sábado, 30 de janeiro de 2016

Torneio Apertura 2016 - Primeira Rodada - 30/01/2016

Enfim o grande dia! O Torneio Apertura começa, num sábado de sol forte e casa cheia, para dois grandes jogos. Vamos a eles!

BOCA JUNIORS 1x4 INDEPENDIENTE

Duas equipes em pré-crise. O Boca tem que mostrar à sua impaciente torcida que pode ser grande. Madeirite mantém a equipe com Schelloto no ataque, no lugar de Palacio, mas a desconfiança é grande após a derrota no Torneio Início para o River (0x3). Já o Independiente, também vindo de acachapante derrota de 0x3 no Torneio Início, para o Huracán, a palavra de ordem é superação. Bayer quer fazer uma espécie de X na armação, com os volantes participando e o armador atuando como um terceiro atacante, uma espécie de ponta de lança.

O jogo começou muito bem, com as equipes ocupando o campo e tentando se organizar. Do ponto de vista defensivo, ambos eram perfeitos, com marcação forte e forçando o adversário a errar. Do ponto de vista ofensivo, a falta de ritmo de jogo, a bola e o campo em estado ruim prejudicavam, mas o Independiente criava  boas jogadas, mostrando ensaio em algumas delas. Logo no início do jogo, Silvera recebeu e chutou. A bola bateu no travessão, por trás da linha e saiu, mas o juiz Wilson Neca não viu e mandou o jogo seguir.

Por estar se soltando mais, o Independiente chegava mais próximo ao gol. Porém, somente aos 8 minutos conseguiu abrir o marcador. Silvera voltou ao meio de campo para buscar o jogo e viu Vella se deslocando livre pela direita. A inversão de jogo foi perfeita e o camisa 2 recebeu sem marcação, invadiu a área e chutou na saída de Abbondanzieri, para fazer o primeiro gol do campeonato: Independiente 1x0.

O melhor volume de jogo e a apatia do rival faziam do Independiente o grande favorito a ganhar. Para o Boca chegar, só com falhas do adversário. E aconteceu já nos acréscimos. Hilário Navarro foi fazer graça na hora de bater o tiro de meta e acertou Montenegro. A bola sobrou nos pés de Schelloto, que só teve que empurrar para o gol aberto: Boca 1x1.

No intervalo, Madeirite trocou Serna por Battaglia (Palermo passou a ser o capitão) e manteve Riquelme na armação. Já Bayer tirou Busse (em má forma física) e colocou Acevedo.

As táticas de Bayer deram certo e o Independiente dominou o segundo tempo por completo. Aos 3 minutos, Tuzzio roubou bola de Schelloto e tocou a Mareque. Silvera voltou no meio para receber, driblou Cagna e viu Facundo Parra entrando livre pela direita. Novamente, a inversão foi perfeita e o camisa 17 recebeu sem marcação, entrando na área e fazendo Independiente 2x1.

O gol mostrou que o time de Avellaneda era superior. A marcação era eficiente e os contra ataques se  mostraram uma ótima alternativa. Aos 7 minutos, Gracián recebeu de Mattheu e tocou a Acevedo. O camisa 12 driblou Escudero, entrou na área e chutou sem chances para Abbondanzieri, fazendo Independiente 3x1.

Com a vitória garantida, os jogadores ficaram mais tranquilos e passaram a jogar soltos. E a vitória se transformou em goleada aos 9 minutos. Mattheu recuperou bola que ia para Palermo e tocou a Tuzzio, que deu na esquerda a Acevedo. O camisa 12 tocou a Silvera, que deu lindo drible de corpo em Battaglia e chutou de trivela, no ângulo oposto de Abbondanzieri, fazendo o gol mais bonito da partida: Independiente 4x1.

Destaque do jogo: Nestor Silvera. Se Bayer dizia que para o Independiente voltar a ganhar, Silvera precisava ser protagonista, acertou em cheio. O camisa 11 não foi só o homem gol, mas também o principal articulador de jogadas. Os passes nos dois primeiros gols foram dignos de um maestro e o gol que selou a vitória foi digno de um artista da bola.

ESTUDIANTES 0x7 RIVER PLATE

Outra equipe querendo recuperar o bom futebol, o Estudiantes não trouxe boa impressão no Torneio Início, ao ser eliminado pelo Racing (1x2). Mas a paz selada, o triunvirato formado e a escalação do goleiro Andujar liberada eram os trunfos da equipe, que sabia ser muito difícil derrotar o rival. O River, embora não tenha vencido o Torneio Início, vinha empolgado por não ter perdido no certame (foi derrotado no número de escanteios) e pela invencibilidade de 9 jogos (a última derrota foi para o Velez, na Supercopa FIFUBO de 2014!) e por não ter perdido sua essência de jogo.

Bom, se o Estudiantes sabia que seria difícil derrotar o rival, isso se provou logo com um minuto de jogo. Após um bom início, com triangulações pela direita com Angeleri, Enzo Perez e Gastón Fernandez, o Estudiantes se abriu para o contra ataque e, na primeira oportunidade, Barrado lançou pela esquerda para Berizzo. O chute do camisa 6 não foi bom, mas a bola passou no meio das pernas de Desábato e Andujar só percebeu quando ela estava no fundo das redes: River 1x0.

O Estudiantes não se organizou para empatar a partida e pagou caro. Aos 3 minutos, após Placente recuperar e tocar para Ferrari na direita, o estilo que consolidou o River como o "Barcelona do Futibou de Butaum" apareceu. Ferrari tocou a Trezeguet, que fez o dois-um com Ortega, recebeu na frente e, da entrada da área, chutou sem a menor chance para Andujar, fazendo River 2x0.

O Estudiantes se desesperou de vez, perdendo por 2x0 com apenas 3 minutos e nada mais acertou na partida. O River aproveitou para dominar e mostrar uma faceta defensiva  que espantou a crítica e os torcedores. Quando não podia alcançar a bola, o jogador voltava para o campo de defesa e compunha uma linha intransponível. Foi assim com Buonanotte, que voltou para recompor a defesa e recuperou a bola, tocando a Barrado. O camisa 19 foi tocando com Gallardo até a entrada da área, onde deu um chute com extrema precisão e fez River 3x0, aos 5 minutos.

Se o show já estava bom, melhorou ainda mais aos 8. Numa jogada só com toques de primeira, Berizzo recuou a Paz, que devolveu a Berizzo. O camisa 6 tocou a Barrado, que deu a Buonanotte. Buonanotte deu a Gallardo no meio e recebeu de volta no bico da área, chutando cruzado e fazendo, em 8 toques, o gol mais bonito do campeonato: River 4x0.

No intervalo, Cristaldo foi ousado e tirou os dois principais líderes do time. Verón e Gastón Fernandez saíram e entraram Mathias Sanches e Hernán Rodrigo Lopez. A ordem era não tomar mais gols. Já Francescoli, feliz com a goleada, tirou dois dos destaques, para dar chance aos reservas. Saíram Barrado e Trezeguet e entraram Coudet e Funes Mori.

O River diminuiu o ritmo no segundo tempo, mas percebeu que o adversário não atacaria, então resolveu arriscar uma ou outra jogada pelo campo todo. E foi assim que chegou ao quinto gol aos 3 minutos. Placente recuperou e tocou a Ferrari, que deu a Gallardo no meio. O camisa 11 tabelou com Buonanotte e recebeu de volta na meia lua, de onde deu ótimo chute colocado e fez River 5x0.

O Estudiantes errou a saída e o River recomeçou sua jogada com muita calma. O time de La Plata não dava três toques seguidos na bola. Aos 5 minutos, Paz roubou de Lopez e tocou a Berizzo, que deu a Buonanotte na ponta. O camisa 30 avançou e cruzou para trás, de onde Gallardo chegou chutando de primeira e fazendo River 6x0.

Quando já estava de  bom tamanho, o River ainda encontrou mais um gol. Aos 9 minutos, Almeyda  tocou a Funes Mori no meio e o camisa 9 começou a driblar. Passou por Leandro Benítez, Mathias Sanchez, Rodrigo Braña e Leandro Desábato, até entrar na área e ser derrubado por Andujar quando tentava entrar com bola e tudo. Pênalti que Ferrari cobrou no canto esquerdo, deslocando o goleiro: River 7x0.

Destaque do jogo: Marcelo Gallardo. O destaque, na verdade, foi o conjunto do River. Mas só um pode levar a honraria e este foi o camisa 11, com dois gols e a artilharia provisória do certame.

NOTAS RÁPIDAS

  • Após o jogo, houve a primeira sessão do TJB, onde o árbitro Wilson Neca foi julgado e condenado a um jogo de suspensão, por não ter validado o gol de Silvera contra o Boca, no primeiro tempo da partida.
  • Três jogadores atingiram milestones na rodada. Berizzo fez o primeiro gol do River e o décimo dele com a camisa milionária. No mesmo jogo, Barrado marcou e chegou a 20 com a camisa do River. Já o gol único do Boca contra o Independiente foi o de número 30 de Schelloto com a famosa camisa xeneize.

2 comentários:

  1. Taí o campeonato que mais gosto na FIFUBO!
    'Bração', Juaum!

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  2. Grande Guanabara! Obrigado por ainda acompanhar as aventuras da FIFUBO! Grande abraço!

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