quarta-feira, 31 de março de 2021

LMC - Março - 31/03/2021

Se janeiro e fevereiro foram meses mais lentos para os fãs de ciclismo, com somente a disputa da Real Liga, março chegou com o pé na porta, com as primeiras provas por etapas e a primeira clássica do ano.


Tivemos também a aquisição dos novos troféus da Liga, no formatu escudeto. A Marinha do Brasil patrocina o campeão de prova por etapas e de clássicas, enquanto os Navy Seals norte americanos premiarão o campeão de montanha nas provas por etapas. A melhor banda de todos os tempos, Foo Fighters, também está na LMC, premiando os vencedores de cada etapa. E as 3 Grandes Voltas terão troféus personalizados para cada vencedor de etapa. Como se vê, muitas novidades apareceram em março e tem mais coisa ainda por vir. Vamos, agora, ver como foram as provas do mês, que está se encerrando hoje.


TOUR DA MALÁSIA

O Tour da Malásia começou em 28 de fevereiro, com seis etapas. Em 13 de março, 34 ciclistas rompiam as ruas de Kuala Lumpur para a última etapa, totalmente plana. 8 ciclistas ainda tinham chances de título, a depender de uma combinação de resultados específica para cada um.


Um vento forte soprou lateralmente. Conhecido como “bordure”, esse tipo de vento pega os ciclistas desprevenidos e promove cortes no pelotão. Em Kuala Lumpur, não foi diferente. O pelotão se dividiu em 3 ou 4 grupos, todos batalhando para pegar o grupo da frente. O líder Alberto Contador se viu no terceiro grupo quando houve a divisão e, para piorar, viu seu companheiro de Astana e rival na competição, Vincenzo Nibali, bem protegido no grupo da frente.


Rafael Andriato fez uma prova incrível, puxando o ritmo mesmo com o vento soprando forte, só que ficou sem pernas na hora do sprint e ainda viu Nibali atacar forte. O italiano da Astana venceu, com o brasileiro da Imperatriz chegando em segundo. Completando a dobradinha brasileira no pódio, Luciano Pagliarini (Saunier Duval) chegou em terceiro, repetindo a mesma colocação na etapa, em 2020.


Com a vitória, Vincenzo Nibali conquistou o título do Tour da Malásia. O Tubarão de Messina não havia pontuado até a penúltima etapa, quando venceu duas metas volante e a corrida, repetindo o triunfo na última etapa e saindo com o título.


O pódio da sexta e última etapa do Tour da Malásia 2021. No alto, com o troféu de vencedor, o italiano Vincenzo Nibali (Astana). Abaixo dele, o brasileiro Rafael Andriato (Imperatriz), segundo colocado. Abaixo do troféu, o brasileiro Luciano Pagliarini (Saunier Duval), terceiro colocado.

O espanhol Alberto Contador (Astana) dividiu o vice campeonato com o colombiano Fernando Gaviria (Quickstep) e, em terceiro, ficou o norueguês Thor Hushovd (Credite Agricole). O vice campeonato pode ter sido amargo, mas ao menos Contador terminou com o título de montanha, trazendo o show da Astana para a Malásia. 3 ciclistas abandonaram esta edição.


O título na Malásia deu a Vincenzo Nibali a liderança do ranking, com 33 pontos. Alberto Contador e Fernando Gaviria estão em segundo, com 24 pontos, cada. Foi a última competição com os antigos troféus da LMC.


O pódio final do Tour da Malásia 2021. No alto, com os troféus de campeão e vencedor da última etapa, o italiano Vincenzo Nibali (Astana). Abaixo do troféu de campeão, o colombiano Fernando Gaviria (Quickstep) e o espanhol Alberto Contador (Astana), vice campeões. Abaixo do troféu de vencedor da última etapa, o norueguês Thor Hushovd (Credite Agricole), terceiro colocado.


PROTOUR DO BENELUX

Em 14 de março, um contra relógio na Bélgica dava início ao Protour do Benelux 2021. A prova é composta por 6 etapas divididas igualitariamente nos três países, cada uma com uma honraria. Neste ano, a Bélgica teve a honra de abrir a competição, com as duas primeiras etapas; à Luxemburgo coube fazer as duas provas de montanha que decidiriam o vencedor naquela categoria; já a Holanda teria a honra de coroar o campeão, em suas duas últimas etapas.


A versão 2021 do Protour do Benelux foi incrível, do ponto de vista competitivo. 5 ciclistas chegaram à última etapa com chances de título, com 2 holandeses e um luxemburguês no páreo. Isso se deu graças ao ótimo desempenho dos ciclistas do Benelux. Até a penúltima etapa, o holandês Mathieu Van Der Poel chegou em segundo na Bélgica e em Luxemburgo e o delírio do público veio nas etapas 3 e 5, quando o luxemburguês Frank Schleck e o holandês Tom Dumoulin venceram em suas casas.


Frank Schleck fez dupla história na terceira etapa, nas montanhas de Luxemburgo. O ciclista da Saxo Bank não só venceu em casa, para delírio dos locais, como foi o primeiro ciclista ao ganhar o novo troféu Foo Fighters. Abaixo dele, o francês Julian Alaphilippe (Quickstep), segundo colocado. Abaixo do troféu, o inglês Mark Cavendish (T-Mobile), terceiro colocado.


A sexta e última etapa foi disputada em um circuito de 6 voltas pelas ruas de Amsterdam, no dia 21 de março, completamente plano e pronto para uma chegada eletrizante em sprint. O ritmo foi alto, com os 35 ciclistas acelerando forte, prontos para um final sensacional. A Itália acabou conseguindo uma histórica tripleta, com Vincenzo Nibali (Astana) vencendo, Danilo Di Luca (Liquigás) em segundo e Domenico Pozzovivo (AG2R) em terceiro.


Outro feito histórico neste Protour do Benelux. Na última etapa, 3 italianos ocuparam o pódio. No alto, o vencedor Vincenzo Nibali (Astana). Abaixo dele, o segundo colocado Danilo Di Luca (Liquigás). Abaixo do troféu, o terceiro colocado, Domenico Pozzovivo (AG2R).


Nenhum dos postulantes ao título ficou entre os seis primeiros, sendo Julian Alaphilippe o melhor deles, em sétimo. Mas o francês precisava chegar pelo menos em terceiro para ficar com o título, então nada mudou desde a penúltima etapa.


Ao final, o inglês Mark Cavendish chegou apenas em vigésimo sexto lugar, mas conquistou o título. Foi o segundo triunfo do britânico na LMC, já que havia vencido o Tirreno Adriático em 2019. Mark Cavendish dá a volta por cima após uma pré-temporada majestosa e um decepcionante ano em 2020. Cavendish foi ao pódio nas três primeiras etapas do Protour do Benelux, com o terceiro lugar na primeira e terceira e a vitória na segunda. Depois disso, não pontuou mais, mas a gordura era enorme e ele pôde queimá-la nas três etapas finais.


O vice-campeonato ficou com o francês Julian Alaphilippe (Quickstep), que teve o consolo de sair com o título de montanha, aliás, o bicampeonato, já que ficou com tal prêmio em 2020 e 2021.


Mas o que levantou a torcida mesmo foi o terceiro lugar. O luxemburguês Frank Schleck (Saxo Bank) completou o pódio e fez a alegria dos torcedores, que ainda viram Mathieu Van Der Poel dividir o quarto lugar com outros dois ciclistas e Tom Dumoulin (campeão em 2020) ser o quinto colocado. Apenas dois ciclistas abandonaram a competição: Thibaut Pinot, na segunda etapa, e Oscar Freire, na sexta e última.

Após o Protour do Benelux, Vincenzo Nibali manteve a liderança do ranking da LMC, com 46 pontos. Em segundo, empatados com 30, estão Mark Cavendish e Fernando Gaviria.


O pódio final do Protour do Benelux. No alto, com o troféu de campeão, o inglês Mark Cavendish (T-Mobile). Abaixo dele, com o troféu de campeão de montanha, o francês Julian Alaphilippe (Quickstep), vice campeão. Abaixo do troféu da Marinha, o luxemburguês Frank Schleck (Saxo Bank), terceiro colocado.


STRADE BIANCHI

No dia 27 de março, os ciclistas estavam na Itália para a primeira clássica do ano. A Strade Bianchi é disputada nas ruas de Siena, com 3 trechos em sterrato, o temido cascalho branco que causa trepidação, levanta poeira e dificulta muito a vida dos ciclistas.


Logo no início, uma pequena fuga foi formada, tendo à frente o alemão Marcel Kittel (Katusha) e o brasileiro Murilo Fischer (FDJ). Os dois impuseram um ritmo forte, mas o sterrato realmente exaure as forças do ciclista. O segredo para triunfar nesta clássica é saber dosar a força nos piores trechos, se poupando para a parte final. Desta forma, apesar do início avassalador, Murilo Fischer terminou apenas em nono lugar, enquanto Kittel foi o décimo nono.


A Strade Bianchi 2021 reservava coisas maiores para o seu final. E foi empurrado pelo público que o italiano Damiano Cunego atacou no final, quando os ciclistas começavam a definir estratégias para o sprint. O ciclista da Lampre levou o torcedor local ao delírio com a vitória, conquistando sua primeira vitória e título no ano, o sétimo na LMC. Em segundo e terceiro lugares, uma dobradinha da Bélgica e da Quickstep, com Remco Evenepoel e Tom Boonen ocupando os lugares restantes no pódio.


Apesar de muitas quedas nos pontos de sterrato, nenhum ciclista abandonou a Strade Bianchi, coroando um grande dia para o ciclismo mundial. A liderança do ranking não mudou. Vincenzo Nibali continua na frente, com 46 pontos, seguido de Mark Cavendish e Fernando Gaviria, com 30.


O pódio da Strade Bianchi 2021. No alto, o italiano Damiano Cunego (Lampre), vencedor. Abaixo dele, o belga Remco Evenepoel (Quickstep), segundo colocado. Abaixo do troféu, o belga Tom Boonen (Quickstep), terceiro colocado.

E assim, com duas provas por etapas e uma clássica, a LMC atravessou o mês de março já no ritmo elevado que lhe é característica. Ainda no mês de março, já começou a Volta Ciclística ao Algarve. Após a prova por etapas em Portugal, teremos o Tour de Flandres, a primeira das 5 Clássicas Monumento, que estreia no calendário 2021. Depois disso, os ciclistas vão à Itália, para o Tirreno Adriático e a Milan Sanremo e por aí vai. Os ciclistas estão na estrada e os fãs vão atrás, com muita emoção!

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