sexta-feira, 10 de abril de 2020

Copa Olé 2020 - Semifinais - 10/04/2020

A Sexta Feira da Paixão é uma data religiosa, que marca a fase final da Quaresma e as vésperas da Páscoa. Infelizmente, não marcou também o final da quarentena e, por isso, o Imperatriz Arena permaneceu fechado para os torcedores. Mas já que a sexta é da paixão, vamos celebrar com uma das maiores paixões do mundo: o futibou de butaum! Foi neste dia 10 de abril que a FIFUBO fez as semifinais da Copa Olé e conheceu seus finalistas. Vamos ver quem continua na disputa do título!


O ciclista Peter Sagan exibe o troféu de campeão europeu de ciclismo e dá o pontapé inicial das semifinais.

BOCA JUNIORS 0x3 INDEPENDIENTE

Campeão da primeira edição da Copa Olé, em 2011, o Boca quer a segunda taça e interromper um jejum de 6 anos sem título (sua última conquista foi o Apertura 2014). A equipe, que derrotou o San Lorenzo (3x1) nas quartas de final, quer manter o bom futebol para avançar à grande final. O Independiente ganhou a segunda edição da Copa Olé (2012) e também a penúltima (2018) e quer manter vivo o sonho do tri. Apesar do placar apertado nas quartas de final (2x1 Huracán), o técnico Bayer gostou da postura da equipe, mas treinou forte o posicionamento ofensivo, para seus atacantes terem melhores condições de finalização.

Quem vê só o placar do jogo não sabe que foi uma partida eletrizante, com as duas equipes jogando com inteligência, criando grandes jogadas e desperdiçando oportunidades num toma lá dá cá frenético. Se o Independiente chegava bem ao ataque, com Gracián distribuindo o jogo para Silvera e Parra finalizarem, o Boca novamente tinha Riquelme em excelente tarde, se movimentando por todo o campo e deixando Palermo em ótimas condições para concluir.

O primeiro gol do jogo veio aos 4 minutos, após Riquelme tentar mais uma jogada para Palermo. Mas o camisa 9 estava impedido, bem assinalado pelo auxiliar Luis Carlos Félix. Vella cobrou a infração para Busse no meio de campo e o camisa 7 buscou Silvera no campo de ataque. O camisa 11 viu um buraco na defesa do Boca e passou para Facundo Parra, que invadiu a área pela diagonal e viu Abbondanzieri sair para lhe fechar o ângulo. Percebendo que não tinha chances de concluir, Parra rolou no meio e encontrou Silvera livre. Com o gol aberto, o camisa 11 só teve que empurrar para as redes: Independiente 1x0.

No intervalo, Falcioni percebeu que o Boca precisaria de mais presença no ataque, sem se descuidar da defesa. Por isso, tirou Cagna e Schelloto para colocar Battaglia e Viatri. Bayer percebeu que teria o contra ataque à disposição e, assim, tirou Gracián e Facundo Parra para colocar Mauro Burruchaga e Dario Gandin.

Apesar de Gracián estar muito bem no jogo, Bayer sabia que Burruchaga sempre incendiava a partida e, por isso, colocou o camisa 10 justamente para encostar nos atacantes. E foi ali que ele ganhou o jogo.

Aos 3 minutos, Busse desarmou Viatri e passou a Burruchaga na meia esquerda. O camisa 10 avançou em velocidade, driblou Serna e tocou para Silvera na entrada da área. O camisa 11 driblou Escudero para fora, perdeu o ângulo mas acertou um chute incrível de pé esquerdo. A bola fez uma curva e entrou no ângulo de Abbondanzieri: Independiente 2x0.

O segundo gol desmontou o Boca completamente. Mesmo assim, a equipe xeneize precisava de seus craques para tentar o improvável empate que levaria o jogo para os pênaltis. Assim, Riquelme e Palermo assumiram de vez o protagonismo das jogadas e passaram a tabelar entre si. Mas a sorte não estava do lado deles...

Aos 7 minutos, Riquelme fez boa jogada pela meia esquerda e passou a Palermo. O camisa 9 recebeu em diagonal, invadiu a área e desferiu um potente chute de pé esquerdo, que explodiu no travessão de Hilário Navarro. A bola sobrou no outro lado da área para Tuzzio, que saiu até a intermediária de defesa tabelando com Mareque, pelo lado esquerdo. No meio de campo, o camisa 6 passou a Busse, que fez um ótimo passe em profundidade para Silvera. O camisa 11 avançou em diagonal, driblou Ibarra e, da entrada da área, chutou forte e cruzado para vencer Abbondanzieri e dar números finais ao confronto: Independiente 3x0.

RIVER PLATE 1x0 VELEZ SARSFIELD

Campeão em 2017, quando teve a temporada dos sonhos (Apertura, Clausura, Torneios Início, Copa Olé, Supercopa e Tríplice Coroa), o River quer voltar a conquistar um título e sabe que tem do outro lado um rival difícil. Após a vitória sobre o Estudiantes (4x1), Francescoli disse a seus atletas que aquilo é página virada e que, se a equipe perder hoje, aquela goleada não terá valido de nada. Do outro lado vem o Velez, o Rei de Copas tricampeão em 2014, 2016 e 2019, que quer conquistar o "back to back" e aposta na magia que encontra seus atletas na Copa Olé. Após a difícil vitória sobre o Racing (1x0), o técnico Pearl Jam aposta no sistema defensivo sólido e em saídas rápidas.

O jogo não foi tão bom quanto o anterior. O River tinha seus atacantes se movimentando bem e trocando passes, mas somente quando um deles pegava um lançamento longo ou Barrado saía para armar. O problema do time millonario era na armação, com Gallardo em péssima tarde. O Velez tinha o meio de campo funcionando. O sistema defensivo era sólido e os volantes reiniciavam a jogada até o meio de campo, onde Insua levava para o ataque e distribuía bem o jogo. Dario Hussain caía pela ponta e Turco Assad atuava centralizado, na conclusão. Este era o problema da equipe de Liniers, pois Assad estava muito mal, sempre perdia o ângulo e acabava concluindo torto e sem direção.

No intervalo, Francescoli tirou Gallardo e Buonanotte para colocar Coudet e Funes Mori. Pearl Jam sacou Gino Peruzzi e Turco Assad para colocar Cubero e Lucas Pratto.

As mudanças de Francescoli levaram apenas um minuto para funcionarem. Insua e Romero saíam pela esquerda da defesa do River e, quando o camisa 11 tentou fazer a jogada pela ponta, Berizzo lhe tomou a frente e ficou com a bola, sendo puxado por Insua na sequência. O camisa 6 cobrou a falta para Barrado na cabeça de área e o camisa 19 buscou Coudet no meio. O camisa 8 puxou o contra ataque pela esquerda tabelando com Funes Mori e os dois foram assim até o campo do Velez, quando Coudet deu um passe em profundidade e Funes Mori invadiu a área livre, tocando na saída de Sosa e levando o River à final: 1x0.

O Velez ainda tentou e teve em Lucas Pratto um centroavante muito mais perigoso que Turco Assad, mas o sistema defensivo do River funcionou e a equipe saiu em bons contra ataques, mas o placar manteve-se daquela forma.

NOTAS RÁPIDAS
  • Em sorteio realizado após o fim das semifinais, ficou decidida a ordem da final. Será River Plate x Independiente, mas isso não traz vantagem alguma para qualquer lado, pois o jogo será  com portões fechados.
  • Se a partida terminar empatada, o campeão da Copa Olé será decidido nos pênaltis.
  • O milestone da rodada vai para Nestor Silvera. O hat trick anotado contra o Boca o fez chegar a incríveis 110 gols com a camisa do Independiente.

LMC - Campeonato Europeu de Ciclismo

O Campeonato Europeu de Ciclismo de 2020 foi disputado na França, seguindo as regras da LMC, em que o país de disputa é o do vencedor do ano anterior. Como Romain Bardet foi o campeão europeu de 2019, a prova deste ano foi em sua França natal, com 26 ciclistas.

Os campeonatos continentais são provas no formato Clássica, mas mais longas e duras que as provas tradicionais. Neste Europeu, as coisas foram piores ainda, pois além de contar com duas subidas a partir da metade da prova, uma delas tinha 7% de inclinação e era antes da chegada em sprint. Como se as coisas não pudessem ficar piores, choveu durante todo o percurso e, como se sabe, as quedas são mais frequentes em tempo chuvoso. Muitos ciclistas foram ao chão ao longo de toda a prova e alguns, com muitas dores, não conseguiram manter um ritmo que os levasse a disputar o título.

Quem se destacou foi Peter Sagan, que partiu na fuga desde o início e, enquanto seus rivais iam fraquejando, continuava acelerando, se distanciando dos demais. O eslovaco da Bora venceu com a maior folga vista em 2020 até agora, sua primeira vitória no ano e também seu primeiro título na LMC. De quebra, Sagan é o dono da melhor exibição individual de 2020 até agora e conquistou o direito de levar o Europeu de 2021 para a Eslováquia.

Com o passeio imposto por Sagan, a disputa pelos lugares restantes no pódio esquentaram. Quem levou a melhor foi Domenico Pozzovivo. O italiano da AG2R conseguiu superar o alemão André Greipel (Lotto Belisol) que, embora seja sprinter, não teve forças após superar a última montanha e acabou se contentando com o terceiro lugar. Ainda na disputa, o italiano Fabio Aru (Liquigás) chegou em quarto, o suíço Fabian Cancellara (Saxo Bank) foi o quinto e o espanhol Oscar Freire (Rabobank) chegou em sexto.

Os franceses ficaram extremamente decepcionados com a performance de seus locais. O mais bem colocado foi Julian Alaphilippe (Quickstep), que chegou em décimo quarto. O campeão do Giro D’Italia, Thibaut Pinot (Française De Jeux) chegou em vigésimo. Pior fizeram os outros dois. Sylvain Chavanel (Quickstep) e Romain Bardet (AG2R) foram os únicos ciclistas a não completarem a prova. O abandono de Bardet foi o mais doloroso, já que ele era o atual campeão. Mesmo assim, houve alguma festa pela medalha de prata. Apesar de Domenico Pozzovivo ser italiano, a equipe que ele defende (AG2R) é francesa.

Os campeonatos continentais não contam pontos para o ranking, mas a estatística vale. Assim, Peter Sagan não só conquista seu primeiro título na LMC, como eterniza seu nome na galeria de campeões. E as medalhas de prata e bronze de Pozzovivo e Greipel, respectivamente, estão nas suas listas de palmares.


O pódio do Campeonato Europeu de Ciclismo. No alto, o eslovaco Peter Sagan (Bora), com o troféu de campeão. Um pouco abaixo, o italiano Domenico Pozzovivo (AG2R), medalhista de prata. Mais abaixo, o alemão André Greipel (Lotto Belisol), medalhista de bronze.

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