sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Torneio Clausura 2014 - Jogos de ida das semifinais - 14/11/2014

Como será feriado no sábado, os jogos de ida das semifinais do Clausura foram antecipados para esta sexta-feira. O público compareceu em bom número ao Itaquá Dome mesmo com a chuva fina que insistia em cair e os jogadores retribuíram com dois bons jogos.

INDEPENDIENTE 1x4 RIVER PLATE

Depois da arrancada espetacular que o tirou das últimas posições na virada do turno até o gol no último lance do returno que o levou às semifinais, o Independiente vinha embalado. Para dar mais ritmo, a equipe de Avellaneda foi uma das duas únicas a conseguir arrancar um empate com o rival. O único problema é que Acevedo havia sido expulso contra o Velez e cumpria suspensão automática aqui. Do outro lado, ordem é manter os pés no chão e continuar jogando como o fez durante o campeonato. O exemplo é do próprio Independiente, que fez campanha espetacular no Apertura e perdeu justamente na final. Na temporada regular, o River venceu por 5x3 e empatou em 4x4.

O River não se classificou com antecedência como líder, invicto, melhor ataque e melhor defesa à toa. A equipe é intensa o tempo todo, não dá tempo nem do adversário respirar. E foi assim que deram a saída de bola e partiram para sufocar o Independiente. Quando Busse conseguiu aliviar para lateral, o River mostrou todo o seu entrosamento em uma jogada ensaiada chamada "Lateral de rúgbi". Trezeguet foi para a cobrança e dois jogadores partiram em linha. Barrado correu para próximo da bola e chamou toda a marcação, enquanto Gallardo corria paralelo, só que mais longe. A bola foi para o camisa 11, que recebeu livre e chutou de primeira. Quando Navarro percebeu, a bola já passava a linha do gol, aos 30 segundos: River 1x0.

A equipe de Nuñez continuou em cima, sem deixar o Independiente chegar até o meio de campo. O River chutava, a zaga ou o goleiro rebatia e a bola saía para lateral, para o River chutar de novo. O Independiente conseguiu segurar essa pressão e sair aos poucos, mas quando se aproximava da área, a marcação forte do adversário os impedia de concluir. Aos 9 minutos, Trezeguet avançou pela ponta direita e cruzou para a área. Almeyda entrou como elemento surpresa e cabeceou sem chances para Navarro, fazendo River 2x0.

No intervalo, Bayer tentava juntar os cacos. Tirou Facundo Parra e colocou Gandin para tentar alguma coisa no segundo tempo. Já Francescoli tirou Buonanotte, que decepcionou, e colocou Funes Mori.

O River diminuiu o ritmo no ataque, mas continuou com marcação forte. Tocava a bola como que contente com o resultado. Assim, na única jogada que criou o jogo todo, aos 3 minutos, o Independiente encontrou o gol. Após falta no meio de campo, Fredes cobrou rápido para Gracián, que chutou de primeira e pegou Carrizzo de surpresa: Independiente 1x2.

Quem achava que a equipe de Avellaneda ia se empolgar e partir pra cima de vez, se enganou. O River continuou com uma marcação muito forte, onde se sobressaiu o zagueiro Paz, sempre pronto para desarmar o adversário. Aos 5 minutos, Placente interceptou passe que iria para Silvera e tocou para Paz. O camisa 4 lateralizou a Berizzo, que deu lindo passe em profundidade para Funes Mori. O camisa 9 avançou sem ser incomodado e, da entrada da área, chutou sem chances para Navarro e fez River 3x1.

A partir daí, o Independiente jogou a toalha e o River passou a tocar a bola com calma, esperando o tempo passar. Ainda assim, encontrou mais um gol nos acréscimos, quando Funes Mori viu que Ferrari pedia na área e fez um "Cruzamento Fagner", em que consiste fazer um cruzamento forte demais para surpreender o goleiro. Quando Hilário Navarro percebeu que o camisa 9 cruzaria para Ferrari, saiu para cortar, mas Funes Mori cruzou com demasiada força e a bola acabou encobrindo o goleiro e entrando no gol alheio: River 4x1.

Destaque do jogo: Funes Mori. O camisa 9 substituiu Buonanotte, que vem sendo o destaque do River no campeonato, e fez dois gols para mostrar que também tem valor para jogar neste time.

BOCA JUNIORS 0x5 RACING

Novamente, as duas equipes enfrentavam seus ex treinadores. Do lado do Boca, apesar da classificação antecipada e sem sustos, as críticas ao trabalho de Madeirite são grandes. Uma equipe inconstante, de altos e baixos, ninguém sabe ao certo se fará um grande jogo ou se a apatia dominará. Do lado do Racing, os jogadores e torcedores festejam o trabalho de Paralelo, que foi o primeiro a classificá-los para uma semifinal de Liga, com antecedência, jogando um futebol refinado e contando com o artilheiro do campeonato. O retorno de Hauche ao banco, após cumprir suspensão de 3 jogos, era um atrativo a mais para a equipe de Avellaneda. Na temporada regular, após empate em 2x2 no primeiro turno, o Racing levou a melhor no segundo, por 4x2.

O jogo começou meio truncado, com muitos erros de passe. Mas o Racing foi se acertando aos poucos e botando a bola no chão, enquanto o Boca continuava lento e desorganizado. Com isso, aos 4 minutos, a equipe de Avellaneda começou o seu massacre. Após boa jogada de Acosta, Schiavi aliviou para lateral. Diego Capria cobrou para seu irmão Ruben na intermediária, pela direita. O camisa 10 trouxe para o pé esquerdo e chutou de bico, sem chances para Abbondanzieri, fazendo Racing 1x0.

O gol não acordou o Boca, mas empolgou os jogadores do Racing, que partiram para cima de vez. Aos 7 minutos, uma linda jogada começou na esquerda com Enrique tocando para Ruben Capria, que inverteu na direita para Gamboa, que tocou a Pelletieri. O camisa 7 abriu para Acosta na direita e o camisa 9 avançou. Já dentro da área, Acosta chutou em arco e a bola foi ganhando efeito até entrar fora do alcance de Abbondanzieri, que se esticou todo: Racing 2x0.

Como o Boca continuava jogando mal e irritando sua torcida, ainda havia tempo para mais um. Já nos acréscimos, Diego Capria arrancou pela direita e adiantou muito a bola. Basualdo inflou o peito para dar um bico para longe e escorregou na hora H, furando incrivelmente. Assim, Diego Capria ficou cara a cara com Abbondanzieri e só teve o trabalho de empurrar por baixo, vencendo o goleiro e fazendo Racing 3x0.

No intervalo, Madeirite tirou Palácio e Basualdo para colocar Guillermo Barros Schelloto e Battaglia. Já Paralelo, vendo que o jogo estava decidido, resolveu dar ritmo aos seus reservas, colocando Fariña e Hauche nos lugares de Pelletieri e Latorre.

O Racing não deu tempo do Boca mostrar algum serviço, marcando logo aos 12 segundos. Ruben Capria saiu o jogo com Martin Simeone, que driblou Riquelme, trouxe para o pé direito e mandou uma bomba de longe, sem chances para Abbondanzieri: Racing 4x0.

O Boca entregou os pontos de vez, se esquecendo que o saldo faz diferença. O Racing, por sua vez, parecia muito contente com a goleada e tocava a bola, sob gritos de olé. Foi aos 6 minutos que deu números finais à partida, em nova jogada de pé em pé, que passou por Martin Simeone a Acosta, que tocou para Enrique. O camisa 3 dominou e bateu rasteiro com o lado interno do pé para vencer Abbondanzieri: Racing 5x0.

Destaque do jogo: Acosta. O camisa 9 fez um gol, deu assistências e correu o campo todo, saindo consagrado como o melhor da partida.

ARTILHARIA

1° Ruben Capria (Racing) - 18 gols
2° David Trezeguet (River Plate) - 15 gols
3° Martin Palermo (Boca Juniors), Leandro Gracián (Independiente), Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 14 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • Com os resultados de hoje, a final ficou praticamente decidida. O Independiente tem que vencer o River por 4 gols de diferença; já o Boca tem que conseguir uma diferença de 6 gols para o Racing. Caso este milagre não ocorra, River e Racing decidirão o Torneio Clausura 2014.
  • O milestone da rodada vai para Funes Mori. Aos sair do banco e marcar o terceiro gol do River, ele chegou a 30 com a camisa 9 do time millonario.

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