domingo, 26 de fevereiro de 2012

Copa Olé 2012 - Jogos finais

Neste domingo foram realizados os dois últimos jogos da Copa Olé 2012. Por ter perdido para o Independiente, o Boca jogaria as chances do bi contra o River e, no último jogo, River e Independiente se enfrentariam.

River Plate 6x1 Boca Juniors

Se o Boca tinha vontade se ganhar o bi da Copa Olé, não demonstrou. A equipe veio a campo com novo treinador (Paralelo, que fechou contrato ontem), mantendo a formação tática, mas com proposta de nova mentalidade. Já o River queria fazer o resultado no primeiro tempo, para se poupar para o segundo, já que teria que enfrentar o Independiente na sequência.

E o River começou em cima, não deixando o Boca jogar. Logo com 4 minutos, Gallardo recebeu de Almeyda pela esquerda, invadiu até o bico da área, trocou para o pé direito e acertou o ângulo oposto de Abbondanzieri para fazer River 1x0.

O Boca tentou sair para o jogo, mas não conseguia organizar nada. Riquelme se omitia, Basualdo (considerado por Paralelo o desafogo do time) também se omitia, Palermo estava no mundo da Lua... o time era dominado pelo River. Aos 7, Serna fez falta desnecessária em Ortega. Gallardo cobrou com perfeição e fez River 2x0.

Desesperado, o Boca não se organizou mais. Aos 9 minutos, Serna fez nova falta totalmente desnecessária em Funes Mori, pelo meio. Almeyda cobrou encobrindo a barreira e matou Abbondanzieri para fazer River 3x0.

No intervalo, o Boca partiu para um tudo ou nada meio mambembe. Embora precisasse fazer 4 gols para ainda poder sonhar com o título, manteve o esquema tático. Saíram Serna, Riquelme e Palácio, entraram Battaglia, Guillermo Barros Schelotto (que passou a ser o capitão) e Viatri. Do lado do River, o 3x0 no primeiro tempo era o sonho de consumo e a equipe passou a poupar jogadores. Saíram Coudet e Buonanotte e entraram Barrado e Medina Bello. Além disso, o treinador Francescoli orientou os jogadores a tocarem a bola o máximo possível e só chutar em última instância, para não se cansar e fazer o relógio andar.

Só que mesmo com essa orientação, o River continuava tendo muita facilidade para chegar ao gol do Boca. Com um minuto do segundo tempo Funes Mori recebeu de fora da área, meio longe, e arriscou. O chute saiu forte e rasteiro e encontrou as redes de Abbondanzieri: River 4x0.

Enquanto os torcedores do Boca iam embora e os jogadores sonhavam com o apito final, o River continuava caindo dentro. Em tabela de Funes Mori e Ortega pelo meio, o camisa 10 invadiu a área e tocou na saída de Abbondanzieri, fazendo o quinto gol neste Superclássico assaz diferente: River 5x0 aos 4 minutos.

Aos 7 minutos, Gallardo entrou de vez para a galeria de heróis da história do Superclássico com um golaço. Após Paz roubar a bola que iria para Viatri e tocar para Almeyda, o contra-ataque se iniciou. A bola chegou a Gallardo, que tocou para Ferrari na direita. O lateral tocou a Ortega, que encontrou Funes Mori no meio. O camisa 9 tocou de primeira para Gallardo, que invadiu a área e tirou Abbondanzieri da jogada: River 6x0.

Totalmente dominado, o Boca só conseguiu chutar aos 10 minutos, quando Cagna recebeu de Schelotto e arriscou de longe para acertar belo chute que ainda tocou no travesãso antes de entrar: Boca 1x6.


Independiente 3x1 River Plate

Com a goleada, o River necessitava apenas do empate para ser campeão. Para o Independiente, uma vitória bastava.

O primeiro tempo terminou em 0x0. O River se poupava visivelmente, tentando segurar o empate e o Independiente até conseguia articular jogadas, mas Facundo Parra estava muito mal e não conseguia acertar nada. O River mandou duas bolas na trave, com Buonanotte e Funes Mori, e o Independiente acertou uma, com Silvera.

No segundo tempo, o Independiente trocou Fredes e Parra por Acevedo e Gandín, numa tentativa de aumentar a marcação no meio para liberar Busse. Já o River trocou Buonanotte e Coudet por Medina Bello e Barrado, deixando Almeyda e Ortega (mais velhos e que tinham jogado a partida anterior inteira) em campo.

Pois bastaram 30 segundos para a tática do Independiente se mostrar acertada. O River deu a saída com Gallardo, que tocou a Funes Mori e se deslocou para receber. Montenegro percebeu e se antecipou, roubando a bola. Montenegro saiu com a bola dominada, tabelou com Busse e, da intermediária, arriscou um chute rasteiro que venceu a marcação de Carrizo e estufou as redes: Independiente 1x0.

Com o gol, o jogo melhorou. O River caiu dentro, o Independiente teve espaço para trabalhar e o jogo ganhou emoção. Mas o cansaço falou mais alto e o River não teve pernas para reagir, enquanto que o Independiente passou a jogar do modo que gosta: com meio de campo forte e saindo para o ataque pelas pontas.

Aos 5 minutos, tudo ficou mais difícil para os millonarios. Gracián recebeu de Mareque pela esquerda, avançou e deu belo passe em profundidade para Silvera, que invadiu a área e tocou na saída de Carrizo para fazer Independiente 2x0.

O River se perdeu por completo e o Independiente aproveitou para matar o jogo. Gracián cobrou lateral para Silvera, que devolveu de primeira para Gracián invadir a área e chutar por cobertura na saída de Carrizo para fazer Independiente 3x0.

O River não era nem sombra do time que tinha goleado impiedosamente o Boca. Somente aos 9 minutos conseguiu encaixar uma jogada de ataque, pela direita. Ortega e Gallardo tabelaram e Gallardo chutou no ângulo de Navarro para fazer River 1x3. Mas era tarde...

INDEPENDIENTE CAMPEÃO DA COPA OLÉ 2012

* Antes de iniciar a Copa Olé, o treinador do Independiente (Bayer) dizia que time grande não se faz com nome, mas com títulos. Cobrado após o torneio, disse que agora podia dizer que seu time era grande.

* Francescoli chamou a culpa para si do "bi-vice" do River, mas se defendeu dizendo que preferiu tirar Buonanotte e Coudet (ao invés de Almeyda e Ortega) por confiar na experiência de dois líderes do elenco.

* Já Silvera era a imagem da alegria, ao marcar seu primeiro gol pelo Independiente e este gol significar título. Ele prometeu empenho no campeonato argentino para ser campeão e artilheiro.

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