quarta-feira, 1 de setembro de 2021

LMC - Agosto - 01/09/2021

 Agosto foi mais um mês de sucessos e insucessos para a LMC. O calendário apertou um pouco e, com isso, só tivemos duas provas (sendo uma independente). Mas o dia 19 de agosto foi mais um dia memorável para a Liga, com a chegada dos novos troféus, personalizados e prontos para dar mais brilho ao ciclismo. Vamos ver, então, como foram as duas provas do mês que passou:

TOUR DA SUÍÇA


Ainda em julho, no dia 24, um contra relógio dava início ao Tour da Suíça 2021, em um típico dia suíço: céu azul, temperatura baixa e muita disposição. Em uma prova de altíssimo nível, quem levou a melhor foi o brasileiro Luciano Pagliarini (Saunier Duval), que conquistou a sua primeira vitória na temporada. Em segundo ficou o inglês Mark Cavendish (T-Mobile) e, em terceiro, o alemão André Greipel (Lotto Belisol), voltando ao pódio na mesma etapa que venceu em 2019. Destaque também para o quarto lugar do espanhol Oscar Pereiro Sio (Caisse D’Epargne), o único bicampeão da LMC e que tenta o tri na Suíça.


A história novamente foi feita na LMC. Após vencer a terceira etapa, Oscar Pereiro Sio assumiu a camisa vermelha com a cruz branca no meio, símbolo do líder da competição, e não largou mais. Com uma vitória em meta volante e o quinto lugar na quinta etapa, o espanhol abriu uma margem segura e, com uma etapa de antecedência, garantiu matematicamente o título do Tour da Suíça. Para conquistar o inédito tricampeonato, no entanto, precisaria cruzar a linha de chegada na última etapa, que tinha uma montanha dura, de 9%, após a meta volante solitária do meio da prova e chegada em sprint.


E a sexta etapa foi disputada somente no dia 15 de agosto, em um dia de céu azul mas muito frio e com um vento forte que provocou várias quedas no pelotão. Primoz Roglic foi um dos que caiu e, com muitas dores, preferiu abandonar a corrida. Mas também tivemos momentos de emoção, com o pelotão andando junto até a parte final, quando os bordures e uma boa aceleração dividiu os atletas em 4 grupos, com vários sprinters na parte da frente. Curiosamente, quem disputou a vitória foram os dois montanhistas e quem levou a melhor foi o luxemburguês Frank Schleck (Saxo Bank), que venceu e deixou o italiano Domenico Pozzovivo (AG2R) em segundo. Na disputa dos sprinters, o inglês Mark Cavendish (T-Mobile) conseguiu o terceiro lugar e fechou o pódio.


O pódio da sexta etapa. No alto, com o troféu de vencedor, o luxemburguês Frank Schleck (Saxo Bank). Abaixo dele, o italiano Domenico Pozzovivo (AG2R), segundo colocado. Abaixo do troféu, o inglês Mark Cavendish (T-Mobile), terceiro colocado.


Com toda essa festa pelas primeiras posições, quem comemorou foi o trigésimo oitavo e último colocado, Oscar Pereiro Sio. Ao pedalar despreocupadamente desde o início, o espanhol da Caisse D’Epargne não se envolveu em acidentes, andou sempre na última posição e comemorou o inédito tricampeonato do Tour da Suíça.

O título de montanha ficou com o inglês Bradley Wiggins (Sky), seu segundo título na LMC e o primeiro no ano.


O inglês Bradley Wiggins (Sky), com o troféu de montanha do Tour da Suíça.

Em todas as 3 edições do Tour da Suíça, os fãs de ciclismo só viram Oscar Pereiro Sio no alto do pódio. O espanhol é o único ciclista da LMC que conseguiu repetir o título de uma competição até aqui e, somado ao título de montanha na mesma Suíça em 2019, conquista seu quarto troféu na Liga.


O Tour da Suíça teve apenas dois abandonos, de Vincenzo Nibali (na terceira etapa) e de Primoz Roglic (na sexta etapa). Além disso, os torcedores locais saíram frustrados com o péssimo desempenho de Fabian Cancellara, que não conseguiu fazer um ponto sequer em toda a competição. Após o Tour da Suíça, Filippo Pozzato mantém a liderança do ranking, com 138 pontos, seguido por Primoz Roglic, com 134. Em terceiro, agora, figura Mark Cavendish, com 126 pontos.

O pódio do Tour da Suíça 2021. No alto, com o troféu de tricampeão, o espanhol Oscar Pereiro Sio (Caisse D'Epargne). Abaixo dele, com o troféu de montanha, o inglês Bradley Wiggins (Sky), vice campeão. Abaixo do troféu de campeão, o inglês Mark Cavendish (T-Mobile) e o italiano Damiano Cunego (Lampre), empatados em terceiro lugar.

CLÁSSICA DE SAN SEBASTIAN

Em 16 de agosto, os ciclistas independentes se juntavam a Vincenzo Nibali e Primoz Roglic em San Sebastian, no norte da Espanha, mais precisamente no País Basco, para a disputa de mais uma prova clássica independente. Uma corrida dificílima, com 3 subidas com pendentes acima dos 10% e chegada em sprint para quem sobrevivesse. A prova se disputou em um lindo dia de céu azul e temperaturas amenas.


Com muitas subidas difíceis e poucos ciclistas correndo, não se formou um pelotão. Mas todos andaram razoavelmente perto e se revezando na puxada de ritmo. Ao final, o filho da lenda mostrou que também pode ser lendário. O belga Axel Merckx (T-Mobile) soube dosar o ritmo nas subidas e acelerar no plano para conquistar sua primeira vitória na LMC. Em segundo chegou o brasileiro Magno Nazaret (Vasco da Gama), que comemorou muito seu primeiro pódio. Em terceiro chegou o francês Bryan Coquard (Cofidis), que também conquistou seu primeiro pódio, mas mostrou uma combatividade extrema. Ao largar mal, Coquard teve que se recuperar nas montanhas e o fez com brilhantismo extremo. Mas o esforço cobrou justo na hora de mostrar sua especialidade e, no sprint final, ele não teve pernas para vencer.


Os dois atletas que se recuperavam, Vincenzo Nibali e Primoz Roglic, foram muito mal e terminaram nas duas últimas posições. Vem aí um Tour de France duro para eles…

O pódio da Clássica de San Sebastian. No alto, o belga Axel Merckx (T-Mobile), vencedor. Abaixo, o brasileiro Magno Nazaret (Vasco), segundo colocado. Mais abaixo, o francês Bryan Coquard (Cofidis), terceiro colocado.

RANKING

1º Filippo Pozzato (Acqua & Sapone) - 138 pontos;
2º Primoz Roglic (Imperatriz) - 134 pontos;
3º Mark Cavendish (T-Mobile) - 126 pontos.

NOTAS RÁPIDAS
  • Como dito antes, muita dificuldade para colocar o calendário em dia e fazer as provas impediu que o mês tivesse mais corridas. A previsão era de que teríamos ao menos 3 provas, mas um atraso na entrega dos novos troféus adiou o Tour de France por alguns dias.
  • A maior prova do ciclismo mundial começou ainda em agosto, mas só terá o seu desfecho no primeiro final de semana de setembro onde, espera-se, poderemos normalizar o calendário.

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