O ano chega à sua metade; o primeiro semestre passou voando debaixo das rodas das bicicletas e a LMC encerra junho com muita emoção. Vamos ver como foram as competições do mês.
COPA DO MUNDO
O primeiro dia do mês trouxe a competição magna da LMC. Com um recorde de 52 ciclistas, a Copa do Mundo foi disputada na Eslovênia, por conta do título de Primoz Roglic em 2023, num sábado de céu azul e temperatura agradável.
Os ciclistas escalam as montanhas da Eslovênia, na disputa da Copa do Mundo de Ciclismo 2024. |
Pelo Regulamento Geral de Competições da LMC, metade dos 12 trechos da Copa do Mundo tem que ser em montanha e a outra metade, no plano. Os eslovenos escolheram uma prova que começava com uma subida de 5%, depois tinha trechos de 7, 10, 6 e 9% intercalados com trechos planos. A chegada seria em uma montanha com 8% de inclinação, ou seja, uma prova muito mais para montanhistas do que para qualquer outro estilo.
Difícil acompanhar o pelotão, quando eles se esticam dessa maneira... |
O lindo dia de céu azul e temperatura agradável forneceu o clima perfeito para uma Copa do Mundo. E foi uma prova típica, com tentativas de fuga e pelotão buscando até a metade da corrida, quando os grupos começaram a se formar e, a cada montanha, essa divisão ficava mais latente. Antes da última subida, um grupo de quatro ciclistas se formou para disputar o título, em uma chegada emocionante.
E foi em meio a uma incrível disputa de “sprint pra cima”, em meio aos 8% de inclinação da última subida, que a história foi escrita mais uma vez. O belga Axel Merckx (T-Mobile) usou suas especialidades de ciclista de clássicas para derrotar o espanhol Oscar Freire (Rabobank), terceiro em 2021, e conquistar o título mundial. Em terceiro, fazendo a festa dos torcedores locais, chegou o esloveno Tadej Pogacar (UAE Emirates), em uma disputa apertadíssima com os demais.
Em quarto ficou o italiano Filippo Ganna (Acqua & Sapone), em quinto brasileiro Rafael Andriato (Imperatriz) e em sexto o espanhol Oscar Pereiro Sio (Caisse D’Epargne). A destacar ainda o sétimo lugar do brasileiro Magno Nazaret (Vasco da Gama), que fez incríveis seis passagens em ritmo altíssimo, até sofrer uma queda e ser apanhado pelos demais.
A Copa do Mundo foi espetacular, com um ritmo altíssimo e show para os torcedores que foram às ruas da Eslovênia para ver a Bélgica levar o título pela primeira vez. Mais incrível, esta foi a primeira Copa do Mundo sob a presidência de Eddy Merckx, que viu seu filho ganhar de forma emocionante. Apenas dois ciclistas abandonaram a corrida. Vincenzo Nibali deixou a competição com dores musculares. Frank Schleck, no entanto, decepcionou ao sequer largar. O então campeão, Primoz Roglic, tentou andar no grupo que estava na frente, mas a concorrência era grande e o nível, muito alto. Assim, se despede da camisa arco-íris com um trigésimo sexto lugar.
O emocionado abraço do presidente da LMC, Eddy Merckx, com seu filho, o campeão mundial Axel Merckx. |
A Copa do Mundo conta pontos tanto para o ranking da LMC quanto para o Independente. Desta forma, Luciano Pagliarini segue na liderança do ranking da LMC, com 88 pontos, enquanto Nairo Quintana segue líder do ranking independente, com 64 pontos.
Este foi o segundo título de Axel Merckx na LMC. Com essa conquista, ele leva para a Bélgica a Copa do Mundo de 2025.
VOLTA DA COLÔMBIA
Os ciclistas ganharam uma semana para se recuperar e treinar, retornando somente no dia 09, na Colômbia, para a disputa da Volta daquele país. Era repleta de subidas bem inclinadas em todas as etapas (exceto no contra relógio de abertura), inclusive na última, que coroaria os campeões no geral e na montanha. Por esse motivo, é muito mais para os escaladores do que para os ciclistas por etapas.
Do contra relógio de abertura, vencido pelo espanhol Alejandro Valverde (Caja Rural), com o alemão André Greipel (Lotto Belisol) em segundo e o terceiro, o italiano Fabio Aru (Liquigás), segundo aqui em 2022, até a última corrida, no dia 16, aconteceu muita coisa interessante, em mais uma competição de altíssimo nível.
Por ser em montanha, a sexta etapa definiria não só o campeão no geral, mas também o daquela categoria. O prêmio de montanha, inclusive, podia ser conquistado por qualquer um dos 40 ciclistas, pois tinha muitas metas volantes para se buscar. O geral também tinha uma competição acirrada pois, matematicamente, 27 ciclistas ainda podiam fazer os pontos necessários para levar o título.
Disputada em um dia de céu azul e temperatura alta, a corrida foi de um nível baixo. Os torcedores colombianos, que viram uma grande competição nas etapas anteriores, mereciam um desfecho melhor para a Volta do que ciclistas sem vontade de fazer qualquer coisa.
Mas teve emoção no final e terminou com uma dobradinha francesa, com a vitória de Thibaut Pinot (FDJ) e o segundo lugar de Romain Bardet (AG2R). O luxemburguês Frank Schleck (Saxo Bank) foi o terceiro. Com muitos pontos em disputa e uma corrida embolada, os campeões só foram revelados ao final da contagem de pontos.
O esforço na última subida, com 9% de inclinação, pagou seus dividendos e, com o terceiro lugar na etapa, Frank Schleck conquistou os títulos no geral e em montanha. Com um segundo e um terceiro lugares nas etapas de montanha, além dos vários pontos em metas volante no terreno inclinado, o luxemburguês da Saxo Bank chegou a quatro títulos no ano. Ele também fez o doblete geral/montanha no Algarve. Estas conquistas levaram Frank Schleck à incrível marca de 12 títulos na LMC.
Então líderes, Lance Armstrong e Fabio Aru (este também em montanha) fizeram uma corrida sofrível, andando sempre no grupeto e terminando na vigésima nona e na trigésima posições, respectivamente. Fizeram de tudo para perder e conseguiram, terminando empatados no segundo lugar. Além deles, quem decepcionou totalmente foi Fernando Gaviria. Ciclista local, jamais deu sinais de que poderia dar alguma alegria aos torcedores, finalizando com apenas um ponto conquistado em meta volante.
Mas, no final, a Volta da Colômbia foi muito boa. Os ciclistas entregaram boas corridas, travaram uma emocionante disputa pelo título e finalizaram a competição sem abandonos.
Após a Volta da Colômbia, Frank Schleck retoma a liderança do ranking, com 112 pontos.
Na segunda-feira, 17, os ciclistas independentes se encontraram no extremo norte da Espanha, para a Clássica de San Sebastian. A prova mescla trechos planos (incluindo a largada e a chegada) com subidas duras, de 9 a 11% de inclinação, sendo mais voltada para os ciclistas de clássicas, mas com os montanhistas também levando algum favoritismo.
A prova se resumiu a tentativas de fuga, pelotão organizado e poucos no grupeto, indicando que teria um bom final em sprint, com todos juntos. Porém, as duas últimas montanhas eram difíceis e ótimas para uma tentativa de ataque decisivo. E foi isso que aconteceu, com o colombiano Egan Bernal (Ineos) fazendo jus ao seu estilo escalador para deixar os demais para trás e vencer a solo. Na disputa pela segunda posição, melhor para o esloveno Tadej Pogacar (UAE Emirates), que chegou em segundo e deixou o terceiro lugar para o francês Bryan Coquard (Cofidis), repetindo sua posição neste pódio, em 2021. O único ponto baixo desta ótima prova foi o abandono de Richard Carapaz.
Após a Clássica de San Sebastian, Nairo Quintana permanece na liderança do ranking independente, com 65 pontos.
TOUR DA CALIFÓRNIA
No dia 18, os ciclistas se encontraram na Costa Oeste dos Estados Unidos, para o Tour da Califórnia 2024. A maioria das etapas é plana e até as de montanha têm inclinação leve. Por esse motivo, é uma prova muito mais voltada para os sprinters do que para os ciclistas por etapas.
O contra relógio de abertura terminou com o mesmo vitorioso de 2021, o brasileiro Rafael Andriato (Imperatriz). Em segundo ficou o luxemburguês Andy Schleck (Saxo Bank) e, em terceiro, o espanhol Alejandro Valverde (Caja Rural).
No dia 25, uma terça–feira, os ciclistas partiram na última etapa, com uma pequena montanha com 5% de inclinação logo no início, finalizando uma fraca edição 2024 deste Tour. A quinta etapa foi uma das piores corridas da temporada, com grandes chances de ser a pior. Um festival de quedas, abandonos (inclusive do ciclista local, Lance Armstrong), ritmo diminuto e vaias do torcedor na linha de chegada e no pódio. Mesmo assim, os atletas tinham um último gás para dar e seis dos trinta e seis sobreviventes ainda tinham chances de título.
Disputada em um dia de sol entre nuvens e temperatura agradável, a corrida foi o oposto do que se viu no restante do Tour da Califórnia. Bem disputada, ritmo elevado, público aplaudindo e um show de estratégia da Saxo Bank. Com Andy Schleck como camisa amarela e os outros postulantes precisando da meta volante para terem chances de título, foi seu irmão Frank o grande nome da prova. Desde cedo, puxou um ritmo forte e, na meta volante, atacou para ficar com os pontos, tornando praticamente impossível para os demais a conquista do título. A Andy Schleck coube marcar os rivais que ainda tinham chances.
E houve emoção de sobra na linha de chegada, porque Philippe Gilbert (Lotto Belisol) tinha uma vantagem enorme para o pelotão, mas começou a perder vantagem, fruto de um puncture. Os demais perceberam o drama de Gilbert e aceleraram, mas o ciclista da Lotto Belisol conseguiu manobrar bem sua bicicleta e conquistou a vitória, com o suíço Fabian Cancellara fazendo a festa da Saxo Bank com o segundo lugar e Tom Boonen (Quickstep) finalizando a dobradinha belga no pódio com o terceiro lugar, mesma posição que havia conquistado aqui em 2021.
O título de montanha foi dividido entre o francês Sylvain Chavanel (Quickstep) e o italiano Domenico Pozzovivo (AG2R). Campeão em 2021, Chavanel volta a levar um troféu na Califórnia, desta vez em montanha. Foi seu primeiro título no ano, o sexto na LMC e o terceiro em montanha. Pozzovivo também conquista o primeiro título no ano, o terceiro na LMC.
O francês Sylvain Chavanel (Quickstep) e o italiano Domenico Pozzovivo (AG2R) dividem o troféu de montanha. |
Após o Tour da Califórnia, Frank Schleck se mantém na liderança do ranking, com 124 pontos.
CLÁSSICA DE MONTREAL
No dia 26, os ciclistas independentes se encontraram na província de Quebec para a Clássica de Montreal 2024. Totalmente plana, à exceção de uma montanha com 7% de inclinação na metade, é uma prova voltada majoritariamente para os sprinters.
Disputada em um dia ensolarado e de temperatura agradável, a corrida viu duas estratégias distintas, uma dando certo e a outra, errado, e um final surpreendente.
Começando pela estratégia errada, a Movistar arriscou um ataque assim que a prova começou. Richard Carapaz ditava o ritmo e protegia Nairo Quintana até que, quando não aguentou mais, deu o sinal e Quintana atacou para ir a solo buscar a vitória. Só que o próprio Naironman não aguentou seu ritmo e cansou, sendo alcançado pelos demais e terminando num frustrante quinto lugar. Carapaz ainda tentou voltar a ajudá-lo, mas também estava sem pernas e acabou na sexta posição.
Passando para a estratégia certa, após um início difícil (principalmente pelo ataque da Movistar), a Jumbo Visma se organizou e fez um revezamento entre Woult Van Aert e Jonas Vingegaard para ditar um ritmo que pudesse alcançar os escapados. Deu certo e ambos conseguiram superar seus rivais. Mas aí entrou o final surpreendente.
Outro ciclista que se aproveitou dessa organização da Jumbo Visma foi Egan Bernal. O colombiano da Ineos entrou no revezamento, ajudou a buscar os escapados e, na hora do sprint final, teve maior poder para superar seus rivais e vencer pela quinta vez na temporada, a segunda seguida. À Jumbo coube o restante do pódio, com o belga Woult Van Aert em segundo e o dinamarquês Jonas Vingegaard na terceira posição.
A Clássica foi de um nível altíssimo e um show de estratégia. Todos os ciclistas completaram sem sustos. Ao final da corrida, mesmo com o decepcionante quinto lugar, Nairo Quintana permanece na liderança do ranking independente, com 67 pontos.
No dia 27, os ciclistas se encontraram nas montanhas que dividem Luxemburgo e Bélgica, para a quarta Clássica Monumento da temporada. A Liege-Bastogne-Liege é disputada na região das Ardenas. Conhecida como “A Decana”, larga em Liege, tem uma montanha de 6% de inclinação logo de cara e ruma para Bastogne, onde encontra montanhas de 9 e 10% de inclinação antes de retornar a Liege pelo lado oposto, encarando uma montanha de 11% antes da chegada em sprint, sendo uma corrida voltada para os ciclistas de clássicas e para os montanhistas.
O dia nublado trouxe uma temperatura mais amena e, com isso, refresco para os atletas. Mesmo assim, a prova foi de um nível baixo até a metade, com muitas quedas e ritmo diminuto. A segunda parte foi bem melhor, com aumento da velocidade, ataques e contra ataques e show de estratégia.
Ao final, o brasileiro Rafael Andriato (Imperatriz) conseguiu se desgarrar dos demais e, aumentando a diferença a cada pedalada, venceu com uma sobra enorme. Na disputa pelas posições seguintes, Chris Froome e Oscar Pereiro Sio disputaram posição e o espanhol foi ao chão. O inglês da Sky cruzaria em segundo, com o italiano Vincenzo Nibali (Astana), campeão em 2023, chegando na terceira posição.
Analisando as imagens da queda de Oscar Pereiro Sio, o TCB concluiu que Froome teve certa culpa com suas manobras, punindo-o com a perda de 3 pontos no ranking. Assim, Froome manteve a segunda posição, mas levou apenas metade dos pontos conquistados.
Este foi o primeiro título de Rafael Andriato na temporada, o quinto desde que estreou na LMC e sua primeira Clássica Monumento. A corrida teve 3 ciclistas que abandonaram: Philippe Gilbert, Michele Scarponi e André Greipel, que sequer largou.
Após a Liege-Bastogne-Liege, Frank Schleck permanece na liderança do ranking, com 124 pontos.
KUURNE BRUSSELS KUURNE
Disputada em um dia de céu azul e temperatura agradável, a corrida viu um grupo arriscando a fuga logo na sua bandeirada inicial, aumentando o ritmo cada vez mais. Sem um pelotão organizado e com trechos em pavê pelo meio do caminho, ficou difícil buscar os escapados. Com a formação de pequenos grupos, cada um ditava o próprio ritmo para tentar uma vantagem no muro em Bruxelas, pois ali seria decidida a corrida.
- Foram disputadas 7 provas neste mês, o mesmo que no mês passado. Tivemos grandes competições, com destaque para a Copa do Mundo e a quarta Clássica Monumento da temporada;
- Tivemos 10 abandonos durante as disputas, um número muito superior ao do mês passado (3) e com uma média de 1,4 por prova;
- No geral, tivemos corridas muito boas, embora algumas decepções tenham sido vistas na Colômbia e na Califórnia. O ritmo foi alto e a emoção sobrou;
- Até o final da primeira semana de julho faremos uma postagem com o resumo do primeiro semestre;
- Entre os dias 8 e 20, a LMC fará uma pausa e retornará suas competições mais para o final de mês. O número de provas deve cair em julho.
SUBBUTEO
Na postagem de maio, falamos de uma grande surpresa que viria em junho e viemos para cumprir. O Projeto Perebas chegou, com ex jogadores profissionais impressos em 3D para disputar peladas e alegrar ainda mais a LIESA.
Com os goleiros Ricardo Cruz (ex Botafogo) e Silas (ex Inter de Limeira) e os jogadores Manoel Tobias (lenda do futsal), Toró (ex Flamengo), Etcheverry (ex Bolívia), Muriqui (ex Madureira) e os antigos jogadores do Vasco Tinho, Paulo Miranda, Felipe, Juninho, Euller, Alex Alves e Valdir, teremos boas preliminares antes dos jogos do campeonato, bem como peladas de meio de semana.
Paulo Miranda, inclusive, veio para assumir o cargo de diretor da LIESA e dar à competição um suporte profissional que igualará a competição brasileira aos maiores campeonatos nacionais pelo mundo. Euller, por sua vez, será o treinador da seleção brasileira, assim como Etcheverry tentará implementar o Subbuteo Society na Bolívia.
As lendas do futebol e os troféus que serão usados nas competições de Subbuteo. |
Detalhe da parte traseira da camisa dos jogadores. |
Jogadores de Argentina e Brasil, com o árbitro Félix, na execução dos hinos nacionais. |
Argentina e Brasil fizeram uma final digna da grande monta que o Subbuteo Society está tomando. |
Jogadores do Brasil e o técnico Euller erguem o troféu do Campeonato Sulamericano de Subbuteo Society 2024. |
Brasil 1x2 Chile – André, Martinuccio (2)
Colômbia 1x1 Chile – Murillo, Martinuccio
Colômbia 1x2 Brasil – Ruiz, André (2)
Grupo B
Argentina 2x1 Bolívia – Acosta, Valencia
Uruguai 2x0 Bolívia – Rodriguez (2)
Uruguai 1x1 Argentina – Nuñez, Garcia
Semifinais
Chile 2x3 Argentina – Martinuccio (2), Garcia, Montoya, Acosta
Uruguai 0x3 Brasil – Marquinho (2), Leozinho
Disputa do 5º lugar
Colômbia 2x4 Bolívia – Valencia, Ruiz (2), Peña, Melgar (2)
Disputa do 3º lugar
Chile 3x1 Uruguai – Nuñez, Romero, Martinuccio, Rozenthal
Final
Argentina 2x3 Brasil – Garcia, André, Leozinho, Acosta, Marquinho
Campeão - Brasil
Vice-campeão - Argentina
3º colocado - Chile
4º colocado - Uruguai
5º colocado - Bolívia
6º colocado - Colômbia
Artilheiro – Martinuccio (Chile) – 6 gols
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