domingo, 1 de outubro de 2023

LMC - Setembro - 01/10/2023

Setembro termina e, com ele, o calendário da LMC. Tivemos provas emocionantes, muita festa e o público lotando a rua. Vamos ver como foi o mês que encerrou a temporada dos artistas dos pedais!


SETTIMANA CICLÍSTICA INTERNAZIONALE

Ainda em agosto, no dia 30, um contra relógio dava início à maior festa do ciclismo italiano. A Settimana Ciclística Internazionale é o momento mais aguardado no calendário ciclístico daquele país, mais até do que o Giro D’Italia, justamente por ser um momento festivo para encerrar a temporada do esporte, além de ser uma prova mais voltada para os montanhistas e ciclistas por etapas.


Tirando o contra relógio, nenhuma etapa tem menos de duas subidas, que vão piorando a cada etapa. Na segunda, subidas de 5 e 6%; na terceira, entre 7 e 8%; na quarta, 8 e 9%. A quinta e a sexta etapas são as de montanha e aí a inclinação é pior, chegando até a 12% e coroando os campeões do geral e de montanha só na última etapa.


Da primeira prova, vencida pelo esloveno Primoz Roglic (Imperatriz), com o italiano Damiano Cunego (Lampre) em segundo e o inglês Bradley Wiggins (Sky) em terceiro, os italianos fizeram muita festa e viram uma competição emocionante. Nada menos do que 20 ciclistas tinham chances de título e todos ainda podiam conquistar o prêmio de montanha.


O lindo dia de sol e alta temperatura trouxe as condições ideais para um desfecho perfeito para esta Settimana. Após a última meta volante da temporada, na metade da corrida, o número de postulantes ao título caiu para 9. O espanhol Alberto Contador (Astana) resolveu atacar no único trecho plano, foi abrindo vantagem e não foi mais incomodado, vencendo com sobra incrível. Em segundo, também na fuga, chegou o brasileiro Luciano Pagliarini (Saunier Duval). Outro que se arriscou na fuga e fez a alegria dos torcedores locais foi Filippo Pozzato (Acqua & Sapone), o terceiro colocado.

O pódio da última etapa. No alto, com o troféu de vencedor, o espanhol Alberto Contador (Astana). Abaixo dele, o brasileiro Luciano Pagliarini (Saunier Duval), segundo colocado. Abaixo do troféu, o italiano Filippo Ganna (Acqua & Sapone), terceiro colocado.


Nenhum dos postulantes ao título conseguiu a pontuação necessária para incomodar o maglia azzurra. Assim, o belga Philippe Gilbert (Lotto Belisol) chegou apenas em trigésimo quarto, mas conquistou o título da Settimana Ciclística Internazionale, seu segundo título no ano e na LMC. O alemão Marcel Kittel (Katusha) conquistou o bicampeonato de montanha, já que havia vencido também em 2019. Este foi o seu segundo título no ano e o sétimo na LMC.

O alemão Marcel Kittel (Katusha), com o troféu de montanha da Settimana Ciclística Internazionale.


Philippe Gilbert brilhou apenas em duas etapas, na segunda e na terceira. Mas soube pontuar em metas volante e, quando chegaram as montanhas, sofreu para valer. Mas a Settimana foi de um nível tão elevado que os próprios concorrentes tiveram dificuldades em pontuar. Foi uma competição tão boa que nenhum ciclista abandonou. A Bélgica continua sua hegemonia nesta disputa, após os títulos de Philippe Gilbert (2023), Tom Boonen (2022) e Greg Van Avermaet (2021). A Itália ainda persegue seu primeiro título…


O pódio da Settimana Ciclística Internazionale. No alto, com o troféu de campeão, o belga Philippe Gilbert (Lotto Belisol). Abaixo dele, o italiano Damiano Cunego (Lampre) e o holandês Mathieu Van Der Poel (Corendon Circus), vice-campeões. Abaixo do troféu e com o troféu de vencedor da última etapa, o espanhol Alberto Contador (Astana), terceiro colocado.


Após a Settimana Ciclística Internazionale, Filippo Ganna permanece na liderança do ranking, com 154 pontos.

GP DI INDUSTRIA LARCIANO

No dia 06, um dia de sol na Toscana finalizava a grande festa italiana do ciclismo. O GP di Industria Larciano sacode o noroeste do país com uma prova no estilo Criterium com 6 voltas na cidade de Larciano, num circuito totalmente plano, exceto por uma subida de 10% antes da meta. Qualquer estilo pode se sobressair aqui.


O atual vencedor, Bryan Coquard, saiu em fuga logo no início e foi abrindo vantagem cada vez maior sobre os rivais, pronto para conquistar o bicampeonato da prova. Porém, um início lento se transformou em velocidade e, aos poucos, Nairo Quintana se desgarrou do pelotão e foi diminuindo a vantagem. Na última subida, Coquard já não aguentava mais, enquanto Naironman tinha fôlego de sobra. Acabou que o colombiano da Movistar passou pelo francês da Cofidis sem tomar conhecimento e venceu o GP di Industria Larciano 2023, deixando seu adversário com a segunda posição. Muito tempo depois, o belga Axel Merckx (T-Mobile) cruzou a linha para finalizar a prova em terceiro.


Terceiro colocado nesta prova no ano passado, Quintana se torna o maior vencedor no circuito independente até aqui, com 5 triunfos. Porém, a liderança do ranking permanece com Juan José Cobo Acebo, com 42 pontos.

O pódio do GP di Industria Larciano. No alto, com o troféu de vencedor, o colombiano Nairo Quintana (Movistar). Abaixo dele, o francês Bryan Coquard (Cofidis), segundo colocado. Abaixo do troféu, o belga Axel Merckx (T-Mobile), terceiro colocado.

TROFÉU BRASIL

No dia 7 de Setembro, os ciclistas já sabem o que fazer. Alinhados em Niterói, partem da saída do túnel Charitas-Cafubá até a Praia de Itaipu para decidir o campeão do Troféu Brasil. A etapa de 2023 teve chuva, frio e vento moderado a forte em todo o circuito, fazendo com que todos os ciclistas tivessem oportunidade de vencer aqui.


Houve uma tentativa de fuga até a metade da prova, mas o pelotão estava bem organizado e conseguiu pegar os escapados na Subida da Serrinha, quando houve um aumento considerável no ritmo. Tudo indicava uma chegada eletrizante em sprint, mas não foi isso que aconteceu. Fabian Cancellara arriscou um ataque próximo à entrada de Itaipuaçu e os demais não se esforçaram para pegá-lo. Assim, o suíço da Saxo Bank venceu com folga o Troféu Brasil 2023. Em segundo chegou o inglês Bradley Wiggins (Sky) e, em terceiro, o luxemburguês Andy Schleck (Saxo Bank).


Vice-campeão na primeira edição, em 2019, Fabian Cancellara finalmente conquista o Troféu Brasil, seu segundo título no ano e quinto na LMC. A prova não foi de bom nível, mas a maior decepção foi Vincenzo Nibali, que sequer largou.

O pódio do Troféu Brasil 2023. No alto, com o troféu de vencedor, o suíço Fabian Cancellara (Saxo Bank). Abaixo dele, o inglês Bradley Wiggins (Sky), segundo colocado. Abaixo do troféu, o luxemburguês Andy Schleck (Saxo Bank), terceiro colocado.

Após o Troféu Brasil, Filippo Ganna permanece na liderança do ranking, com 154 pontos.

TOUR DE HOGWARTS

No dia 14, os ciclistas embarcaram na Estação de Kings Cross, Plataforma 9 e 3/4, com destino a Hogsmeade, onde a magia do ciclismo apareceria, no Tour de Hogwarts. Composto por 4 clássicas independentes representando cada Casa da famosa Escola de Magia e Bruxaria, tem uma tabela própria de pontuação. O campeão é aquele que somar mais pontos nas provas, mas esses pontos não são levados para o ranking (apenas a pontuação do primeiro ao sexto). Desta forma, somente o líder Filippo Ganna e o vice-líder Marcel Kittel, separados por 3 pontos, permanecem com chances de ganhar o título da LMC em 2023. Vamos ver, então, como foi a prova de cada Casa!


CORVINAL

A Casa, cujo elemento é o ar e as características são ousadia e sagacidade, abriu a competição com uma prova de montanha. Os ciclistas passariam por subidas que variavam entre 8 e 10% em um dia nublado e com temperatura agradável.


Logo no início, uma fuga alemã foi formada. Marcel Kittel e André Greipel saíram em disparada e se revezaram para aumentar a distância para o pelotão. Mesmo nas montanhas, os dois sprinters continuavam com folga e logo ficou claro que a vitória ficaria entre eles. Na última montanha, o holandês Tom Dumoulin se desgarrou do grupo e começou a perseguir os dois alemães, que resistiram bravamente e fizeram uma disputa tripla eletrizante. A vitória coube a Marcel Kittel (Katusha), formando dobradinha alemã com o segundo colocado, André Greipel (Lotto Belisol). A Dumoulin (Sunweb) restou o terceiro lugar.


Em uma prova de altíssimo nível, ninguém abandonou. Com a vitória em Corvinal, Marcel Kittel é o primeiro líder do Tour de Hogwarts.

O pódio da prova de Corvinal. No alto, com as alas de ouro de vencedor, Marcel Kittel (Katusha). Abaixo dele e formando a dobradinha alemã no pódio, André Greipel (Lotto Belisol). Abaixo do troféu, o holandês Tom Dumoulin (Sunweb), terceiro colocado.

LUFA-LUFA

A segunda prova homenageia a Casa que tem como elemento a terra e cujas características são a aceitação e a cooperação. Essa convivência com a natureza faz com que os ciclistas passem por belos canteiros de flores e muita vegetação, inclusive nas duas subidas da prova, com 6% de inclinação no início e com 8% antes da chegada em sprint, disputada em um dia chuvoso.


Uma fuga foi formada e o pelotão a mantinha a uma distância segura, porém sem se esforçar demais para caçar os escapados. Assim, quando eles chegaram à última montanha, a fuga ganhou vantagem e se abriu para disputar a vitória. Dos dois que saíram, havia um sprinter, porém este deu tudo na subida e acabou cansando. Assim, quem venceu foi o holandês Tom Dumoulin (Sunweb), que teve mais pernas para superar o brasileiro Rafael Andriato (Imperatriz). O pelotão veio atrás, em sprint, e alguns ciclistas foram ao chão. Assim, quem escolheu o melhor traçado para fugir da queda foi o esloveno Primoz Roglic, que chegou em terceiro e fez a dobradinha para a Imperatriz.


Apesar do boliche no sprint, ninguém foi punido nem abandonou. Com a vitória, Tom Dumoulin é o novo líder do Tour de Hogwarts.


O pódio da prova de Lufa-Lufa. No alto, com suas alas de ouro de vencedor, o holandês Tom Dumoulin (Sunweb). Abaixo dele, o brasileiro Rafael Andriato (Imperatriz), segundo colocado. Abaixo do troféu, o esloveno Primoz Roglic (Imperatriz), terceiro colocado.


SONSERINA

A terceira prova faz honra à Casa que preza pela astúcia e pelo emprego de quaisquer meios para alcançar o seu objetivo. O elemento desta Casa é a água, essencial para os ciclistas durante esta difícil prova em formato clássica de primavera, com pendentes curtas e acentuadas, lama e trechos em pavê. O lindo dia de sol e temperatura agradável prometia um refresco aos atletas.


Logo no início, uma fuga foi formada com três ciclistas e o pelotão foi acompanhando a uma distância segura. Porém, o tipo de prova que eles encontraram aqui era muito mais para a fuga do que para o pelotão buscá-la e se organizar em sprint, ainda mais com um muro de 11% de inclinação próximo à linha de chegada. Para piorar, tal muro desgastou os ciclistas de tal forma que não houve sprint.


Assim, melhor para o italiano Fabio Aru (Liquigás), que saiu em fuga desde cedo e não foi incomodado até cruzar a linha de chegada em primeiro. Em segundo chegou o belga Greg Van Avermaet (CCC) e, em terceiro, o francês Romain Bardet (AG2R).


Murilo Fischer e Luciano Pagliarini vinham na fuga e não só tinham chances de vitória como também de uma dobradinha brasileira, mas Pagliarini tocou em Fischer e o derrubou, sendo punido com a desclassificação da prova. Fischer terminou em sexto. Em uma prova sem abandonos, Tom Dumoulin continua na liderança do Tour de Hogwarts.


O pódio da prova de Sonserina. No alto, com as alas de ouro de vencedor, o italiano Fabio Aru (Liquigás). Abaixo dele, o belga Greg Van Avermaet (CCC), segundo colocado. Abaixo do troféu, o francês Romain Bardet (AG2R), terceiro colocado.

GRIFINÓRIA

A quarta e última prova do Tour de Hogwarts homenageia a Casa cujo elemento é o fogo e suas características são a nobreza e a determinação. O traçado, totalmente plano mas com a maior montanha desta competição (em 12%) no meio da prova, mostra realmente que é preciso ser muito determinado para triunfar aqui.


Oito ciclistas tinham chances de título nesta última corrida, a depender de combinações de resultados. Seguindo o elemento fogo, a prova foi disputada em um dia muito quente e com rajadas de vento em alguns pontos.


Os ciclistas não deram muito de si, devido ao forte calor. Alejandro Valverde saiu em fuga e apostou na inércia do pelotão para não ser pego, mas o foi após a montanha. Assim, tudo se montou para uma chegada massiva em sprint.


E quem levou a melhor foi o inglês Mark Cavendish (T-Mobile), que venceu pela sétima vez na temporada. Em segundo chegou o italiano Vincenzo Nibali (Astana), terceiro em 2021. E em terceiro chegou o norueguês Thor Hushovd (Credite Agricole).

O pódio da prova de Grifinória. No alto, com as alas de ouro de vencedor, o inglês Mark Cavendish (T-Mobile). Abaixo dele, o italiano Vincenzo Nibali (Astana), segundo colocado. Abaixo do troféu, o norueguês Thor Hushovd (Credite Agricole), terceiro colocado.


Tom Dumoulin vinha na parte de trás do pelotão quando resolveu comandar as ações. Foi lá para a frente, se poupou no sprint e conseguiu o quinto lugar que lhe rendeu o título do Tour de Hogwarts 2023.


Foi o seu terceiro título no ano e o oitavo na LMC. Das quatro Casas, Dumoulin só não pontuou na de Sonserina. É, portanto, campeão com toda a justiça.


O pódio do Tour de Hogwarts 2023. No alto, com Cálice de Fogo de campeão, o holandês Tom Dumoulin (Sunweb). Abaixo dele, o inglês Mark Cavendish (T-Mobile), o alemão Marcel Kittel (Katusha) e o italiano Fabio Aru (Liquigás), vice-campeões. Abaixo do troféu, o italiano Vincenzo Nibali (Astana), o alemão André Greipel (Lotto Belisol), o brasileiro Rafael Andriato (Imperatriz) e o belga Greg Van Avermaet (CCC), terceiros colocados. Itália e Alemanha fizeram dobradinha no pódio.


O pódio ficou lotado. Além do campeão, foram 3 vices e 4 terceiros colocados, fora os quartos, quintos e sextos. Com tanta distribuição de pontos, a tensão sobre o campeão da LMC ficou até o final, quando o vice-campeonato no Tour de Hogwarts decidiu que o campeão é Marcel Kittel.


Com os títulos do geral e de montanha no Tirreno Adriático, o de montanha na Settimana Ciclística Internazionale, 4 vitórias, 6 segundos lugares e 2  terceiros, Kittel conquista pela primeira vez o título da LMC. Em cinco anos, foram cinco campeões diferentes, de cinco países diferentes.


É o quarto título de Kittel no ano e o oitavo na LMC, sendo este o mais importante de todos, pois é dado para aquele que fizer mais pontos no ranking ao longo do ano. Ele superou o vice, Filippo Ganna, por apenas 2 pontos (157 x 155).

O alemão Marcel Kittel (Katusha), com o troféu de campeão da LMC em 2023.


Além de Kittel e Ganna, se classificaram para o Rock & Roll Racing os seguintes ciclistas: Romain Bardet, Alberto Contador, Mark Cavendish, Peter Sagan, Frank Schleck e Julian Alaphilippe.



GP DE HOGSMEADE

No dia 28, os ciclistas independentes partiram do povoado próximo à Escola de Magia e Bruxaria para a disputa do GP de Hogsmeade. Começando e terminando no plano, com duas montanhas (em 7 e 8%) e um trecho de pavê como recheio, tem um pouco de cada estilo e, por isso, qualquer um pode sair daqui com o triunfo. Apesar do troféu encomendado não ter sido produzido, a LMC conseguiu um troféu alternativo, que ficará como o do GP de Hogsmeade até que o encomendado seja entregue.


Disputada em um dia nublado, frio e com muito vento, foi uma boa prova. Desde o início, Richard Carapaz saiu em fuga e foi aumentando vantagem, sendo perseguido por Magno Nazaret e Juan Jose Cobo Acebo. Na última montanha, o equatoriano da Movistar percebeu que estava perdendo forças e preferiu se poupar para o sprint final. A estratégia deu certo e ele venceu com extrema maestria. Em segundo, chegou o brasileiro do Vasco da Gama, terceiro no ano anterior. Na disputa pela terceira posição, o francês Bryan Coquard (Cofidis) alcançou o espanhol da Caja Rural e, sprinter como é, soube acelerar bem para ficar com o último lugar do pódio.

O pódio do GP de Hogsmeade. No alto, com o troféu de vencedor, o equatoriano Richard Carapaz (Movistar). Abaixo dele, o brasileiro Magno Nazaret (Vasco da Gama), segundo colocado. Abaixo do troféu, o francês Bryan Coquard (Cofidis), terceiro colocado.

A tensão deu as caras na contagem de pontos, pois Cobo Acebo liderava o ranking, mas ficou fora dos que pontuaram aqui. No fim, a confirmação do título para Juan Jose Cobo Acebo por apenas um ponto de vantagem sobre Magno Nazaret.


Juan Jose Cobo Acebo é o campeão do circuito independente 2023, seu segundo título no ano e na LMC. Com 4 vitórias, 4 segundos lugares e 5 terceiros lugares, o espanhol da Caja Rural soube administrar bem o ranking e se eternizou na galeria de campeões da LMC.


A disputa pelo vice-campeonato também foi eletrizante e decidida por um ponto. No final, o brasileiro Magno Nazaret (Vasco da Gama) terminou com o segundo lugar, deixando Axel Merckx na terceira posição. Detalhe que se Nazaret ganhasse o GP de Hogsmeade, seria o bicampeão do circuito, já que vencera no ano passado.


O espanhol Juan Jose Cobo Acebo (Caja Rural), com o troféu de campeão do circuito independente 2023.

Desta forma, Juan Jose Cobo Acebo e Magno Nazaret se juntarão aos oito melhores do ranking da LMC na disputa do Rock & Roll Racing.


ROCK & ROLL RACING

No dia 29, Mark Cavendish, Alberto Contador, Frank Schleck, Peter Sagan, Marcel Kittel, Romain Bardet, Julian Alaphilippe, Filippo Ganna, Juan Jose Cobo Acebo e Magno Nazaret se encontraram para a disputa do Rock & Roll Racing.


Uma espécie de Copa dos Campeões amistosa, a competição tem duas etapas homenageando dois modelos icônicos de guitarra em cada uma (ao vencedor é dado uma réplica em prata do modelo) e, ao final, o que somar mais pontos leva o Grammy de prata de campeão.


São 10 ciclistas, sendo os 8 melhores colocados no ranking da LMC e os 2 melhores do ranking independente. Na edição deste ano, são dois ciclistas franceses, dois espanhóis, um inglês, um luxemburguês, um eslovaco, um alemão, um italiano e um brasileiro. Vamos ver como foi cada uma das provas desta competição!


STRATOCASTER

A prova que homenageia este modelo é de montanha, com duras subidas desde o início (em 9%) e um final com inclinações em 7, 10 e 6%. Disputada em um dia parcialmente nublado e de temperatura agradável, foi uma prova bem interessante. Logo no início, Alberto Contador e Frank Schleck saíram em fuga, mas o pelotão se organizou para buscá-los e, na parte final da corrida, todos estavam embolados, em busca da vitória.


E foi surpreendendo a todos que Juan Jose Cobo Acebo (Caja Rural) mostrou a sua estratégia de ficar escondido no meio do pelotão e atacar na última montanha para vencer a primeira guitarra de prata da edição deste ano. Em segundo, completando a dobradinha espanhola no pódio, Alberto Contador (Astana). Em terceiro, o inglês Mark Cavendish (T-Mobile).


Na parte final das montanhas, correndo em zigue-zague por conta do esforço, Marcel Kittel acabou indo ao chão. O TCB foi acionado e decidiu punir Frank Schleck, Romain Bardet e Filippo Ganna com a perda de um ponto de esforço na próxima corrida. Apesar disso, ninguém abandonou.


O pódio da prova da Stratocaster. No alto, com a guitarra de prata de vencedor, Juan Jose Cobo Acebo (Caja Rural). Abaixo dele e completando a dobradinha espanhola no pódio, Alberto Contador (Astana), segundo colocado. Abaixo do troféu, o inglês Mark Cavendish (T-Mobile), terceiro colocado.

GIBSON

A última prova da temporada é para os sprinters. À exceção de uma subida de 5% na metade da corrida, é totalmente plana e foi disputada em um dia nublado e com muito vento.


O público merecia algo melhor como sua derradeira corrida. Os ciclistas andaram num ritmo muito baixo, sempre dentro do pelotão. Muitas quedas foram vistas ao longo do percurso, além de uma má vontade ímpar de arriscar alguma fuga. A única exceção foi quem realmente brilhou neste Rock & Roll Racing. O espanhol Juan Jose Cobo Acebo (Caja Rural) percebeu que ninguém iria se esforçar, daí resolveu arriscar. Com um ataque logo após as montanhas, não foi mais incomodado e venceu com sobras a prova da Gibson. O pelotão veio a alguma distância e disputou em sprint as posições seguintes. Melhor para o brasileiro Magno Nazaret (Vasco da Gama), que chegou em segundo, e para o francês Julian Alaphilippe (Quickstep), que ficou em terceiro.


O nível da prova foi tão baixo que tivemos dois abandonos. Mark Cavendish sequer largou, decepcionando os fãs presentes ao longo do percurso. Já Filippo Ganna resolveu parar após uma queda.


O pódio da prova da Gibson. No alto, com a guitarra de prata de vencedor, o espanhol Juan Jose Cobo Acebo (Caja Rural). Abaixo dele, o brasileiro Magno Nazaret (Vasco da Gama), segundo colocado. Abaixo do troféu, o francês Julian Alaphilippe (Quickstep), terceiro colocado.

Mas Juan Jose Cobo Acebo fez história. Venceu as duas provas e conquistou com justiça o Rock & Roll Racing 2023. O espanhol da Caja Rural sobrou aqui, com maestria, para celebrar o seu terceiro título no ano e na LMC.


O pódio do Rock & Roll Racing 2023. No alto, com a guitarra de prata de vencedor da última prova e o Grammy de Prata de campeão, o espanhol Juan Jose Cobo Acebo (Caja Rural). Abaixo da guitarra e completando a dobradinha espanhola no pódio, Alberto Contador (Astana), vice-campeão. Abaixo do Grammy, o brasileiro Magno Nazaret (Vasco da Gama), terceiro colocado.

E com esta derradeira corrida se encerra a temporada 2023 da Liga Mundial de Ciclismo. Os atletas agora podem se divertir e relaxar, sabendo que entregaram ao público um espetáculo de primeira.

O espanhol Juan Jose Cobo Acebo (Caja Rural) mostrou o seu domínio no Rock & Roll Racing. Venceu as duas provas, da Stratocaster (à esquerda) e da Gibson (à direita) e levou o título (abaixo).

RANKING

1º Marcel Kittel (Katusha) - 157 pontos;
2º Filippo Ganna (Acqua & Sapone) - 155 pontos;
3º Romain Bardet (AG2R) - 135 pontos.

RANKING INDEPENDENTE

1º Juan Jose Cobo Acebo (Caja Rural) - 42 pontos;
2º Magno Nazaret (Vasco da Gama) - 41 pontos;
3º Axel Merckx (T-Mobile) - 40 pontos.

NOTAS RÁPIDAS
  • A temporada da LMC se encerra, com 3 meses para finalizar o ano. Foram 148 corridas, divididas nas mais diversas competições, para trazer alegria aos fãs de ciclismo.
  • O mês de setembro fechou com 6 provas disputadas, um número elevado e superior ao do mês anterior. Porém, os ciclistas já estavam em final de temporada e, por isso, mais se divertiram do que disputaram mesmo.
  • Emocionante foi a disputa do ranking. Na LMC, Marcel Kittel virou sobre Filippo Ganna na última competição. E Juan Jose Cobo Acebo, que liderou o ranking desde março, foi o campeão com apenas um ponto de vantagem sobre Magno Nazaret e dois sobre Axel Merckx.
  • A LMC não deve parar totalmente. Algumas provas extra poderão ser disputadas até o final do ano, para manter os atletas em forma e trazer alguma emoção para os fãs de ciclismo.
  • Estruturalmente também teremos mudanças. 2024 será um ano diferente de 2023. Mas isso só será revelado na postagem com o balanço do ano, que será feita aos poucos e entregue em dezembro.

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