segunda-feira, 1 de julho de 2024

LMC Junho - 01/07/2024

O ano chega à sua metade; o primeiro semestre passou voando debaixo das rodas das bicicletas e a LMC encerra junho com muita emoção. Vamos ver como foram as competições do mês.

COPA DO MUNDO

O primeiro dia do mês trouxe a competição magna da LMC. Com um recorde de 52 ciclistas, a Copa do Mundo foi disputada na Eslovênia, por conta do título de Primoz Roglic em 2023, num sábado de céu azul e temperatura agradável.

Os ciclistas escalam as montanhas da Eslovênia, na disputa da Copa do Mundo de Ciclismo 2024.

Pelo Regulamento Geral de Competições da LMC, metade dos 12 trechos da Copa do Mundo tem que ser em montanha e a outra metade, no plano. Os eslovenos escolheram uma prova que começava com uma subida de 5%, depois tinha trechos de 7, 10, 6 e 9% intercalados com trechos planos. A chegada seria em uma montanha com 8% de inclinação, ou seja, uma prova muito mais para montanhistas do que para qualquer outro estilo.

Difícil acompanhar o pelotão, quando eles se esticam dessa maneira...

O lindo dia de céu azul e temperatura agradável forneceu o clima perfeito para uma Copa do Mundo. E foi uma prova típica, com tentativas de fuga e pelotão buscando até a metade da corrida, quando os grupos começaram a se formar e, a cada montanha, essa divisão ficava mais latente. Antes da última subida, um grupo de quatro ciclistas se formou para disputar o título, em uma chegada emocionante.


E foi em meio a uma incrível disputa de “sprint pra cima”, em meio aos 8% de inclinação da última subida, que a história foi escrita mais uma vez. O belga Axel Merckx (T-Mobile) usou suas especialidades de ciclista de clássicas para derrotar o espanhol Oscar Freire (Rabobank), terceiro em 2021, e conquistar o título mundial. Em terceiro, fazendo a festa dos torcedores locais, chegou o esloveno Tadej Pogacar (UAE Emirates), em uma disputa apertadíssima com os demais.


Em quarto ficou o italiano Filippo Ganna (Acqua & Sapone), em quinto brasileiro Rafael Andriato (Imperatriz) e em sexto o espanhol Oscar Pereiro Sio (Caisse D’Epargne). A destacar ainda o sétimo lugar do brasileiro Magno Nazaret (Vasco da Gama), que fez incríveis seis passagens em ritmo altíssimo, até sofrer uma queda e ser apanhado pelos demais.


A Copa do Mundo foi espetacular, com um ritmo altíssimo e show para os torcedores que foram às ruas da Eslovênia para ver a Bélgica levar o título pela primeira vez. Mais incrível, esta foi a primeira Copa do Mundo sob a presidência de Eddy Merckx, que viu seu filho ganhar de forma emocionante. Apenas dois ciclistas abandonaram a corrida. Vincenzo Nibali deixou a competição com dores musculares. Frank Schleck, no entanto, decepcionou ao sequer largar. O então campeão, Primoz Roglic, tentou andar no grupo que estava na frente, mas a concorrência era grande e o nível, muito alto. Assim, se despede da camisa arco-íris com um trigésimo sexto lugar.

O emocionado abraço do presidente da LMC, Eddy Merckx, com seu filho, o campeão mundial Axel Merckx.

A Copa do Mundo conta pontos tanto para o ranking da LMC quanto para o Independente. Desta forma, Luciano Pagliarini segue na liderança do ranking da LMC, com 88 pontos, enquanto Nairo Quintana segue líder do ranking independente, com 64 pontos.


Este foi o segundo título de Axel Merckx na LMC. Com essa conquista, ele leva para a Bélgica a Copa do Mundo de 2025.

O pódio da Copa do Mundo de Ciclismo 2024. No alto, com o troféu de campeão, o belga Axel Merckx (T-Mobile). Abaixo dele, com o troféu de vice-campeão, o espanhol Oscar Freire (Rabobank). Abaixo do troféu de campeão e com o troféu de terceiro colocado, o esloveno Tadej Pogacar (UAE Emirates).


VOLTA DA COLÔMBIA

Os ciclistas ganharam uma semana para se recuperar e treinar, retornando somente no dia 09, na Colômbia, para a disputa da Volta daquele país. Era repleta de subidas bem inclinadas em todas as etapas (exceto no contra relógio de abertura), inclusive na última, que coroaria os campeões no geral e na montanha. Por esse motivo, é muito mais para os escaladores do que para os ciclistas por etapas.


Do contra relógio de abertura, vencido pelo espanhol Alejandro Valverde (Caja Rural), com o alemão André Greipel (Lotto Belisol) em segundo e o terceiro, o italiano Fabio Aru (Liquigás), segundo aqui em 2022, até a última corrida, no dia 16, aconteceu muita coisa interessante, em mais uma competição de altíssimo nível.


Por ser em montanha, a sexta etapa definiria não só o campeão no geral, mas também o daquela categoria. O prêmio de montanha, inclusive, podia ser conquistado por qualquer um dos 40 ciclistas, pois tinha muitas metas volantes para se buscar. O geral também tinha uma competição acirrada pois, matematicamente, 27 ciclistas ainda podiam fazer os pontos necessários para levar o título.


Disputada em um dia de céu azul e temperatura alta, a corrida foi de um nível baixo. Os torcedores colombianos, que viram uma grande competição nas etapas anteriores, mereciam um desfecho melhor para a Volta do que ciclistas sem vontade de fazer qualquer coisa.


Mas teve emoção no final e terminou com uma dobradinha francesa, com a vitória de Thibaut Pinot (FDJ) e o segundo lugar de Romain Bardet (AG2R). O luxemburguês Frank Schleck (Saxo Bank) foi o terceiro. Com muitos pontos em disputa e uma corrida embolada, os campeões só foram revelados ao final da contagem de pontos.

O pódio da sexta etapa. No alto, com o troféu de vencedor, Thibaut Pinot (Française De Jeux). Abaixo dele e fechando a dobradinha francesa no pódio, Romain Bardet (AG2R), segundo colocado. Abaixo do troféu, o luxemburguês Frank Schleck (Saxo Bank), terceiro colocado.

O esforço na última subida, com 9% de inclinação, pagou seus dividendos e, com o terceiro lugar na etapa, Frank Schleck conquistou os títulos no geral e em montanha. Com um segundo e um terceiro lugares nas etapas de montanha, além dos vários pontos em metas volante no terreno inclinado, o luxemburguês da Saxo Bank chegou a quatro títulos no ano. Ele também fez o doblete geral/montanha no Algarve. Estas conquistas levaram Frank Schleck à incrível marca de 12 títulos na LMC.


Então líderes, Lance Armstrong e Fabio Aru (este também em montanha) fizeram uma corrida sofrível, andando sempre no grupeto e terminando na vigésima nona e na trigésima posições, respectivamente. Fizeram de tudo para perder e conseguiram, terminando empatados no segundo lugar. Além deles, quem decepcionou totalmente foi Fernando Gaviria. Ciclista local, jamais deu sinais de que poderia dar alguma alegria aos torcedores, finalizando com apenas um ponto conquistado em meta volante.


Mas, no final, a Volta da Colômbia foi muito boa. Os ciclistas entregaram boas corridas, travaram uma emocionante disputa pelo título e finalizaram a competição sem abandonos.


Após a Volta da Colômbia, Frank Schleck retoma a liderança do ranking, com 112 pontos.

O pódio da Volta da Colômbia 2024. No alto, com os troféus de campeão geral e de montanha, o luxemburguês Frank Schleck (Saxo Bank). Abaixo do troféu de campeão geral, o norte americano Lance Armstrong (USPS) e Fabio Aru (Liquigás), vice-campeões. Abaixo do troféu de montanha e fechando a dobradinha italiana no pódio, Filippo Pozzato (Acqua & Sapone), terceiro colocado.


CLÁSSICA DE SAN SEBASTIAN

Na segunda-feira, 17, os ciclistas independentes se encontraram no extremo norte da Espanha, para a Clássica de San Sebastian. A prova mescla trechos planos (incluindo a largada e a chegada) com subidas duras, de 9 a 11% de inclinação, sendo mais voltada para os ciclistas de clássicas, mas com os montanhistas também levando algum favoritismo.


A prova se resumiu a tentativas de fuga, pelotão organizado e poucos no grupeto, indicando que teria um bom final em sprint, com todos juntos. Porém, as duas últimas montanhas eram difíceis e ótimas para uma tentativa de ataque decisivo. E foi isso que aconteceu, com o colombiano Egan Bernal (Ineos) fazendo jus ao seu estilo escalador para deixar os demais para trás e vencer a solo. Na disputa pela segunda posição, melhor para o esloveno Tadej Pogacar (UAE Emirates), que chegou em segundo e deixou o terceiro lugar para o francês Bryan Coquard (Cofidis), repetindo sua posição neste pódio, em 2021. O único ponto baixo desta ótima prova foi o abandono de Richard Carapaz.


Após a Clássica de San Sebastian, Nairo Quintana permanece na liderança do ranking independente, com 65 pontos.

O pódio da Clássica de San Sebastian 2024. No alto, com o troféu de vencedor, o colombiano Egan Bernal (Ineos). Abaixo dele, o esloveno Tadej Pogacar (UAE Emirates), segundo colocado. Abaixo do troféu, o francês Bryan Coquard (Cofidis), terceiro colocado.


TOUR DA CALIFÓRNIA

No dia 18, os ciclistas se encontraram na Costa Oeste dos Estados Unidos, para o Tour da Califórnia 2024. A maioria das etapas é plana e até as de montanha têm inclinação leve. Por esse motivo, é uma prova muito mais voltada para os sprinters do que para os ciclistas por etapas.


O contra relógio de abertura terminou com o mesmo vitorioso de 2021, o brasileiro Rafael Andriato (Imperatriz). Em segundo ficou o luxemburguês Andy Schleck (Saxo Bank) e, em terceiro, o espanhol Alejandro Valverde (Caja Rural).


No dia 25, uma terça–feira, os ciclistas partiram na última etapa, com uma pequena montanha com 5% de inclinação logo no início, finalizando uma fraca edição 2024 deste Tour. A quinta etapa foi uma das piores corridas da temporada, com grandes chances de ser a pior. Um festival de quedas, abandonos (inclusive do ciclista local, Lance Armstrong), ritmo diminuto e vaias do torcedor na linha de chegada e no pódio. Mesmo assim, os atletas tinham um último gás para dar e seis dos trinta e seis sobreviventes ainda tinham chances de título.


Disputada em um dia de sol entre nuvens e temperatura agradável, a corrida foi o oposto do que se viu no restante do Tour da Califórnia. Bem disputada, ritmo elevado, público aplaudindo e um show de estratégia da Saxo Bank. Com Andy Schleck como camisa amarela e os outros postulantes precisando da meta volante para terem chances de título, foi seu irmão Frank o grande nome da prova. Desde cedo, puxou um ritmo forte e, na meta volante, atacou para ficar com os pontos, tornando praticamente impossível para os demais a conquista do título. A Andy Schleck coube marcar os rivais que ainda tinham chances.


E houve emoção de sobra na linha de chegada, porque Philippe Gilbert (Lotto Belisol) tinha uma vantagem enorme para o pelotão, mas começou a perder vantagem, fruto de um puncture. Os demais perceberam o drama de Gilbert e aceleraram, mas o ciclista da Lotto Belisol conseguiu manobrar bem sua bicicleta e conquistou a vitória, com o suíço Fabian Cancellara fazendo a festa da Saxo Bank com o segundo lugar e Tom Boonen (Quickstep) finalizando a dobradinha belga no pódio com o terceiro lugar, mesma posição que havia conquistado aqui em 2021.


O pódio da última etapa. No alto, com o troféu de vencedor, Philippe Gilbert (Lotto Belisol). Abaixo dele, o suíço Fabian Cancellara (Saxo Bank), segundo colocado. Abaixo do troféu e finalizando a dobradinha belga no pódio, Tom Boonen (Quickstep), o terceiro colocado.

O título de montanha foi dividido entre o francês Sylvain Chavanel (Quickstep) e o italiano Domenico Pozzovivo (AG2R). Campeão em 2021, Chavanel volta a levar um troféu na Califórnia, desta vez em montanha. Foi seu primeiro título no ano, o sexto na LMC e o terceiro em montanha. Pozzovivo também conquista o primeiro título no ano, o terceiro na LMC.

O francês Sylvain Chavanel (Quickstep) e o italiano Domenico Pozzovivo (AG2R) dividem o troféu de montanha.

Andy Schleck cruzou em vigésimo quarto e celebrou a conquista do Tour da Califórnia 2024, seu primeiro título no ano e o quinto na LMC. O luxemburguês deu à Saxo Bank seu segundo título consecutivo, já que seu irmão Frank havia conquistado a Volta da Colômbia.

A competição foi pobre tecnicamente. 4 ciclistas abandonaram, cada um com seus problemas. Mas a frustração do público ao ver Lance Armstrong deixar a corrida foi enorme. Além dele, aconteceram algumas bizarrices, como Rafael Andriato vencer a primeira etapa e abandonar a segunda e os irmãos Schleck vencerem uma etapa e serem últimos na seguinte.


Após o Tour da Califórnia, Frank Schleck se mantém na liderança do ranking, com 124 pontos.

O pódio do Tour da Califórnia 2024. No alto, com o troféu de campeão, o luxemburguês Andy Schleck (Saxo Bank). Abaixo dele, com o troféu de campeão de montanha, o francês Sylvain Chavanel (Quickstep), vice-campeão. Abaixo do troféu, com o troféu de vencedor da última etapa, o belga Philippe Gilbert (Lotto Belisol) e, ao seu lado, o eslovaco Peter Sagan (Bora), empatados na terceira colocação.


CLÁSSICA DE MONTREAL

No dia 26, os ciclistas independentes se encontraram na província de Quebec para a Clássica de Montreal 2024. Totalmente plana, à exceção de uma montanha com 7% de inclinação na metade, é uma prova voltada majoritariamente para os sprinters.


Disputada em um dia ensolarado e de temperatura agradável, a corrida viu duas estratégias distintas, uma dando certo e a outra, errado, e um final surpreendente.


Começando pela estratégia errada, a Movistar arriscou um ataque assim que a prova começou. Richard Carapaz ditava o ritmo e protegia Nairo Quintana até que, quando não aguentou mais, deu o sinal e Quintana atacou para ir a solo buscar a vitória. Só que o próprio Naironman não aguentou seu ritmo e cansou, sendo alcançado pelos demais e terminando num frustrante quinto lugar. Carapaz ainda tentou voltar a ajudá-lo, mas também estava sem pernas e acabou na sexta posição.


Passando para a estratégia certa, após um início difícil (principalmente pelo ataque da Movistar), a Jumbo Visma se organizou e fez um revezamento entre Woult Van Aert e Jonas Vingegaard para ditar um ritmo que pudesse alcançar os escapados. Deu certo e ambos conseguiram superar seus rivais. Mas aí entrou o final surpreendente.


Outro ciclista que se aproveitou dessa organização da Jumbo Visma foi Egan Bernal. O colombiano da Ineos entrou no revezamento, ajudou a buscar os escapados e, na hora do sprint final, teve maior poder para superar seus rivais e vencer pela quinta vez na temporada, a segunda seguida. À Jumbo coube o restante do pódio, com o belga Woult Van Aert em segundo e o dinamarquês Jonas Vingegaard na terceira posição.


A Clássica foi de um nível altíssimo e um show de estratégia. Todos os ciclistas completaram sem sustos. Ao final da corrida, mesmo com o decepcionante quinto lugar, Nairo Quintana permanece na liderança do ranking independente, com 67 pontos.

O pódio da Clássica de Montreal 2024. No alto, com o troféu de vencedor, o colombiano Egan Bernal (Ineos). Na sequência, uma dobradinha da Jumbo Visma, começando com o belga Woult Van Aert, o segundo colocado. Abaixo do troféu, o dinamarquês Jonas Vingegaard, terceiro colocado.

LIEGE-BASTOGNE-LIEGE

No dia 27, os ciclistas se encontraram nas montanhas que dividem Luxemburgo e Bélgica, para a quarta Clássica Monumento da temporada. A Liege-Bastogne-Liege é disputada na região das Ardenas. Conhecida como “A Decana”, larga em Liege, tem uma montanha de 6% de inclinação logo de cara e ruma para Bastogne, onde encontra montanhas de 9 e 10% de inclinação antes de retornar a Liege pelo lado oposto, encarando uma montanha de 11% antes da chegada em sprint, sendo uma corrida voltada para os ciclistas de clássicas e para os montanhistas.


O dia nublado trouxe uma temperatura mais amena e, com isso, refresco para os atletas. Mesmo assim, a prova foi de um nível baixo até a metade, com muitas quedas e ritmo diminuto. A segunda parte foi bem melhor, com aumento da velocidade, ataques e contra ataques e show de estratégia.


Ao final, o brasileiro Rafael Andriato (Imperatriz) conseguiu se desgarrar dos demais e, aumentando a diferença a cada pedalada, venceu com uma sobra enorme. Na disputa pelas posições seguintes, Chris Froome e Oscar Pereiro Sio disputaram posição e o espanhol foi ao chão. O inglês da Sky cruzaria em segundo, com o italiano Vincenzo Nibali (Astana), campeão em 2023, chegando na terceira posição.


Analisando as imagens da queda de Oscar Pereiro Sio, o TCB concluiu que Froome teve certa culpa com suas manobras, punindo-o com a perda de 3 pontos no ranking. Assim, Froome manteve a segunda posição, mas levou apenas metade dos pontos conquistados.


Este foi o primeiro título de Rafael Andriato na temporada, o quinto desde que estreou na LMC e sua primeira Clássica Monumento. A corrida teve 3 ciclistas que abandonaram: Philippe Gilbert, Michele Scarponi e André Greipel, que sequer largou.


Após a Liege-Bastogne-Liege, Frank Schleck permanece na liderança do ranking, com 124 pontos.

O pódio da Liege-Bastogne-Liege 2024. No alto, com o troféu de campeão, o brasileiro Rafael Andriato (Imperatriz). Abaixo dele, o inglês Chris Froome (Sky), segundo colocado. Abaixo do troféu, o italiano Vincenzo Nibali (Astana), terceiro colocado.


KUURNE BRUSSELS KUURNE

No dia 28, os ciclistas independentes se encontraram em Flandres, norte da Bélgica, para uma clássica duríssima. A Kuurne Brussels Kuurne é a versão indy da Liege-Bastogne-Liege, começando em Kuurne com uma subida com 10% de inclinação logo no início. Depois, uns trechos em pavê e um muro de 12% em Bruxelas e um retorno inteiramente plano até Kuurne. Por esse motivo, é voltada aos ciclistas de clássicas e aos sprinters.

Disputada em um dia de céu azul e temperatura agradável, a corrida viu um grupo arriscando a fuga logo na sua bandeirada inicial, aumentando o ritmo cada vez mais. Sem um pelotão organizado e com trechos em pavê pelo meio do caminho, ficou difícil buscar os escapados. Com a formação de pequenos grupos, cada um ditava o próprio ritmo para tentar uma vantagem no muro em Bruxelas, pois ali seria decidida a corrida.

E o ponto de virada foi mesmo na capital belga, pois a subida foi muito dura, sendo ali o momento em que Jonas Vingegaard percebeu que poderia atacar e não seria mais incomodado. Desta forma, o dinamarquês da Jumbo Visma acelerou forte, não teve oposição e venceu com sobras pela primeira vez na LMC. Na emocionante disputa pelo restante do pódio, melhor para o belga Axel Merckx (T-Mobile), que chegou em segundo, mesma posição que conquistara no ano passado. Em terceiro ficou o brasileiro Magno Nazaret (Vasco da Gama).

Em uma prova de altíssimo nível, todos os ciclistas completaram e, após sua conclusão, Nairo Quintana permanece na liderança do ranking independente, com 70 pontos.

O pódio da Kuurne Brussels Kuurne 2024. Ao centro, o dinamarquês Jonas Vingegaard (Jumbo Visma) comemora a sua primeira vitória na LMC sendo erguido pelo belga Axel Merckx (T-Mobile), segundo colocado, e pelo brasileiro Magno Nazaret (Vasco da Gama), terceiro colocado.

RANKING
1º Frank Schleck (Saxo Bank) - 124 pontos;
2º Luciano Pagliarini (Saunier Duval) - 106 pontos;
3º Julian Alaphilippe (Quickstep) - 80 pontos.

RANKING INDEPENDENTE
1º Nairo Quintana (Movistar) - 70 pontos;
2º Egan Bernal (Ineos) - 63 pontos;
3º Woult Van Aert (Jumbo Visma) - 49 pontos.

NOTAS RÁPIDAS
  • Foram disputadas 7 provas neste mês, o mesmo que no mês passado. Tivemos grandes competições, com destaque para a Copa do Mundo e a quarta Clássica Monumento da temporada;
  • Tivemos 10 abandonos durante as disputas, um número muito superior ao do mês passado (3) e com uma média de 1,4 por prova;
  • No geral, tivemos corridas muito boas, embora algumas decepções tenham sido vistas na Colômbia e na Califórnia. O ritmo foi alto e a emoção sobrou;
  • Até o final da primeira semana de julho faremos uma postagem com o resumo do primeiro semestre;
  • Entre os dias 8 e 20, a LMC fará uma pausa e retornará suas competições mais para o final de mês. O número de provas deve cair em julho.

SUBBUTEO

Na postagem de maio, falamos de uma grande surpresa que viria em junho e viemos para cumprir. O Projeto Perebas chegou, com ex jogadores profissionais impressos em 3D para disputar peladas e alegrar ainda mais a LIESA.


Com os goleiros Ricardo Cruz (ex Botafogo) e Silas (ex Inter de Limeira) e os jogadores Manoel Tobias (lenda do futsal), Toró (ex Flamengo), Etcheverry (ex Bolívia), Muriqui (ex Madureira) e os antigos jogadores do Vasco Tinho, Paulo Miranda, Felipe, Juninho, Euller, Alex Alves e Valdir, teremos boas preliminares antes dos jogos do campeonato, bem como peladas de meio de semana.


Paulo Miranda, inclusive, veio para assumir o cargo de diretor da LIESA e dar à competição um suporte profissional que igualará a competição brasileira aos maiores campeonatos nacionais pelo mundo. Euller, por sua vez, será o treinador da seleção brasileira, assim como Etcheverry tentará implementar o Subbuteo Society na Bolívia.

As lendas do futebol e os troféus que serão usados nas competições de Subbuteo.

Detalhe da parte traseira da camisa dos jogadores.

CAMPEONATO SULAMERICANO DE SUBBUTEO SOCIETY

Aproveitando a onda do Subbueto Society pelo mundo, o Imperatriz Arena organizou o primeiro campeonato sulamericano da modalidade, em seu campo de terra do Guaraná Antárctica. A competição teve seis equipes (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia e Uruguai), divididos em dois grupos com 3 cada, que jogavam entre si e classificavam os dois primeiros para as semifinais. Os desclassificados na primeira fase disputariam o quinto e sexto lugares; os perdedores das semifinais, o terceiro e quarto lugares; e os vencedores das semifinais jogariam a grande final.

Após emocionantes jogos durante as fases preliminares e reviravoltas surpreendentes, Argentina e Brasil chegaram à disputa do título sulamericano, no grande jogo final. 

Jogadores de Argentina e Brasil, com o árbitro Félix, na execução dos hinos nacionais.

A Argentina marcou logo na saída de bola, após excelente jogada de Garcia pela ponta direita, avançando até o bico da área e chutando cruzado. O Brasil empatou após Dr. L puxar contra ataque e fazer ótimo passe para André na área. O camisa 7 só precisou dar um toquinho de canhota para tirar do goleiro Gatti. A virada brasileira veio após André desarmar Garcia no meio de campo e descobrir Leozinho livre no meio. O camisa 9 invadiu a área e chutou no canto de Gatti. A Argentina voltou a empatar depois que Leozinho perdeu a bola para Enrique, que tocou a Montoya e o camisa 10 fez ótimo passe nas costas da defesa para Acosta, que invadiu a área e tocou na saída de Daniel. Quando o jogo se encaminhava para os pênaltis, Marquinho fez excelente jogada pela esquerda, invadiu a área e chutou forte para vencer Gatti e fazer Brasil 3x2.

Argentina e Brasil fizeram uma final digna da grande monta que o Subbuteo Society está tomando.

BRASIL CAMPEÃO SULAMERICANO DE SUBBUTEO SOCIETY

Depois de um início ruim, com uma surpreendente derrota para o Chile, o Brasil acordou e fez grandes partidas, derrubando seus rivais com 3 vitórias seguidas e levantando o troféu sulamericano.

O Chile foi a grande surpresa da competição, derrotando a equipe que terminaria campeã, terminando com um terceiro lugar e tendo o melhor jogador e artilheiro da competição. Com 7 gols, Martinuccio surpreendeu a todos e já desperta a atenção de equipes europeias, uma vez que o Chile não tem competições de Subbuteo Society.

Jogadores do Brasil e o técnico Euller erguem o troféu do Campeonato Sulamericano de Subbuteo Society 2024.

Abaixo, a tabela com os jogos e a classificação final do Sulamericano:

Grupo A

Brasil 1x2 Chile – André, Martinuccio (2)

Colômbia 1x1 Chile – Murillo, Martinuccio

Colômbia 1x2 Brasil – Ruiz, André (2)


Grupo B

Argentina 2x1 Bolívia – Acosta, Valencia

Uruguai 2x0 Bolívia – Rodriguez (2)

Uruguai 1x1 Argentina – Nuñez, Garcia


Semifinais

Chile 2x3 Argentina – Martinuccio (2), Garcia, Montoya, Acosta

Uruguai 0x3 Brasil – Marquinho (2), Leozinho


Disputa do 5º lugar

Colômbia 2x4 Bolívia – Valencia, Ruiz (2), Peña, Melgar (2)


Disputa do 3º lugar

Chile 3x1 Uruguai – Nuñez, Romero, Martinuccio, Rozenthal


Final

Argentina 2x3 Brasil – Garcia, André, Leozinho, Acosta, Marquinho


Campeão - Brasil

Vice-campeão - Argentina

3º colocado - Chile

4º colocado - Uruguai

5º colocado - Bolívia

6º colocado - Colômbia

Artilheiro – Martinuccio (Chile) – 6 gols


E as surpresas não param por aí! Já tem um novo projeto para ser desenrolado no segundo semestre, que pode render uma incrível Liga de Subbuteo. A FIFUBO promete, a FIFUBO cumpre!

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