terça-feira, 10 de junho de 2014

All Star Game do Torneio Apertura 2014

O All Star Game do Torneio Apertura foi antecipado em um dia, sendo realizado na tarde nublada desta terça-feira. O campeão Boca Juniors entrou em campo para receber a faixa de campeão e enfrentar a seleção do campeonato!

BOCA JUNIORS 0x1 ESTRELAS DO APERTURA

Campeoníssimo, o Boca entrava para fazer festa. Os jogadores foram a campo com a taça do Apertura e aproveitaram o jogo para se despedir de seu treinador, Paralelo.

Jogadores e comissão técnica do Boca Juniors posam com a taça do Torneio Apertura 2014 antes da partida.

A seleção do campeonato foi composta por dois times, com os melhores jogadores da competição que não atuassem pelo time campeão. Ambas as equipes atuavam no esquema 4-4-2 losango e, em caso de dúvidas sobre dois ou mais jogadores, atuaria o que tivesse marcado mais gols no campeonato. Assim sendo, o primeiro time das estrelas ia a campo com 1. Andujar (Estudiantes), 2. Vella (Independiente), 4. Federico Fernandez (Estudiantes), 6. Tuzzio (Independiente), 3. Enrique (Racing); 5. Reynoso (San Lorenzo), 8. Fredes (Independiente), 11. Verón (Estudiantes), 10. Romagnoli (San Lorenzo); 9. Cigogna (Huracán), 11. Silvera (Independiente). Verón foi escolhido capitão por ter sido o MVP do campeonato. O treinador foi o diretor técnico da FIFUBO, Alemanha.

Estrelas do Apertura: Na fileira de cima, da esquerda para a direita, Enrique, Federico Fernandez, Andujar, Tuzzio e Vella. Na fileira de baixo, da esquerda para a direita, Fredes, Silvera, Cigogna, Verón, Reynoso e Romagnoli. O treinador, Alemanha, está mais abaixo.
A bola rolou e logo se viu que era um jogo festivo. Jogadores em ritmo lento, erros de passe, poucas jogadas de força. Palermo, como de praxe, acertou algumas bolas na trave, assim como Cagna, Basualdo, Silvera e outros. Somente aos 9 minutos saiu o único gol da partida. Enrique cobrou lateral para Silvera no bico da área. O artilheiro do campeonato aproveitou-se do buraco deixado por Escudero e invadiu a área para chutar na saída de Abbondanzieri e fazer Estrelas do Apertura 1x0.

No segundo tempo, o Boca mudou. Saíram Serna, Riquelme e Palácio e entraram Battaglia, Guillermo Barros Schelloto e Viatri. Schiavi passou a ser o capitão da equipe. A seleção do campeonato também mudou, o time inteiro. A equipe formou com 1. Daniel Islas (Huracán), Pablo Ferrari (River Plate), 3. Placente (River Plate), 19. Barrado (River Plate), 3. Emiliano Papa (Velez); 5. Rodrigo Braña (Estudiantes), 8. Leandro Benítez (Estudiantes), 8. Centurión (Huracán), 19. Leandro Gracián (Independiente); 7. David Trezeguet (River Plate), 10. Ariel Ortega (River Plate). O capitão foi David Trezeguet, terceiro artilheiro do campeonato.

Na fileira de cima, da esquerda para a direita, Rodrigo Braña, Placente, Daniel Islas, Pablo Ferrari e Diego Armando Barrado. Na fileira de baixo, da esquerda para a direita, Emiliano Papa, Centurión, Trezeguet, Gracián, Ortega e Leandro Benítez. O treinador, Alemanha, está mais abaixo.
O jogo continuou com um nível muito baixo, com a seleção do campeonato pressionando bastante, mas sem alterar o placar. Findo o jogo, os jogadores festejaram junto aos torcedores o fim oficial do Torneio Apertura 2014.

Destaque do jogo: Roberto Abbondanzieri. O jogo foi em ritmo de férias, mas só um gol foi marcado pelas estrelas do campeonato graças às belas defesas do jogador do Boca.

ANÁLISE DAS EQUIPES AO TÉRMINO DO APERTURA

BOCA JUNIORS - Superação. O grande campeão do Apertura não foi unanimidade no campeonato. Alternando altos e baixos, a equipe chegou a estar fora da zona de classificação para os playoffs, distante dos classificados, o que levou a diretoria a anunciar a troca de treinadores com o Racing (Madeirite assumiria o Boca ao término do campeonato, assim como Paralelo iria para o Racing). A arrancada se deu a partir da terceira rodada do returno, quando goleou Estudiantes e San Lorenzo na sequência (ambos por 5x2), terminando a fase de classificação com mais uma goleada (4x0 Velez). Nos playoffs, já embalado, passou por Estudiantes sem problemas e esteve com as duas mãos fora da taça até o último jogo contra o Independiente. Os piores momentos foram as derrotas para o River na primeira rodada (2x3) e para o Huracán na sexta rodada (3x6). Martin Palermo foi o artilheiro (14 gols, o quarto no geral) e Riquelme foi o grande destaque do time no campeonato.

ESTUDIANTES - Cavalo paraguaio. 3 vitórias nos 3 primeiros jogos, líder ao final do primeiro turno, jogando um futebol bonito de se ver. Esse foi o Estudiantes no primeiro turno. No segundo, 3 vitórias, 1 empate e 3 derrotas, a perda da liderança e a ameaça de ficar fora dos playoffs. A gordura acumulada no primeiro turno o fez se classificar com duas rodadas de antecedência, em segundo lugar. Mas, nos playoffs jamais ameaçou o Boca e deixou o campeonato de forma melancólica para o que se prometia, mas com um honroso terceiro lugar. Nota-se o declínio físico de seus jogadores no returno. O pior momento foi da segunda à sexta rodada do returno, quando ficou os 4 jogos sem ganhar, empatando uma e sofrendo 3 goleadas (1x4 Huracán, 2x5 Boca e 2x5 Independiente). Juan Sebastian Verón foi o artilheiro da equipe no campeonato (11 gols, sétimo no geral) e o melhor jogador, levando também o prêmio de MVP do campeonato.

HURACÁN - Arrancada tardia. A equipe demorou a se acertar. Perdeu os 3 primeiros jogos do campeonato e ficou na parte de baixo da tabela durante o primeiro turno inteiro. No segundo turno, conseguiu aliar a defesa forte e os contra ataques o jogo inteiro e, com isso, deu uma arrancada impressionante. Chegou a estar em segundo no campeonato, mas acabou sucumbindo na rodada final ao empatar com o River (3x3) e ficou de fora dos playoffs, deixando a impressão de que vem para o Clausura para brigar pela parte de cima da tabela. Seu pior momento foram as 3 derrotas nas 3 primeiras rodadas (2x3 Independiente, 1x2 Estudiantes e 2x4 San Lorenzo). O melhor momento foi da quarta à sétima rodada do turno, quando ficou invicto ao vencer 3 jogos e empatar 1. Daniel Cigogna foi o grande artilheiro e destaque da equipe no campeonato, anotando 20 gols e ficando com a vice artilharia no geral.

INDEPENDIENTE - Nadou, nadou e morreu na praia. Mostrou que nem sempre a melhor equipe vence. Disparado o melhor time do campeonato, jogou o futebol mais bonito e conseguiu um esquema equilibrado, onde não há uma estrela, todos se ajudam. Assumiu a liderança na nona rodada e não largou mais, classificando-se aos playoffs com 3 rodadas de antecedência e terminando com 8 pontos à frente do segundo colocado. Nos playoffs semifinais, atropelou o River com grande autoridade e, na final, esteve a um passo de sair campeão. Perdeu apenas um jogo até a última partida do campeonato, perdendo novamente e saindo de mãos abanando. Seu pior momento foi justamente a final, onde ficou comprovado que bastam 20 minutos para se jogar 4 meses no lixo. Seu grande destaque e artilheiro foi Nestor Silvera, que marcou incríveis 22 gols no campeonato e terminou com o prêmio de artilheiro do certame. Mais justo seria dizer que a equipe inteira foi o destaque, tamanho o nível do futebol apresentado.

RACING - Medo de ligas. A equipe de Avellaneda encerrou 2013 e iniciou 2014 se consagrando. Em 2013, fechou o ano ganhando a Supercopa FIFUBO e, em 2014, começou ganhando o Torneio Início, o que lhe rendeu o apelido de "Rei de Copas" e deu em seus torcedores a esperança de que a decepção no Clausura 2013 não se repetiria. Mas foi o que aconteceu. Jogando um futebol muito pobre, o Racing perdeu os 5 primeiros jogos e ainda levaria mais 4 rodadas para vencer a primeira partida, sendo este o seu pior momento no campeonato, o que levou o treinador Madeirite a antecipar o anúncio de sua saída do time, ignorando os apelos da diretoria, que o queria comandando o Racing ao menos na Copa Olé. O time de Avellaneda ficou a maior parte do certame em último, terminando em sétimo (e penúltimo) graças a poucas boas exibições, que o fizeram vencer 3 partidas. Seu grande destaque foi Ruben Capria, que assumiu a liderança dentro e fora de campo, determinando rotinas, filas e insistindo para seus jogadores não desistirem. O artilheiro foi Acosta, que marcou 8 gols e foi apenas o décimo quarto no geral.

RIVER PLATE - Jamais empolgou. Grande favorito ao título, o River Plate tinha um estilo imponente de jogo, forçando o adversário a se desfazer da bola e trocando passes e mais passes até encontrar o gol, o que lhe rendeu a alcunha de "Barcelona do Futibou de Butaum". Mas o toque de bola, outrora sinônimo de eficiência, tornou-se símbolo do pragmatismo. A equipe empolgou na primeira rodada, ao vencer o Superclássico (3x2 Boca), mas começou a empatar e jamais mostrou que o temor dos adversários era verídico. Terminou o campeonato como o rei dos empates, com nada menos que metade das partidas terminando em igualdade. Chegou a estar ameaçado de não ir para os playoffs, conseguindo o quarto lugar no apagar das luzes. Mesmo assim, na fase eliminatória, continuou mostrando que não era o grande campeão do Clausura. Seu artilheiro foi David Trezeguet, que anotou 16 gols e terminou em terceiro no geral, sendo também o grande destaque da equipe no campeonato.

SAN LORENZO - Pangaré paraguaio. Vice-campeão do Torneio Início, perdeu apenas por conta de um lance polêmico. Desde a pré-temporada, já exibia um futebol vistoso e bonito, um esquema vitorioso. Venceu os três primeiros jogos com autoridade, o seu melhor momento no campeonato. Depois disso, ficou 8 jogos sem vencer, se afastando de vez dos classificados aos playoffs e terminando em um decepcionante sexto lugar. Seu artilheiro foi Leandro Romagnoli, anotando 10 tentos e terminando em nono no geral. Mas o destaque não foi seu camisa 10, mas sim Piatti, que ganhou a vaga de titular nas férias e mostrou que é a chave para a volta por cima do time de Almagro.

VELEZ SARSFIELD - Estreante decepcionante. Não se esperava muito do Velez em seu primeiro campeonato. Sonhar com classificação era para poucos; com títulos, para quase ninguém. Mesmo assim, esperava-se que a equipe demorasse a engrenar, mas conseguisse mostrar um bom futebol e até ganhar alguns jogos. Perdeu os dois primeiros jogos e venceu logo o terceiro, dando mostras de um esquema de jogo que jamais se impôs. A equipe foi tão decepcionante que anunciou a saída de seu treinador, Valdir Espinoza, ainda com o campeonato em andamento. Tripa Seca resolveu assumir a equipe somente ao término do campeonato, para não finalizar o trabalho de Espinoza de forma melancólica. A equipe ficou com o prêmio de defesa menos vazada (empatada com o San Lorenzo), tendo sofrido 41 gols, mas isso ocorreu porque as outras concorrentes sofreram mais gols nos playoffs, pois o Velez se notabilizou por tomar goleadas no campeonato (2x4 Huracán, 0x5 Estudiantes, 1x5 River Plate, 0x5 Independiente e 0x4 Boca Juniors). Somente San Lorenzo e Racing não golearam a equipe, que precisa trabalhar muito para chegar ao nível das demais.

NOTAS RÁPIDAS

  • Com o término do Torneio Apertura, os times entram de férias até o mês de julho, quando ocorrerá a Copa Olé. O torneio será eliminatório em partida única, começando com os seguintes duelos: Boca x Velez, Independiente x Racing, Estudiantes x San Lorenzo e River x Huracán, devido à classificação das equipes no Apertura. A ordem dos jogos será sorteada.
  • Foram marcados 309 gols nos 56 jogos da temporada regular do Apertura, uma média de 5.5 gols por jogo.
  • Nos 9 jogos dos playoffs, foram marcados 45 gols, média de 5 gols por jogo.
  • Assim sendo, a média total dos 65 jogos do campeonato foi de 5.44 gols por jogo, uma vez que o total de gols marcados foi de 354.
  • 74 dos 106 jogadores marcaram gols no certame.

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