O décimo mês do ano trouxe a última das 3 Grandes Voltas e mais 3 clássicas. Poderia ser o mês de encerramento da temporada, mas o calendário apertou um pouco, então o final virá em novembro. Mesmo assim, os fãs de ciclismo não ficaram órfãos de emoções. Vamos ver como foi o mês da LMC!
VUELTA A ESPAÑA
Em 14 de setembro, se iniciava a última das 3 Grandes Voltas do Ciclismo Mundial. O resumo da Vuelta a España 2021 você confere clicando aqui.
GP DE ESTORIL
No dia 09 de outubro, os quatro ciclistas que abandonaram a Vuelta a España (Bauke Mollema, Damiano Cunego, Chris Froome e Filippo Pozzato) se juntavam aos ciclistas independentes para a disputa do GP de Estoril. A prova, disputada em um dia frio e chuvoso, tinha uma montanha de 7% no início e outra em 9 antes da chegada em sprint.
O italiano Filippo Pozzato (Acqua & Sapone) mostrou que o período de recuperação após abandonar a Vuelta foi muito bem aproveitado. Atacou desde o início, mostrou força nas montanhas e venceu com uma sobra incrível. Após perder a liderança do ranking, deu sinais de querer recuperá-la nas provas que restam na temporada.
Em segundo, chegou o colombiano Nairo Quintana, medalhista de prata nas Olimpíadas. Em terceiro, o equatoriano Richard Carapaz, que completou a dobradinha da Movistar e só não conseguiu resultado melhor por não ser bom no sprint.
Dos ciclistas que usavam a corrida para se recuperar, o holandês Bauke Mollema mostrou sinais de desenvolvimento, mas o italiano Damiano Cunego e o inglês Chris Froome, os dois últimos colocados, preocupam suas equipes. Ambos voltaram a sentir dores e optaram por correr em ritmo diminuto.
LOMBARDIA
Em 10 de outubro, a última Clássica Monumento do ano dava as caras. A il Lombardia 2021, a Clássica das Folhas Mortas. Os ciclistas alinhavam para a largada em um dia típico desta prova, com frio, chuva em alguns trechos e muito vento. As 3 difíceis subidas, em 7, 9 e 8%, e chegada em sprint, fariam com que os atletas tivessem que se esforçar bastante.
Os ventos fortes fizeram o pelotão andar junto até a metade da prova,
logo após a primeira subida, quando finalmente se formou uma fuga. Os escapados
aproveitaram o vento, que também formou um bordure no pelotão. A fuga ganhou
força com as montanhas seguintes e logo ficou claro que a vitória seria
disputada entre eles.
E foi com muita emoção na linha de chegada que, empurrado pelo público,
o italiano Filippo Ganna (Acqua & Sapone) superou o esloveno Primoz Roglic
(Imperatriz) para vencer. Até aqui, só a Itália venceu a Clássica das Folhas
Mortas (Ganna em 2021, Di Luca em 2020 e Nibali em 2019). Na emocionante
disputa pelo último lugar no pódio, o francês Thibaut Pinot (FDJ) superou o
colombiano Fernando Gaviria (Quickstep) para ficar com o terceiro lugar. Foi o
segundo título de Ganna na LMC e um feito histórico, após vencer o Tour de
France e uma Clássica Monumento no mesmo ano. A vitória de Ganna foi mais épica
ainda por ter superado uma queda logo no início e, com um estilo agressivo, ter
superado Roglic no sprint final.
Após a Lombardia, Primoz Roglic ampliou sua vantagem na liderança do
ranking, agora com 163 pontos. Filippo Pozzato segue em segundo, com 147 e, em
terceiro, permanecem empatados Mark Cavendish e Danilo Di Luca, cada um com 138
pontos.
Somente duas semanas depois, em 23 de outubro, os ciclistas
independentes foram para a Itália, na disputa da Milão Torino, a clássica que dá prosseguimento à festa italiana do ciclismo no final da temporada. A prova foi disputada
em um lindo dia de céu azul e temperatura baixa, ideal para os atletas, com
largada em Milão e três montanhas (em 5, 7 e 9%, respectivamente) e chegada em
sprint após a última subida.
Apesar de ter chegada em sprint, a prova é muito mais para corredores
por etapas, acostumados a sobreviverem às montanhas. E foi com montanhistas que
a Milão Torino 2021 se desenhou. Desde o início, uma fuga foi formada por Axel
Merckx, Nairo Quintana e Richard Carapaz. Merckx começou a perder potência e,
na segunda montanha, pediu atendimento médico. Assim, os dois ciclistas da
Movistar saíram em fuga, se revezando para deixar os demais para trás. Porém,
na última montanha, Carapaz não aguentou e Nairo Quintana partiu em fuga solo.
O colombiano venceu com incrível sobra, pela primeira vez na LMC. O equatoriano
Richard Carapaz também chegou com sobras para ser segundo e formar a dobradinha
da Movistar. A disputa emocionante se deu pela terceira posição. Juan José Cobo
Acebo vinha se aproveitando dos demais ciclistas para ter energia de sobra no
sprint e foi usando Bryan Coquard (que não aguentou o ritmo nas montanhas) que
se colocou bem na reta final. Mas um foguete belga vinha se recuperando e foi
assim que Axel Merckx (T-Mobile) conseguiu uma ultrapassagem incrível na linha
de chegada para conquistar a terceira posição.
NOTAS RÁPIDAS
- Como dito acima, problemas com o calendário impediram a conclusão da temporada ainda em outubro. A Settimana Ciclística Internazionale só começou no dia 23, mas ainda está na terceira etapa. Depois disso, mais uma clássica independente e uma prova por etapas darão fim ao calendário oficial da LMC no ano.
- Com isso, Primoz Roglic tem grandes chances de levar o troféu da temporada, já que tem uma boa vantagem para Filippo Pozzato e vem se destacando, enquanto seu rival não vem tendo bons resultados.
- Novembro promete, então vamos para mais um mês de ciclismo com muita emoção!
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