domingo, 8 de junho de 2014

Torneio Apertura 2014 - Terceira Rodada do Playoff Final - 08/06/2014

Domingo, oito de junho de dois mil e quatorze. A bela tarde de sol e muito calor marcou um dia histórico para a FIFUBO, quando foi realizada a grande final do Torneio Apertura 2014. O jogo foi emocionante e muito disputado, coroando ao final o grande campeão!

INDEPENDIENTE 2x4 BOCA JUNIORS

Com uma campanha de 10 vitórias, 3 empates e 1 derrota, com 53 gols marcados e apenas 29 sofridos e fazendo 33 pontos em 14 jogos, o Independiente foi o grande líder ao final da temporada regular. Nos playoffs semifinais, vitória no primeiro jogo (4x3), empate no segundo (5x5) e acachapante vitória no terceiro (3x0) sobre o River Plate. A equipe ainda tinha o artilheiro do campeonato, que também poderia concorrer ao prêmio de MVP. Para finalizar, o Independiente podia jogar para empatar e sair campeão. Bayer mandou a campo a equipe que havia atuado nos jogos anteriores e mandava seus jogadores marcarem forte e tocarem a bola com calma, pois o tempo era amigo do time de Avellaneda.

Com uma campanha de recuperação com 7 vitórias, 2 empates e 5 derrotas, marcando 48 gols e sofrendo 39, fazendo 23 pontos em 14 jogos, o Boca Juniors chegou a ficar ameaçado de não ir aos playoffs, mas arrancou e terminou a temporada regular em terceiro lugar. Nos playoffs semifinais, após estrear ganhando com autoridade (3x1), empatou os dois últimos jogos com o Estudiantes (2x2 e 3x3), ganhando fôlego para a final. Após perder o segundo jogo, o Boca precisava vencer por dois gols de diferença, mas o calor trouxe ao treinador Paralelo uma dúvida: ou iria para a pressão desde o início, arriscando-se a cansar no final quando o Independiente, normalmente, vence seus jogos, ou segura o primeiro tempo e faz uma pressão intensa no segundo. Porém, se o Independiente abrisse alguma margem no primeiro tempo, a pressão do segundo poderia ser inútil. Paralelo mandava a campo a mesma equipe que havia jogado as últimas partidas.

O equilíbrio era a marca deste playoff final, havendo um empate em 1x1 no primeiro jogo e uma vitória do Independiente por 2x1 no segundo. Na temporada regular, mais equilíbrio, com uma vitória do Boca no primeiro turno (3x2) e uma do Independiente no segundo (4x3).

Jogadores de Independiente, à esquerda, e do Boca, à direita, alinhados para o começo da partida.
Quando a bola rolou, não deu para perceber qual foi a escolha de Paralelo, pois Riquelme tocou a Basualdo, recebeu na frente e foi desarmado por Mareque. O lateral tocou a Busse, que fez o dois-um com Silvera e recebeu na entrada da área, para tocar na saída de Abbondanzieri e fazer Independiente 1x0 logo aos 33 segundos.

Se precisava vencer por dois gols de diferença, o Boca agora precisava marcar três vezes para tirar a vantagem do Independiente. A equipe se organizou e partiu para a pressão, enquanto o Independiente não dava mostras de ser a equipe que tocava a bola com inteligência. Desorganizado, o time de Avellaneda não viu seus jogadores guardando posição e passou a sofrer um sufoco desnecessário. Aos berros, Bayer tentava reorganizar sua equipe, que acabou recuando ante à pressão do Boca. Aos 5 minutos, Riquelme recuperou bola na defesa e tocou a Cagna no meio. O camisa 8 inverteu jogo com um belo lançamento para Serna na esquerda. Palermo chamou a marcação e o camisa 5 trouxe a bola para o meio, chutando cruzado e fazendo seu primeiro gol com a camisa do Boca: 1x1.

O gol incendiou o Boca, que passou a prensar o Independiente ainda mais. Desorganizado e assustado, o time de Avellaneda não parecia a melhor equipe do campeonato, que havia perdido apenas um jogo. Aos 9 minutos, Mattheu tentou sair jogando e perdeu a bola para Arruabarrena. O camisa 3 tocou a Basualdo, que deu rápido a Riquelme. Com um passe de gênio, o camisa 10 lançou Palermo na esquerda, no buraco deixado por Mattheu. Palermo invadiu a área e soltou a bomba para fazer Boca 2x1.

No intervalo, Bayer estava desesperado. Seus apelos para que o time tocasse a bola eram inúteis e a vantagem tinha ido embora ainda no primeiro tempo. Ele trocou Mattheu (pela falha no segundo gol) e Facundo Parra (inútil justo hoje) e colocou Acevedo e Gandin. Já Paralelo tratava de tranquilizar os jogadores. A desvantagem já não existia, bastando manter a pressão para saírem com a taça. Ele trocou Schiavi (que deixou buracos para contra ataques) e Palácio (nulo, novamente) e colocou Battaglia e Guillermo Barros Schelloto, dando a certeza de que iria empurrar o Independiente para dentro de sua meta.

O segundo tempo deveria ser um jogo de xadrez. Quem marcasse sairia campeão. Mas o Independiente continuou jogando muito mal. Seus jogadores cansaram e continuaram errando. Já o Boca, apesar do nervosismo inicial, mantinha a boa marcação e começava a se interessar pelo jogo. Aos 7 minutos, Abbondanzieri cobrou tiro de meta para o meio. Riquelme dominou a bola com folga, ajeitou e deu lindo passe para Schelloto no meio da defesa. Sem ser incomodado, o camisa 13 invadiu a área e, na saída de Navarro, tocou no alto e fez o Boca colocar a mão na taça: 3x1.

Desesperado, o Independiente passou a jogar de forma irracional, arriscando qualquer coisa que aparecesse. Para piorar, abria-se aos contra ataques. E foi essa combinação calma/contra ataque que deu o título ao Boca. Aos 9 minutos, Abbondanzieri repôs a bola para Riquelme na lateral direita. O camisa 10 tocou a Escudero, que procurou Battaglia. O camisa 12 tocou a Serna no meio, que deu a Basualdo mais à frente. Com um toque de gênio, o camisa 11 descobriu a defesa do Independiente aberta, por onde Palermo recebeu, invadiu a área e tocou na saída de Navarro para fazer a torcida xeneize explodir: Boca 4x1.

A torcida do Boca comemorava e nem percebeu quando, nos acréscimos, o Independiente descontou. Gracián deu a saída de bola a Fredes, que avançou e chutou da intermediária para descontar: Independiente 2x4, mas nada disso importava...

BOCA CAMPEÃO DO TORNEIO APERTURA 2014

O capitão do Boca, Maurício Serna, recebe o troféu de prata do Torneio Apertura 2014 das mãos do presidente da FIFUBO, Batistuta, enquanto os jogadores comemoram a conquista.

O jogo mostrou como o Boca arrancou na reta final do campeonato. A equipe soube segurar o Independiente nos dois jogos finais e fazer a diferença no jogo derradeiro. Sobre isso, o artilheiro Martin Palermo falou: "Diziam que nós não chegaríamos, que nosso time era fraco. Mas em campo são 11 contra 11 e nós temos jogadores capazes de desequilibrar. Este título é para os nossos torcedores, que acreditaram no Boca até o final!".

A campanha que coroou o título do Boca foi a seguinte:

2x3 e 4x4 River Plate
3x2, 3x4, 1x1, 1x2 e 4x2 Independiente
3x4, 5x2, 3x1, 2x2 e 3x3 Estudiantes
3x1 e 5x2  San Lorenzo
3x1 e 2x3 Racing
3x6 e 6x5 Huracán
2x2 e 4x0 Velez

Muito criticado, o treinador Paralelo se despediu do Boca com o título de campeão. Ainda durante a temporada regular, ele confirmou o acerto com o Racing, enquanto Madeirite irá para o Boca já na Copa Olé. Paralelo comanda a equipe no All Star Game nesta quarta-feira. Sobre a conquista, ele falou o seguinte: "Tivemos dificuldades durante a competição, crescemos na reta final, ganhamos o título em cima da equipe mais badalada. Isso só prova que o campeonato só acaba quando o juiz apita o final do último jogo. Gostaria de agradecer aos jogadores, que foram solidários a mim e se fecharam em torno do bem maior, que é a conquista do título. Não tivemos o artilheiro nem o melhor jogador do campeonato, mas saímos daqui em primeiro lugar. Estão todos de parabéns!".

Destaque do jogo: Martin Palermo. Tal qual havia sido na final do Clausura 2013, o camisa 9 mostrou seu poder de decisão. Assim como na final do ano passado, marcou dois gols, chamou a marcação no tento que igualou a partida e foi presença constante no ataque, mostrando que é um jogador decisivo.

PREMIAÇÃO

Campeão - Boca Juniors (troféu de campeão e prêmio de R$ 1 milhão)
Vice-campeão - Independiente (prêmio de R$ 500 mil)
3° Lugar - Estudiantes
4° Lugar - River Plate
5° Lugar - Huracán
6° Lugar - San Lorenzo
7° Lugar - Racing
8° Lugar - Velez Sarsfield

Artilheiro do campeonato: Nestor Silvera (Independiente) - 22 gols (troféu Van Basten e prêmio de R$ 12 mil)
Vice-artilheiro: Daniel Cigogna (Huracán) - 20 gols (prêmio de R$ 7 mil)
3° artilheiro: David Trezeguet (River Plate) - 16 gols (prêmio de R$ 6 mil)

Nestor Silvera, do Independiente, recebe o troféu Van Basten de artilheiro do campeonato das mãos do diretor de imprensa da FIFUBO, Jorge Mário Trasmonte.

Sobre ter sido artilheiro do certame, Silvera falou o seguinte: "Lógico que fico feliz de ter feito tantos gols, que resultaram em vitórias para o meu time. Mas trocaria este prêmio pelo título de campeão".

MVP do campeonato: Juan Sebastian Verón (Estudiantes) (troféu Brasil e prêmio de R$ 25 mil)

Juan Sebastian Verón, do Estudiantes, recebe o troféu Brasil de MVP do campeonato das mãos do vice presidente da FIFUBO, Ruben Paz.
 
Sobre o prêmio de MVP, Verón falou o seguinte: "É a coroação do bom trabalho feito na pré-temporada. É uma pena não termos ido adiante no campeonato, mas fico muito feliz por ter sido eleito o melhor deste Apertura. Gostaria de dedicar este prêmio ao treinador Cristaldo, que mudou meu posicionamento no campo, e aos jogadores, que fizeram o trabalho deles para que eu pudesse ter liberdade".

Ataque mais positivo do campeonato: Independiente - 70 gols (prêmio de R$ 200 mil)
Defesa menos vazada do campeonato: Velez Sarsfield e San Lorenzo - 41 gols sofridos (prêmio de R$ 200 mil)
Primeiro colocado ao fim da temporada regular: Independiente - 33 pontos (troféu Guterres e prêmio de R$ 50 mil)

Sobre os dois prêmios que o Independiente recebeu como equipe, o treinador Bayer falou: "Fizemos um ótimo campeonato, lideramos com folga e terminamos 8 pontos à frente do segundo colocado. Jogamos partidas memoráveis e estes prêmios são a prova disso. Infelizmente, falei aos meus jogadores que uma única derrota poria todo o trabalho no lixo. E esta derrota veio justo no jogo em que não podíamos perder...".

NOTAS RÁPIDAS

  • A premiação de MVP trouxe dois jogadores empatados: Daniel Cigogna (Huracán) e Juan Sebastian Verón (Estudiantes) haviam sido os melhores em campo em quatro ocasiões, cada. Quando há essa situação, os treinadores dos oito times, mais o presidente e o vice da FIFUBO, além do diretor de imprensa elegem o melhor entre os empatados. Verón ganhou por 6 votos a 5, mostrando o quão apertada foi a decisão.
  • O título classifica o Boca para a Supercopa FIFUBO, juntamente com o Vasco (campeão da Copa 3 Corações).
  • Na quarta-feira, haverá o All Star Game, onde os jogadores do Boca receberão a faixa de campeões e enfrentarão a seleção do campeonato. Após o jogo, será feita uma análise de cada time após o campeonato.
  • Paralelo se despede do Boca com o título de campeão. Ele ainda comandará a equipe no All Star Game e, depois, se apresenta ao Racing visando a Copa Olé. Madeirite sai do Racing e vai para o Boca.
O capitão do Boca, Maurício Serna, conduz o troféu de campeão do Torneio Apertura 2014 e puxa a fila para a volta olímpica. Atrás, os jogadores Arruabarrena e Cagna carregam o treinador Paralelo. Os demais jogadores fazem a festa.

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