sábado, 12 de abril de 2025

Giro D'Italia 2025 - 12/04/2025

Parece pegadinha de primeiro de abril, mas é a mais pura verdade. A primeira das 3 Grandes Voltas do Ciclismo Mundial começou no dia 01/04/2025, trazendo uma intensa disputa pelo cobiçado troféu Senza Fine. Vamos ver, etapa a etapa, como foi o Giro D'Italia 2025!

Amor infinito, com o Giro D'Italia 2025.

1ª Etapa

O Giro D’Italia 2025 começou no dia 01/04, em um dia parcialmente nublado, mas de calor. E foi o maior contra relógio da história da LMC até então, com nada menos do que 7 ciclistas fazendo no tempo mínimo (algo inédito) e com a vitória do espanhol Oscar Pereiro Sio (Caisse D’Epargne) quase fazendo a prova perfeita. Esse contra relógio foi tão especial que já tivemos uma dobradinha logo na primeira etapa e, para delírio dos torcedores locais, foi italiana. Filippo Ganna (Acqua & Sapone) foi o segundo e Danilo Di Luca (Liquigás), o terceiro.

A vitória na corrida de abertura fez Oscar Pereiro Sio ser o primeiro a vestir a maglia rosa.

O pódio da primeira etapa do Giro D'Italia 2025. No alto, com o scudetto de vencedor, o espanhol Oscar Pereiro Sio. Abaixo dele, o segundo colocado, Filippo Ganna (Acqua & Sapone). Abaixo do troféu e completando a dobradinha italiana no pódio, Danilo Di Luca (Liquigás), terceiro colocado.

2ª Etapa

No dia 02, os ciclistas largavam para a primeira corrida de linha do Giro 2025. Totalmente plana, paraíso para os sprinters, e já com a primeira meta volante desta edição, na metade da prova.

O dia de sol e muito calor massacrou os ciclistas. Mesmo assim, eles entregaram uma corrida muito boa. Desde o início, o alemão André Greipel (Lotto Belisol) saiu em fuga, aumentou a distância para o pelotão e não foi incomodado, vencendo com sobras no mesmo lugar onde fora segundo em 2023.

Na disputa pelo restante do pódio, o pelotão se organizou para o sprint e quem se deu melhor foi Tom Boonen, segundo em 2019 e 2021 e terceiro no ano passado. O belga da Quickstep superou os demais e chegou em segundo lugar, com o espanhol Alberto Contador (Astana) coroando a sua boa corrida com o terceiro lugar.

Houve um grande entroncamento na metade da prova e alguns ciclistas foram ao chão. Deles, Francisco Chamorro sentiu muitas dores e, com isso, se tornou o primeiro a abandonar o Giro D’Italia 2025.

A vitória na etapa e os pontos em metas volante deram a André Greipel a maglia rosa.

O pódio da segunda etapa. No alto, com o troféu de vencedor, o alemão André Greipel (Lotto Belisol). Abaixo dele, o belga Tom Boonen (Quickstep), segundo colocado. Abaixo do troféu, o espanhol Alberto Contador (Astana), terceiro colocado.

3ª Etapa

No dia 03, a terceira etapa ainda era totalmente plana e com duas metas volante, mais um paraíso para os sprinters. E foi disputada em um dia de muita chuva, para dar um refresco geral.

Se a corrida passada foi da fuga, essa aqui foi do pelotão, e em altíssimo nível. Os ciclistas andaram juntos o tempo todo, com o belga Remco Evenepoel (Quickstep) arriscando uma fuga após a metade da prova, mas o pelotão mantendo-o próximo e controlado, para uma grande chegada em sprint. Na reta final, o próprio Remco Evenepoel conseguiu se posicionar bem e arrancou para vencer, com o luxemburguês Frank Schleck (Saxo Bank) chegando em segundo e, na terceira posição, o norte americano Lance Armstrong (USPS), segundo em 2019 e terceiro em 2020.

A vitória na corrida e nas metas volante deram a Remco Evenepoel a maglia rosa, em uma excelente corrida que, apesar de várias quedas e problemas mecânicos, não teve abandonos.

O pódio da terceira etapa. No alto, com o troféu de vencedor, o belga Remco Evenepoel (Quickstep). Abaixo dele, o luxemburguês Frank Schleck (Saxo Bank), segundo colocado. Abaixo do troféu, o norte americano Lance Armstrong (USPS), terceiro colocado.

4ª Etapa

No dia 04, os pontos começavam a surgir em profusão, assim  como a primeira subida do Giro, com uma leve inclinação de 5% na metade da prova, que foi disputada em mais um dia chuvoso.

O pelotão andou junto nessa prova, sem qualquer tentativa de fuga. Mas, quando chegou a montanha, o belga Tom Boonen (Quickstep) arriscou uma arrancada e, embora o pelotão o acompanhasse a uma distância segura, jamais conseguiram pegá-lo e, assim, Boonen conquistou a vitória. Em segundo chegou o holandês Tom Dumoulin (Sunweb), terceiro aqui em 2020. Mas a grande celebração foi com o terceiro colocado, o italiano Filippo Pozzato (Acqua & Sapone).

Com a vitória e os pontos nas metas volante, Tom Boonen veste a maglia rosa, em uma boa prova que terminou sem abandonos.

O pódio da quarta etapa. No alto, com o troféu de vencedor, o belga Tom Boonen (Quickstep). Abaixo dele, o holandês Tom Dumoulin (Sunweb), segundo colocado. Abaixo do troféu, o italiano Filippo Pozzato (Acqua & Sapone), terceiro colocado.

5ª Etapa

No dia 05, as coisas começavam a inclinar, com duas colinas no meio de uma prova majoritariamente plana, sendo a primeira subida com 5% de inclinação e a segunda em 6%. Entre elas, farta distribuição de pontos.

Uma grande chuva caiu durante todo o percurso, ocasionando muitas quedas. Philippe Gilbert arriscou uma fuga e o pelotão o acompanhou a uma distância segura, mas é difícil fazer um bom revezamento com chuva forte. Assim, os demais jamais conseguiram alcançar o belga da Lotto Belisol, segundo aqui em 2023, que acabou conquistando a vitória. Mas esta não foi fácil, porque, ao perceber que o pelotão não ia buscar o escapado, o espanhol Alberto Contador (Astana) também resolveu sair em fuga e acabou dando trabalho para Gilbert no sprint final, mas só conseguiu um segundo lugar. Em terceiro chegou o inglês Bradley Wiggins (Sky), segundo no ano passado.

Com as várias quedas durante toda a prova, tivemos dois abandonos. Chris Froome e Mathieu Van Der Poel deixaram o Giro D’Italia.

Após a quinta etapa, Tom Boonen mantém a maglia rosa.

O pódio da quinta etapa. No alto, com o troféu de vencedor, o belga Philippe Gilbert (Lotto Belisol). Abaixo dele, o espanhol Alberto Contador (Astana), segundo colocado. Abaixo do troféu, o inglês Bradley Wiggins (Sky), terceiro colocado.

6ª Etapa

No dia 06, chegava a última prova antes de começarem as etapas de montanha, um prenúncio do que os ciclistas veriam a seguir. Com duas metas volante logo no início, uma delas era em uma subida, com 5% de inclinação. No final, uma subida com 6% de inclinação após a última meta volante e antes da chegada em sprint trazia uma dificuldade extra.

A chuva forte que caiu durante toda a prova diminuiu bastante o ritmo da corrida e causou muitas quedas. O vento ajudou a quebrar o pelotão em vários grupos e isso só favoreceu a fuga que se armou desde o início com 4 ciclistas, alguns outros se juntavam de quando em quando e outros perdiam contato quando não tinham pernas para acompanhar. Mesmo assim, um núcleo foi formado e ficou claro que a vitória ficaria entre eles.

No final, quem sorriu foi o alemão André Greipel (Lotto Belisol), segundo no ano passado e vencedor desta etapa. Em segundo chegou o luxemburguês Andy Schleck (Saxo Bank), vencedor em 2022. Em terceiro, o colombiano Fernando Gaviria (Quickstep).

Apesar da chuva e de várias quedas, todos os ciclistas completaram a corrida que, após a sua conclusão, viu André Greipel voltar a vestir a maglia rosa.

O pódio da sexta etapa. No alto, com o troféu de vencedor, o alemão André Greipel (Lotto Belisol). Abaixo dele, o luxemburguês Andy Schleck (Saxo Bank), segundo colocado. Abaixo do troféu, o colombiano Fernando Gaviria (Quickstep), terceiro colocado.

7ª Etapa

No dia 07, começaram as montanhas, cada etapa com uma passagem especial, para iniciar a segunda metade do Giro. Na primeira etapa de montanha, os ciclistas começavam no plano, pegando logo a seguir uma subida com 5% de inclinação e, logo após, outra passagem plana. A partir dali, as coisas complicavam, com subidas em 6%, 7% e chegada no Passo di Gavia, com 9%.

O sol resolveu sair, após duas etapas de chuva, mas o tempo continuou frio. E a prova foi de um nível técnico muito bom, com os ciclistas se esforçando bem para superar as montanhas. No final, um grupo numeroso, com 10 ciclistas, disputava a vitória e quem se superou foi o inglês Mark Cavendish (T-Mobile), vencedor em 2022, que conseguiu um “sprint para cima” para superar os rivais e conquistar a sua primeira vitória no ano.

Mas o delírio mesmo veio com a excelente arrancada do italiano Filippo Ganna (Acqua & Sapone), que lhe rendeu o segundo lugar e muita comemoração do público local. Em terceiro chegou o belga Tom Boonen (Quickstep), em mais uma prova sem abandonos.

Os dois primeiros lugares no pódio e a disputa intensa de ambos nas metas volante deram a Mark Cavendish e a Filippo Ganna e maglia ciclamino. Já a maglia rosa continua com André Greipel, apesar de chegar somente em décimo quarto lugar.

O pódio da sétima etapa. No alto, com o troféu de vencedor, o inglês Mark Cavendish (T-Mobile). Abaixo dele, o italiano Filippo Ganna (Acqua & Sapone), segundo colocado. Abaixo do troféu, o belga Tom Boonen (Quickstep), terceiro colocado.

8ª Etapa

No dia 08, mais uma etapa de montanha, um pouco mais complicada. Os ciclistas já começaram com uma subida de 6% e só tiveram um trecho plano, no meio da prova. Dali, as coisas pioravam até a chegada, em 9%, no Passo del Mortirolo.

O lindo dia de céu azul e temperatura agradável deu à prova uma imagem sensacional e os ciclistas fizeram a sua parte, entregando uma prova de altíssimo nível. O pelotão andou junto, em um bom ritmo, até a chegada do Mortirolo, quando alguns ataques ocorreram e um pequeno grupo de 3 ciclistas se separou para disputar a vitória, em uma chegada emocionante, que terminou com a vitória do francês Sylvain Chavanel (Quickstep), com o belga Philippe Gilbert (Lotto Belisol) em segundo e o colombiano Fernando Gaviria (Quickstep) em terceiro.

Na disputa pelas posições seguintes, Marcel Kittel foi tocado por André Greipel e acabou se desequilibrando, caindo do quarto para o nono lugar, enquanto Greipel cruzou em quarto. O TCB analisou as imagens e decidiu punir Greipel com a perda de 5 pontos de esforço, a serem cumpridos na nona etapa. Com isso, todos os ciclistas completaram a prova.

Após mais uma ótima etapa, André Greipel mantém a maglia rosa, enquanto há novo empate na ciclamino, com Sylvain Chavanel e Philippe Gilbert.

O pódio da oitava etapa. No alto, com o troféu de vencedor, o francês Sylvain Chavanel (Quickstep). Abaixo dele, o belga Philippe Gilbert (Lotto Belisol), segundo colocado. Abaixo do troféu, o colombiano Fernando Gaviria (Quickstep), terceiro colocado.

9ª Etapa

No dia 09, a nona etapa chegou com uma dificuldade bem maior para os ciclistas, que começaram com uma subida de 6%, passaram para 8% e, depois, tiveram um momento de refresco com o único trecho plano, no meio da prova. Depois disso, as subidas eram bem pesadas, começando em 9%, passando a 10% e terminando em duríssimos 12%, no Courmayeur.

O dia de céu entre nuvens e temperatura agradável ajudou a aliviar um pouco a carga desta etapa duríssima, que foi de uma típica etapa de montanha, com pequenos grupos se formando e tentativas de ataques dentro deles. No final, um grupo de 7 ciclistas disputava a vitória de forma emocionante e quem sorriu ao final foi o espanhol Oscar Freire (Rabobank), que venceu esta etapa pelo segundo ano consecutivo. Em segundo chegou o luxemburguês Frank Schleck (Saxo Bank), repetindo o lugar que conquistara em 2021. Em terceiro, o belga Tom Boonen (Quickstep), segundo em 2019 e terceiro em 2021.

Em mais uma corrida de altíssimo nível, todos os ciclistas completaram. Mesmo sofrendo bastante e chegando apenas em trigésimo quarto, André Greipel manteve a maglia rosa, enquanto Mark Cavendish volta a vestir a ciclamino, empatado com Sylvain Chavanel e Philippe Gilbert.

O pódio da nona etapa. No alto, com o troféu de vencedor, o espanhol Oscar Freire (Rabobank). Abaixo dele, o luxemburguês Frank Schleck (Saxo Bank), segundo colocado. Abaixo do troféu, o belga Tom Boonen (Quickstep), terceiro colocado.

10ª Etapa

No dia 10, tivemos a Etapa Rainha deste Giro, já começando em 7%. Depois, passava para 8%, tinha um trecho plano e, dali, aumentava para 10%, 11% e terminava em 12%, no Pinerolo.

Foi uma corrida bem disputada, típica de montanha, com os ciclistas se dividindo em grupos só que, ao invés de tentarem ataques e contra ataques, se ajudaram dentro de seus grupos para superar os demais e, assim, deixarem a disputa da vitória para a chegada ao Pinerolo.

E quando esta chegou, 11 ciclistas fizeram uma chegada emocionante, mais ainda por conta da primeira vitória de um italiano nesta edição do Giro, com Fabio Aru (Liquigás) segurando o ataque de Peter Sagan. Aru venceu e deixou o eslovaco da Bora na segunda posição. Em terceiro chegou o brasileiro Murilo Fischer (Française De Jeux).

A Liquigás conseguiu, na mesma etapa, dar aos torcedores locais a primeira vitória e a maior decepção, com o abandono de Danilo Di Luca. Mesmo sofrendo muito, mais uma vez, e chegando apenas em trigésimo terceiro lugar, André Greipel manteve a maglia rosa. Já o brilho em mais uma etapa de montanha e a chegada em sexto lugar fizeram com que Mark Cavendish vista a maglia ciclamino e sentencie de vez a disputa, bastando completar as duas etapas que restam para ser coroado campeão de montanha do Giro D’Italia pela segunda vez.

O pódio da décima etapa. No alto, com o troféu de vencedor, o italiano Fabio Aru (Liquigás). Abaixo dele, o eslovaco Peter Sagan (Bora), segundo colocado. Abaixo do troféu, o brasileiro Murilo Fischer (Française De Jeux), terceiro colocado.

11ª Etapa

No dia 11, o Giro voltava ao plano. Superadas as montanhas, a penúltima etapa teria somente uma inclinação leve, de 5%, na metade da prova. Esta montanha separava as duas últimas metas volantes do Giro D’Italia 2024. Após isso, uma chegada em sprint.

Disputada em um dia de céu azul e temperatura agradável, a corrida foi de um nível técnico excelente. O pelotão andou junto até a primeira meta volante, quando Mark Cavendish sprintou para ficar com os pontos. O inglês da T-Mobile continuou acelerando e saiu em fuga, mas o pelotão foi controlando a uma distância segura e, mesmo com a chegada sendo em sprint, conseguiu cansar Cavendish o suficiente para tirá-lo do lugar mais alto no pódio na reta final. O inglês acabaria em sexto, mas a Inglaterra sorriria do mesmo jeito, porque Bradley Wiggins (Sky) se posicionou bem e, a despeito do barulho feito pelos torcedores locais, conseguiu segurar o ímpeto do italiano Filippo Ganna (Acqua & Sapone) e venceu onde fora terceiro em 2022. A Ganna restou o segundo lugar. Em terceiro chegou justamente o vencedor de 2022, o suíço Fabian Cancellara (Saxo Bank), que fez um excelente sprint para completar o pódio.

Em mais uma prova sem abandonos, André Greipel chega em décimo quinto lugar e mantém a maglia rosa, enquanto Mark Cavendish mantém a maglia ciclamino.

O pódio da décima primeira etapa. No alto, com o troféu de vencedor, o inglês Bradley Wiggins (Sky). Abaixo dele, o italiano Filippo Ganna (Acqua & Sapone), segundo colocado. Abaixo do troféu, o suíço Fabian Cancellara (Saxo Bank), terceiro colocado.

12ª Etapa

Sábado, 12 de abril de 2025, foi o dia que 36 ciclistas chegavam a Roma para a última etapa do Giro D’Italia 2025, com uma etapa totalmente plana e com 3 atletas na disputa pelo título. Philippe Gilbert seria campeão se vencesse, Tom Boonen não fosse segundo e André Greipel não chegasse entre os seis primeiros; Boonen ficaria com o título se chegasse em terceiro, Gilbert não vencesse e Greipel não chegasse entre os seis primeiros, ou se chegasse em segundo e Greipel não fosse ao pódio, ou se vencesse e Greipel não fosse segundo colocado. Já André Greipel só precisava marcar estes resultados para colocar o seu nome na História.

Os ciclistas rasgam as ruas de Roma, na última etapa do Giro D'Italia 2025.

O dia de céu azul e temperatura agradável forneceu a tela perfeita para uma obra de arte que os ciclistas pintaram para esta última etapa. No início, o pelotão andou junto, tirou fotos, confraternizou, aí começaram os ataques. Uma fuga foi formada e o pelotão manteve a uma distância segura para pegá-los antes do sprint final.

Realmente, o pelotão chegou perto da fuga e preparou o sprint. O problema é que o último dos escapados era justamente um sprinter e, pra piorar a situação, ele vinha de críticas após ter deixado escapar a vitória na etapa anterior, quando também liderava com folga. Desta vez, sem dar chances aos rivais, o inglês Mark Cavendish (T-Mobile) acelerou para vencer a etapa onde fora terceiro em 2021. Em segundo chegou o norte-americano Lance Armstrong (USPS). O belga Philippe Gilbert (Lotto Belisol) fez um esforço gigantesco para conseguir o resultado que lhe traria o título, mas acabou chegando apenas em terceiro, em uma prova que teve o abandono de Greg Van Avermaet.

O pódio da décima segunda etapa. No alto, com o troféu de vencedor, o inglês Mark Cavendish (T-Mobile). Abaixo dele, o norte-americano Lance Armstrong (USPS), segundo colocado. Abaixo do troféu, o belga Philippe Gilbert (Lotto Belisol), terceiro colocado.

Mas quem comemorou mesmo foi o alemão André Greipel (Lotto Belisol), que fez uma corrida segura, terminou na sexta posição e comemorou o título do Giro D’Italia 2025. Ajudou, também, o fato de que Tom Boonen fez uma péssima corrida, andou sempre nas últimas posições e terminou em trigésimo primeiro lugar.

ANDRÉ GREIPEL CAMPEÃO DO GIRO D'ITALIA 2025

Este foi o seu primeiro título no ano, o primeiro de uma Grande Volta e o terceiro na LMC. Curiosamente, um de seus dois títulos anteriores havia sido o de montanha no Giro D’Italia de 2019 (o outro foi a Lombardia, em 2022). Mesmo correndo tão mal, Boonen terminou com o vice-campeonato, formando uma dobradinha belga no pódio final com Philippe Gilbert, que terminou em terceiro.

Mark Cavendish também brilhou neste Giro, conseguindo suas duas primeiras vitórias na temporada, brilhando justamente onde não é melhor e terminando com o seu segundo título de montanha do Giro D’Italia (já havia conquistado em 2022), seu primeiro título no ano e o nono na LMC.

O inglês Mark Cavendish (T-Mobile), no pódio com os troféus de campeão de montanha e vencedor da última etapa.

André Greipel fez uma competição muito sólida, vencendo a segunda e a sexta etapa e conseguindo uma gordura para queimar quando as montanhas chegaram. A vitória na segunda etapa lhe deu a maglia rosa, que ele perdeu na etapa seguinte e só recuperou na sexta, quando não largou mais. A vantagem era tão grande que, mesmo quando não ia bem em uma corrida, ainda conseguia se manter como líder. Pode até mostrar uma vitória avassaladora, mas não foi bem assim, já que Tom Boonen também fez um excelente Giro. Mesmo assim, Greipel soube dosar as energias e sai com um título incrível.

“Eu sei que as Grandes Voltas primam pela consistência e, por isso, são muito mais para os ciclistas por etapas. Mas nós temos chegadas em sprint até a metade e é nesse momento que buscamos as vitórias e os pontos. Quando eu vi o tanto que tinha, dava para se segurar nas montanhas e voltar para conquistar o título em Roma. Falando, parece fácil, mas eu mesmo não estou acreditando…” - André Greipel, após levantar o Trofeo Senza Fine.
O pódio do Giro D'Italia 2025. No alto, com o Trofeo Senza Fine de campeão, o alemão André Greipel (Lotto Belisol), Abaixo dele, com o troféu de vice-campeão, Tom Boonen (Quickstep). Abaixo do Senza Fine, com o troféu de terceiro colocado e completando a dobradinha belga no pódio, Philippe Gilbert (Lotto Belisol).


NOTAS RÁPIDAS
  • De um modo geral, o nível do Giro foi altíssimo, mostrando que este é o ponto alto da temporada;
  • Também mostrou que o Giro é a Grande Volta dos sprinters. Em 7 edições, foram 4 títulos de ciclistas com aquele estilo, mais 2 que também o possuem (embora não sejam sprinters, propriamente dito) e só 1 vez ficou nas mãos de um ciclista por etapas. Este foi o terceiro título seguido de um sprinter no Giro (Oscar Freire ganhou no ano passado e Rafael Andriato, no anterior);
  • No total, 10 ciclistas diferentes venceram etapas neste Giro, sendo que Mark Cavendish e André Greipel foram os que mais venceram, duas vezes cada;
  • 22 ciclistas diferentes subiram no pódio nesta competição, sendo que Tom Boonen foi o que mais figurou entre os três primeiros, 4 vezes;
  • Entre as equipes, 7 conseguiram vencer etapas, sendo a Lotto Belisol e a Quickstep as maiores vencedoras, 3 vezes cada. 14 foram ao pódio, sendo a Quickstep a que mais figurou entre as três primeiras, 8 vezes;
  • Entre as nações, 6 conseguiram vencer, sendo todas da Europa. As que mais venceram foram a Bélgica e a Inglaterra, 3 vezes cada. No total, 13 nações diferentes foram ao pódio, sendo a Bélgica a que mais figurou entre as três primeiras, 8 vezes;
  • Tivemos apenas uma dobradinha nacional, logo na primeira etapa e, para delírio dos torcedores locais, foi da Itália, com Filippo Ganna em segundo e Danilo Di Luca em terceiro. Fora isso, tivemos uma dobradinha nacional no pódio final, com Tom Boonen em segundo e Philippe Gilbert em terceiro formando a dobradinha belga;
  • Os ciclistas italianos, por sinal, foram muito bem. Além da dobradinha na primeira etapa, terminaram o Giro com uma vitória, 3 segundos lugares e 2 terceiros, fora as inúmeras vezes em que figuraram no G6. O grande destaque italiano foi Filippo Ganna, 3 vezes segundo colocado em etapas e quinto na classificação final;
  • Tivemos 5 abandonos neste Giro, um número razoável, mas bem inferior ao Giro do ano passado (2);
  • O TCB foi acionado duas vezes e, em ambas, agiu com discrição. Na única vez que puniu um ciclista, foi na oitava etapa, quando tirou 5 pontos de esforço de André Greipel. Mas o ciclista alemão recorreu e foi absolvido;
  • Foram poucas as decepções, o que mostra como foi altíssimo o nível da competição. O abandono de Chris Froome (um dos favoritos ao título), mais uma competição pífia de Primoz Roglic (que só somou um ponto), mas a maior talvez tenha sido o abandono de Danilo Di Luca, na décima etapa. Foi justamente na etapa que a Liquigás conseguiu dar a única vitória italiana no Giro. Di Luca começou bem, mas sentiu dores musculares quando estava na fuga e acabou abandonando;
  • Além do campeão André Greipel, foram destaques neste Giro os ciclistas belgas (que fizeram dobradinha no pódio e venceram 3 etapas seguidas), a Lotto Belisol (que não tinha muitas expectativas e acabou com o título e o terceiro lugar), Mark Cavendish (campeão de montanha e vencedor na última etapa) e Filippo Ganna (o italiano deu show para os torcedores locais);
  • Após o Giro D’Italia, Frank Schleck segue disparado na liderança do ranking, com 96 pontos.
A volta dos campeões do Giro D'Italia 2025 com os seus troféus. Na frente, o campeão André Greipel. Atrás dele, o vice-campeão Tom Boonen. Mais atrás, o terceiro colocado Philippe Gilbert. Fechando a fila, o campeão de montanha e vencedor da última etapa, Mark Cavendish.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

A FIFUBO quer te ouvir!