Uma semana após a comemoração da Independência do Brasil, começava a Vuelta a España, a última das 3 Grandes Voltas do ciclismo mundial, conhecida por suas subidas em todas as etapas, exceto na última. Vamos ver, etapa a etapa, como foi esta emocionante competição.
1ª Etapa
No dia 14 de setembro de 2021, uma crono escalada dava início à Vuelta a
España. Os 20 quilômetros
de prova seriam disputados no plano até a metade. Dali em diante, o terreno se
inclinava e dificultava a vida dos ciclistas.
A decisão da organização de fazer uma crono escalada trouxe condimentos extras à prova e aos atletas, que não sabiam a estratégia correta a se utilizar. Os
tempos foram altos e somente um conseguiu fazer no tempo mínimo, mas com
uma performance excepcional.
O italiano Domenico Pozzovivo (AG2R) fez uma prova quase perfeita e, tal
qual no Tour de France, venceu o contra relógio na Vuelta. Em segundo
ficou o suíço Fabian Cancellara (Saxo Bank) e, em terceiro, o belga Greg Van
Avermaet (CCC), que foi terceiro em duas etapas do Tour de France. Destaque,
também, para o francês Romain Bardet, que levou a AG2R ao quarto lugar, além da
vitória de Pozzovivo, e também para o espanhol Oscar Freire (Rabobank), que
alegrou os torcedores locais ao chegar em quinto.
Com a vitória no contra relógio, Domenico Pozzovivo é o primeiro camisa
vermelha desta Vuelta.
2ª Etapa
A primeira corrida de linha da Vuelta não tinha meta volante. Uma etapa
quase plana (com exceção de uma subida de 5% após a metade da prova), com
chegada em sprint, em um dia frio e nublado.
Os torcedores viram uma prova de altíssimo nível. Desde o início, várias
tentativas de ataque, de muitos ciclistas. Com isso, o ritmo foi muito elevado
até a fuga realmente se formar, na metade da prova. Fabian Cancellara foi quem
mais puxou e, até a chegada da montanha, foi acompanhado por outros ciclistas,
mas foi na subida que conseguiu uma fuga a solo. Confiante da vitória,
Cancellara começou a diminuir o ritmo e se poupar, em um verdadeiro passeio que
foi visto mais como arrogância, paga pelo excelente sprint de Rafael Andriato.
Quando Cancellara percebeu, já era tarde e o brasileiro da Imperatriz conseguiu
uma vitória épica, a sua primeira na Vuelta. Ao suíço da Saxo Bank
restou o segundo lugar, com um gosto amargo. Na disputa pela terceira posição,
os torcedores locais foram ao delírio quando o espanhol Alejandro Valverde
(Caja Rural) conseguiu cruzar. É o quarto pódio do campeão olímpico, com tão
poucas provas disputadas.
O amargo segundo lugar pôde ser aliviado pelo fato de ser a segunda vez
que Cancellara chega nesta posição, em suas etapas da Vuelta. Com isso, ele
fica com a camisa vermelha, em prova que teve o primeiro abandono. Bauke
Mollema sentiu uma lesão e deixou a Vuelta.
3ª Etapa
Etapa plana no início, com a primeira meta volante da Vuelta, uma subida
de 5% após a metade da prova e chegada em sprint. O lindo dia de sol com poucas
nuvens e temperatura agradável deu um toque extra de felicidade aos ciclistas e
torcedores.
Uma queda logo no início da prova dividiu o pelotão e obrigou o grupo
que ficou atrás a acelerar para retomar o contato. Mas o ritmo elevado dos
ciclistas, em mais uma prova de alto nível, fez com que vários grupos se
formassem e o pelotão só conseguiu se reagrupar na montanha. O único escapado
naquele momento era Oscar Pereiro Sio.
Após a montanha, o espanhol da Caisse D’Epargne continuou acelerando
forte e, empurrado pelo público, conseguiu a primeira vitória de um local nesta
Vuelta, em fuga solo. Outro grupo de escapados se destacou do pelotão e um
emocionante sprint levou o francês Sylvain Chavanel (Quickstep) ao segundo
lugar, na mesma etapa que venceu em 2019, e o italiano Damiano Cunego (Lampre)
ao terceiro posto.
Na disputa pelos lugares seguintes, Francisco Chamorro acabou tocando em
Michele Scarponi e o italiano foi ao chão. Acionado, o TCB resolveu manter a
posição do argentino (que chegara em quarto), mas o puniu com a perda de um
ponto na competição, uma vez que a queda deixou Scarponi em décimo primeiro
lugar.
Em uma etapa sem abandonos e com boa distribuição dos pontos em jogo, Fabian Cancellara manteve a camisa vermelha. O destaque nesta prova ficou para
os italianos, que conseguiram o terceiro lugar de Cunego, o quinto de Filippo
Ganna e o sexto de Danilo Di Luca.
4ª Etapa
A quarta etapa trazia duas subidas, com 5% de inclinação na primeira e
6% na segunda. Mas era bem tranquila na maior parte e teria chegada em sprint,
além de farta distribuição de pontos. O sol aparecia entre nuvens e fazia calor,
trazendo dificuldades para os ciclistas.
Um boliche ocorreu no primeiro trecho, levando alguns ciclistas ao chão.
Com isso, Chris Froome e Filippo Pozzato não aguentaram as lesões e abandonaram
a Vuelta.
Não tivemos mais abandonos depois disso, mas sim uma prova de altíssima
velocidade. O pelotão andou junto o tempo todo, impedindo qualquer tentativa de
fuga. Só na segunda montanha houve um pequeno desmonte do pelotão, que logo se
agrupou. Após as montanhas, Greg Van Avermaet tentou lançar um ataque, no que
foi acompanhado por Bradley Wiggins, Alberto Contador, Michele Scarponi,
Mathieu Van Der Poel e Alejandro Valverde. Nos últimos quilômetros, o belga da
CCC atacou forte e não foi acompanhado por mais ninguém, conseguindo sua
primeira vitória na LMC. Na disputa pelos lugares restantes no pódio, o inglês
Bradley Wiggins (Sky) chegou em segundo e o espanhol Alberto Contador (Astana)
foi o terceiro, para delírio dos torcedores locais, que também aplaudiram
Alejandro Valverde (Caja Rural) pelo sexto lugar.
Com a vitória na etapa e os pontos nas metas volante, Greg Van Avermaet
é o novo camisa vermelha.
5ª Etapa
Uma etapa quase toda plana, com apenas uma inclinação de 7% antes da
chegada em sprint. A prova foi disputada em um dia de céu azul e muito vento, o
que causou bordures a prova inteira. Vários grupos se formaram e pedalaram
forte, tentando alcançar o grupo da frente ou prejudicar o de trás.
Após a montanha, dois italianos saíram em fuga, mas o pelotão trabalhou
duro para pegá-los e tentar o sprint. Não conseguiram pegar Filippo Ganna
(Acqua & Sapone), que venceu pela primeira vez na Vuelta. O argentino
Francisco Chamorro (Credite Agricole) conseguiu um belíssimo sprint e chegou em
segundo, deixando Vincenzo Nibali (Astana) em terceiro para formar a dobradinha
italiana.
6ª Etapa
A última etapa antes das montanhas já começava a trazer alguma subida mais difícil,
para os ciclistas se aclimatarem ao que estava por vir. Ambas no final da
prova, com 8 e 5% de inclinação, iriam separar os ciclistas antes da chegada em
sprint. O dia era frio, apesar do céu aberto com algumas nuvens. Um pequeno
acidente no primeiro trecho dividiu o pelotão em três grupos, mas aos poucos os
atletas foram se reagrupando, à exceção de uma pequena fuga.
Na fuga, o colombiano Fernando Gaviria (Quickstep) não deu chances a ninguém.
Cada vez que um escapado fraquejava, ele acelerava mais, inclusive nas
montanhas, chegando de forma tranquila para vencer a etapa pelo segundo ano
consecutivo. A disputa pelas posições seguintes no pódio e na zona de pontuação
foi emocionante e o brasileiro Luciano Pagliarini (Saunier Duval) foi o
segundo, com o inglês Bradley Wiggins (Sky) chegando em terceiro.
7ª Etapa
As etapas de montanha chegaram, com uma corrida tranquila de início. As
subidas ficavam entre 5 e 7%, sendo o período mais difícil o de Puerto de
Portillo de las Batuecas, antes da metade da prova. Depois disso, ficava em 5 e
6% até a chegada, no Alto de la Covatilla, com 8% de inclinação. O lindo dia de
céu azul era um pouco frio, mas não havia vento.
Os ciclistas ficaram juntos no início da prova, mas logo começaram os
ataques e pequenos grupos foram se formando, numa clássica etapa de montanha.
Alberto Contador chegou a empolgar os torcedores, mas cansou após a metade da
prova e terminou em um decepcionante décimo terceiro lugar.
Um grupo formou uma fuga e abriu boa vantagem, ficando claro que o mais
forte ali venceria. E este foi o inglês Bradley Wiggins (Sky), que venceu esta
etapa pelo segundo ano consecutivo. Em segundo ficou o brasileiro Luciano
Pagliarini (Saunier Duval), repetindo a posição na mesma etapa de 2019. Em terceiro
ficou o esloveno Primoz Roglic (Imperatriz), que chega ao pódio da Vuelta pela
primeira vez na LMC.
8ª Etapa
Ainda nas montanhas, os ciclistas encarariam uma etapa com inclinação
entre 6 e 7%, até passarem pelo Puerto de la Rasa, com 8% de inclinação, onde
as coisas ficariam piores até a chegada, no Alto de Moncalvillo, com 10% de
inclinação. O dia, parcialmente nublado e com temperatura amena, era um
refresco aos ciclistas, principalmente por não haver vento.
A Astana impôs um bom ritmo, obrigando os outros ciclistas a trabalharem
juntos. Assim, no único trecho plano, o pelotão se esfacelou completamente e os
atletas se dividiram em pequenos grupos. No Puerto de la Rasa, o pelotão voltou
a se agrupar, ainda liderado pela Astana.
O excelente trabalho de Alberto Contador provocou novo corte no pelotão
e limitou a quatro os ciclistas com chances de vitória no Alto de Moncalvillo.
Mas os 10% de inclinação eram um esforço enorme para os atletas, que precisaram
andar em ziguezague para compensarem o esforço. Com isso, Alberto Contador se
desequilibrou e foi ao chão, terminando a prova em um decepcionante oitavo
lugar.
O esloveno Primoz Roglic (Imperatriz) não teve nada com isso, pois
liderava a prova e atacou para vencer pela primeira vez na Vuelta. Em segundo chegou
o italiano Michele Scarponi (Lampre) e, em terceiro, o alemão André Greipel
(Lotto Belisol), que volta ao pódio da Vuelta depois da vitória na segunda
etapa de 2019.
9ª Etapa
Aqui, as montanhas ficavam piores ainda, com inclinação de 7 a 8% até a
metade da prova, depois uma passagem pelo Alto de la Mozqueta, com 9% de
inclinação e chegada ao Alto de L’Angliru, com 11% de inclinação. A prova foi
disputada em um dia de calor, o que dificultava a vida dos ciclistas.
Até a metade da prova, o pelotão andou junto. Quando veio o trecho
plano, no entanto, uma fuga foi formada, liderada por Thibaut Pinot, mas tendo
os sprinters Mark Cavendish e Thor Hushovd no meio. Os dois aceleraram para
terem bom posicionamento durante as subidas mais duras e já no Alto de la
Mozqueta atacaram novamente, partindo a solo. Logo ficou claro que a vitória
seria disputada entre eles, embora o público empurrasse Oscar Pereiro Sio e os
franceses Thibaut Pinot, Romain Bardet e Julian Alaphilippe tivessem um bom
ritmo.
No final, Oscar Pereiro atacou forte, mas os dois sprinters escapados
conseguiram resistir e a disputa se limitou a esses três. O norueguês Thor
Hushovd (Credite Agricole) foi o mais forte e conseguiu vencer, com o inglês
Mark Cavendish (T-Mobile) conseguindo a segunda posição. O espanhol Oscar
Pereiro Sio (Caisse D’Epargne) foi o terceiro, sendo muito aplaudido pelo
público local ao repetir a posição que conquistara na mesma etapa, em 2020.
10ª Etapa
A última etapa de montanha era a pior de todas. Chamada Etapa Rainha,
não tinha uma subida com menos de 9%. Depois da metade (o único trecho plano),
eles passariam pelo Alto de la Cobertoria (10%), pelo Puerto de San Lorenzo (11%) e
chegada no Alto de la Farrapona (12%), a pior subida desta Vuelta. Para complicar
mais ainda, o dia nublado e frio tinha ventos fortes.
Foi um dia sofrido, realmente. Uma fuga se formou no início e o pelotão
se esforçou para pegá-los. Após a metade da prova, quando as montanhas se
inclinaram mais, aqueles que estavam no grupeto conseguiram alcançar o pelotão,
mas a fuga continuava solta e logo ficou claro que era entre eles que a vitória
seria disputada.
Sprinter conhecido por saber se posicionar muito bem quando se trata de
montanhas, o eslovaco Peter Sagan (Bora) soube aproveitar o momento de cansaço
de cada um do grupo da frente para atacar a solo. Na inclinação do Alto de la
Farrapona, Sagan atacou forte e venceu com sobras. O brasileiro Murilo Fischer
(FDJ) foi o segundo colocado, repetindo a posição na mesma etapa de 2019,
enquanto uma emocionante disputa pela terceira posição ocorria logo atrás. Quem
levou a melhor foi o francês Thibaut Pinot, que fez a dobradinha para a
Française de Jeux, deixando o italiano Domenico Pozzovivo (AG2R) em quarto.
11ª Etapa
Superadas as montanhas, os 36 sobreviventes tinham uma etapa com duas
subidas ainda, sendo uma no início e outra após a metade, mas ambas com apenas
5% de inclinação, e as duas últimas metas volantes da Vuelta 2021. O dia
parcialmente nublado foi abafado, o que dificultou o desempenho dos atletas.
Após uma Vuelta de altíssimo nível, os atletas estavam cansados e
preferiram se juntar em pelotão e esperar o final. Mas Michele Scarponi
resolveu perturbar o pelotão e sair em fuga. O italiano da Lampre foi
solitário, ninguém se esforçou para pegá-lo e ele acabou por vencer, sua
primeira vitória na LMC.
A disputa esquentou pelos lugares restantes no pódio. Murilo Fischer e
Filippo Ganna estavam lado a lado, se tocaram e o italiano foi ao chão,
terminando em décimo quinto (o brasileiro foi o quarto colocado). O TCB foi
acionado e não viu irregularidade na manobra de Fischer, absolvendo-o do
acidente. No final, quem levou a melhor foi o holandês Tom Dumoulin (Sunweb),
que conseguiu o segundo lugar. Em terceiro ficou o francês Romain Bardet
(AG2R).
12ª Etapa
Em 04 de outubro de 2021, uma segunda-feira de céu aberto e muito calor, a Vuelta a España 2021 chega ao seu final. A última etapa seria um circuito dentro de Madrid, com 6 voltas e totalmente plano, preparando uma chegada em sprint, com grande festa para o encerramento da última das 3 Grandes Voltas do ciclismo mundial.
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Uma pequena fuga à frente e o pelotão logo atrás, pelas ruas de Madrid, na última etapa da Vuelta a España 2021. |
Dos 36 ciclistas que chegaram até aqui, 6 ainda podiam conquistar o título, diante de uma combinação de resultados. Sem depender dos demais, os ciclistas Greg Van Avermaet, Luciano Pagliarini, Fernando Gaviria e Primoz Roglic precisariam vencer. Para Michele Scarponi levar a Vuelta, bastaria um quinto lugar. Já para o camisa vermelha Bradley Wiggins ser bicampeão, era preciso marcar os demais, principalmente Scarponi, que não podia chegar na zona de pontuação 3 posições à frente dele.
A primeira volta teve uma fuga se formando e um acidente na parte de
trás, que dividiu o pelotão em dois grupos. Entre os que caíram estavam Gaviria
e Roglic.
Na segunda volta, André Greipel e Julian Alaphilippe permaneciam na
fuga, mas a maior parte dos ciclistas se reagrupou no pelotão. Uma parte,
liderada por Bradley Wiggins, ficou a alguma distância, tentando voltar ao
grupo principal, enquanto um grupeto permanecia mais atrás, entre eles Primoz
Roglic, que sentia dores da queda na primeira volta.
Na terceira volta, os escapados foram absorvidos pelo pelotão, no que
Oscar Freire aproveitou para atacar e tentar uma fuga. Com isso, os ciclistas
que estavam na frente apertaram o passo e o pelotão se separou novamente.
Na quarta volta, o pelotão alcançou Oscar Freire. Com isso, quem atacou
foi Alejandro Valverde e Thor Hushovd. E lá foi o pelotão se esticar todo novamente,
para tentar pegar os escapados. Ainda fora do pelotão, Primoz Roglic acelerou
forte para liderar seu grupo e tentar voltar, provocando grupetos atrás.
A quinta e penúltima volta foi a mais emocionante. O pelotão apanhou os
dois escapados e, aí, quem atacou foi Luciano Pagliarini. A vitória lhe traria
o título, então ele aproveitou o toque do sino para dar tudo e conseguir o
resultado necessário. Outros ciclistas se esforçaram para persegui-lo,
esfacelando o pelotão completamente.
Mas o impossível voltou a dar as caras na LMC. Solitário em uma fuga,
dependendo apenas de si para vencer e ser campeão, Luciano Pagliarini teve
problemas no câmbio de sua bicicleta e começou a perder velocidade. Com isso,
Danilo Di Luca (Liquigás) passou feito um foguete e venceu, com Vincenzo Nibali
(Astana) também fazendo um sprint espetacular e chegando em segundo para coroar
a dobradinha italiana no pódio. O terceiro lugar foi o mais celebrado pelo
público, já que Alejandro Valverde (Caja Rural) deu mais um pódio à Espanha.
Luciano Pagliarini conseguiu apenas um quarto lugar.
Ao fazer História na LMC estreando na Liga com o título da Vuelta, em
2020, Wiggins volta a fazer História ao se tornar o primeiro bicampeão de uma
Grande Volta. O ciclista britânico venceu uma prova, foi segundo em outra e
terceiro em mais uma, assumindo a camisa vermelha na sétima etapa e não
perdendo mais desde então.
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O esloveno Primoz Roglic (Imperatriz), no pódio com o troféu de campeão de montanha da Vuelta a España 2021. |
Mas todos os louros foram mesmo para Bradley Wiggins. Ao ver Chris
Froome abandonar logo na quarta etapa, os planos do bicampeonato pareciam
abandonados, mas Wiggins soube escolher a estratégia certa, pontuar e segurar
os adversários para voltar a fazer História no ciclismo. É o terceiro título
dele na Liga.
Michele Scarponi precisava apenas de um quinto lugar para conquistar seu
primeiro título na LMC, mas uma queda na penúltima volta o deixou com muitas
dores. Assim, o italiano terminou na trigésima quinta e penúltima posição,
ficando com o vice-campeonato da Vuelta. Em terceiro ficou o brasileiro Luciano
Pagliarini, um prêmio de consolação após a decepcionante última volta.
NOTAS RÁPIDAS
- A
disputa foi tão intensa que as 12 etapas tiveram 12 ganhadores diferentes;
- Quem
mais subiu ao pódio foi justamente o campeão Bradley Wiggins, com 3;
- No
total, 26 equipes subiram ao pódio, sendo que 11 conseguiram ao menos uma
vitória, números superiores a 2020 (19 e 9, respectivamente);
- A
equipe que mais venceu foi a Imperatriz, com 2 vitórias. A que mais
subiu ao pódio foi a Astana, com 4;
- A
Itália foi a nação que mais venceu, com 4 vitórias, e a que mais subiu ao pódio, com 8.
Só para se ter uma ideia do domínio italiano, outras 8 equipes venceram (1
cada) e 12 chegaram ao pódio, sendo que Brasil e Espanha ficaram com a
segunda posição, com 4 pódios, cada;
- Assim,
não é de se espantar que a Itália tenha sido a única nação a conquistar
dobradinha no pódio, com 2 (na sétima e na décima segunda etapas);
- 36
ciclistas completaram a Vuelta, com apenas 4 abandonos. Em 2020, foram 8
abandonos e, em 2019, 11;
- O
TCB teve atuação discreta. Acionado 3 vezes, só puniu o argentino
Francisco Chamorro, com a perda de um ponto na competição. De resto,
absolveu os ciclistas;
- Os espanhóis fizeram a festa dos torcedores locais. Com 4 pódios (sendo 1 vitória), tiveram bom desempenho. Oscar Pereiro Sio e Alberto Contador foram os melhores na classificação final, empatados em décimo sétimo. Contador disputava o título até ter uma queda que lhe causou uma lesão e, assim, diminuiu o ritmo. Oscar Pereiro Sio conseguiu a vitória espanhola e, como uma celebração especial aos locais, passeou na última etapa e chegou em último;
- Após a última das 3 Grandes Voltas do ciclismo mundial, o ranking da LMC teve alterações. Primoz Roglic é o novo líder, com 157 pontos. Filippo Pozzato é, agora, o segundo colocado, com 147 pontos. Em terceiro, Mark Cavendish e Danilo Di Luca, com 138 pontos, cada.
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