quarta-feira, 9 de julho de 2014

Copa Olé 2014 - Final - 09/07/2014

Ante o clima fúnebre instalado após a impressionante goleada sofrida pelo Brasil na Copa do Mundo, ficou impossível fazer o jogo final da Copa Olé na terça-feira. Assim sendo, a manhã desta quarta trouxe o confronto, que foi um jogo digno de uma grande final.

VELEZ SARSFIELD 2x2 INDEPENDIENTE

Uma reviravolta surpreendente, essa é a história do Velez. Estreante no Apertura 2014, acabou em último com apenas 1 vitória em 14 jogos, apenas 17 gols marcados e incríveis 41 sofridos, alguns em goleadas bem dolorosas. Na Copa Olé, troca de treinador e nova atitude. Sob o comando de Tripa Seca, a equipe venceu seus dois jogos por goleada (5x1 Boca e 4x2 San Lorenzo) e mostrou um padrão de jogo muito interessante, semelhante ao São Paulo em 2011, que vai esquentando aos poucos. A equipe era a mesma dos dois jogos anteriores.

O Velez, formado antes da partida com seu treinador Tripa Seca, foi a campo com 1. Sosa, 2. Gino Peruzzi, 4. Juan Sabia, 6. Sebá Dominguez e 3. Emiliano Papa; 5. Fernando Gago, 8. Claudio Hussain (c), 7. Lucas Romero e 11. Federico Insua; 10. Dario Hussain e 9. Turco Assad.

Melhor equipe da FIFUBO no ano de 2014, o Independiente chegava à sua segunda final em dois campeonatos disputados. Para pontuar ainda mais o poderio da equipe, era a terceira vez consecutiva que decidia a Copa Olé (campeão em 2012 e vice em 2013). Vinha de vitória impressionante sobre o Huracán (3x0), após ter saído vitorioso no Clássico de Avellaneda nas quartas (2x1). Mas nem tudo era festa para a equipe. Seu capitão, Tuzzio, cumpria suspensão em lugar de Navarro. Com isso, Acevedo iria improvisado na zaga, Montenegro seria o capitão e a equipe teria apenas Gandin no banco, não tendo alguém para a defesa.

O Independiente, com seu treinador Bayer, formado antes da partida com a seguinte escalação: 1. Hilário Navarro, 2. Luciano Vella, 4. Mattheu, 12. Acevedo e 3. Mareque; 5. Montenegro (c), 8. Fredes, 7. Walter Busse e 19. Leandro Gracián; 17. Facundo Parra e 11. Nestor Silvera.

Aquecidos os atletas e feito todo o protocolo inicial, as duas equipes foram a campo sem um favorito. Pela história, o Independiente levava vantagem, mas o Velez jogava melhor no torneio e ainda se aproveitava da ausência do capitão do adversário, que lutava para evitar a sina de vice (perdeu as duas últimas finais que disputou).

Tudo pronto para a grande decisão!

A bola rolou e o jogo começou nervoso, com as equipes se estudando, marcando forte e não conseguindo criar muito. Aos poucos, no entanto, as jogadas foram fluindo e boas conclusões encontraram a trave ou as defesas de Navarro e Sosa, o que mostrava que o jogo estava muito parelho.

Até que surgiu o primeiro gol, aos 6 minutos. Gracián lateralizou para Mareque, que avançou pela esquerda e tocou a Silvera dentro da área. O camisa 11 chutou e a bola explodiu na trave, sobrando para Mareque, que chutou para o gol vazio e fez Independiente 1x0.

Com a vitória parcial, a equipe de Avellaneda melhorou e passou a dominar mais as ações, com o Velez se perdendo em campo e dando espaços. Assim, o segundo gol não demoraria a sair e foi aos 9 minutos, quando Navarro cobrou tiro de meta para Gracián, que a jogada se iniciou. O camisa 19 tocou a Facundo Parra na entrada da área e o camisa 17 chutou para Sosa espalmar a lateral. Gracián cobrou para Silvera, que trouxe a bola pro pé direito e chutou sem defesas para o goleiro adversário, fazendo Independiente 2x0.

Ao contrário do que aconteceu com o Brasil contra a Alemanha, o segundo gol do Independiente deu garra aos jogadores do Velez. Claudio Hussain colocou a bola debaixo do braço e instou seus jogadores a correrem mais. Na saída de bola, aos 10, Insua tocou para o camisa 8, que driblou Gracián e chutou de longe. A bola ganhou velocidade e venceu Navarro: Velez 1x2.

No intervalo, Tripa Seca mudou o lado direito. Sacou Peruzzi e Dario Hussain e colocou Cubero e Lucas Pratto. Já Bayer fez a única mudança que podia, tirando Parra e colocando Gandin, para jogar em velocidade no contra ataque.

O segundo tempo foi dramático. Bem organizado, o Velez vinha para cima com tudo e se abria para os contra ataques mortais do Independiente, que desperdiçou várias oportunidades. Aos 8 minutos, Gandin fez falta na área do Velez, em cima de Sebá Dominguez. O camisa 6 tocou a Romero no meio, que deu a Claudio Hussain mais à frente. O camisa 8 tocou a Gago, que deu a Insua na direita, no bico da área. O camisa 11 driblou Acevedo, trazendo a bola pro pé esquerdo, e chutou de curva. Navarro se esticou todo e não alcançou: Velez 2x2.

Com isso, a disputa foi nos pênaltis e o que se viu foi uma sucessão de erros. 22 cobranças foram feitas e apenas 9 gols foram marcados. Quando os jogadores começaram a décima primeira rodada, saiu o campeão. Turco Assad cobrou bem e fez 5x4 Velez. Silvera, por sua vez, cobrou na trave...

VELEZ SARSFIELD CAMPEÃO DA COPA OLÉ 2014

O título veio para coroar a redenção da equipe, tão criticada. Tripa Seca, emocionado, falou sobre a conquista: "Quando eu cheguei, encontrei uma equipe desacreditada, massacrada por todos, e resolvi fazer uma mudança gradual. Primeiro, mexer com os brios; depois, a parte tática; por fim, a parte técnica. Jamais sonhei que pudesse fazer isso em três jogos e sair com o título. Mas o que importa é colocar o nome do Velez na história da FIFUBO!"

O diretor de imprensa da FIFUBO e presidente do Grupo Olé, Jorge Mario Trasmonte, entrega o troféu da Copa Olé ao capitão do Velez, Claudio Hussain

Outro que não se aguentava de tanta felicidade era o capitão do Velez, Claudio Hussain. Sobre a conquista, ele falou: "Nossa equipe não atuou bem no Apertura, talvez por estar estreando, talvez por não saber o que significava defender esta camisa numa Liga. Ao término do campeonato, nos reunimos e decidimos mudar. Treinamos forte e os resultados apareceram. Já joguei no River, mas sou Velez e, para mim, é um momento de felicidade suprema erguer uma taça vestindo esta camisa. Mais feliz ainda é poder fazer isso ao lado do meu irmão!"

Do lado derrotado, o treinador Bayer não escondia a tristeza. Muitos jogadores estavam em lágrimas e não puderam falar. Então, coube ao comandante transmitir o sentimento: "É muito frustrante você jogar bem o campeonato, ser favorito e, na hora da consagração, perde. Foi assim no Apertura, foi assim agora na Copa Olé. O que eu posso dizer? Pedir desculpas ao torcedor do Independiente, mais uma vez, prometendo mudar para o Clausura. Vamos trabalhar a cabeça dos jogadores, para eles entenderem a importância de se doar mais ainda numa final..."

Destaque do jogo: Claudio Hussain. O camisa 8 esteve ameaçado de perder a faixa de capitão, mas provou que é um líder nato neste torneio. Perdendo por 2x0, colocou a bola debaixo do braço e incentivou a sua equipe a buscar o empate. Fez um gol na sequência e liderou a equipe no segundo tempo, participando da jogada do gol que levou a partida aos pênaltis.

NOTAS RÁPIDAS

  • Leandro Romagnoli (San Lorenzo) e Leandro Gracián (Independiente) foram os artilheiros da Copa Olé, com 4 gols cada.
  • O título dá ao Velez a vaga na Supercopa FIFUBO, ao lado de Vasco (campeão da Copa 3 Corações) e Boca (campeão do Torneio Apertura), sobrando mais uma vaga no torneio, destinada ao campeão do Torneio Clausura.
  • No próximo final de semana, será disputado o Torneio Início do Clausura, com as quartas de final no sábado e as semifinais e final no domingo. No outro final de semana, começa o Torneio Clausura 2014!

Os campeões da Copa Olé dão a volta olímpica com o troféu e erguendo o treinador, Tripa Seca.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

A FIFUBO quer te ouvir!