terça-feira, 10 de junho de 2014

All Star Game do Torneio Apertura 2014

O All Star Game do Torneio Apertura foi antecipado em um dia, sendo realizado na tarde nublada desta terça-feira. O campeão Boca Juniors entrou em campo para receber a faixa de campeão e enfrentar a seleção do campeonato!

BOCA JUNIORS 0x1 ESTRELAS DO APERTURA

Campeoníssimo, o Boca entrava para fazer festa. Os jogadores foram a campo com a taça do Apertura e aproveitaram o jogo para se despedir de seu treinador, Paralelo.

Jogadores e comissão técnica do Boca Juniors posam com a taça do Torneio Apertura 2014 antes da partida.

A seleção do campeonato foi composta por dois times, com os melhores jogadores da competição que não atuassem pelo time campeão. Ambas as equipes atuavam no esquema 4-4-2 losango e, em caso de dúvidas sobre dois ou mais jogadores, atuaria o que tivesse marcado mais gols no campeonato. Assim sendo, o primeiro time das estrelas ia a campo com 1. Andujar (Estudiantes), 2. Vella (Independiente), 4. Federico Fernandez (Estudiantes), 6. Tuzzio (Independiente), 3. Enrique (Racing); 5. Reynoso (San Lorenzo), 8. Fredes (Independiente), 11. Verón (Estudiantes), 10. Romagnoli (San Lorenzo); 9. Cigogna (Huracán), 11. Silvera (Independiente). Verón foi escolhido capitão por ter sido o MVP do campeonato. O treinador foi o diretor técnico da FIFUBO, Alemanha.

Estrelas do Apertura: Na fileira de cima, da esquerda para a direita, Enrique, Federico Fernandez, Andujar, Tuzzio e Vella. Na fileira de baixo, da esquerda para a direita, Fredes, Silvera, Cigogna, Verón, Reynoso e Romagnoli. O treinador, Alemanha, está mais abaixo.
A bola rolou e logo se viu que era um jogo festivo. Jogadores em ritmo lento, erros de passe, poucas jogadas de força. Palermo, como de praxe, acertou algumas bolas na trave, assim como Cagna, Basualdo, Silvera e outros. Somente aos 9 minutos saiu o único gol da partida. Enrique cobrou lateral para Silvera no bico da área. O artilheiro do campeonato aproveitou-se do buraco deixado por Escudero e invadiu a área para chutar na saída de Abbondanzieri e fazer Estrelas do Apertura 1x0.

No segundo tempo, o Boca mudou. Saíram Serna, Riquelme e Palácio e entraram Battaglia, Guillermo Barros Schelloto e Viatri. Schiavi passou a ser o capitão da equipe. A seleção do campeonato também mudou, o time inteiro. A equipe formou com 1. Daniel Islas (Huracán), Pablo Ferrari (River Plate), 3. Placente (River Plate), 19. Barrado (River Plate), 3. Emiliano Papa (Velez); 5. Rodrigo Braña (Estudiantes), 8. Leandro Benítez (Estudiantes), 8. Centurión (Huracán), 19. Leandro Gracián (Independiente); 7. David Trezeguet (River Plate), 10. Ariel Ortega (River Plate). O capitão foi David Trezeguet, terceiro artilheiro do campeonato.

Na fileira de cima, da esquerda para a direita, Rodrigo Braña, Placente, Daniel Islas, Pablo Ferrari e Diego Armando Barrado. Na fileira de baixo, da esquerda para a direita, Emiliano Papa, Centurión, Trezeguet, Gracián, Ortega e Leandro Benítez. O treinador, Alemanha, está mais abaixo.
O jogo continuou com um nível muito baixo, com a seleção do campeonato pressionando bastante, mas sem alterar o placar. Findo o jogo, os jogadores festejaram junto aos torcedores o fim oficial do Torneio Apertura 2014.

Destaque do jogo: Roberto Abbondanzieri. O jogo foi em ritmo de férias, mas só um gol foi marcado pelas estrelas do campeonato graças às belas defesas do jogador do Boca.

ANÁLISE DAS EQUIPES AO TÉRMINO DO APERTURA

BOCA JUNIORS - Superação. O grande campeão do Apertura não foi unanimidade no campeonato. Alternando altos e baixos, a equipe chegou a estar fora da zona de classificação para os playoffs, distante dos classificados, o que levou a diretoria a anunciar a troca de treinadores com o Racing (Madeirite assumiria o Boca ao término do campeonato, assim como Paralelo iria para o Racing). A arrancada se deu a partir da terceira rodada do returno, quando goleou Estudiantes e San Lorenzo na sequência (ambos por 5x2), terminando a fase de classificação com mais uma goleada (4x0 Velez). Nos playoffs, já embalado, passou por Estudiantes sem problemas e esteve com as duas mãos fora da taça até o último jogo contra o Independiente. Os piores momentos foram as derrotas para o River na primeira rodada (2x3) e para o Huracán na sexta rodada (3x6). Martin Palermo foi o artilheiro (14 gols, o quarto no geral) e Riquelme foi o grande destaque do time no campeonato.

ESTUDIANTES - Cavalo paraguaio. 3 vitórias nos 3 primeiros jogos, líder ao final do primeiro turno, jogando um futebol bonito de se ver. Esse foi o Estudiantes no primeiro turno. No segundo, 3 vitórias, 1 empate e 3 derrotas, a perda da liderança e a ameaça de ficar fora dos playoffs. A gordura acumulada no primeiro turno o fez se classificar com duas rodadas de antecedência, em segundo lugar. Mas, nos playoffs jamais ameaçou o Boca e deixou o campeonato de forma melancólica para o que se prometia, mas com um honroso terceiro lugar. Nota-se o declínio físico de seus jogadores no returno. O pior momento foi da segunda à sexta rodada do returno, quando ficou os 4 jogos sem ganhar, empatando uma e sofrendo 3 goleadas (1x4 Huracán, 2x5 Boca e 2x5 Independiente). Juan Sebastian Verón foi o artilheiro da equipe no campeonato (11 gols, sétimo no geral) e o melhor jogador, levando também o prêmio de MVP do campeonato.

HURACÁN - Arrancada tardia. A equipe demorou a se acertar. Perdeu os 3 primeiros jogos do campeonato e ficou na parte de baixo da tabela durante o primeiro turno inteiro. No segundo turno, conseguiu aliar a defesa forte e os contra ataques o jogo inteiro e, com isso, deu uma arrancada impressionante. Chegou a estar em segundo no campeonato, mas acabou sucumbindo na rodada final ao empatar com o River (3x3) e ficou de fora dos playoffs, deixando a impressão de que vem para o Clausura para brigar pela parte de cima da tabela. Seu pior momento foram as 3 derrotas nas 3 primeiras rodadas (2x3 Independiente, 1x2 Estudiantes e 2x4 San Lorenzo). O melhor momento foi da quarta à sétima rodada do turno, quando ficou invicto ao vencer 3 jogos e empatar 1. Daniel Cigogna foi o grande artilheiro e destaque da equipe no campeonato, anotando 20 gols e ficando com a vice artilharia no geral.

INDEPENDIENTE - Nadou, nadou e morreu na praia. Mostrou que nem sempre a melhor equipe vence. Disparado o melhor time do campeonato, jogou o futebol mais bonito e conseguiu um esquema equilibrado, onde não há uma estrela, todos se ajudam. Assumiu a liderança na nona rodada e não largou mais, classificando-se aos playoffs com 3 rodadas de antecedência e terminando com 8 pontos à frente do segundo colocado. Nos playoffs semifinais, atropelou o River com grande autoridade e, na final, esteve a um passo de sair campeão. Perdeu apenas um jogo até a última partida do campeonato, perdendo novamente e saindo de mãos abanando. Seu pior momento foi justamente a final, onde ficou comprovado que bastam 20 minutos para se jogar 4 meses no lixo. Seu grande destaque e artilheiro foi Nestor Silvera, que marcou incríveis 22 gols no campeonato e terminou com o prêmio de artilheiro do certame. Mais justo seria dizer que a equipe inteira foi o destaque, tamanho o nível do futebol apresentado.

RACING - Medo de ligas. A equipe de Avellaneda encerrou 2013 e iniciou 2014 se consagrando. Em 2013, fechou o ano ganhando a Supercopa FIFUBO e, em 2014, começou ganhando o Torneio Início, o que lhe rendeu o apelido de "Rei de Copas" e deu em seus torcedores a esperança de que a decepção no Clausura 2013 não se repetiria. Mas foi o que aconteceu. Jogando um futebol muito pobre, o Racing perdeu os 5 primeiros jogos e ainda levaria mais 4 rodadas para vencer a primeira partida, sendo este o seu pior momento no campeonato, o que levou o treinador Madeirite a antecipar o anúncio de sua saída do time, ignorando os apelos da diretoria, que o queria comandando o Racing ao menos na Copa Olé. O time de Avellaneda ficou a maior parte do certame em último, terminando em sétimo (e penúltimo) graças a poucas boas exibições, que o fizeram vencer 3 partidas. Seu grande destaque foi Ruben Capria, que assumiu a liderança dentro e fora de campo, determinando rotinas, filas e insistindo para seus jogadores não desistirem. O artilheiro foi Acosta, que marcou 8 gols e foi apenas o décimo quarto no geral.

RIVER PLATE - Jamais empolgou. Grande favorito ao título, o River Plate tinha um estilo imponente de jogo, forçando o adversário a se desfazer da bola e trocando passes e mais passes até encontrar o gol, o que lhe rendeu a alcunha de "Barcelona do Futibou de Butaum". Mas o toque de bola, outrora sinônimo de eficiência, tornou-se símbolo do pragmatismo. A equipe empolgou na primeira rodada, ao vencer o Superclássico (3x2 Boca), mas começou a empatar e jamais mostrou que o temor dos adversários era verídico. Terminou o campeonato como o rei dos empates, com nada menos que metade das partidas terminando em igualdade. Chegou a estar ameaçado de não ir para os playoffs, conseguindo o quarto lugar no apagar das luzes. Mesmo assim, na fase eliminatória, continuou mostrando que não era o grande campeão do Clausura. Seu artilheiro foi David Trezeguet, que anotou 16 gols e terminou em terceiro no geral, sendo também o grande destaque da equipe no campeonato.

SAN LORENZO - Pangaré paraguaio. Vice-campeão do Torneio Início, perdeu apenas por conta de um lance polêmico. Desde a pré-temporada, já exibia um futebol vistoso e bonito, um esquema vitorioso. Venceu os três primeiros jogos com autoridade, o seu melhor momento no campeonato. Depois disso, ficou 8 jogos sem vencer, se afastando de vez dos classificados aos playoffs e terminando em um decepcionante sexto lugar. Seu artilheiro foi Leandro Romagnoli, anotando 10 tentos e terminando em nono no geral. Mas o destaque não foi seu camisa 10, mas sim Piatti, que ganhou a vaga de titular nas férias e mostrou que é a chave para a volta por cima do time de Almagro.

VELEZ SARSFIELD - Estreante decepcionante. Não se esperava muito do Velez em seu primeiro campeonato. Sonhar com classificação era para poucos; com títulos, para quase ninguém. Mesmo assim, esperava-se que a equipe demorasse a engrenar, mas conseguisse mostrar um bom futebol e até ganhar alguns jogos. Perdeu os dois primeiros jogos e venceu logo o terceiro, dando mostras de um esquema de jogo que jamais se impôs. A equipe foi tão decepcionante que anunciou a saída de seu treinador, Valdir Espinoza, ainda com o campeonato em andamento. Tripa Seca resolveu assumir a equipe somente ao término do campeonato, para não finalizar o trabalho de Espinoza de forma melancólica. A equipe ficou com o prêmio de defesa menos vazada (empatada com o San Lorenzo), tendo sofrido 41 gols, mas isso ocorreu porque as outras concorrentes sofreram mais gols nos playoffs, pois o Velez se notabilizou por tomar goleadas no campeonato (2x4 Huracán, 0x5 Estudiantes, 1x5 River Plate, 0x5 Independiente e 0x4 Boca Juniors). Somente San Lorenzo e Racing não golearam a equipe, que precisa trabalhar muito para chegar ao nível das demais.

NOTAS RÁPIDAS

  • Com o término do Torneio Apertura, os times entram de férias até o mês de julho, quando ocorrerá a Copa Olé. O torneio será eliminatório em partida única, começando com os seguintes duelos: Boca x Velez, Independiente x Racing, Estudiantes x San Lorenzo e River x Huracán, devido à classificação das equipes no Apertura. A ordem dos jogos será sorteada.
  • Foram marcados 309 gols nos 56 jogos da temporada regular do Apertura, uma média de 5.5 gols por jogo.
  • Nos 9 jogos dos playoffs, foram marcados 45 gols, média de 5 gols por jogo.
  • Assim sendo, a média total dos 65 jogos do campeonato foi de 5.44 gols por jogo, uma vez que o total de gols marcados foi de 354.
  • 74 dos 106 jogadores marcaram gols no certame.

domingo, 8 de junho de 2014

Torneio Apertura 2014 - Terceira Rodada do Playoff Final - 08/06/2014

Domingo, oito de junho de dois mil e quatorze. A bela tarde de sol e muito calor marcou um dia histórico para a FIFUBO, quando foi realizada a grande final do Torneio Apertura 2014. O jogo foi emocionante e muito disputado, coroando ao final o grande campeão!

INDEPENDIENTE 2x4 BOCA JUNIORS

Com uma campanha de 10 vitórias, 3 empates e 1 derrota, com 53 gols marcados e apenas 29 sofridos e fazendo 33 pontos em 14 jogos, o Independiente foi o grande líder ao final da temporada regular. Nos playoffs semifinais, vitória no primeiro jogo (4x3), empate no segundo (5x5) e acachapante vitória no terceiro (3x0) sobre o River Plate. A equipe ainda tinha o artilheiro do campeonato, que também poderia concorrer ao prêmio de MVP. Para finalizar, o Independiente podia jogar para empatar e sair campeão. Bayer mandou a campo a equipe que havia atuado nos jogos anteriores e mandava seus jogadores marcarem forte e tocarem a bola com calma, pois o tempo era amigo do time de Avellaneda.

Com uma campanha de recuperação com 7 vitórias, 2 empates e 5 derrotas, marcando 48 gols e sofrendo 39, fazendo 23 pontos em 14 jogos, o Boca Juniors chegou a ficar ameaçado de não ir aos playoffs, mas arrancou e terminou a temporada regular em terceiro lugar. Nos playoffs semifinais, após estrear ganhando com autoridade (3x1), empatou os dois últimos jogos com o Estudiantes (2x2 e 3x3), ganhando fôlego para a final. Após perder o segundo jogo, o Boca precisava vencer por dois gols de diferença, mas o calor trouxe ao treinador Paralelo uma dúvida: ou iria para a pressão desde o início, arriscando-se a cansar no final quando o Independiente, normalmente, vence seus jogos, ou segura o primeiro tempo e faz uma pressão intensa no segundo. Porém, se o Independiente abrisse alguma margem no primeiro tempo, a pressão do segundo poderia ser inútil. Paralelo mandava a campo a mesma equipe que havia jogado as últimas partidas.

O equilíbrio era a marca deste playoff final, havendo um empate em 1x1 no primeiro jogo e uma vitória do Independiente por 2x1 no segundo. Na temporada regular, mais equilíbrio, com uma vitória do Boca no primeiro turno (3x2) e uma do Independiente no segundo (4x3).

Jogadores de Independiente, à esquerda, e do Boca, à direita, alinhados para o começo da partida.
Quando a bola rolou, não deu para perceber qual foi a escolha de Paralelo, pois Riquelme tocou a Basualdo, recebeu na frente e foi desarmado por Mareque. O lateral tocou a Busse, que fez o dois-um com Silvera e recebeu na entrada da área, para tocar na saída de Abbondanzieri e fazer Independiente 1x0 logo aos 33 segundos.

Se precisava vencer por dois gols de diferença, o Boca agora precisava marcar três vezes para tirar a vantagem do Independiente. A equipe se organizou e partiu para a pressão, enquanto o Independiente não dava mostras de ser a equipe que tocava a bola com inteligência. Desorganizado, o time de Avellaneda não viu seus jogadores guardando posição e passou a sofrer um sufoco desnecessário. Aos berros, Bayer tentava reorganizar sua equipe, que acabou recuando ante à pressão do Boca. Aos 5 minutos, Riquelme recuperou bola na defesa e tocou a Cagna no meio. O camisa 8 inverteu jogo com um belo lançamento para Serna na esquerda. Palermo chamou a marcação e o camisa 5 trouxe a bola para o meio, chutando cruzado e fazendo seu primeiro gol com a camisa do Boca: 1x1.

O gol incendiou o Boca, que passou a prensar o Independiente ainda mais. Desorganizado e assustado, o time de Avellaneda não parecia a melhor equipe do campeonato, que havia perdido apenas um jogo. Aos 9 minutos, Mattheu tentou sair jogando e perdeu a bola para Arruabarrena. O camisa 3 tocou a Basualdo, que deu rápido a Riquelme. Com um passe de gênio, o camisa 10 lançou Palermo na esquerda, no buraco deixado por Mattheu. Palermo invadiu a área e soltou a bomba para fazer Boca 2x1.

No intervalo, Bayer estava desesperado. Seus apelos para que o time tocasse a bola eram inúteis e a vantagem tinha ido embora ainda no primeiro tempo. Ele trocou Mattheu (pela falha no segundo gol) e Facundo Parra (inútil justo hoje) e colocou Acevedo e Gandin. Já Paralelo tratava de tranquilizar os jogadores. A desvantagem já não existia, bastando manter a pressão para saírem com a taça. Ele trocou Schiavi (que deixou buracos para contra ataques) e Palácio (nulo, novamente) e colocou Battaglia e Guillermo Barros Schelloto, dando a certeza de que iria empurrar o Independiente para dentro de sua meta.

O segundo tempo deveria ser um jogo de xadrez. Quem marcasse sairia campeão. Mas o Independiente continuou jogando muito mal. Seus jogadores cansaram e continuaram errando. Já o Boca, apesar do nervosismo inicial, mantinha a boa marcação e começava a se interessar pelo jogo. Aos 7 minutos, Abbondanzieri cobrou tiro de meta para o meio. Riquelme dominou a bola com folga, ajeitou e deu lindo passe para Schelloto no meio da defesa. Sem ser incomodado, o camisa 13 invadiu a área e, na saída de Navarro, tocou no alto e fez o Boca colocar a mão na taça: 3x1.

Desesperado, o Independiente passou a jogar de forma irracional, arriscando qualquer coisa que aparecesse. Para piorar, abria-se aos contra ataques. E foi essa combinação calma/contra ataque que deu o título ao Boca. Aos 9 minutos, Abbondanzieri repôs a bola para Riquelme na lateral direita. O camisa 10 tocou a Escudero, que procurou Battaglia. O camisa 12 tocou a Serna no meio, que deu a Basualdo mais à frente. Com um toque de gênio, o camisa 11 descobriu a defesa do Independiente aberta, por onde Palermo recebeu, invadiu a área e tocou na saída de Navarro para fazer a torcida xeneize explodir: Boca 4x1.

A torcida do Boca comemorava e nem percebeu quando, nos acréscimos, o Independiente descontou. Gracián deu a saída de bola a Fredes, que avançou e chutou da intermediária para descontar: Independiente 2x4, mas nada disso importava...

BOCA CAMPEÃO DO TORNEIO APERTURA 2014

O capitão do Boca, Maurício Serna, recebe o troféu de prata do Torneio Apertura 2014 das mãos do presidente da FIFUBO, Batistuta, enquanto os jogadores comemoram a conquista.

O jogo mostrou como o Boca arrancou na reta final do campeonato. A equipe soube segurar o Independiente nos dois jogos finais e fazer a diferença no jogo derradeiro. Sobre isso, o artilheiro Martin Palermo falou: "Diziam que nós não chegaríamos, que nosso time era fraco. Mas em campo são 11 contra 11 e nós temos jogadores capazes de desequilibrar. Este título é para os nossos torcedores, que acreditaram no Boca até o final!".

A campanha que coroou o título do Boca foi a seguinte:

2x3 e 4x4 River Plate
3x2, 3x4, 1x1, 1x2 e 4x2 Independiente
3x4, 5x2, 3x1, 2x2 e 3x3 Estudiantes
3x1 e 5x2  San Lorenzo
3x1 e 2x3 Racing
3x6 e 6x5 Huracán
2x2 e 4x0 Velez

Muito criticado, o treinador Paralelo se despediu do Boca com o título de campeão. Ainda durante a temporada regular, ele confirmou o acerto com o Racing, enquanto Madeirite irá para o Boca já na Copa Olé. Paralelo comanda a equipe no All Star Game nesta quarta-feira. Sobre a conquista, ele falou o seguinte: "Tivemos dificuldades durante a competição, crescemos na reta final, ganhamos o título em cima da equipe mais badalada. Isso só prova que o campeonato só acaba quando o juiz apita o final do último jogo. Gostaria de agradecer aos jogadores, que foram solidários a mim e se fecharam em torno do bem maior, que é a conquista do título. Não tivemos o artilheiro nem o melhor jogador do campeonato, mas saímos daqui em primeiro lugar. Estão todos de parabéns!".

Destaque do jogo: Martin Palermo. Tal qual havia sido na final do Clausura 2013, o camisa 9 mostrou seu poder de decisão. Assim como na final do ano passado, marcou dois gols, chamou a marcação no tento que igualou a partida e foi presença constante no ataque, mostrando que é um jogador decisivo.

PREMIAÇÃO

Campeão - Boca Juniors (troféu de campeão e prêmio de R$ 1 milhão)
Vice-campeão - Independiente (prêmio de R$ 500 mil)
3° Lugar - Estudiantes
4° Lugar - River Plate
5° Lugar - Huracán
6° Lugar - San Lorenzo
7° Lugar - Racing
8° Lugar - Velez Sarsfield

Artilheiro do campeonato: Nestor Silvera (Independiente) - 22 gols (troféu Van Basten e prêmio de R$ 12 mil)
Vice-artilheiro: Daniel Cigogna (Huracán) - 20 gols (prêmio de R$ 7 mil)
3° artilheiro: David Trezeguet (River Plate) - 16 gols (prêmio de R$ 6 mil)

Nestor Silvera, do Independiente, recebe o troféu Van Basten de artilheiro do campeonato das mãos do diretor de imprensa da FIFUBO, Jorge Mário Trasmonte.

Sobre ter sido artilheiro do certame, Silvera falou o seguinte: "Lógico que fico feliz de ter feito tantos gols, que resultaram em vitórias para o meu time. Mas trocaria este prêmio pelo título de campeão".

MVP do campeonato: Juan Sebastian Verón (Estudiantes) (troféu Brasil e prêmio de R$ 25 mil)

Juan Sebastian Verón, do Estudiantes, recebe o troféu Brasil de MVP do campeonato das mãos do vice presidente da FIFUBO, Ruben Paz.
 
Sobre o prêmio de MVP, Verón falou o seguinte: "É a coroação do bom trabalho feito na pré-temporada. É uma pena não termos ido adiante no campeonato, mas fico muito feliz por ter sido eleito o melhor deste Apertura. Gostaria de dedicar este prêmio ao treinador Cristaldo, que mudou meu posicionamento no campo, e aos jogadores, que fizeram o trabalho deles para que eu pudesse ter liberdade".

Ataque mais positivo do campeonato: Independiente - 70 gols (prêmio de R$ 200 mil)
Defesa menos vazada do campeonato: Velez Sarsfield e San Lorenzo - 41 gols sofridos (prêmio de R$ 200 mil)
Primeiro colocado ao fim da temporada regular: Independiente - 33 pontos (troféu Guterres e prêmio de R$ 50 mil)

Sobre os dois prêmios que o Independiente recebeu como equipe, o treinador Bayer falou: "Fizemos um ótimo campeonato, lideramos com folga e terminamos 8 pontos à frente do segundo colocado. Jogamos partidas memoráveis e estes prêmios são a prova disso. Infelizmente, falei aos meus jogadores que uma única derrota poria todo o trabalho no lixo. E esta derrota veio justo no jogo em que não podíamos perder...".

NOTAS RÁPIDAS

  • A premiação de MVP trouxe dois jogadores empatados: Daniel Cigogna (Huracán) e Juan Sebastian Verón (Estudiantes) haviam sido os melhores em campo em quatro ocasiões, cada. Quando há essa situação, os treinadores dos oito times, mais o presidente e o vice da FIFUBO, além do diretor de imprensa elegem o melhor entre os empatados. Verón ganhou por 6 votos a 5, mostrando o quão apertada foi a decisão.
  • O título classifica o Boca para a Supercopa FIFUBO, juntamente com o Vasco (campeão da Copa 3 Corações).
  • Na quarta-feira, haverá o All Star Game, onde os jogadores do Boca receberão a faixa de campeões e enfrentarão a seleção do campeonato. Após o jogo, será feita uma análise de cada time após o campeonato.
  • Paralelo se despede do Boca com o título de campeão. Ele ainda comandará a equipe no All Star Game e, depois, se apresenta ao Racing visando a Copa Olé. Madeirite sai do Racing e vai para o Boca.
O capitão do Boca, Maurício Serna, conduz o troféu de campeão do Torneio Apertura 2014 e puxa a fila para a volta olímpica. Atrás, os jogadores Arruabarrena e Cagna carregam o treinador Paralelo. Os demais jogadores fazem a festa.

sábado, 7 de junho de 2014

Torneio Apertura 2014 - Segunda Rodada do Playoff Final - 07/06/2014

Finalzinho de sábado, dia já escuro e as duas equipes voltando ao Itaquá Dome para o segundo jogo da final do Apertura 2014. Tal qual o primeiro jogo, aqui não faltou emoção!

BOCA JUNIORS 1x2 INDEPENDIENTE

Paralelo gostou do empate no primeiro jogo. Além de garantir os dois jogos restantes, ainda mostrou que o  Boca pode segurar o poderoso Independiente, dominar o jogo e até buscar a vitória. Aqui, o treinador do Boca queria a vitória para ter a vantagem no último jogo, sem descartar o empate como ótimo resultado. Após acertar a marcação no primeiro jogo, a ordem aqui era botar o pé na forma. O time era o mesmo do primeiro jogo.

Bayer não pensava diferente. O empate no primeiro jogo não deu vantagem a ninguém, muito menos a obrigação de ganhar os dois jogos seguintes. Mas o Independiente vinha para a vitória e, para isso, a defesa precisava se acertar para não depender da trave que o salvou no primeiro jogo. A equipe era a mesma da partida anterior.

O jogo começou e ficou a impressão de que a retranca da primeira partida não se repetiria aqui. Com menos de um minuto, o Independiente já tinha criado uma oportunidade e o Boca já tinha contra atacado, ambas sem perigo, mas mostrando que os jogadores de ambos os lados estavam muito mais dispostos.

O primeiro gol saiu logo aos 2 minutos, quando Riquelme foi desarmado por Fredes. O camisa 8 tocou a Gracián no meio. O camisa 19 avançou marcado por três e recuou a bola para dar um passe genial a Facundo Parra, que se movimentou ao ponto futuro e recebeu dentro da área, pelo meio. Cara a cara com Abbondanzieri, o camisa 17 chutou alto e inaugurou o marcador: Independiente 1x0.

A impressão dada nos dois primeiros minutos, aos poucos, foi se desvanecendo. Gracián ainda tentou mais duas vezes, mas o Boca foi apertando a marcação. Do outro lado, o Boca também sucumbia à forte marcação do time de Avellaneda e o placar no primeiro tempo permaneceu inalterado.

No intervalo, Paralelo tirou Escudero e Palácio, colocando Battaglia e Viatri. A ordem era adiantar a marcação e sair com força para o ataque. Do lado do Independiente, Bayer tirou Vella e colocou Acevedo, aumentando a marcação para sair no contra ataque.

O Independiente voltou muito recuado e desorganizado. Tuzzio insistia em abandonar a defesa e se arriscar no ataque, como já havia feito durante a temporada regular. Numa dessas, logo a um minuto, perdeu a bola e o Boca contra atacou com Cagna. Montenegro foi obrigado a fazer a falta na entrada da área. Riquelme cobrou com extrema maestria, no contrapé de Navarro, e empatou o jogo: Boca 1x1.

O jogo ganhou em emoção, mas se repetiu o primeiro jogo. Muita marcação e poucas saídas de ataque. Mesmo assim, o Boca ainda acertou a trave duas vezes (com Palermo e Cagna) e Abbondanzieri fez ótimas defesas, principalmente com Facundo Parra. Silvera aceitava a marcação passivamente.

Mas o matador precisa de apenas uma bola para decidir. Aos 9 minutos, Ibarra foi ao ataque, tabelou com Riquelme e recebeu na frente, impedido. Hilário Navarro repôs rápido para Mareque, que deu lindo passe em profundidade para Silvera, no buraco deixado por Ibarra do lado direito do Boca. O camisa 11 correu e recebeu dentro da área, chutando de primeira na saída de Abbondanzieri e dando números finais ao confronto: Independiente 2x1.

Destaque do jogo: Leandro Gracián. O camisa 19 teve uma noite de gala. Deu um passe de gênio para o gol de Parra, quase fez outro de pura maestria e ainda liderou as principais jogadas de sua equipe. No segundo tempo, caiu um pouco de produção ao recuar para ajudar na marcação, mas ainda assim conseguiu levar perigo.

ARTILHARIA

1° Nestor Silvera (Independiente) - 22 gols
2° Daniel Cigogna (Huracán) - 20 gols
3° David Trezeguet (River Plate) - 16 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • Com a vitória, o Independiente entra com enorme vantagem para o terceiro e último jogo do campeonato, neste domingo. A equipe de Avellaneda sairá campeã se vencer ou empatar a partida. Se perder por um gol de diferença, a decisão será nos pênaltis. Já ao Boca só resta uma vitória por 2 ou mais gols de diferença para se sagrar campeã.
  • Após o jogo deste sábado, foi feita a contagem dos melhores em campo rodada a rodada. Dois jogadores estão empatados, após terem sido os melhores em quatro ocasiões. Mais dois jogadores, que atuarão na final, foram eleitos os melhores em três ocasiões. Assim, logo após o jogo final, uma eleição envolvendo os treinadores dos 8 times que disputaram o campeonato, o presidente e o vice da FIFUBO, o diretor de imprensa e o diretor de arbitragem decidirá quem foi o melhor jogador do campeonato. Se houver empate nesta eleição, o voto de Minerva será do presidente da FIFUBO, Batistuta.
  • Durante a semana ficou acertado que, provavelmente na quarta-feira, acontecerá o All Star Game, uma partida envolvendo o campeão do Apertura e a seleção do campeonato (formada por jogadores dos outros 7 times) para a entrega das faixas ao campeão. A seleção do campeonato terá dois times, cada um atuando um tempo.

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Torneio Apertura 2014 - Primeira Rodada do Playoff Final - 04/06/2014

Tarde de quarta-feira, céu limpo e temperatura baixa. Foi com essas condições que o Itaquá Dome viu o primeiro jogo da final do Torneio Apertura 2014. O público, que compareceu em bom número, estava na expectativa de um grande jogo. E, de certa forma, não se decepcionou.

INDEPENDIENTE 1x1 BOCA JUNIORS

Líder do campeonato, classificado para os playoffs com 3 rodadas de antecedência, classificado para a final com uma imponente vitória em cima do River (3x0), jogando o futebol mais bonito e organizado do certame e com apenas uma derrota no campeonato. Essas são as credenciais do Independiente para a decisão. Bayer, seu treinador, disse aos jogadores que isso não significava nada se a equipe perdesse duas partidas agora, pois o esforço teria sido imenso para o título ir para outro lado. Para isso, queria que Riquelme não tivesse liberdade, além de destacar Fredes para não deixar espaços para Palermo.

Classificado em terceiro lugar após um início ruim de campeonato, o Boca Juniors passou pelo Estudiantes com grande autoridade no primeiro jogo, empatando os dois seguintes. Sabendo que pegava uma equipe com um currículo muito mais impressionante, os comandados de Paralelo sabiam que, ao menos, a única derrota do adversário no campeonato havia sido para o Boca. A estratégia era evitar o toque de bola pelas pontas, marcando forte para evitar as chegadas de Parra e Silvera. As duas equipes se enfrentaram na temporada regular, com uma vitória para cada lado (3x2 para o Boca no turno e 4x3 para o Independiente no returno).

O jogo começou nervoso, com muita marcação e erros de passe. Gracián se limitava a ficar parado no meio de campo e mal tocava na bola. Já Riquelme até tentava se movimentar, mas errava todos os passes. Com isso, restava aos volantes e laterais tentarem levar os times ao ataque. O Boca saía pela esquerda, com Arruabarrena procurando Palermo, enquanto Schiavi fazia a cobertura, mas sem sucesso. O Independiente esperava o erro do Boca e partia ao contra ataque e foi assim que chegou ao seu gol.

Aos 5 minutos, Mattheu roubou bola, tocou a Gracián e recebeu na frente, avançando pela direita. Aproveitando-se do buraco deixado pela equipe do Boca, o camisa 4 invadiu a área, onde viu Abbondanzieri saindo desesperado. Mattheu deu um toque pro lado para driblá-lo e foi derrubado. Pênalti que Silvera cobrou no canto direito, com Abbondanzieri indo para o lado esquerdo: Independiente 1x0.

No intervalo, Bayer tirou Fredes (que parecia fora de forma) e Parra para colocar Acevedo e Gandin, visando jogar no contra ataque. Já Paralelo sacou Schiavi e Palácio e pôs Battaglia e Guillermo Barros Schelloto.

O segundo tempo começou da mesma forma que o primeiro foi jogado. Muita marcação de lado a lado, nervosismo, erros de passe. O Boca buscava o ataque e o Independiente contra atacava. O Boca jogou um pouco melhor e chegou a mandar quatro bolas na trave, com Palermo (3 vezes) e Cagna.

O Independiente já cantava vitória quando, aos 9 minutos, um vaiado Riquelme pegou a bola no meio. Ele trouxe para a meia esquerda e, com um passe de gênio, inverteu o jogo para a direita no meio de três marcadores. Schelloto percebeu que o goleiro esperava uma bola por cima e chegou batendo por baixo, mandando-a no contrapé de Navarro e empatando a partida: Boca 1x1.

Destaque do jogo: Maurício Serna. Em um jogo cujo mote foi a marcação, o camisa 5 foi o grande destaque, fechando a entrada da área, desarmando e reiniciando as jogadas.

ARTILHARIA

1° Nestor Silvera (Independiente) - 21 gols
2° Daniel Cigogna (Huracán) - 20 gols
3° David Trezeguet (River Plate) - 16 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • Com o empate, fica consagrado que a final terá 3 jogos. Assim sendo, Boca e Independiente voltam a se enfrentar no sábado e Independiente e Boca decidem no domingo. A equipe que marcar mais pontos ou tiver o melhor saldo de gols é a campeã. Se persistir o empate, o campeão será decidido nos pênaltis.
  • Após o jogo, as duas equipes reclamaram muito do árbitro, Dula Rápio. Do lado do Boca, a reclamação foi sobre uma bola que tocou na trave e, segundo alegam, o goleiro Navarro tirou de dentro do gol. Do lado do Independiente, vários escanteios escandalosos não marcados. Como o juiz tem que ficar de fora de duas partidas para voltar a concorrer no sorteio, ele não pode mais atuar, o que tornaria uma suspensão algo inútil. Mesmo assim, o TJB o advertiu.

domingo, 1 de junho de 2014

Torneio Apertura 2014 - Terceira Rodada dos Playoffs Semifinais - 01/06/2014

Tarde de domingo, dia nublado e muita emoção no Itaquá Dome. Os finalistas foram conhecidos. Vamos aos jogos!

INDEPENDIENTE 3x0 RIVER PLATE

Se classificando com vitória ou empate, o Independiente vinha tranquilo e apreensivo. Tranquilo pela situação, mas apreensivo pois no Torneio Clausura 2013 também tinha a vantagem e foi eliminado no último jogo pelo Boca. Bayer pedia marcação forte a seus jogadores, que não deixassem o adversário jogar. Do lado do River, a classificação viria com vitória por dois gols de diferença, mas uma vitória simples levava o jogo para os penais. Francescoli pediu a seus jogadores que mantivessem a pegada do segundo jogo, quando começaram arrasando. As duas equipes se enfrentaram 4 vezes,com 3x3 e Independiente 4x3 na temporada regular e Independiente 4x3 e 5x5 nos playoffs.

O Independiente amarrou o jogo, povoando o meio de campo e marcando forte. Com isso, o River teve dificuldades para jogar. Mesmo assim, a equipe ainda tocava a bola e levava perigo, tendo acertado a trave de Navarro duas vezes. O jogo ficou truncado, com o River buscando espaços e o Independiente saindo em contra ataques. E foi assim que encontrou as redes. Tuzzio rebateu bola que iria para Trezeguet e Montenegro pegou o rebote, tocando a Vella na direita. O camisa 2 tocou para Fredes que deu linda enfiada de bola para Facundo Parra. O camisa 17 recebeu já dentro da área e deu lindo toque de cobertura na saída de Carrizzo e fez Independiente 1x0.

Contente com a eficiência de sua equipe, Bayer não mexeu. Francescoli, por sua vez, sacou o inútil Berizzo e Buonanotte e colocou Coudet e Funes Mori. Com isso, Barrado ia para a lateral esquerda para tentar armar melhor as jogadas naquele setor.

O Independiente voltou disposto a tocar a bola e se aproveitar do desespero do River. Colocando o adversário na roda, a equipe chegou ao segundo gol logo a 1 minuto. Tuzzio desarmou Ortega e tocou a Mareque na esquerda. O lateral tocou a Busse e recebeu de volta, invertendo para Montenegro. O camisa 5 tocou a Fredes, que fez o dois-um com Gracián e recebeu próximo à entrada da área para chutar forte e vencer Carrizzo, fazendo Independiente 2x0.

O River se desesperou e passou a tentar qualquer coisa, mas a marcação do Independiente era assaz eficiente e, com isso, o River não criava nada. O Independiente, por sua vez, tocava a bola para delírio de sua torcida, que gritava "olé!". E foi assim que criaram mais um lindo lance que terminou em gol. Aos 7 minutos, Mattheu tocou a Montenegro, que deu a Gracián no meio. O camisa 19 tocou a Fredes na intermediária de ataque, que deu a Vella. O lateral driblou Almeyda e recuou o jogo, encontrando Silvera livre. O camisa 11 recebeu, ajeitou e chutou sem chances para Carrizzo, levando seu time à final: Independiente 3x0.

Destaque do jogo: Hilário Navarro. Em uma partida onde toda a equipe se destacou, tanto na marcação quanto no ataque, fica difícil escolher um só. Como é regra da FIFUBO, a honraria vai para Navarro, pois quando o River conseguia criar algo, as defesas espetaculares do goleiro garantiam a vitória do Independiente.

ESTUDIANTES 3x3 BOCA JUNIORS

Obrigado a vencer por 3 gols de diferença para se classificar ou 2 para levar para os pênaltis, o Estudiantes tinha uma situação muito complicada. Cristaldo queria pressão desde o início para conseguir o placar desejado. Já o Boca, podendo perder por um gol para se classificar, tinha a melhor situação dos quatro times nos playoffs. Paralelo pediu a seus jogadores que fizessem como o Independiente, marcando e não deixando o adversário jogar. Nos 4 jogos entre as duas equipes até então, uma vitória para cada lado na temporada regular (Estudiantes 4x3 e Boca 5x2), Boca 3x1 e 2x2 nos playoffs.

O Estudiantes cumpriu o que prometeu e sufocou o Boca, empurrando-o para a sua área desde o início. A estratégia suicida deu certo logo aos dois minutos, quando Enzo Perez recebeu e tocou em profundidade para Gastón Fernandez. Com uma quebra de asa, o camisa 10 deixou Arruabarrena sentado no chão e chutou com extrema categoria para fazer Estudiantes 1x0.

Se o gol assustou o Boca, nem deu para notar, porque o Estudiantes já partia para o ataque novamente. E, aos 5 minutos, saiu o segundo gol. Gastón Fernandez tocou a Angeleri, que foi ao fundo e cruzou. Enzo Perez chegou testando forte e venceu Abbondanzieri: Estudiantes 2x0.

A vantagem tinha ido para o espaço, mas o Boca tinha que lutar. E, aos 6 minutos, conseguiu descontar. Riquelme tocou para Basualdo, recebeu na frente e chutou na saída de Andujar, fazendo Boca 1x2.

Mas o Estudiantes não se abalou e continuou no gás. Aos 9 minutos, Marco Rojo chegou na bola antes de Palermo e tocou em profundidade. Verón recebeu já dentro da área e chutou na saída de Abbondanzieri, fazendo Estudiantes 3x1.

Com a desvantagem anulada, Cristaldo queria a classificação sem pênaltis. Tirou Boselli e colocou Hernán Rodrigo Lopez, levanto o time à frente. Já Paralelo, aos berros, tentava consertar a equipe. Tirou Schiavi (o buraco por onde saíram dois gols) e Palácio (o nulo) e colocou Battaglia e Guillermo Barros Schelloto.

O Estudiantes cansou no segundo tempo, fruto do declínio físico notado durante o returno. Mas, mesmo assim, ainda levou perigo e empurrou o Boca, que não acertava nada. Palermo e Arruabarrena eram vaiados a cada erro e, assim, só um milagre salvaria o Boca. E milagres acontecem na FIFUBO! Aos 5 minutos, Riquelme recuperou uma bola e tocou na direita para Cagna. Aos gritos de "arrisca! Arrisca!", Riquelme exortou Cagna a chutar. O camisa 8 estava longe da área, mas fechou o olho e mandou a bomba. Não pegou muito bem na bola, que saiu pererecando, mas pegou Andujar no contrapé, entrando mansa: Boca 2x3.

O gol desanimou o Estudiantes, que não tinha pernas, mas tentava ainda alguma coisa. Se abrindo, dava espaços aos contra ataques e foi assim que o Boca empatou. Em bola esticada para Gastón Fernandez, Abbondanzieri se jogou e tirou. Arruabarrena dominou e tocou para Battaglia, que viu uma avenida para seguir e assim fez, até invadir a área e chutar alto na saída de Andujar, levando o Boca à final: 3x3.

Destaque do jogo: Federico Fernandez. O zagueiro foi a melhor figura em campo. Marcou bem e ainda foi ao ataque, organizando jogadas e tentando conclusões. Quando a equipe caiu fisicamente no segundo tempo, suou sangue para tentar levar o time à final. Não conseguiu, mas saiu de campo aplaudido pela torcida.

ARTILHARIA

1° Daniel Cigogna (Huracán) e Nestor Silvera (Independiente) - 20 gols
2° David Trezeguet (River Plate) - 16 gols
3° José Basualdo (Boca Juniors) - 13 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • Com os resultados deste domingo, Independiente e Boca Juniors farão o playoff final do Apertura 2014, começando na quarta-feira à noite e terminando no sábado à tarde e no domingo (se necessário), com o Independiente jogando com o mando de campo na primeira e terceira partidas.
  • A fórmula segue à dos playoffs semifinais, com o campeão sendo o que marcar mais pontos ou tiver melhor saldo ao final dos três jogos. Em caso de empate, teremos o título decidido nos pênaltis.