Mais um domingo e mais uma seção Arte e Botões para vocês. Desta vez, serão duas artes, pois pode ser que nem todos aceitem a ideia inicial da postagem, que é a arbitragem.
Há alguns anos atrás, estava procurando outras modalidades de futebol de mesa e acabei conhecendo aquele que é o mais praticado em todo mundo: o Subbuteo! Para quem não sabe, Subbuteo é uma forma de futebol de mesa jogada com bonecos, que ficam em bases abauladas embaixo, como "João Bobo". Impulsionados pelas costas do dedo do jogador, os bonecos vão empurrando uma bola que é do tamanho deles, em busca do gol. Apesar de não ser tão técnico quanto o futebol de botão, o Subbuteo me chamou a atenção por uma coisa que, na minha opinião, faz o jogo ficar muito divertido, que é o que acontece fora das quatro linhas. Enquanto no futebol de botão tudo gira em torno dos botões e do goleiro em forma de quadrado ou retângulo, o Subbuteo tem os jogadores em campo, mas também tem inúmeras outras peças que podem ser compradas para decorar o campo de jogo. É praticamente um diorama.
Assim, há a opção de colocar no seu jogo o quarteto de arbitragem, treinador, banco de reservas com jogadores, gandulas, policiais, repórteres, torres de iluminação, arquibancadas com torcedores e muitas outras coisas que não alteram em nada o andamento do jogo, mas ajudam a ilustrar melhor que aquilo ali é uma partida de futebol de verdade. Até comprei um quarteto de arbitragem, mas jamais consegui jogar Subbuteo, então abandonei a prática. Mas a ideia ficou.
Desde que comecei a jogar futebol de botão, há 29 anos atrás, os times "panelinha" vinham sempre com uma palhetinha. Como só uso uma para jogar, as excedentes viraram árbitros e, com uma marquinha que as diferenciasse umas das outras, começaram a ganhar personalidade. A primeira palheta que usei como árbitro veio com um time da marca "Pena de Aço", uma toda verde e disforme, impossível de se usar para impulsionar os botões, mas perfeita para apitar o jogo. Como era o principal árbitro do país na época, a palheta acabou homenageando-o e José Roberto Wright desfilava no campo de jogo, aplicando as regras do jogo com mão de ferro! Wright é, até hoje, o árbitro número 1 da FIFUBO. Com o tempo, fez-se necessário a presença de auxiliares. Mas como o árbitro principal fica do lado de fora do campo, não dá para ter dois bandeirinhas em cada lateral do campo. Assim, pelas regras da FIFUBO, o árbitro principal e o auxiliar ficam após a linha lateral, em cima da linha central. O árbitro principal fica do lado que seria o oposto das cabines de transmissão e o auxiliar, do outro lado, tal qual os juízes de vôlei, nos lados da rede.
Mas, com essa nova Era de artes super personalizadas, a FIFUBO está passando por mudanças e trocando seus árbitros e treinadores. Dessa forma, será aposentado o atual quadro de arbitragem, composto pelos árbitros José Roberto Wright, Juan Carlos Loustau, Dula Rápio, Wilson Neca, Pedro Carlos Bregalda e Chico Lírio, e pelos auxiliares Promotor Corregedor, Promotor, Defensor e Rosálvio.
E aqui está o novo quadro de árbitros da FIFUBO, composto por oito árbitros, que serão sorteados tanto para serem árbitros quanto para serem auxiliares:
- Leonardo Gaciba - O gaúcho de Pelotas foi árbitro da FIFA entre 2005 e 2009. Discreto, é muito respeitado no meio. Foi eleito o melhor árbitro do país de 2005 a 2008, hoje comenta jogos na Rede Globo de Televisão.
- Anderson Daronco - Com 1,93m de altura e braços enormes, que parecem troncos, o gaúcho de Santa Maria impõe respeito pelo porte físico, mas também pela correção nas marcações. É árbitro da FIFA desde 2015, ano em que foi eleito o melhor do campeonato brasileiro de futebol.
- Salvio Spinola - Baiano de Urandi, foi árbitro da FIFA de 2004 a 2012. Com boa presença e bem respeitado em campo, colecionou partidas marcantes. A mais marcante, para mim, foi a decisão da Copa do Brasil, em que o Vasco perdeu pro Coritiba (2x3), mas levou a taça. Aposentado dos campos, é comentarista da ESPN.
- Carlos Eugênio Simon - Gaúcho de Braga, foi durante muito tempo o principal árbitro do Brasil. Foi da FIFA de 1997 a 2010. Com seu jeito discreto, atuou muito bem em partidas decisivas de campeonatos estaduais e nacionais (brasileiro e Copa do Brasil), além de competições continentais de clubes e diversas competições de seleções, como Copa do Mundo, Copa América e Jogos Olímpicos. Aposentado dos gramados, é comentarista do Fox Sports.
- Aristeu Tavares - Carioca do Rio de Janeiro, o coronel da Polícia Militar é o único assistente na lista dos novos árbitros da FIFUBO. Atento e disciplinador, já auxiliou na decisão da Copa do Brasil de 2002 e na final do campeonato equatoriano de 1999.
- Daniel Pomeroy - Carioca do Rio de Janeiro, entra na FIFUBO na cota dos árbitros clássicos do futebol carioca. Muito respeitado em sua época de árbitro por jogadores e treinadores, querido por todos, passou rapidamente pelos quadros da FIFA. Aposentado do futebol, se aventurou no futebol society e, mais tarde, chegou ao futsal, onde foi eleito diretor de arbitragem da CBFS.
- Luis Carlos Félix - Carioca do Rio de Janeiro, é outro da cota dos clássicos do futebol carioca. Figurinha carimbada no campeonato carioca nos anos 80 e 90, só ficava atrás de José Roberto Wright na preferência do público. Fez parte dos quadros da Conmebol e da FIFA de 1980 a 1990.
- Nestor Pitana - O argentino de Corpus, Missiones, vem para a FIFUBO na cota dos árbitros argentinos, em substituição a Juan Carlos Loustau. Na FIFA desde 2014, apitou a final da Copa do Mundo de 2018, na Rússia e, com seu físico avantajado e estilo tranquilo, lembra uma versão argentina de Anderson Daronco.
Estes são os árbitros da FIFUBO daqui por diante. Se você, como eu, acha que o jogo pode ter mais elementos para aumentar a diversão, colocar a arbitragem em campo é uma boa, afinal eles também fazem parte do espetáculo! Além dos árbitros, a FIFUBO está reformulando seu quadro de treinadores e auxiliares. Em uma futura postagem, mostrarei alguns desses nomes, que já estão assumindo seleções como Brasil, Camarões e Japão.
ARTE BONUS
Nem todo mundo concorda com botões de árbitros, que não vão acresentar nada na jogabilidade. Respeito a opinião de todos. Então, vou postar novamente uma das duas artes que fiz para a final da Copa de 2018. A seleção vice campeã da Croácia, com os 12 principais jogadores de linha, o goleiro, o treinador Zlatko Dalic e, como bônus para esta seleção, o eterno craque Davor Suker.
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