Maio foi um mês muito especial para o ciclismo. Chegou a primeira das 3 Grandes Voltas, a primeira do Grand Tour Independente, além dos campeonatos continentais e outras corridas espetaculares. Vamos ver como foi o quinto ano de competições na LMC!
GENT WEVELGEM
No dia 01, Dia do Trabalhador, os ciclistas independentes se encontraram novamente em Flandres, para mais uma clássica belga de primavera. A Gent Wevelgem é plana no início, mas depois aparecem os trechos em pavê, subidas de até 11% de inclinação e um muro de 9% antes da chegada em sprint. Uma prova típica para os ciclistas de clássicas.
O dia de muito calor dificultou bastante a vida dos atletas, que preferiram correr cada um ao seu estilo, sem formar um pelotão. Superado o último muro, no entanto, todos estavam alinhados para uma chegada em sprint, mas Nairo Quintana resolveu atacar antes disso. Ciclista da Movistar, Naironman abriu boa vantagem para os demais e isso se mostrou fatal para as pretensões de um sprint, culminando com sua vitória na Gent Wevelgem 2024. Na disputa pelas posições seguintes, melhor para Egan Bernal (Ineos), que chegou em segundo e fechou a dobradinha colombiana no pódio. Em terceiro chegou o dinamarquês Jonas Vingegaard (Jumbo Visma), que fez uma excelente prova e conseguiu seu lugar no pódio.
Com o segundo lugar, Egan Bernal assume a liderança isolada do ranking independente, com 33 pontos.
FLECHE WALLONNE
No dia 02, os ciclistas se encontraram na Valônia, região sul da Bélgica, para mais uma clássica daquele país. A Fleche Wallonne é um constante sobe e desce, com montanhas de 6, 9 e 11% de inclinação (esta última, na chegada), mostrando que é mais para os escaladores do que para os ciclistas de clássicas.
Disputada em mais um dia de céu azul e muito calor, foi uma prova de altíssimo nível. Se as montanhas não davam refresco, os ciclistas aceleravam mais ainda. Foram realizadas algumas tentativas de ataque, mas o pelotão estava organizado e sempre pegava os escapados, indicando uma chegada emocionante na última montanha. No entanto, o suíço Fabian Cancellara (Saxo Bank) resolveu atacar tão logo o terreno inclinou, não foi mais incomodado e venceu a prova com sobra para os demais. Na segunda posição chegou o esloveno Primoz Roglic (Imperatriz) e, em terceiro, o italiano Filippo Pozzato (Acqua & Sapone), campeão em 2021.
Foi a segunda vez que Cancellara venceu a Fleche Wallonne (havia triunfado também em 2020), se tornando o primeiro bicampeão desta corrida. Este foi o seu primeiro título na temporada e o sexto na LMC.
A prova foi de um nível técnico espetacular e isso se refletiu não só na disputa final como também no fato de que todos os 40 ciclistas chegaram ao seu final. Com o sexto lugar na Fleche Wallonne, Luciano Pagliarini empata em pontos com Frank Schleck (77), na liderança do ranking.
AMSTEL GOLD RACE
No dia 03, os ciclistas independentes se encontraram em Limburgo, no sul da Holanda, para a corrida de número 50 da temporada, uma das mais deliciosas do ano. A Amstel Gold Race tem trechos planos mesclados com subidas com 10, 8 e 11% de inclinação, antes da chegada em sprint. Conhecida como a “Clássica Cervejeira” dá ao seu vencedor um gigantesco copo, cheio de cerveja Amstel.
O pelotão andou organizado até a metade da prova, quando Bryan Coquard arriscou um ataque e foi forçando o ritmo para se distanciar dos demais. Isso fez com que outros atletas tentassem atacar também, cada um tentando sua própria estratégia. Coquard buscava essa vantagem porque sabia que o final montanhoso dificultaria sua vida, mas outros ciclistas perceberam isso e não deixaram o francês escapar.
Tal qual na Gent Wevelgem, Nairo Quintana andou próximo do grupo escapado para atacar nas montanhas e abrir vantagem no terreno onde se sente mais à vontade. Terceiro no ano passado e segundo em 2021, o colombiano da Movistar finalmente conseguiu vencer a Amstel Gold Race, provando que o Naironman está de volta. Na disputa pela segunda posição, melhor para o dinamarquês Jonas Vingegaard (Jumbo Visma), que superou o belga Axel Merckx (T-Mobile), vencedor em 2022, que aqui ficou com a terceira posição. A Bryan Coquard restou o quarto lugar.
Após a última gota de cerveja descer pela garganta do vencedor, o ranking foi atualizado, mas Egan Bernal continua na liderança, com 33 pontos.
GIRO D'ITALIA
No dia 05, começava a primeira das 3 Grandes Voltas do Ciclismo Mundial. O Giro D’Italia trouxe seu amor infinito em 12 etapas, que você confere aqui.
BABY GIRO
No dia 20, começava a grande novidade da temporada, a segunda das “Grandes Voltas” do circuito independente. As etapas do Baby Giro você confere aqui.
CAMPEONATO EUROPEU
No dia 30, os ciclistas europeus dos calendários da LMC e Independente se encontraram na Holanda, para a disputa do Campeonato Europeu de Ciclismo. Sediada no país do campeão do ano anterior, a prova deste ano foi levada para a Holanda por conta da conquista de Tom Dumoulin em 2023.
A corrida foi uma mescla de trechos planos e montanhas. Os quatro trechos inclinados tinham, respectivamente, 7, 8, 9 e 6% de inclinação, sendo este último na linha de chegada, mais em formato de clássica do que de montanha. E foi disputada em um lindo dia de céu azul e temperatura agradável.
Os ciclistas deram show na Holanda. Até a metade, o pelotão andou organizado, mas foi só chegar a segunda subida que começaram os ataques. O pelotão tentou voltar a uma organização para pegar os escapados, mas a fuga ganhava terreno a cada pedalada, o que obrigou os demais a aumentarem o ritmo e resultou numa quebra do pelotão em alguns grupos menores.
Ao final, os três escapados tinham vantagem suficiente para não serem pegos e logo ficou claro que a vitória seria disputada entre eles, na última subida. Não faltou emoção quando um ciclista buscava forças de onde não tinha, outro se desdobrava em mil para não deixá-lo vencer e o outro parecia ter um motor nas pernas para superar os outros dois.
A vitória coube a Vincenzo Nibali (Astana), que derrotou os demais para dar à Itália seu primeiro título europeu no ciclismo. Mas sabe como é o ciclismo italiano, sempre disposto a fazer história, né? Em segundo chegou Filippo Pozzato (Acqua & Sapone), dando uma dobradinha aos campeões. Em terceiro ficou o inglês Bradley Wiggins.
Vice-campeão em 2022, Vincenzo Nibali finalmente conquista o título europeu, seu segundo no ano e o décimo na LMC. Com esta vitória, o Campeonato Europeu de 2025 será na Itália.
Em um épico absoluto, que ainda teve Domenico Pozzovivo dando um quarto lugar à Itália e o criticado Tadej Pogacar chegando em sexto, todos os ciclistas completaram. Em seis edições, tivemos seis países diferentes conquistando esta corrida. O Campeonato Europeu não conta pontos para o ranking.
CAMPEONATO PANAMERICANO
No dia 31, os 11 ciclistas de Argentina, Brasil, Colômbia, Equador e Estados Unidos que disputam os calendários da LMC e Independente se encontraram na Colômbia, para a disputa do Campeonato Panamericano 2024. Tal qual no Europeu, o campeão panamericano leva para o seu país a competição do ano seguinte e, por conta do título de Fernando Gaviria em 2022 e Nairo Quintana em 2023, este seria o segundo ano consecutivo que a competição ocorreria aqui, mas não era só o país que se repetiria; o traçado também. Em um percurso repleto de montanhas (com 8, 7, 10 e 9% de inclinação), tinha uma chegada em sprint após a última subida.
Disputada em um dia nublado e de temperatura baixa, a prova foi mais uma mostra da superioridade colombiana no continente. Desde cedo, Fernando Gaviria saiu em fuga e não foi contestado por ninguém, aumentando a vantagem a cada pedalada para conquistar o tricampeonato panamericano (vencera anteriormente em 2019 e 2022). Entre os demais, a disputa foi boa, terminando com o campeão em 2021 e terceiro em 2020 e 2022, o norte americano Lance Armstrong (USPS), na segunda posição. Em terceiro chegou o brasileiro Magno Nazaret (Vasco da Gama).
Se os colombianos celebraram com mais um título, também vaiaram o TCB após a prova, justamente por causa dos outros dois ciclistas locais. Nairo Quintana vinha em quinto quando sofreu uma queda e o Tribunal, após analisar as imagens, resolveu punir Egan Bernal da forma mais severa, pelo envolvimento no acidente, desclassificando o ciclista da Ineos. Essa decisão polêmica do TCB acontece às portas da Volta da Colômbia e foi muito mal recebida no meio.
Assim como o Campeonato Europeu, o Panamericano não dá pontos para o ranking. Mas mostra o excelente primeiro semestre de Fernando Gaviria, que aumenta ainda mais sua fama como Rei de Clássicas. Só nesse ano, ele já conquistou 4 títulos (todos em clássicas), sendo este o seu terceiro panamericano e o décimo primeiro na LMC.
O terceiro título seguido da Colômbia manterá o Campeonato Panamericano neste país. Assim como em 2023 e 2024, a competição de 2025 será aqui.
- Maio fechou com 7 provas disputadas, 3 a mais que o último mês. Esse número é ainda mais importante se levarmos em consideração que tivemos a primeira das 3 Grandes Voltas, a primeira do Grand Tour e duas provas continentais.
- Durante essas competições, tivemos apenas 3 abandonos, um número menor do que o de abril (4) e, na média, bem menor, com menos de 1 abandono a cada 2 competições.
- O nível das provas subiu consideravelmente, tanto que no Giro D'Italia tivemos aquela que é, até aqui, a performance do ano, com Murilo Fischer, na sexta etapa.
- Com maio esquentando o ciclismo de vez, junho promete. Já começamos o mês com a Copa do Mundo e a tendência é de mais provas emocionantes para os fãs de ciclismo!
Unidos da Tijuca e Salgueiro entram em campo para a grande final da LIESA Subbuteo! |
A Unidos da Tijuca fez uma grande competição, terminando a fase de classificação em primeiro lugar, ao anotar 18 pontos (6 vitórias, 3 derrotas, 22 gols marcados, 15 gols sofridos, saldo de 7), assumindo a liderança isolada logo na terceira rodada e não largando mais, conquistando sua classificação com duas rodadas de antecedência.
Vista aérea do campo de terra do Guaraná Antarctica, no Imperatriz Arena. De um lado, Unidos da Tijuca. Do outro, Salgueiro. No meio disso, o árbitro Félix estava pronto para apitar o início do jogo! |
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