domingo, 19 de dezembro de 2010

Torneio Clausura 2010 - FINAL (19/12/2010)

E chega o grande dia, a final do Torneio Clausura 2010!

De um lado, o poderoso São Paulo. Líder invicto da competição. 13 jogos, 29 pontos, 8 vitórias, 5 empates, 46 gols pró, 29 gols contra, 71% de aproveitamento. Passou pelo Bangu nas semifinais (1x1 e 1x0). Finalista em sua primeira competição.



Do outro lado, o Imperatriz F.B., terceiro colocado na classificação. 13 jogos, 24 pontos, 7 vitórias, 4 empates, 3 derrotas, 52 gols pró, 34 gols contra, 60% de aproveitamento. Campeão do Apertura 2010 e de seu torneio início.



SÃO PAULO 3X4 IMPERATRIZ



Após o cara e coroa entre os capitães Rogério Ceni (São Paulo) e Etcheverry (Imperatriz), o Imperatriz ganhou o direito de sair jogando.

O São Paulo jogou com: 1. Rogério Ceni (c); 2. Cafu, 3. Antonio Carlos, 4. Ronaldão, 6. Serginho (12. Pintado); 5. Hernanes, 8. Toninho Cerezo, 9. Palhinha, 10. Raí; 7. Müller, 11. Catê (15. Elivelton). Técnico: Paralelo.

O Imperatriz jogou com: 1. Charlie Brown; 14. Anderson Lima, 2. Leão, 4. Stam, 21. Numan; 6. Cristovão (20. Romagnoli), 7. Etcheverry (c), 10. Zenden; 13. Guillermo Barros Schelloto, 9. Palermo, 11. Denilson (18. Dinei). Técnico: Dircys.

Pedro Carlos Bregalda era o árbitro, auxiliado pelo Promotor Corregedor. Tudo pronto, times alinhados, rolou a bola!



O Imperatriz saiu jogando. Palermo tabelou para Zenden, que devolveu a Palermo na entrada da área. O camisa 9 chutou, mas foi por cima do gol. Tiro de meta cobrado, Cafu tocou para Müller, que se livrou da marcação de Numan pela direita e chutou cruzado, logo com um minuto de jogo para fazer São Paulo 1x0.

O Imperatriz não desanimou e deu nova saída, idêntica à primeira. Mas nesta, Palermo recebeu de Zenden pelo meio (a outra tinha sido mais pela direita). O camisa 9 chutou com potência, para vencer Rogério Ceni e empatar a peleja aos 2 minutos: Imperatriz 1x1.

O Imperatriz começou a fazer uma blitz generalizada. Aos 4 minutos, Zenden chutou prensado com Cafu, a bola tocou na trave e saiu para lateral. Anderson Lima tocou para Etcheverry, que chutou rasteiro e Rogério Ceni espalmou para lateral. Numan tocou para Zenden, que deixou a bola escapar. A bola sobrou para Palermo, que ajeitou e mandou mais uma bomba de pé esquerdo, no canto oposto de Rogério Ceni: Imperatriz 2x1.

Na saída de bola, o São Paulo perdeu e ela sobrou para Zenden, que chutou torto. O São Paulo se aproveitou de falha de marcação de Schelloto em Serginho. O lateral esquerdo tocou para Catê, que também se aproveitou de cochilo de Cristovão para entrar na área e, na saída de Charlie Brown, tocar para Müller empurrar para o gol vazio, aos 5 minutos: São Paulo 2x2.

Aos 6 minutos, na saída de bola, Palermo fez a redenção de Schelloto ao tocar para o camisa 13. O argentino preferiu devolver a Palermo que, da intermediária pela direita soltou nova bomba e acertou o ângulo de Rogério Ceni para fazer seu hat-trick: Imperatriz 3x2.

Aos 9 minutos, Müller recebia livre pela direita quando Cristovão entrou de carrinho e mandou a bola para lateral. Cafu cobrou rápido para Müller, que devolveu a Cafu. O camisa 2, rápido como um raio, tocou para Raí, que entrava pelo meio, no buraco deixado por Cristovão na cabeça de área. O camisa 10, então, chutou sua bola característica de bico, para empatar novamente: São Paulo 3x3.

Esse jogão de 6 gols foi só o primeiro tempo. No segundo tempo, com alterações de ordem tática (o São Paulo trocou toda a ala esquerda e o Imperatriz recuou Etcheverry para a cabeça de área), o jogo ficou mais amarrado. O sol forte impedia os jogadores de continuarem naquela correria e a marcação forte transformou a partida em um jogo de xadrez. Quem errasse menos levava o título.

Após uma sucessão de bolas na trave de ambos os lados (Elivelton, Raí, Palhinha, Müller, Zenden, Palermo, Schelloto, Romagnoli), eis que uma grande jogada foi construída. Zenden inverteu o jogo para Palermo, que recuava para o meio. O camisa 9 descobriu Schelloto pela ponta. O camisa 13, em um toque de primeira, descobriu Romagnoli como elemento surpresa. O camisa 20 entrou na área e tocou na saída de Rogério Ceni para fazer Imperatriz 4x3. Na comemoração, bate no peito, aponta pro chão e faz a taunt homenageando Paloma mais uma vez, a quinta desde que chegou ao Imperatriz.

A partir daí, o Imperatriz passou a furar a bola, enquanto o São Paulo se lançava desesperadamente ao ataque. Nos acréscimos, Rogério Ceni saiu de carrinho em Palermo, que receberia livre dentro da área. A bola saiu pela linha lateral e o juiz Pedro Carlos Bregalda a pegou, erguendo o braço e dando por encerrado o Torneio Clausura 2010.

IMPERATRIZ CAMPEÃO DO TORNEIO CLAUSURA 2010

Destaque do jogo: Martin Palermo. Desde que chegou ao Imperatriz, nunca escondeu que seu sonho era voltar a jogar pelo Boca Juniors. Passou por uma fase difícil na equipe verde e branca e chegou a ser vaiado pelos torcedores, que pediam a contratação de um centroavante que quisesse jogar. Mas, nesta fase final, fez 7 gols em 3 jogos e foi o grande destaque da final. Marcou 3 gols, atraiu a marcação no quarto gol, ajudou na defesa, voltou ao meio de campo para armar, trocou de posição com Zenden e foi sempre um perigo. Ao final do jogo, disse aos repórteres que nunca esconedeu que era torcedor do Boca e estava ansioso por jogar na equipe xeneize, mas que jamais sairia do Imperatriz sem dar um título à torcida.

Fotos da final:


Jogadores do São Paulo recebendo a medalha de prata pelo vice-campeonato.

Decepção sempre fica. Liderar o torneio inteiro, de forma invicta, e perder justamente o jogo em que não podíamos, fica um gosto amargo. Mas esta foi a nossa primeira competição e nós já mostramos que vamos brigar pela parte de cima. Estou orgulhoso de meus jogadores e de meu trabalho. O São Paulo vem mais forte em 2011!
- Paralelo, treinador do São Paulo, falando a repórteres após o jogo.




Jogadores do Imperatriz recebem a medalha de ouro pelo título do Clausura 2010

Nós sabiamos que seria um jogo duríssimo, afinal eles eram os líderes do campeonato e ainda não tinham perdido. Mas nós também tinhamos a convicção de que poderíamos ganhar, afinal, já haviamos vencido o Apertura e o Vasco caiu para nós incontestavelmente, nas semifinais. Eu só disse aos meus jogadores que eles teriam 20 minutos para ganhar o campeonato e que não queria afobação. Graças a Deus eles entenderam as minhas ordens e, agora, é só comemorar.
- Dircys, treinador do Imperatriz, contando a tática vencedora para os repórteres enquanto era carregado pelos jogadores.


Jogadores comemoram enquanto o capitão Marco Etcheverry ergue o troféu de campeão do Clausura 2010.

Eu sempre comemoro meus gols desta forma, homenageando a Paloma. Agora não seria diferente. Eu faço parte do grupo e não cabe a mim decidir se serei titular ou não. Isso cabe ao treinador e o que ele optar está de bom tamanho para mim. Não é fácil querer ser titular tendo o capitão do time e o melhor jogador da Liga como titulares. Mas a sensação de fazer o gol do título logo na minha primeira temporada é indescritível!
- Romagnoli, autor do gol do título, explicando a comemoração, a emoção e se pensa em pedir para ser titular.


Jogadores do Imperatriz dão a volta olímpica com o troféu de campeão, erguendo o treinador Dircys e Palermo, o melhor jogador da final.

2 comentários:

  1. Salve, 'Juaum'!

    Maneiro ver mais um dos "Loucos Por Futebol (De Botão) blogando. Estarei colocando um link pro seu blog lá no "Ligas Camaradas" do site.

    Abração, boas festas e feliz palhetadas em 2011!

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  2. Opa! Manda o seu link para eu colocar aqui também. Obrigado por ter lido o "diário da final".

    Um feliz natal para você e tudo de bom!

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