar butaum como a maioria, com equipes "panelinha" e a bola em forma de disco. A bolinha lembrava um puck de hóquei no gelo e, muitas vezes, usei uma delas para brincar daquele esporte, com bonequinhos ou com a haste do goleiro, que lembra um taco. Oras, se são botões os utilizados para impulsionar a bola, por que a nossa imaginação só alcança o futebol? Poderia se ampliar para o hóquei também, cujo princípio é o mesmo do futebol: conduzir uma bola (ou disco) em direção ao gol, defendido por um goleiro. A única diferença é que, no futebol, se utilizam as pernas e, no hóquei, um taco.

Então, quem quiser buscar uma alternativa para o jogo pode personalizar seus botões com jogadores de hóquei, modificar o campo de jogo (pois no hóquei não há linha de fundo, pode-se passar por trás do gol) e usar as mesmas regras do futebol de botão. Sempre lembrando que é uma alternativa ao futebol, não uma exclusão.

Sou fã do hóquei como um todo, preferindo o de quadra ao de gelo, uma vez que o de quadra lembra muito uma partida de futsal. Há faltas, que podem ser cobradas de forma direta, com formação de barreira. A habilidade dos jogadores conta muito, já que não se pode dar uma trombada no adversário para lhe roubar a bola. Mas o de gelo é mais famoso, já que a NHL é uma das principais ligas esportivas do planeta e seus astros estão presentes até em países que não têm tradição no esporte. A disparidade entre as duas vertentes do esporte é tamanha, que a minha ideia original era fazer cinco equipes da NHL e a seleção brasileira. Mas só consegui encontrar imagens do Didi, aquele que talvez seja o nosso melhor jogador em todos os tempos. Apesar de conhecer nomes de vários jogadores, não consegui encontrar nenhum deles no Google... 

Bom, vamos então apresentar as cinco equipes da NHL, base dos anos 90, que podem dar uma variada no nosso jogo de botão!

CHICAGO BLACKHAWKS


A primeira vez que tive contato com um jogo de NHL foi no saudoso Mega Drive. Avançavam os anos 90 e, na NBA, Michael Jordan levava o nome do Chicago Bulls para o Universo. Diante disso, escolhi os Blackhawks para começar jogando. E peguei um bom time! O goleiro, na época, era Jeff Hackett, mas logo a equipe de Illinois contratou Jocelyn Thibault, um goleiro ágil e sempre bem colocado. Na defesa, Chris Chelios é um dos maiores nomes da História do esporte e, ao seu lado, Gary Sutter era outro monstro sagrado. O ataque também era muito bom. Na ala direita, o astro da equipe, Tony Amonte, era o toque de qualidade. No meio, o russo Alexei Zhamnov ditava o ritmo da equipe e, na esquerda, Eric Daze era o menos famoso do time, mas fazia muitos gols.

Os Blackhawks conquistaram 6 vezes a Copa Stanley. No distante passado, levaram em 1934, 1938 e 1961. Atualmente, são uma das maiores equipes da Liga, tendo levantado o título em 2010, 2013 e 2015.

DALLAS STARS


Depois de conhecer um pouquinho mais sobre a NHL, larguei o Chicago Blackhawks e escolhi um time para torcer. Graças a Mike Modano, virei torcedor fanático do Dallas Stars, tanto que meu primeiro time argolado foi batizado em homenagem a esta equipe e o tenho guardado até hoje, embora não o utilize mais. Apesar de ser do Texas, sem tradição em esportes de gelo, os Stars ganharam muitos fãs nos anos 90, graças a uma boa estrutura e atletas sensacionais.

A começar pela muralha chamada Ed Belfour. O goleiro era um dos maiores ídolos da torcida, que gritou seu nome na tradicional parada dos campeões, na prefeitura de Dallas. Na defesa, Sergei Zubov era um jogador de pura técnica, que gostava de ir ao ataque e marcar muitos gols. Ao seu lado, o capitão Derian Hatcher era exatamente o oposto. Não ia ao ataque, ficava na defesa e desarmava os adversários na ignorância. Na ponta direita, a grande contratação da equipe atendia pelo nome de Brett Hull, um dos maiores nomes da História da NHL, autor do gol do único título de Stanley Cup do Dallas. No centro, Mike Modano é uma lenda. É o norte americano que mais fez gols na  NHL, um ícone do hóquei e o meu maior ídolo em todos os esportes. Ao seu lado, o finlandês Jere Lehtinen é o rei das assistências. Dono de uma técnica muito apurada e um passe preciso, tinha seu trabalho facilitado, graças aos ótimos companheiros de ataque.

O Dallas Stars conquistou a Copa Stanley em 1999. No ano seguinte, perdeu o título no sétimo e último jogo para o New Jersey Devils e, dali em diante, o interesse da cidade pelo time foi diminuindo, diminuindo e, hoje, a equipe não é nem sombra daquele esquadrão temido da virada do século.

NEW YORK RANGERS


Quando se fala em esportes nos Estados Unidos, o time de Nova Iorque tem sempre muita fama e poucas vitórias. Na NBA (Knicks), na NFL (Giants), na NHL (Rangers) e na MLB (Yankees). Os times da cidade são sempre muito badalados, contratam grandes craques, mas parece que a pressão da torcida é enorme. Apenas os Yankees fazem jus à fama. Os Rangers não fogem à regra. Os maiores astros passam por lá, a torcida lota o Madison Square Garden e, na hora H, uma força sobrenatural impede o time de ir adiante. Mesmo assim, os ídolos que vestem a famosa camisa azul marcam época.

O goleiro escolhido foi John Vanbiesbrouck, um cara extremamente ágil, que foi titular da seleção americana por muito tempo. Na defesa, Brian Leetch é um ícone. É, até hoje, o maior artilheiro entre defensores em uma temporada e o primeiro norte americano a ganhar o troféu de MVP da NHL. Gostava de chegar ao ataque e, com tiros fortíssimos, marcar gols importantes. Ao seu lado, Troy Mallette é um causador de problemas. Adepto do jogo físico, é o atleta que mais tempo ficou no "banco de castigo" da História dos Rangers, com 305 minutos. O ataque começa com Pat LaFontaine na direita, jogador de pouca técnica, mas um faro de gol apurado. No centro, um nome que é conhecido até por quem não conhece NHL. Wayne Gretzky é, simplesmente, o Pelé do hóquei no gelo. Jogador completo, capaz de verdadeira magia no gelo, é até hoje o recordista de gols e assistências da Liga (e, também, de pontos). E, na esquerda, Mark Messier é o nome da polêmica. Outro gênio do esporte, para alguns é considerado melhor do que Wayne Gretzky. Mas, ao lado do camisa 99, brilhou no Edmonton Oilers e, também, nos Rangers. Juntos, a dupla dinâmica do hóquei marcaram muitos gols e encantaram os fãs do esporte.

Os Rangers têm quatro conquistas da Copa Stanley, em 1928, 1933, 1940 e 1994.

PHILADELPHIA FLYERS


Outra equipe muito badalada nos anos 90, mas que não conseguia chegar lá e ninguém sabe explicar a razão. Uma geração talentosíssima, grandes craques e a falha no momento crucial. Os Flyers tiveram oportunidade, fizeram jogadas geniais, mas sempre caíram nos playoffs, talvez por inexperiência, talvez por faltar seriedade nos momentos decisivos.

A equipe tem, no gol, Ron Hextall. Não é dos goleiros mais badalados no esporte, mas ficou famoso ao marcar um gol para sua equipe em uma situação de empty net (quando a equipe está perdendo o jogo e, nos minutos finais, tira o goleiro para colocar mais um jogador de linha) e, hoje, é o gerente geral dos Flyers. Na defesa, Eric Desjardins é uma lenda do esporte. Defensor técnico, desarmava os adversários "na bola" e sabia sair jogando. Ao seu lado, Eric Weinrich também era um defensor técnico, mas gostava de apelar para o jogo físico quando necessário. Na ponta direita, o lituano Dainius Zubrus era o jogador menos conceituado da equipe, mas com muita chegada junto aos torcedores, por ser discreto mas aparecer nos momentos decisivos. No centro, uma das maiores decepções da História do hóquei. Eric Lindros chegou à NHL como o próximo Wayne Gretzky. Mas, como dito anteriormente, no hóquei no gelo você não precisa desarmar o adversário, é só dar uma trombada nele. E foi isso que aconteceu com Lindros. Jogador que aliava força e técnica, podia tanto armar quanto concluir e seu tiro podia ser forte ou colocado, dependendo da situação. Mas as trombadas que levou volta e meia faziam com que tivesse concussões cerebrais e perdesse a temporada. Se aposentou do gelo aos 33 anos, pois os médicos disseram que a próxima concussão seria a última. Na ponta esquerda, John Leclair pagou caro o preço de jogar com Lindros. Muito habilidoso, o camisa 10 se entendia com o 88, trocando passes e fazendo muitos gols, no melhor estilo Gretzky/Messier. Mas o craque mesmo era Lindros e, sem ele, Leclair não pôde fazer muito.

Os Flyers conquistaram a Copa Stanley em duas oportunidades, em 1974 e 1974.

PITTSBURGH PENGUINS


Os pinguins são a atual equipe da moda na NHL, por conta de uma grande sorte. Nos anos 90, o time era badalado por competir com o New York Rangers. Mario Lemieux liderava a equipe contra Wayne Gretzky, num duelo que lembra o Cristiano Ronaldo x Messi de hoje. Depois da aposentadoria do "Super Mario", o time foi caindo pelas tabelas e o público de Pittsburgh foi perdendo o interesse pelo esporte. O time tinha a menor média de público da Liga e ninguém sabia o que fazer, até que um locaute cancelou duas temporadas da NHL, fazendo o esporte despencar das três primeiras posições no ranking de audiência dos Estados Unidos para a décima primeira. Quando a greve acabou, a Liga resolveu fazer uma loteria para o draft. Pelas regras do draft, as piores equipes são sorteadas primeiro, depois as que foram eliminadas na primeira fase dos playoffs e assim vai até que o último a escolher no draft é o campeão da Copa Stanley. Como não teve campeonato nas duas últimas temporadas, a Liga resolveu fazer um grande sorteio com todas as equipes, mas aquelas que tiveram pior desempenho nos cinco últimos campeonatos teriam mais bolinhas com seu nome no sorteio. O frisson por causa daquele draft se justificava, uma vez que quem escolhesse primeiro ia levar o fenômeno Sidney Crosby, que arrastava multidões aos ginásios desde o colegial e tinha em suas costas o peso de fazer a NHL voltar a ser popular. Os Penguins venceram a loteria, escolheram Crosby e o camisa 87 não decepcionou, levando sua equipe de volta ao topo. É graças a ele que os Penguins, aqui, não terão sua equipe inteira com base nos anos 90.

A equipe começa com Marc Andre Fleury no gol. Se os Penguins hoje têm um ataque letal, é porque podem se lançar sem medo dos contra ataques, pois lá atrás o goleiro é uma muralha. Fleury é muito ágil. A defesa começa com Kevin Hatcher, irmão do capitão do Dallas Stars e menos famoso que ele, mas também adepto de um jogo físico e marcador implacável. Ao seu lado, graças a Crosby, tivemos que recuar Ron Francis. Originalmente, o camisa 10 é central, mas tem bom poder de marcação e sabe sair jogando, podendo atuar na defesa para reorganizar o jogo. Na ponta direita, a lenda Jaromir Jagr. O tcheco maravilha é espetacular. Bom no controle do puck, bom no passe e excelente, mas muito excelente, na finalização. Artilheiro por onde passa, joga até hoje, com mais de 40 anos, e é ídolo não só do seu time, mas de todos os fãs de hóquei. Ao seu lado, Mario Lemieux é outra lenda. Para muitos, melhor do que Gretzky. Lemieux é um artilheiro nato, com uma jogada previsível e que ninguém consegue defender. O camisa 66 fez muito pelos Penguins quando jogador e mais ainda quando se aposentou e comprou o time, reerguendo a franquia. E na esquerda... bom, Sidney Crosby dispensaria comentários. Mas vamos falar um pouquinho sobre ele. Como dito anteriormente, o fenômeno do esporte sempre arrastou multidões por onde passava. Talento descoberto precocemente, sempre jogava (em altíssimo nível) em times dois anos acima de sua categoria. Objeto de desejo de todos os times da NHL, parou em Pittsburgh e, na sua primeira temporada, levou a equipe ao título da Copa Stanley. Na temporada seguinte, destino semelhante ao de Eric Lindros, contusão e fora da temporada. Voltava em uma temporada, se lesionava sério e ficava fora da outra. Mesmo assim, já conquistou a Stanley Cup três vezes e foi o protagonista do primeiro bicampeão da NHL em 18 anos. Dispensaria comentários mesmo...

Só para finalizar esta imensa postagem, já vi ideias de basquete de botão, volei de botão, futebol americano de botão, etc. Mas nenhuma com uma jogabilidade parecida com a do futebol de botão que conhecemos. O hóquei pode trazer um pouco dessa ideia e foi por isso que resolvi fazer essa postagem. Se alguém tiver ideia de outras equipes, pode deixar aí nos comentários. Vamos tentar uma alternativa e tornar o jogo mais divertido!

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