Agosto chega ao fim e, com ele, o calendário praticamente encerrado. Pouco ficou para setembro, mas a emoção continua em alta. Vamos ver o oitavo mês de competições na LMC! O mês já começou em alta, pois no dia 06 se iniciava a Vuelta a España. O resumo completo você acompanha aqui.
CLÁSSICA DE ALMERÍA
No
dia 26, Alberto Contador, Frank Schleck e Luciano Pagliarini se
juntavam aos ciclistas independentes no sul da Espanha para a disputa
da Clássica de Almería. A prova tinha duas subidas, em 8% na largada
e em 6% logo após a metade, sendo mais voltada para os sprinters.
Porém, a chuva que caiu forte durante a prova inteira tornou a
disputa uma verdadeira interrogação.
Houve
de tudo nesta corrida: ataques, pelotão organizado para buscar os
escapados e muitas quedas. Na metade da prova, Bryan Coquard atacou,
Frank Schleck foi buscá-lo na última subida, mas Coquard voltou a
abrir vantagem quando o terreno ficou plano novamente. Porém, todo o
esforço acabou cansando o francês da Cofidis e, assim, o
luxemburguês da Saxo Bank teve mais pernas para ultrapassá-lo e
vencer a prova. A Coquard restou o segundo lugar. Em terceiro chegou
o espanhol Juan Jose Cobo Acebo (Caja Rural). Magno Nazaret vinha
mais atrás, no pelotão, quando escorregou no piso molhado e foi ao
chão. O TCB analisou as imagens e resolveu desclassificar Richard
Carapaz e Axel Merckx, considerando-os culpados pela queda do
brasileiro do Vasco da Gama.
Após
a Clássica de Almería, Juan Jose Cobo Acebo segue na liderança do
ranking independente, com 42 pontos.
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O pódio da Clássica de Almería. No alto, com o troféu de vencedor, o luxemburguês Frank Schleck (Saxo Bank). Abaixo dele, o francês Bryan Coquard (Cofidis), segundo colocado. Abaixo do troféu, o espanhol Juan José Cobo Acebo (Caja Rural), terceiro colocado. |
IL LOMBARDIA
No
domingo, dia 27, o norte da Itália era sacudido pelo início da
loucura italiana no ciclismo. E a primeira das provas que marcam um
momento muito festivo para o esporte naquele país é justamente a
Lombardia, a Clássica das Folhas Mortas. A última Clássica
Monumento do ano larga em Bergamo, passa por duas montanhas
encadeadas no Ganda (7%) e em Dossena (6%), um trecho plano e mais
duas subidas mais duras, em Madonna del Ghisallo (9%) e no difícil
Civiglio (10%), antes da chegada em sprint, na cidade de Como. Para
piorar, o dia era frio e com chuva forte o tempo todo. Com essas
condições climáticas, os ciclistas de clássicas levavam vantagem
sobre os montanhistas, outros favoritos aqui.
Em
uma Clássica Monumento, a estratégia é de suma importância.
Alguns escolhem ficar no pelotão e buscar o ataque nos momentos mais
decisivos. Outros preferem tentar a sorte a solo, destacados do
pelotão, para atacar nas montanhas. Outros preferem atacar desde o
início e buscar aumentar a vantagem. Com a chuva forte que caiu o
tempo inteiro, era necessário refazer as estratégias e tentar se
manter em cima da bicicleta. Vários ciclistas foram ao chão nesta
prova.
Dois
ciclistas saíram em fuga logo no início e foram se ajudando para
aumentar a diferença para os demais. Logo ficou claro que a vitória
ficaria entre eles, embora outros ciclistas se desgrudassem do
pelotão para não deixar a distância ficar impossível de recuperar
Mas
ela ficou impossível mesmo e, após as montanhas, um dos ciclistas fraquejou. Melhor
para o espanhol Alberto Contador (Astana), que conseguiu manter um
ritmo constante e venceu a corrida. O outro da fuga cansou muito no
final e ainda viu o norueguês Thor Hushovd fazer um sprint absurdo
para chegar em segundo. Assim, restou ao argentino Francisco Chamorro
o terceiro lugar, fechando a dobradinha da Credite Agricole.
Muito
criticado pelo abandono na Vuelta a España e pela péssima corrida
na Clássica de Almería (quando chegou em último, bem lentamente),
El Pistolero volta a vencer uma prova e conquista seu segundo título
no ano e décimo primeiro na LMC. Com um Tour de France e uma
Clássica Monumento em 2023, é difícil alguém criticar Alberto
Contador agora.
Dentre
os vários ciclistas que caíram, Greg Van Avermaet foi o que mais
sofreu. A cada pedalada via os outros cada vez mais distantes e, por
isso, preferiu abandonar. Após
a Lombardia, Filippo Ganna segue na liderança do ranking, com 152
pontos.
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O pódio da Lombardia. No alto, com o troféu de vencedor, o espanhol Alberto Contador (Astana). Abaixo dele, o norueguês Thor Hushovd (Credite Agricole), segundo colocado. Abaixo do troféu, o argentino Francisco Chamorro (Credite Agricole), terceiro colocado. |
MILAN TORINO
No
dia 28, Greg Van Avermaet se juntou aos ciclistas independentes em
Milão, continuando o delírio italiano de fim de temporada. A Milan
Torino mescla trechos planos com subidas que variam entre 5, 7 e 9%
de inclinação. Desta forma, qualquer ciclista tem chances aqui,
ainda mais com o tempo frio e chuvoso durante toda a prova, o que
pedia uma estratégia minuciosa para triunfar.
Logo
de cara, Axel Merckx saiu em fuga e continuou acelerando forte.
Terceiro em 2021 e 2022, o belga da T-Mobile queria enfim vencer
aqui. Os demais logo perceberam que seria difícil se organizar em
pelotão e foram buscando o próprio ritmo para tentar buscar o
escapado, que continuava ganhando vantagem.
A pista molhada é um perigo. Na última subida, Merckx se
desconcentrou e foi ao chão. Tinha boa vantagem, porém muitas
dores, o que diminuiu bastante a sua velocidade. Com isso, Magno
Nazaret e Bryan Coquard conseguiram apanhá-lo e, em uma eletrizante
disputa no sprint, a vitória coube ao brasileiro do Vasco da Gama.
Ao francês da Cofidis restou o segundo lugar e, ao belga da
T-Mobile, o amargo gosto de ser o terceiro pelo terceiro ano
consecutivo.
Após
a Milan Torino, Juan Jose Cobo Acebo segue como líder do ranking
independente, com 42 pontos.
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O pódio da Milan Torino. No alto, com o troféu de vencedor, o brasileiro Magno Nazaret (Vasco da Gama). Abaixo dele, o francês Bryan Coquard (Cofidis), segundo colocado. Abaixo do troféu, o belga Axel Merckx (T-Mobile), terceiro colocado. |
RANKING
1º Filippo Ganna (Acqua & Sapone) - 152 pontos;
2º Marcel Kittel (Katusha) - 138 pontos;
3º Romain Bardet (AG2R) - 132 pontos.
RANKING INDEPENDENTE
1º Juan José Cobo Acebo (Caja Rural) - 42 pontos;
2º Magno Nazaret (Vasco da Gama) e Axel Merckx (T-Mobile) - 38 pontos.
NOTAS RÁPIDAS
- Agosto fecha com apenas 4 provas disputadas. Muito disso ocorreu porque a Vuelta a España ocupou muitas datas. Também teve um atraso de uma semana entre a Vuelta e a competição seguinte. O calendário está acabando...
- Como as coisas estão muito adiantadas, o Troféu Brasil está sendo empurrado para a frente, porque é disputado sempre no dia 07/09. O Tour de Hogwarts é a competição que encerra a disputa pelo ranking, então sempre é depois do Troféu Brasil. E o Rock & Roll Racing é a competição com os melhores do ano, então precisa que o calendário seja encerrado para tal.
- Algumas mudanças serão feitas independente de novas melhorias. Uma delas é que, para ser campeão de montanha, o ciclista deve concluir a última etapa. Outras estão em estudo.
- Setembro deve ser o último mês de competições. Se isso ocorrer, os últimos 3 meses do ano serão usados para provas exta, para manter os ciclistas em ação.
JARRA TROPON 2023
No dia 06 de agosto, seis equipes se reuniram no Imperatriz Arena para (enfim!) uma edição da Jarra Tropon. Ainda que no futsal e não no futebol, como sempre foi pensada, a tradicional competição organizada por Japão e Coreia do Sul é disputada em dois grupos de 3 equipes, que jogam entre si, e as duas melhores avançam e disputam a semifinal de forma cruzada contra o primeiro e segundo do outro grupo. Os vencedores nas semifinais avançam à final e o campeão é coroado em jogo único. Além dos anfitriões, foram convidados para a edição deste ano as seleções da França e da Inglaterra e os times do Imperatriz e do Vasco.
No grupo A, a Inglaterra venceu a Coreia do Sul por 1x0 e empatou com o Vasco em 3x3. No último jogo do grupo, a Coreia do Sul venceu o Vasco por 3x2. Assim, passaram Inglaterra e Coreia do Sul.
No grupo B, o Imperatriz venceu a França por 4x3 e o Japão também derrotou os franceses, por 3x2. No último jogo, apenas para definir quem era primeiro e quem era segundo, o Imperatriz venceu o Japão por 4x0. Mas ambos se classificaram.
Nas semifinais, o Japão venceu a Inglaterra por 2x1 e a Coreia do Sul bateu o Imperatriz por 4x2. Assim, os dois organizadores fariam a final, um sonho tanto para a organização da Jarra Tropon quanto para o projeto Supercampeões.
O jogo começou com Hyuga tocando para Misugi e correndo por fora, puxando a marcação. Misugi rolou para Tsubasa na direita, o camisa 10 recebeu e viu Urabe correr para bloqueá-lo. Com um toque magistral por baixo, Tsubasa conseguiu um chute cruzado que surpreendeu Wakashimazu, fazendo Japão 1x0.
A Coreia do Sul não se intimidou e partiu para cima, equilibrando o jogo até então dominado pelos japoneses. De tanto amassar, acabou chegando ao empate com Urabe, que recebeu uma inversão de Taki da direita para a esquerda e chutou cruzado e rasteiro com força, para vencer Wakabayashi e fazer Coreia do Sul 1x1.
Os sul coreanos melhoraram e passaram a dominar as ações. Os japoneses se perderam e começaram a entregar bolas fáceis para os adversários. Assim, após um erro de passe de Tsubasa para Hyuga, Akai Tomeya interceptou e lançou Urabe na esquerda. O camisa 6 levou pela ponta e rolou no meio para Joo Sung, que mandou uma bola no ângulo de Wakabayashi e fez Coreia do Sul 2x1.
O Japão não teve outra alternativa a não ser se lançar ao ataque, se expondo aos contragolpes dos adversários. E foi assim, após nova roubada de Tomeya que Taki foi lançado na direita, driblou Shingo Aoi, invadiu a área e, na saída do goleiro, rolou para Joo Sung empurrar para o gol vazio: Coreia do Sul 3x1.
O Japão ainda descontou na saída, com Hyuga fazendo o "toca y me voy" com Misugi, recebendo de volta na direita, puxando a marcação e rolando atrás para Tsubasa. O camisa 10 pegou de primeira e acertou um lindo chute cruzado para vencer Wakashimazu: Japão 2x3.
O desconto japonês poderia indicar uma reação, mas o tempo era curto, a Coreia do Sul tocou a bola e comemorou sua conquista.
COREIA DO SUL CAMPEÃ DA JARRA TROPON 2023
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Jogadores e comissão técnica da Coreia do Sul posam com a Jarra Tropon e o troféu de artilheiro do campeonato. |
Numa final emocionante, os sul coreanos deram um show de organização e competência. Começaram o campeonato perdendo, mas tiveram muita qualidade para derrotar o Vasco, campeão da Copa Rio e favorito a uma das vagas nas semifinais. Na fase eliminatória, derrotaram o Imperatriz com autoridade, outro favorito. E na final souberam colocar a bola no chão e jogar com calma até chegarem ao gol. Saíram perdendo, souberam se organizar e viraram o jogo para saírem com a taça.
Méritos de Kozo Kira, o polêmico treinador que teve peito para barrar o time titular após a derrota para a Inglaterra, tirando ninguém mais ninguém menos do que o craque Jayeon e apostando em uma equipe mais leve. Joo Sung acabou substituindo o camisa 10 e foi figura crucial na conquista do título.
Os dois gols na final foram mais uma vitória para Joo Sung, pois o levou a 5 gols na competição e o fez terminar na artilharia da Jarra Tropon ao lado de Thierry Henry.
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O lendário jogador colombiano Leonel Alvarez, um dos árbitros da competição, entrega a Bola de Prata de artilheiro da Jarra Tropon para o sul-coreano Joo Sung e o francês Thierry Henry. |
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