sábado, 18 de novembro de 2023

LMC - Novembro - 18/11/2023

O ano da LMC se encerrou em setembro. Porém, uma grande mudança ocorreu dois meses depois e este é o objetivo desta postagem. Vamos ver o que aconteceu e o que isso trará para 2024!

No dia 11 de novembro, o Imperatriz Arena foi palco de uma passagem de bastão. Após cinco anos, Lothaire Bluteau deixa a presidência da LMC, um período marcado pela fundação e evolução da Liga até ter um calendário com quase 150 corridas, um circuito independente e uma estrutura de dar inveja.

O Imperatriz Arena com dirigentes e atletas da LMC.

Lothaire Bluteau passou a presidência para Eddy Merckx. O belga de Meensel-Kiezegem é a maior lenda da história do ciclismo e tem agora a missão de liderar a LMC e continuar o legado de seu antecessor. Para isso, contará com dois vice-presidentes. A primeira vice-presidência, voltada para a LMC, será exercida por Bernard Hinault, francês de Yffiniac. A segunda vice-presidência, voltada para o Circuito Independente, será exercida por Dave Brailsford, inglês de Derbyshire. Além disso, os três serão diretores das 3 Grandes Voltas: Eddy Merckx é o diretor do Giro D'Italia, Bernard Hinault é o diretor do Tour de France e Dave Brailsford é o diretor da Vuelta a España.

O novo presidente da LMC, Eddy Merckx (ao centro), ladeado por seus vice-presidentes: Bernard Hinault (à esquerda) e Dave Brailsford (à direita).

Lothaire Bluteau não deixará a LMC. Agora ele é diretor de relações públicas, divulgando a Liga pelo mundo e participando de eventos. E é o diretor da nova prova de encerramento do calendário (que não conta pontos para o ranking), o Eddy Merckx Challenge. Esta prova é uma clássica disputada na Bélgica e conta com a participação de Eddy Merckx e 9 ciclistas por ele convidados, como um desafio a bater a maior lenda do ciclismo.

A nova diretoria da LMC, começando pela esquerda com o Dr. Concha Marítima (auditor do TCB), Dave Brailsford (vice-presidente do Circuito Independente), Lothaire Bluteau (diretor de relações públicas), Eddy Merckx (presidente da LMC) e Bernard Hinault (vice-presidente da LMC).


O TCB continua sob a mesma direção, do Dr. Concha Marítima. A Rádio LMC continua com a mesma equipe, bem como a equipe médica, de treinadores e seguranças. Porém, o Circuito Independente passará a ter equipe própria para sua Rádio LMC - Independente, médicos, treinadores e seguranças. Essa medida visa dar autonomia para Dave Brailsford e os ciclistas independentes. A única equipe que tem treinador próprio é o Imperatriz F.B., que contratou o espanhol Chente Garcia para comandar seus atletas.


Com isso, o Circuito Independente passa a ser exclusivamente dos ciclistas independentes. A partir de 2024, o ciclista que abandonar uma prova do calendário não disputará a prova independente subsequente. O número de ciclistas independentes aumentou para 12, com a chegada de 6 novos atletas.


Assim, além dos seis originais, irão disputar o Circuito Independente a partir de 2024 o esloveno Tadej Pogacar (ciclista por etapas da UAE Emirates), o colombiano Egan Bernal (montanhista da Ineos), o irlandês Sam Bennet (sprinter da Bora), o belga Woult Van Aert (ciclista de clássicas da Jumbo Visma), o dinamarquês Jonas Vingegaard (ciclista por etapas da Jumbo Visma) e o brasileiro Vinícius Rangel (montanhista da Imperatriz).

Os seis novos ciclistas do circuito independente e o treinador Chente Garcia, do Imperatriz F.B.

Desta forma, o Circuito Independente passará a ter duas provas por etapas, além das clássicas que já eram disputadas. O Tour do Rio e o Baby Giro serão as provas com 6 etapas. O Tour do Rio, disputado após a Vuelta a España, mantém sua configuração original. Já o Baby Giro, disputado após o Giro D'Italia, terá suas etapas passando nos locais onde este foi disputado.


Além de mudanças no calendário e regulamento, a LMC prepara outra série de novidades no campo estrutural, buscando novos pódios, troféus e ônibus para poder manter o esporte em alta. 2024 promete!


EDDY MERCKX CHALLENGE

No sábado, 18/11, a região central da Bélgica recebeu a primeira edição do Eddy Merckx Challenge. A prova é disputada na cidade natal do presidente da LMC, Meensel-Kiezegem, no Brabante Flamengo, em Flandres. Por esse motivo, é uma clássica belga no seu sentido completo, com pendentes curtas e acentuadas, pavê e muita dificuldade antes da chegada em sprint. Este traçado é o ideal para o propósito da prova, que é ser desafiado pela maior lenda do ciclismo em todos os tempos.

Nesta edição, Eddy Merckx convidou seu filho Axel Merckx, os seis novos ciclistas independentes (Tadej Pogacar, Egan Bernal, Sam Bennet, Woult Van Aert, Jonas Vingegaard e Vinícius Rangel) e os campeões da LMC (Marcel Kittel) e do Circuito Independente (Juan José Cobo Acebo).


A prova, disputada em um dia de muito calor, não tinha uma subida com menos de 10% de inclinação. Apesar das condições infernais e do sofrimento, os ciclistas entregaram uma prova excelente. Alguns deram show desde o início. Outros se pouparam e aceleraram no final para se juntar aos demais e o que se viu foi uma chegada eletrizante entre os dois que conseguiram escapar no último muro.

Ao final, quem levou a melhor foi o colombiano Egan Bernal (Ineos) que superou o brasileiro Vinícius Rangel (Imperatriz) para vencer pela primeira vez na LMC. Mas o ciclista mais aplaudido não foi o vencedor, tampouco o segundo colocado. O belga Eddy Merckx deixou para acelerar na metade final da prova, partiu em fuga e cruzou na terceira posição, sendo ovacionado na linha de chegada e no pódio.

Apesar de Egan Bernal e Vinícius Rangel terem superado a lenda, Eddy Merckx mostrou que ainda é um grande ciclista, capaz de entregar um verdadeiro espetáculo.

O pódio do Eddy Merckx Challenge 2023. No alto, com o troféu de vencedor, o colombiano Egan Bernal (Ineos). Abaixo dele, o brasileiro Vinícius Rangel (Imperatriz), segundo colocado. Abaixo do troféu, o belga Eddy Merckx, terceiro colocado.


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