quinta-feira, 1 de julho de 2021

LMC - Junho - 01/07/2021

Se maio teve a primeira das 3 Grandes Voltas do Ciclismo Mundial, junho veio com os campeonatos continentais e a Copa do Mundo, além de mais uma estreia no calendário da LMC. Vamos conferir como foi o mês de junho para os fãs do ciclismo!


CAMPEONATO EUROPEU

No dia 06 de junho, os ciclistas estavam na Eslováquia, para a disputa do Campeonato Europeu de Ciclismo. Um traçado quase que inteiramente plano (à exceção de uma subida de 5% na metade da prova) e um dia de sol e muito calor esperavam os atletas.


O traçado da prova foi desenhado para favorecer Peter Sagan, o ciclista local que é sprinter. Isso significava que os sprinters também poderiam se favorecer deste tipo de terreno. Por ser disputada em formato de clássica, a corrida do Campeonato Europeu viu muitos ataques desde o início e pouca colaboração entre os atletas, ocasionando muitos cortes no pelotão. Com a linha de chegada se aproximando, os atletas se alinhavam para um final em altíssima velocidade e ele foi assim mesmo, com emoção de sobra.


Ao final, quem teve mais forças para sprintar foi o inglês Mark Cavendish (T-Mobile). Se aproveitando do estilo parecido com o de Sagan, Cavendish arrancou e não foi pego por ninguém, chegando com boa sobra e comemorando seu primeiro título europeu, o quarto em 2021 e o quinto na LMC. De quebra, sua vitória leva o Europeu 2022 para a Inglaterra.


Em segundo lugar chegou o alemão André Greipel (Lotto Belisol), voltando ao pódio após ser terceiro em 2020, na França. Em terceiro lugar, uma disputa eletrizante que só foi decidida no photofinish viu o espanhol Alberto Contador (Astana) ficar com a última posição no pódio. Peter Sagan confiou no trabalho de pelotão, se poupou para o final e decepcionou, chegando apenas em décimo sétimo. Como os campeonatos continentais não contam pontos para o ranking, este permaneceu inalterado.


O pódio do campeonato europeu. No alto, com o troféu de campeão, o inglês Mark Cavendish (T-Mobile). Abaixo dele, o alemão André Greipel (Lotto Belisol), vice campeão. Abaixo do troféu, o espanhol Alberto Contador (Astana), terceiro colocado.

 

CAMPEONATO PANAMERICANO

Também no dia 06 de junho, os seis atletas das Américas estavam no Brasil para a disputa do Campeonato Panamericano 2021. Disputada no mesmo traçado dos Jogos Olímpicos do Rio, tinha duas subidas, sendo a primeira em 5% e a segunda (após a metade da prova) em difíceis 9%. Depois disso, tudo plano para chegada em sprint na Praia de Copacabana. A corrida seria disputada em um dia parcialmente nublado e de muito calor.


Desde o início, Lance Armstrong saiu em fuga e imprimiu um ritmo fortíssimo. O americano da USPS venceu com uma sobra incrível, sem jamais ser incomodado e conquistou o Panamericano pela primeira vez (havia sido bronze em 2020), o primeiro título do ano e o quarto na LMC. A sobra de Armstrong foi tanta, que ele chegou a cair próximo da linha de chegada e conseguiu voltar à bicicleta e vencer. Com isso, o Panamericano de 2022 será nos Estados Unidos.


Na disputa pelas posições seguintes no pódio, o colombiano Fernando Gaviria (Quickstep), campeão em 2019, conquistou a segunda posição. O terceiro lugar foi do campeão de 2020, o brasileiro Murilo Fischer (FDJ), que foi o único a ir ao pódio nas 3 edições da competição, já que também havia sido bronze em 2019. Assim como o Campeonato Europeu, o Panamericano não dá pontos para o ranking.


O pódio do campeonato panamericano. No alto, com o troféu de campeão, o americano Lance Armstrong (USPS). Abaixo dele, o colombiano Fernando Gaviria (Quickstep), vice campeão. Abaixo do troféu, o brasileiro Murilo Fischer (Française De Jeux), terceiro colocado.

 

COPA DO MUNDO

Em 19 de junho, os atletas voltavam de duas semanas de treinos pesados para a prova magna da LMC. A Copa do Mundo de Ciclismo 2021 foi disputada na Holanda. Graças a uma mudança no regulamento, as montanhas foram distribuídas ao longo do percurso, ao contrário dos anos anteriores, quando eram juntas na metade da prova.


Assim, um dia frio e nublado, com chuva e vento em alguns trechos, aguardava os atletas e, para piorar, montanhas bem difíceis. As duas primeiras, seguidas, eram no primeiro terço de prova e tinham 5 e 7% de inclinação. Um trecho plano e logo a seguir outra montanha, de 11%. Mais pro final da prova, havia uma colina, com uma montanha de 9%, um trecho plano e outra montanha, em 6%, para preparar a chegada em sprint.


Logo no início, começaram os ataques e uma fuga se formou, principalmente com Danilo Di Luca, Fabian Cancellara e Mark Cavendish. Mais atrás, outros ciclistas iam e vinham. Cancellara e Cavendish aguentaram mais ou menos até o meio da prova, foram absorvidos pelo pelotão e jogados para trás, terminando a Copa do Mundo em décimo sexto e vigésimo quarto, respectivamente.


Já Danilo Di Luca manteve um ritmo alucinante a prova inteira, partindo a solo e mantendo uma vantagem enorme à frente dos demais, que tiveram que se organizar para buscar o escapado. Um grupo foi formado com Damiano Cunego, Oscar Freire, Sylvain Chavanel, Domenico Pozzovivo, Romain Bardet e Frank e Andy Schleck, que forçavam muito no revezamento para tentarem diminuir a diferença. A cada montanha, Di Luca aumentava mais o ritmo e os demais tinham que fazer mais força.


No último terço de prova, Danilo Di Luca diminuiu o ritmo, dando a impressão de que estava administrando a corrida. Na verdade, tinha cansado e tentava segurar a vantagem que tinha. Mas alguns ciclistas fizeram boas escolhas e começaram a se preparar para uma grande chegada em sprint.


A história foi feita nesta Copa do Mundo quando Damiano Cunego começou a acelerar, suando sangue. O ciclista da Lampre conseguiu uma ultrapassagem sensacional a poucos metros da linha de chegada e venceu a Copa do Mundo, com Danilo Di Luca (Liquigás) ficando com a segunda posição e completando a dobradinha italiana. Em terceiro, o espanhol Oscar Freire (Rabobank) bateu o holandês Mathieu Van Der Poel (Corendon Circus) e conseguiu a terceira posição, deixando o aplaudido ciclista local na quarta posição. Destaque também para os franceses Sylvain Chavanel e Julian Alaphilippe (ambos da Quickstep) e Romain Bardet (AG2R), que chegaram respectivamente em quinto, sexto e oitavo.


Damiano Cunego superou um pneu furado no último terço de prova e conquistou a sua primeira Copa do Mundo, seu segundo título no ano e oitavo na LMC. De quebra, leva a competição de volta para a Itália em 2022, já que a mesma foi disputada lá em 2020 (após o título de Fábio Aru em 2019). Danilo Di Luca conquistou seu primeiro pódio na Copa do Mundo e fez a primeira dobradinha de um país na competição. Oscar Freire também foi ao pódio da Copa do Mundo pela primeira vez, mas é a segunda vez seguida que a Rabobank vai ao pódio, já que o campeão de 2020 foi o holandês Bauke Mollema.


Por falar em Mollema, ele foi a grande decepção da corrida. Com um traçado feito para ele, o holandês jamais saiu do grupeto e terminou humilhantemente em último lugar.


Com o vice campeonato mundial, Danilo Di Luca disparou na frente do ranking, com 106 pontos. Em segundo, permanece Filippo Pozzato, com 98, e em terceiro também permanece Marcel Kittel, com 89.


O pódio mais prestigioso da LMC, a Copa do Mundo! No alto, com o troféu de campeão, o italiano Damiano Cunego (Lampre). Abaixo dele, completando a dobradinha italiana, Danilo Di Luca (Liquigás), vice campeão. Abaixo do troféu, o espanhol Oscar Freire (Rabobank), terceiro colocado.


VOLTA DA COLÔMBIA

Em 20 de junho de 2021, estreava na LMC a Volta da Colômbia. Um contra relógio em um dia parcialmente nublado e de temperatura amena foi o pontapé inicial de uma competição recheada de montanhas. A prova foi de alto nível e, para a competição estreante, nada melhor do que uma vitória de alguém que foi alvo de zombarias de muitas pessoas. O belga Philippe Gilbert (Lotto Belisol), dono da maior streak negativa de vitórias da LMC, conseguiu sua segunda vitória no ano, com o norueguês Thor Hushovd (Credite Agricole) em segundo e o italiano Filippo Pozzato (Acqua & Sapone) em terceiro.


A segunda etapa foi no dia 21 de junho e também fez história, em um dia frio e de vento muito forte. Após a vitória de Philippe Gilbert no Giro D’Italia, quebrando a streak negativa, somente um ciclista ainda não havia vencido na LMC. Depois de estrear na Liga com uma medalha de prata nas Olimpíadas, Mathieu Van Der Poel subiu ao pódio mais 8 vezes, sendo 6 em segundo e 2 em terceiro. Mas nas condições adversas encontradas na segunda etapa da Volta da Colômbia, o holandês da Corendon Circus deixou seus adversários comendo poeira no sprint final e cruzou a linha de chegada com os braços cruzados à frente da barriga, sua comemoração característica, para vencer pela primeira vez na LMC. Em segundo, chegou o argentino Francisco Chamorro (Credite Agricole) e, em terceiro, o francês Julian Alaphilippe (Quickstep).


Após vencer pela primeira vez na LMC, o holandês Mathieu Van Der Poel (Corendon Circus) é erguido pelo argentino Francisco Chamorro (Credite Agricole) e pelo francês Julian Alaphilippe (Quickstep), segundo e terceiro colocados respectivamente, seguindo a tradição da Liga.


No dia 27 de junho, os ciclistas faziam a sexta e última etapa de uma Volta da Colômbia disputadíssima, onde a cada corrida tivemos um líder diferente. Com uma meta volante na metade da prova, seguida por uma montanha de 8% de inclinação, a última etapa da edição de estreia desta competição via 7 ciclistas chegarem até aqui com chances de título.


Se desde a primeira etapa os atletas estiveram às voltas com montanhas, frio, vento e chuva, na última encontraram um lindo dia de céu azul e temperatura pra lá de agradável. O ritmo diminuto mostrava que poucos estavam a fim de correr, tanto que após a meta volante, o número de ciclistas na disputa do título caiu para 4.


Muitos ciclistas se pouparam nesta etapa derradeira, deixando o então líder Sylvain Chavanel bem confortável. O francês da Quickstep marcou seus adversários mais próximos, viu que nenhum deles saía de um dos inúmeros grupetos formados ao longo da prova e só no final acelerou para cruzar a linha de chegada em nono, comemorando o virtual título.


No entanto, dos que disputavam a vitória, havia um contender que ninguém considerava, mas que pontuou na meta volante, aumentando suas chances de título. Enquanto o italiano Fabio Aru (Liquigás) aumentava a diferença na fuga solitária até vencer com muita sobra, seu compatriota Filippo Pozzato (Acqua & Sapone) lançou um sprint espetacular para chegar em segundo. Em terceiro, veio o brasileiro Luciano Pagliarini (Saunier Duval). O domínio italiano na sexta etapa foi tanto, que eles tiveram 4 ciclistas entre os 6 primeiros. Além dos que formaram a dobradinha no pódio, Vincenzo Nibali (Astana) foi o quarto colocado e Damiano Cunego (Lampre), o quinto.


O pódio da sexta e última etapa. No alto, com o troféu de vencedor, Fabio Aru (Liquigás). Abaixo dele, completando mais uma dobradinha italiana na temporada, Filippo Pozzato (Acqua & Sapone), segundo colocado. Abaixo do troféu, o brasileiro Luciano Pagliarini (Saunier Duval), terceiro colocado.


Enquanto era cumprimentado pelos mecânicos, diretores e companheiros, Chavanel não havia percebido que o segundo lugar bastava a Filippo Pozzato para ficar com o título. Quando foi anunciado o campeão, uma grande surpresa tomou conta dos presentes. Chavanel teve uma grande decepção com o erro de cálculo da sua equipe, mas não saiu de mãos abanando. O francês da Quickstep ficou com o título de montanha da Volta da Colômbia 2021.


A lenda do futebol colombiano Leonel Alvarez entrega o troféu de montanha ao francês Sylvain Chavanel (Quickstep).


Pozzato conquista seu terceiro título na LMC, já que havia vencido tanto o GC quanto o título de montanha na Fleche Wallonne. Tecnicamente falando, a primeira Volta da Colômbia da LMC foi espetacular. Corridas de altíssimo nível, 6 vencedores diferentes e 6 camisas amarelas a cada etapa, garantia de emoção até o final. Apesar do altíssimo número de quedas (fruto do tempo chuvoso a maior parte do tempo), somente dois ciclistas abandonaram a competição: Domenico Pozzovivo, na segunda etapa, e Julian Alaphilippe próximo à linha de chegada da última etapa.

A decepção ficou por conta de Fernando Gaviria. O ciclista local, membro da Quickstep, andou sempre atrás, jamais deu sinais de que iria para o pódio e terminou sem marcar um ponto sequer. O vigésimo quarto lugar na última etapa justifica bem a frustração colombiana com o seu atleta.

Após a Volta da Colômbia, o ranking sofreu nova reviravolta. Filippo Pozzato assume a liderança, com 133 pontos, deixando Danilo Di Luca em segundo, com 112 pontos. Marcel Kittel se mantém em terceiro, mas agora com 90 pontos.


O pódio da Volta da Colômbia 2021. No alto, a lenda do futebol colombiano e mundial Carlos Valderrama entrega o troféu de campeão ao italiano Filippo Pozzato (Acqua & Sapone). Abaixo de Pozzato, com o troféu de campeão de montanha, o francês Julian Alaphilippe (Quickstep), vice campeão. Abaixo de Valderrama, o espanhol Oscar Freire (Rabobank), terceiro colocado.

RANKING

1º Filippo Pozzato (Acqua & Sapone) - 133 pontos;
2º Danilo Di Luca (Liquigás) - 112 pontos;
3º Marcel Kittel (Katusha) - 90 pontos;
4º Thor Hushovd (Credite Agricole) e Primoz Roglic (Imperatriz) - 82 pontos;
6º Vincenzo Nibali (Astana) - 81 pontos;
7º Mark Cavendish (T-Mobile) - 78 pontos;
8º Domenico Pozzovivo (AG2R) - 77 pontos;
9º Tom Boonen (Quickstep) - 74 pontos;
10º Julian Alaphilippe (Quickstep) - 73 pontos;
11º Sylvain Chavanel (Quickstep) - 68 pontos;
12º Francisco Chamorro (Credite Agricole) - 67 pontos;
13º Alberto Contador (Astana) - 65 pontos;
14º Frank Schleck (Saxo Bank) e Romain Bardet (AG2R) - 64 pontos;
16º Fernando Gaviria (Quickstep) - 62 pontos;
17º Mathieu Van Der Poel (Corendon Circus) - 61 pontos;
18º Oscar Freire (Rabobank) - 60 pontos;
19º Damiano Cunego (Lampre) - 53 pontos;
20º Peter Sagan (Bora) - 51 pontos;
21º Luciano Pagliarini (Saunier Duval) - 48 pontos;
22º Bauke Mollema (Rabobank) e Rafael Andriato (Imperatriz) - 45 pontos;
24º Fabian Cancellara (Saxo Bank) - 44 pontos;
25º Fabio Aru (Liquigás) - 43 pontos;
26º Oscar Pereiro Sio (Caisse D'Epargne) e Tom Dumoulin (Sunweb) - 42 pontos;
28º Lance Armstrong (USPS) - 40 pontos;
29º Chris Froome (Sky) e Thibaut Pinot (Française De Jeux) - 39 pontos;
31º Bradley Wiggins (Sky) - 36 pontos;
32º Philippe Gilbert (Lotto Belisol) - 34 pontos;
33º Remco Evenepoel (Quickstep) - 31 pontos;
34º Andy Schleck (Saxo Bank) - 26 pontos;
35º André Greipel (Lotto Belisol) e Murilo Fischer (Française De Jeux) - 18 pontos.

NOTAS RÁPIDAS
  • Até a metade do ano, foram disputadas 14 competições e foram distribuídos 6 prêmios de montanha, com 69 corridas.
  • 13 ciclistas diferentes já conquistaram ao menos um título, seja de GC ou de montanha. Mark Cavendish é o maior ganhador de títulos GC (com 3) e também no geral (com 4), já que conquistou um prêmio de montanha. O maior ganhador de prêmios de montanha é Julian Alaphilippe (com 2).
  • 30 ciclistas já venceram ao menos uma prova. O que mais venceu foi o líder do ranking, Filippo Pozzato, com 7 triunfos. Ainda não venceram os ciclistas Oscar Pereiro Sio, Andy Schleck, Luciano Pagliarini, André Greipel, Domenico Pozzovivo e Murilo Fischer.
  • No entanto, todos os ciclistas já foram ao pódio no mínimo 2 vezes. Os que mais chegaram ao pódio foram Tom Boonen, Danilo Di Luca e Domenico Pozzovivo.
  • Com a Real Liga de Ciclismo, o Giro D'Italia e a Copa do Mundo no semestre, os italianos dominam o circuito. Os melhores atletas até aqui são Filippo Pozzato, Danilo Di Luca, Domenico Pozzovivo, Damiano Cunego, Mark Cavendish, Sylvain Chavanel e Primoz Roglic.
  • Por outro lado, alguns atletas decepcionam. Oscar Pereiro Sio parece estar em declínio na carreira; André Greipel não conseguiu voltar à forma de 2019; Thibaut Pinot veio com grande pompa após o título no Giro D'Italia 2020 e só tem uma vitória no ano; Murilo Fischer não consegue decolar e nem lembrar seu desempenho de 2019 e 2020, quando ganhou o apelido de "sprinter das montanhas".
  • Mas a grande decepção mesmo tem sido a equipe Sky. Chris Froome venceu apenas duas vezes e chegou uma vez em terceiro, mas tem corrido a maioria das provas na parte de trás do pelotão. Bradley Wiggins só tem uma vitória e um segundo lugar, além de andar muito no grupeto e jamais mostrar que pode disputar o bi da Vuelta a Espanha.
  • Julho promete mais ainda para os fãs de ciclismo. Ainda em junho, começou o Tour da Califórnia e a prova seguinte, o Criterium du Dauphiné, trará a grande novidade da LMC em 2021!

FIFUBO

Se a LMC vem dando alegrias aos seus torcedores, o mesmo não se pode dizer da FIFUBO. Com o fim das competições, a Federação começou a ser desmobilizada e várias equipes se despediram. Foram vendidas as seleções da Alemanha, da Argentina e da Áustria e os times do Estudiantes de La Plata e do Velez Sarsfield.

A Alemanha é uma das grandes vencedoras de títulos entre seleções. Com a Copa do Mundo e a Copa dos Campeões de 2020, fez 71 gols oficiais enquanto jogou pela FIFUBO. Teve em Miroslav Klose seu maior artilheiro, com 17 gols.

A Argentina não conseguiu colocar no campo todo o favoritismo que lhe foi atribuído pelos comentaristas. Mesmo assim, conseguiu o título da Copa do Rei de 2018. Marcou 54 gols e teve em Lionel Messi seu maior artilheiro, com 17 gols.

A Áustria foi a maior decepção da fase de seleções da FIFUBO. Disputou apenas uma competição dita oficial e fez apenas um gol (com Gerhard Rodax). Jamais conseguiram uma vitória.

O Estudiantes de La Plata foi uma das equipes mais queridas da FIFUBO durante a Era do Campeonato Argentino. Não conseguiram um título sequer, mas fizeram partidas e competições memoráveis, como o Clausura 2017, quando foi o vencedor da temporada regular, teve o ataque mais positivo e a defesa menos vazada, mas acabou com o vice campeonato após perder a final para o River Plate. Fez 247 gols no total e teve em Juan Sebastian Verón seu maior artilheiro, com 56 gols. Todos os jogadores de linha fizeram gols, mas faltou um gol do goleiro Andujar para poderem levar o Troféu 100% de Gols.

O Velez Sarsfield é mais novo que o Estudiantes, mas também encantou vários fãs de futebol enquanto esteve na FIFUBO. Conquistou 5 títulos no total, sendo duas Copas Olé e duas Supercopas FIFUBO nos mesmos anos (2014 e 2016), o que lhe fez rivalizar com o Racing no apelido de "Rei de Copas", além do Torneio Início do Apertura de 2016. Um dos gigantes do futebol argentino na FIFUBO, o Velez vinha cercado de expectativas para conquistar uma Liga, mas não conseguia engrenar neste tipo de competição, brilhando sempre em Copas. No total, fez 236 gols e seu maior artilheiro foi Federico Insua, com 54 gols. Tal qual o Estudiantes, todos os jogadores de linha fizeram gols e a equipe só não levou o Troféu 100% de Gols porque o goleiro Sosa não fez o dele.

É triste ter que se desfazer de equipes tão queridas e de Ligas tão bem montadas. Mas com a proibição médica de jogar futibou de butaum novamente, por conta da terceira hérnia de disco, é preferível fazer algum dinheiro para investir em outra coisa (cof, cof, LMC!) e saber que as equipes estão sendo utilizadas por outras pessoas e fazendo-as felizes. Espero que os compradores tenham gostado dos botões e os utilizem com muita alegria. A FIFUBO ainda irá se desfazer de algumas equipes, mas vai manter as mais clássicas. Se algum dia eu puder voltar a jogar, o River, o Vasco, o Imperatriz e outros ainda estarão comigo.

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