Agosto foi mais um mês de sucessos e insucessos para a LMC. O calendário apertou um pouco e, com isso, só tivemos duas provas (sendo uma independente). Mas o dia 19 de agosto foi mais um dia memorável para a Liga, com a chegada dos novos troféus, personalizados e prontos para dar mais brilho ao ciclismo. Vamos ver, então, como foram as duas provas do mês que passou:
TOUR DA SUÍÇA
Ainda em julho, no dia 24, um contra relógio dava início ao Tour da Suíça 2021, em
um típico dia suíço: céu azul, temperatura baixa e muita disposição. Em uma
prova de altíssimo nível, quem levou a melhor foi o brasileiro Luciano
Pagliarini (Saunier Duval), que conquistou a sua primeira vitória na temporada.
Em segundo ficou o inglês Mark Cavendish (T-Mobile) e, em terceiro, o alemão
André Greipel (Lotto Belisol), voltando ao pódio na mesma etapa que venceu em
2019. Destaque também para o quarto lugar do espanhol Oscar Pereiro Sio (Caisse
D’Epargne), o único bicampeão da LMC e que tenta o tri na Suíça.
A história novamente foi feita na LMC. Após vencer a terceira etapa,
Oscar Pereiro Sio assumiu a camisa vermelha com a cruz branca no meio, símbolo
do líder da competição, e não largou mais. Com uma vitória em meta volante e o
quinto lugar na quinta etapa, o espanhol abriu uma margem segura e, com uma
etapa de antecedência, garantiu matematicamente o título do Tour da Suíça. Para
conquistar o inédito tricampeonato, no entanto, precisaria cruzar a linha de
chegada na última etapa, que tinha uma montanha dura, de 9%, após a meta
volante solitária do meio da prova e chegada em sprint.
E a sexta etapa foi disputada somente no dia 15 de agosto, em um dia de céu azul
mas muito frio e com um vento forte que provocou várias quedas no pelotão.
Primoz Roglic foi um dos que caiu e, com muitas dores, preferiu abandonar a
corrida. Mas também tivemos momentos de emoção, com o pelotão andando junto até
a parte final, quando os bordures e uma boa aceleração dividiu os atletas em 4
grupos, com vários sprinters na parte da frente. Curiosamente, quem disputou a
vitória foram os dois montanhistas e quem levou a melhor foi o luxemburguês
Frank Schleck (Saxo Bank), que venceu e deixou o italiano Domenico Pozzovivo
(AG2R) em segundo. Na disputa dos sprinters, o inglês Mark Cavendish (T-Mobile)
conseguiu o terceiro lugar e fechou o pódio.
Com toda essa festa pelas primeiras posições, quem comemorou foi o
trigésimo oitavo e último colocado, Oscar Pereiro Sio. Ao pedalar
despreocupadamente desde o início, o espanhol da Caisse D’Epargne não se
envolveu em acidentes, andou sempre na última posição e comemorou o inédito
tricampeonato do Tour da Suíça.
O título de montanha ficou com o inglês Bradley Wiggins (Sky), seu segundo título na LMC e o primeiro no ano.
O inglês Bradley Wiggins (Sky), com o troféu de montanha do Tour da Suíça. |
Em todas as 3 edições do Tour da Suíça, os fãs de ciclismo só viram
Oscar Pereiro Sio no alto do pódio. O espanhol é o único ciclista da LMC que
conseguiu repetir o título de uma competição até aqui e, somado ao título de
montanha na mesma Suíça em 2019, conquista seu quarto troféu na Liga.
CLÁSSICA DE SAN SEBASTIAN
Em 16 de agosto, os ciclistas independentes se juntavam a Vincenzo Nibali e Primoz Roglic em San Sebastian, no norte da Espanha, mais precisamente no País Basco, para a disputa de mais uma prova clássica independente. Uma corrida dificílima, com 3 subidas com pendentes acima dos 10% e chegada em sprint para quem sobrevivesse. A prova se disputou em um lindo dia de céu azul e temperaturas amenas.
Com muitas subidas difíceis e poucos ciclistas correndo, não se formou
um pelotão. Mas todos andaram razoavelmente perto e se revezando na puxada de
ritmo. Ao final, o filho da lenda mostrou que também pode ser lendário. O belga
Axel Merckx (T-Mobile) soube dosar o ritmo nas subidas e acelerar no plano para
conquistar sua primeira vitória na LMC. Em segundo chegou o brasileiro Magno
Nazaret (Vasco da Gama), que comemorou muito seu primeiro pódio. Em terceiro
chegou o francês Bryan Coquard (Cofidis), que também conquistou seu primeiro
pódio, mas mostrou uma combatividade extrema. Ao largar mal, Coquard teve que
se recuperar nas montanhas e o fez com brilhantismo extremo. Mas o esforço
cobrou justo na hora de mostrar sua especialidade e, no sprint final, ele não
teve pernas para vencer.
Os dois atletas que se recuperavam, Vincenzo Nibali e Primoz Roglic, foram muito mal e terminaram nas duas últimas posições. Vem aí um Tour de France duro para eles…
- Como dito antes, muita dificuldade para colocar o calendário em dia e fazer as provas impediu que o mês tivesse mais corridas. A previsão era de que teríamos ao menos 3 provas, mas um atraso na entrega dos novos troféus adiou o Tour de France por alguns dias.
- A maior prova do ciclismo mundial começou ainda em agosto, mas só terá o seu desfecho no primeiro final de semana de setembro onde, espera-se, poderemos normalizar o calendário.
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