domingo, 1 de setembro de 2024

LMC - Agosto - 01/09/2024

Chegamos ao final de agosto, 75% do ano já é passado, mas tivemos e ainda temos muito esporte rolando. Vamos ver, então, como foi o oitavo mês esportivo do ano na LMC!

OLIMPÍADAS DE PARIS - CONTRA RELÓGIO

No dia 03, se iniciavam as disputas do ciclismo nas Olimpíadas de Paris. 19 ciclistas representavam seus países na disputa do contra relógio, totalmente plano, em um dia de céu azul e temperatura agradável. Dos medalhistas nas últimas Olimpíadas (Tóquio, 2021), o de ouro (Thor Hushovd) e o de prata (Peter Sagan) estavam na disputa. Mas o medalhista de bronze (Tom Dumoulin) não conseguiu vaga no pré-olímpico holandês e ficou de fora, dando lugar a Bauke Mollema.

O que se viu aqui foi um nível altíssimo. Os ciclistas entregaram uma prova incrível, se esforçaram demais e deram um show para os torcedores presentes. A única decepção foi o ciclista local, Thibaut Pinot, que foi muito mal e chegou na décima terceira posição.

Ao final, o maior espetáculo foi oferecido por Fabian Cancellara. O suíço da Saxo Bank fez valer as suas qualidades de contra relogista, fez a prova no tempo mínimo e levou a medalha de ouro, sua primeira em Olimpíadas. Este foi o segundo título de Cancellara no ano e o sétimo na LMC.

A medalha de prata ficou com o norueguês Thor Hushovd (Credite Agricole). Apesar de ser sprinter, Hushovd tem também características de contra relogista e isso se reflete nas provas deste tipo. Ele já tem cinco vitórias desta especialidade na LMC, incluindo a medalha de ouro nas últimas Olimpíadas. Agora, tem um ouro (em Tóquio) e uma prata (em Paris), em sua sala de troféus.

A medalha de bronze foi para o irlandês Sam Bennet (Bora), que surpreendeu os demais ao conquistar a terceira posição mesmo sendo sprinter. E, curiosamente, foi a segunda medalha da Bora nas Olimpíadas da LMC. Em Tóquio, Peter Sagan conquistou a prata.

O pódio das Olimpíadas de Paris no contra relógio. No alto, com a medalha de ouro, o suíço Fabian Cancellara (Saxo Bank). Abaixo dele, com a medalha de prata, o norueguês Thor Hushovd (Credite Agricole). Mais abaixo, com a medalha de bronze, o irlandês Sam Bennet (Bora).

OLIMPÍADAS DE PARIS - ESTRADA

No domingo, 04, os 52 ciclistas da LMC partiram de Paris rumo ao Velódromo de Roubaix, para a edição de estrada das Olimpíadas. O traçado escolhido pela direção da Liga foi justamente a Rainha das Clássicas, o Inferno do Norte, a Paris Roubaix. Totalmente plana, passa por inúmeros e dolorosos trechos em pavê e termina dando uma volta no Velódromo, para consagrar o campeão olímpico.

A prova começou num ritmo lento, mas logo foi ganhando ares de uma grande competição. Os ciclistas começaram a se esforçar verdadeiramente e aproveitaram os trechos de pavê para tentar se desgarrar do pelotão, numa legítima disputa de clássica. Pequenos grupos foram se formando, mas ninguém se ajudava.

Ao final, na entrada do Velódromo, três ciclistas abriram boa vantagem para o outro grupo, que tinha nove atletas na disputa. Logo ficou claro que os medalhistas já estavam decididos. E foi assim que o luxemburguês Frank Schleck (Saxo Bank) mostrou a excelente forma que o mantém na liderança do ranking desde o início da temporada (à exceção de maio, quando ficou em segundo). Mantendo uma distância segura para Jonas Vingegaard, Schleck cruzou a linha de chegada no Velódromo de Roubaix para conquistar a medalha de ouro nas Olimpíadas. Este foi o seu quinto título no ano e o décimo terceiro na LMC. E coroou o trabalho primoroso da Saxo Bank, que saiu com o ouro tanto na estrada quanto no contra relógio.

Ao dinamarquês da Jumbo Visma restou a medalha de prata, um feito que foi comemorado de forma efusiva. Mas o delírio dos presentes ficou mesmo com o terceiro lugar. Bryan Coquard (Cofidis) deu à França a medalha de bronze e fez a festa da torcida local. O segundo e o terceiro lugares mostram a força do circuito independente. Tal qual na Copa do Mundo, saíram com dois lugares no pódio.

A destacar, a excelente prova de Alejandro Valverde. Campeão olímpico em 2021, o espanhol da Caja Rural fez o possível para conquistar nova medalha, mas se despediu da bicicleta dourada com uma honrosa sexta posição. Outro que brilhou foi o italiano Filippo Pozzato (Acqua & Sapone), que disparou no início e dava a impressão de que ganharia de ponta a ponta. Mas a dureza da Paris Roubaix e o ritmo acelerado dos demais o fizeram terminar na oitava posição. Os outros medalhistas de Tóquio 2021 não foram bem. Prata naquela edição, Nairo Quintana, terminou na vigésima quinta posição. O bronze, Oscar Pereiro Sio, terminou em quadragésimo sétimo.

A excelente disputa das Olimpíadas terminou com apenas dois abandonos. Lance Armstrong e Matthieu Van Der Poel não aguentaram o ritmo dos pavês e, com muitas dores, deixaram a disputa após a metade. As Olimpíadas não contam pontos para o ranking.

O pódio da prova de estrada nas Olimpíadas 2024. No alto, com a medalha de ouro, o luxemburguês Frank Schleck (Saxo Bank). Abaixo, com a medalha de prata, o dinamarquês Jonas Vingegaard (Jumbo Visma). Mais abaixo, com a medalha de bronze, o francês Bryan Coquard (Cofidis).

TOUR DE FRANCE

No dia 10, os ciclistas alinharam para a maior prova do ciclismo mundial. O Tour de France é a segunda das 3 Grandes Voltas. O resumo completo você confere aqui.

RANKING
1º Frank Schleck (Saxo Bank) - 138 pontos;
2º Oscar Freire (Rabobank) - 130 pontos;
3º Luciano Pagliarini (Saunier Duval) - 118 pontos.

RANKING INDEPENDENTE
1º Nairo Quintana (Movistar) - 75 pontos;
2º Egan Bernal (Ineos) - 73 pontos;
3º Woult Van Aert (Jumbo Visma) - 64 pontos.

NOTAS RÁPIDAS
  • Agosto fechou com apenas duas competições, as Olimpíadas e o Tour de France, número menor que o de julho (4 competições). Isso se deu porque, além do Tour ser uma competição extensa, o calendário fez as Olimpíadas passarem na frente e isso dificultou o restante das provas, já que a próxima competição é justamente a Vuelta a España, outra carreira extensa.
  • A Vuelta, inclusive, começou ainda em agosto, mas o seu desfecho é em setembro, então conta para aquele mês. Além da terceira e última Grande Volta da temporada, teremos o Tour do Rio, que ocupará boa parte do nono mês do ano. A expectativa é encerrar o calendário ainda em setembro ou, no máximo, no início de outubro.
  • Somadas as provas, tivemos 7 abandonos, número menor que o mês anterior (10). A média de abandono por competição foi de 2,3, também inferior ao mês anterior (2,75).
  • O nível das corridas subiu, trazendo mais emoção para os fãs de ciclismo e recuperando a confiança da Liga depois de um mês de julho sofrível.
  • Comentada na postagem de julho, a disputa das Olimpíadas foi realizada em paralelo com as competições de ciclismo, o que serviu para encher o calendário esportivo. Conforme prometido, a cobertura dos esportes disputados está logo abaixo.

OLIMPÍADAS DE PARIS

A cada Olimpíadas no "mundo real", faço as minhas próprias, com alguns esportes. Em Paris não foi diferente, com a apresentação de algumas modalidades além do ciclismo. Vamos ver como foram as competições e seus resultados.

Street Soccer Subbuteo

Novidade da temporada do Subbuteo, o street soccer também é conhecido como "golzinho". Uma modalidade que surgiu em Puerto Madero, na Argentina, começou sendo disputada nas ruas, em campo de asfalto mesmo. São três jogadores de cada lado (sem goleiro), um golzinho feito por marcações sem travessão e partidas que têm 10 minutos de duração ou 3 gols. Se empatar após os 10 minutos, cobranças de pênalti alternadas a partir do meio de campo decidem o vencedor.

O Subbuteo colocou a modalidade em voga, com a disputa de partidas no Imperatriz Arena com bola normal e até com bola de futebol americano. As equipes da Liesa inscreveram seus atletas e a disputa se deu com dois grupos de 5, todos contra todos dentro dos grupos e os dois melhores se classificando para as semifinais, cruzando com os do outro grupo.

As partidas são disputadas em um campo pequeno, com apenas 3 jogadores de cada lado e uma marcação para mostrar onde é o gol.

Nas semifinais, a Imperatriz passou pela Vila Isabel por 3x1, enquanto a Beija-Flor derrotou a Unidos da Tijuca, em um eletrizante 3x2. Na disputa da medalha de bronze, outro jogo muito emocionante  terminou com vitória da Unidos da Tijuca sobre a Vila Isabel, por 3x2.

Na grande final, a Beija-Flor não deixou o adversário pensar e já começou abrindo 2x0. Com a desvantagem, a Imperatriz precisou partir pra cima e acabou conseguindo descontar para 1x2, mas a Beija-Flor entrou muito focada e acabou chegando ao terceiro gol em bela jogada de Marquinho pela esquerda, chutando cruzado para dar o título à Beija-Flor.

Desta forma, a Beija-Flor ficou com o ouro, a Imperatriz com a prata e a Unidos da Tijuca, com o bronze. Guga Gaúcho, da Beija-Flor, foi o artilheiro da competição, com 11 gols.

O pódio do Street Soccer Subbuteo. No alto, com a medalha de ouro, os jogadores da Beija-Flor. Abaixo, com a medalha de prata, os jogadores da Imperatriz. Mais abaixo, com a medalha de bronze, os jogadores da Unidos da Tijuca.

Shuffleboard

A grande novidade da temporada esportiva foi a chegada do shuffleboard, um esporte de precisão, da família da bocha, do curling e do boliche. Nele, os atletas empurram pedras ou discos em uma quadra ou mesa que, ao final, tem uma marcação com números. Para isso, utilizam um taco (no caso da quadra) ou as mãos (no caso da mesa). Sua origem data do século XIV, na Inglaterra.

Normalmente, a quadra tem um triângulo com marcações de 7, 8, 10 e -10 e os pontos são computados para os discos que caírem dentro da zona referida. Os discos que ficam em cima da linha não pontuam. São 16 rodadas de 4 discos.

Na mesa do Imperatriz Arena, há apenas uma zona, com marcações de 1 a 3. E são disputadas 3 rodadas de 3 discos. A pontuação, aqui, é para o disco que cair dentro da zona numerada. Caso um disco caia em cima da linha, conquistará os pontos na zona em que estiver com a maior parte. Caso fique perfeitamente em cima da linha, conta o ponto da zona de menor número.

A quadra de shuffleboard do Imperatriz Arena, com as zonas de pontuação e as pedras utilizadas.

A disputa olímpica contou com 12 equipes, divididas em 4 grupos com 3 nações cada e as duas melhores se classificando para as quartas de final.

Curiosamente, os dois finalistas eliminaram as duas maiores favoritas. Na disputa da medalha de bronze, os Estados Unidos, favoritíssimos ao ouro, enfrentaram o Japão, uma das surpresas da competição. Ao final, vitória japonesa por 11 x 10, em um jogo muito apertado.

Na disputa do ouro, Itália e Argentina chegaram depois de surpreenderem em todas as fases. No grupo B, a Itália derrotou a Alemanha (a outra favoritíssima à final) por 16 x 14 e perdeu pro Japão por 14 x 17, se classificando em segundo lugar. Nas quartas de final, derrotou o Egito por 15 x 13 e, nas semifinais, surpreendeu os Estados Unidos com uma vitória por 10 x 9. A Argentina estreou no grupo A perdendo para os Estados Unidos (11 x 12) e, no jogo decisivo, venceu o Brasil por 8 x 4. Nas quartas de final, não tomou conhecimento da Inglaterra (favorita à medalha) e venceu por 18 x 15. Nas semifinais, já embalada, massacrou o Japão por 18 x 6.

A grande final foi um teste para cardíaco. A primeira e a terceira rodada terminaram empatadas, mas na segunda rodada a Argentina conseguiu um ponto de vantagem e finalizou a partida em 16 x 15. A Argentina conquistou a medalha de ouro e a Itália, a prata, mostrando o altíssimo nível técnico e de diversão do shuffleboard, que veio para ficar.

Esgrima

A única competição de lutas das Olimpíadas foi na esgrima. Disputada por seis atletas de diferentes nacionalidades (Argentina, Brasil, França, Inglaterra, Itália e Mongólia), divididos em 2 grupos com 3 esgrimistas cada, que lutavam entre si dentro dos grupos em disputas de 3 toques. Os dois primeiros de cada grupo avançavam ás semifinais e cruzavam com os do outro grupo.

No grupo A, a Itália massacrou a Inglaterra logo de cara, com um 3x0. Depois, bateu a França por 3x2 e garantiu a vaga antecipada às semifinais, deixando a última vaga para as duas outras nações, no duelo final. Em uma luta de altíssimo nível, melhor para a Inglaterra, que venceu por 3x2 e se classificou.

No grupo B, a Mongólia mostrou seu favoritismo e bateu a Argentina na estreia por 3x2. A Argentina devolveu a derrota da estreia e venceu o Brasil por 3x2, de virada. Por fim, a Mongólia bateu o Brasil por 3x1 e se classificou em primeiro lugar.

Nas semifinais, o favoritismo era das invictas Itália e Mongólia, mas as outras semifinalistas surpreenderam e conseguiram a vaga. A Argentina bateu a Itália e a Inglaterra derrotou a Mongólia, ambas por 3x1.

Na disputa da medalha de bronze, a Itália não tomou conhecimento da Mongólia e venceu por 3x1. Na disputa do ouro, a melhor batalha vista na competição foi para o golden score e terminou com uma dramática vitória da Inglaterra sobre a Argentina, por 3x2, dando aos ingleses a honra do ouro e deixando os argentinos com a prata. 

O pódio da esgrima. No alto, com a medalha de ouro, a Inglaterra. Abaixo, com a medalha de prata, a Argentina. Mais abaixo, com a medalha de bronze, a Itália.


Skate

A modalidade radical das Olimpíadas foi o skate. Disputada no Skate Park do Imperatriz Arena, contou com 12 atletas divididos em dois grupos de 6. Eles disputariam a volta livre e duas baterias de manobras, onde teriam 5 tentativas para acertar cada uma. A nota da volta livre se somaria ao número de acertos da rodada de desafio e os três melhores skatistas de cada grupo se classificariam para a fase final, onde seriam disputadas as medalhas no mesmo sistema das eliminatórias.

A competição contou com sete skatistas brasileiros, quatro norte americanos e um francês. A volta livre é disputada no skatepark, com cada atleta tendo a oportunidade de percorrer os obstáculos como desejar durante 30 segundos (45 segundos nas finais). Depois das duas baterias de volta livre, cada um teria cinco tentativas para executar um flip qualquer, desde que o skate desse uma volta completa e o skatista caísse novamente em cima dele, com as rodas para baixo. Depois, cada um teria mais cinco tentativas para executar um strawberry milkshake, onde o skatista vira a parte de cima do skate de cabeça para baixo, em cima do seu pé, e faz  uma volta com esse pé para lançar o skate novamente para a posição normal, pulando com os dois pés em cima dele e saindo normalmente. 

Em outras palavras, a volta livre daria uma nota de 5 a 10 (inteira ou na metade) e os pontos das duas manobras, mais 0 a 10 pontos. O somatório das duas notas classificaria os três primeiros de cada bateria para as finais e os seis classificados, por ordem crescente de nota, disputariam as medalhas. Em caso de empate (tanto nas classificatórias quanto nas finais), a nota da volta livre desempataria. Caso o empate persistisse, seria sorteada uma das duas manobras e os empatados teriam que executá-la cinco vezes, se classificando aquele que a acertasse mais vezes. Caso o empate persistisse após as cinco tentativas, seriam feitas tentativas sucessivas (igual disputa de pênaltis) até o vencedor ser definido.

Nas eliminatórias, Fabiana Delfino surpreendeu a todos fazendo a melhor nota no geral e Negro Fumante foi a grande surpresa da competição, ao se classificar com um skatinho de Shopee. Entre as decepções, a eliminação de Nyjah Dallas (Estados Unidos), que caiu na volta livre e a abandonou, preferindo se concentrar nas voltas de manobras, mas não conseguindo pontos suficientes para se classificar.

Ao final, se classificaram na primeira bateria Fabiana Delfino (Estados Unidos), com 13,5 pontos, Nuno Santamaria (Brasil), com 13 pontos, e Pepe Bala Perdida (Brasil), com 12 pontos. Na segunda bateria, se classificaram Tony Walk (Estados Unidos) e Negro Fumante (Brasil), ambos com 11,5 pontos, e Aurelien Giraud (França), com 11 pontos. Nas finais, com três brasileiros, dois norte americanos e um francês, não faltou emoção.

As notas foram altas, cada um se esmerava mais do que o outro para fazer manobras mais difíceis e, além de surpresas, tivemos grandes reviravoltas nas baterias de manobras. Na volta livre, a grande surpresa foi a maior nota da competição, um 9,5 alcançado tanto por Tony Walk quanto por Negro Fumante, que voltou a chocar o mundo do skate com uma linha impecável.

Nas manobras, quem surpreendeu foi Nuno Santamaria, que acertou dois flips e três strawberry milkshakes para sair da quarta posição e ir para a disputa de medalhas empatado com Tony Walk. Ao final, valeu a nota da volta livre e o norte americano Tony Walk ficou com a medalha de ouro. Ao brasileiro Nuno Santamaria restou a medalha de prata, enquanto um emocionado Negro Fumante comemorava sua medalha de bronze. Aurelien Giraud ficou na quarta posição, Fabiana Delfino decepcionou ao ficar somente em quinto e Pepe Bala Perdida, completamente perdido nas finais, terminou em sexto. O skate encerra as Olimpíadas 2024 com um nível altíssimo e mostra que veio para ficar.

O pódio do skate nas Olimpíadas 2024. No alto, com a medalha de ouro, o skate de Tony Walk (Estados Unidos). Abaixo, com a medalha de prata, o skate de Nuno Santamaria (Brasil). Mais abaixo, com a medalha de bronze, o skate de Negro Fumante (Brasil).

Subbuteo Society

A sétima e última modalidade das Olimpíadas foi o futebol. Disputada no campo de terra do Guaraná Antártica, no Imperatriz Arena, a competição foi no formato Subbuteo society, com equipes formadas por 5 jogadores (sendo um, o goleiro) e contou com 9 equipes da Liesa. O melhor colocado no street soccer entre Estácio de Sá e Vila Isabel ficaria com a nona e última vaga, que acabou indo pra Vila Isabel.

Assim, as 9 equipes foram divididas em 3 grupos de 3, que jogavam entre si dentro dos grupos e classificavam os primeiros colocados de cada um e o melhor segundo colocado do geral para as semifinais.

Após muita emoção na fase de grupos, as quatro equipes classificadas fizeram as semifinais. Em um jogo de altíssimo nível e muitas chances desperdiçadas de lado a lado, Bruninho fez o solitário gol da vitória da Unidos da Tijuca em cima da Vila Isabel, por 1x0. No outro jogo, Marquinho (duas vezes) e Felipe Dias deram à Beija-Flor uma vantagem considerável, mas a Mangueira reagiu com dois gols de André e isso levou a partida a um final eletrizante, que terminou com vitória da Beija-Flor por 3x2.

Na disputa da medalha de bronze, a Mangueira começou muito bem e abriu boa vantagem, com dois gols de André e um de Fabrício, mas a Vila Isabel endureceu o jogo e encostou no placar, com Dudu e Casto. Quando parecia que teríamos o empate, o goleiro Rafinha Tiziu saiu mal, a bola foi recuperada e Ma Luca tocou para o gol vazio. Dudu ainda descontou na saída de bola, mas não tinha mais tempo. A Mangueira derrotou a Vila Isabel por 4x3, num jogão, e ficou com a medalha de bronze.

Chegou o momento da grande final! Unidos da Tijuca e Beija-Flor chegaram para um grande tira-teima das duas maiores equipes de Subbuteo na atualidade. A Unidos da Tijuca, campeã da Liesa, empatou com a Imperatriz (2x2) e venceu a Mangueira (5x4) para se classificar para as semifinais. A vitória sobre a Vila Isabel (1x0) selou a vaga para a final.

A Beija-Flor conquistou a medalha de ouro no Street Soccer, com uma campanha arrasadora e, aqui na disputa do Society, mostrou que é uma equipe em ascensão para o restante da temporada. Começou com um empate com o Viradouro (4x4) e, depois, venceu seus rivais do Salgueiro (2x1), para conseguir a vaga nas semifinais, onde, em uma partida incrível, venceu a Mangueira por 3x2.

Unidos da Tijuca e Beija-Flor, tendo o árbitro Félix ao centro, antes da grande final.

A partida começou tensa, com as duas equipes se estudando e a Unidos da Tijuca arriscando mais. Porém, sofre riscos ao deixar a defesa exposta, e foi assim que a Beija-Flor se aproveitou. Após Rafinha recuperar um passe mal feito para Olavo na esquerda, tocou para Marquinho, que lançou Felipe Dias na direita. O camisa 7 arrancou em diagonal, invadiu a área e deslocou o goleiro para fazer Beija-Flor 1x0.

A Unidos da Tijuca não se incomodou com o gol, muito pelo contrário. Buscou se organizar para chegar ao empate e conseguiu, após Dr. L passar a bola a Alô no comando de ataque. A marcação fechou a entrada da área, então o camisa 9 abriu na esquerda para Olavo, que entrou em velocidade e chutou cruzado, com força, para fazer Unidos da Tijuca 1x1.

A partida continuou equilibrada, com chances desperdiçadas de lado a lado. Mas a Unidos da Tijuca tinha maior organização e foi assim que chegou à virada. Dr. L desarmou Felipe Dias e passou a Alô na meia esquerda. O camisa 9 puxou a marcação e tocou a Bruninho, que invadia pelo centro. O camisa 8 avançou até a entrada da área e desferiu um potente chute para vencer Hobson e colocar 2x1 para a Unidos da Tijuca.

A Beija-Flor viu sua vantagem inicial se inverter para uma desvantagem e, assim, precisou sair para o ataque. Teve boas oportunidades, mas seu adversário cresceu no jogo, com uma forte organização defensiva e saídas em contra ataques bem organizados. Após bela jogada de Guga Gaúcho terminar em uma defesa espetacular de Duduzinho, a Unidos da Tijuca partiu para o contra ataque pela esquerda, com Olavo. O camisa 6 avançou pela lateral e rolou no meio para Alô, que invadiu a área, limpou para o pé direito e deu ótimo chute colocado para fazer 3x1 no placar.

A partir dali, o pânico tomou conta da Beija-Flor. A oportunidade de fazer o doblete de ouro Street Soccer/Society era quase impossível, então os jogadores se lançaram ao ataque de forma desorganizada, no desespero. A Unidos da Tijuca só esperava o erro do adversário para dar números finais à partida. Quando Olavo desarmou Guga Gaúcho e fez um ótimo lançamento para o campo de ataque, Bruninho adiantou demais e Rafinha saiu para ficar com a bola. Mas acabou se atrapalhando, perdeu a bola para o camisa 8 e viu Bruninho invadir a área e chutar forte na saída de Hobson para fazer Unidos da Tijuca 4x1 Beija-Flor.

Desta forma, a Unidos da Tijuca ficou com a medalha de ouro, a Beija-Flor conquistou a prata e a Mangueira ficou com o bronze. André, da Mangueira, foi o artilheiro da competição, com 9 gols.

Para a Unidos da Tijuca, foi o segundo título conquistado no Subbuteo, somando essa medalha de ouro à conquista da Liesa, além da medalha de bronze no Street Soccer. Já a Beija-Flor também se consagrou, com duas medalhas nas Olimpíadas (ouro no Street Soccer e prata no Society). A próxima edição da Liesa promete.

O pódio do futebol nas Olimpíadas 2024. No alto, com a medalha de ouro, a Unidos da Tijuca. Abaixo, com a medalha de prata, a Beija-Flor. Mais abaixo, com a medalha de bronze, a Mangueira.

Tivemos um grande mês de competições. As Olimpíadas ajudaram muito e trouxeram modalidades que encantaram, além de serem divertidíssimas. A ausência foi o hóquei, que não teve tempo hábil para ser executado. Até o final do ano, além do ciclismo, teremos o retorno da Liesa no Subbuteo, algumas competições de skate e partidas de shuffleboard. Como se vê, a FIFUBO mantém-se ativa, encantando os fãs de diversas modalidades esportivas ao redor do mundo!

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