sábado, 20 de abril de 2019

Liga FIFUBO 2019 - Quarta Rodada - 20/04/2019

Segue o feriadão e, finalmente, a FIFUBO conseguiu ver a quarta rodada da sua Liga encerrada. Ao contrário da sexta, o sábado não trouxe muitos gols. Mas a qualidade dos dois jogos foi impressionante e o público, que lotou o Imperatriz Arena, saiu do estádio em êxtase, por conta do espetáculo proporcionado pelos atletas. Vamos conferir!

ESTUDIANTES 1x1 VASCO

O Estudiantes é, talvez, a equipe com a pior tabela neste início de campeonato, pegando na sequência Boca, River, Imperatriz, Vasco, Independiente e Racing. Mas vem se saindo bem até então, com vitórias sobre Boca (3x0) e River (1x0) e apenas uma derrota, diante do Imperatriz (1x2). Assim, chega gabaritado a enfrentar o Vasco, que não tomou conhecimento de ninguém até aqui. Único invicto, venceu seus três jogos (2x1 Velez, 3x1 Huracán e 1x0 Boca) e quer continuar nessa situação. Prenúncio de um grande jogo!

E foi mesmo. Desde o início,  Estudiantes não se intimidou diante do adversário. Com boas jogadas pelas pontas, a equipe de La Plata levava perigo. Verón distribuía o jogo pelo meio para um dos lados, onde Enzo Perez e Gastón Fernandez ou Leandro Benítez e Mauro Boselli levavam a defesa vascaína à loucura. Com Diego Souza e Felipe tentando levar o time à frente, o Vasco reagia, mas não conseguia concluir.

Assim, quem abriu o marcador foi o time argentino. Logo aos dois minutos, Ramon errou um passe, que terminou nos pés de Angeleri. O camisa 2 tocou a Enzo Perez, que avançou em velocidade pela ponta direita, nas costas do lateral vascaíno. Com um passe em profundidade, encontrou Gastón Fernandez dentro da área. O camisa 10 avançou em velocidade, pela diagonal, e chutou na saída de Carlos Germano para fazer Estudiantes 1x0.

Tudo parecia funcionar bem para a equipe de La Plata, mas um erro da defesa dois minutos depois resultou no gol de empate dos brasileiros. Aos 4 minutos, Diego Souza e Felipe tabelaram pela esquerda e o camisa 6 usou de sua experiência para proteger a bola. Leandro Desábato veio e atropelou Felipe na entrada da área. Juninho ajeitou com muito carinho e cobrou a falta com perfeição, sem chances para Andujar, fazendo Vasco 1x1.

No intervalo, Cristaldo percebeu que Desábato estava levando um baile naquele setor. Por isso, sacou o camisa 3, junto com Boselli, para colocar Mathias Sanchez e Hernan Rodrigo Lopez. Já Antônio Lopes tirou Ramon e Adriano, duas figuras nulas, para colocar Allan e Bernardo. Com isso, formaria um losango no meio de campo e aproveitaria as jogadas de ponta que Eder Luis e Diego Souza faziam.

As mudanças fizeram o jogo melhorar muito. A partida ficou eletrizante. O Estudiantes chegava ao ataque com cinco jogadores, de tudo quanto era lado, enquanto o Vasco fazia jogadas principalmente com Juninho, Felipe, Eder Luis e Diego Souza. Os dois goleiros trabalharam muito e, quando a bola passou, a trave salvou. O Estudiantes ainda se complicou quando Andujar tocou na bola fora da área e recebeu o cartão vermelho. Marco Rojo foi sorteado para sair em seu lugar e cumprir a suspensão na próxima rodada. A equipe de La Plata se fechou num 3-4-2 e, assim, a partida terminou mesmo empatada.

Destaque do jogo: Mariano Andujar. Se o jogo foi tão emocionante e terminou 1x1, pode-se colocar a maior parte do crédito na conta do goleiro do Estudiantes. Com defesas incríveis, o camisa 21 salvou a equipe de sair derrotada de campo e só não pôde evitar a cobrança de falta perfeita de Juninho, ainda no início do jogo.

Esta partida marcou a estreia da nova dupla de arbitragem da FIFUBO. Chris Kavanagh apitou, com Howard Webb de auxiliar. Os dois tiveram boa atuação, principlamente Kavanagh, que não titubeou ao mostrar o cartão vermelho para Andujar.

Chris Kavanagh e Howard Webb, minutos antes de estrearem no jogo entre Estudiantes e Vasco.

IMPERATRIZ 2x1 RIVER PLATE

Se a rodada levou mais de mês para ser concluída, o melhor ficou para o final. O clássico entre criador e criatura colocava frente a frente dois dos maiores vencedores da FIFUBO. O Imperatriz, do treinador Dircys, tem duas vitórias (2x1 em Boca e Estudiantes) e somente uma derrota (2x3 Huracán). O River, do treinador Francescoli (ex jogador de Dircys), começou muito mal o campeonato, perdendo para Racing e Estudiantes (ambas por 0x1), mas voltou a se encontrar com a vitória ao derrotar o San Lorenzo (2x1) na última rodada. O River copiou o estilo de jogo do Imperatriz, que readaptou o seu em cima do estilo do River. Um jogo, muita história!

O Imperatriz abriu o marcador logo aos 2 minutos, em um erro de saída do River. O tiro de meta cobrado por Carrizzo para Gallardo era para iniciar a jogada clássica do time argentino. Mas quando o camisa 11 girou com a bola, Suker veio por trás e lhe roubou, passando a Douglas mais atrás. O camisa 10 abriu na direita para Robinho, que tocou no meio para Suker. O camisa 9 tocou na esquerda para Maikon Leite, fazendo uma jogada conhecida como "Linha de Três", no hóquei. O camisa 17 pegou a bola, partiu para cima da marcação, driblou Ferrari, invadiu a área e chutou cruzado, para fazer Imperatriz 1x0.

O gol precoce poderia ser um golpe de sorte. Mas o Imperatriz, realmente, tinha o controle do jogo. Maikon Leite estava inspirado e pedia a bola a todo momento, levando a equipe brasileira ao ataque sempre com muito perigo. As tentativas do River pela ponta sempre acabavam com Juan desarmando Ortega e indo ao ataque para armar o jogo. Mendieta e Emerson não davam chances pelo meio. Douglas armava o jogo para os dois lados e Suker sempre aparecia com perigo pelo meio. O River teve duas chances, com Trezeguet e Gallardo, mas ambas foram por cima do gol.

Quando parecia que o primeiro tempo terminaria na vantagem mínima, veio o segundo gol. Nos acréscimos, Mendieta tocou a Maikon Leite, que promoveu um carnaval pela ponta. Driblando Ferrari e Placente, o camisa 17 invadiu a área, fez que ia chutar e deu outro drible. Carrizzo o rasteirou e o juiz Aristeu Tavares marcou pênalti. Robinho cobrou à meia altura no canto direito e Carrizzo voou para espalmar. No rebote, Maikon Leite pegou, driblou Almeyda e chutou no canto, deslocando o goleiro adversário e fazendo Imperatriz 2x0.

No intervalo, Dircys resolveu poupar alguns jogadores. Tirou Claudio Winck e Robinho, colocando Yago Pikachu e Dagoberto em seus lugares. Já Francescoli resolveu levar o time à frente. Melhorou a marcação no lado direito, tirando Ferrari (que levava um baile de Maikon Leite) e colocando Ponzio em seu lugar. Também tirou Buonanotte e colocou Funes Mori, pondo um jogador mais próximo de Trezeguet no campo de ataque.

O River melhorou no segundo tempo e reequilibrou o jogo. Com seu famoso 'trik trik', o time de Nuñez tocava a bola e chegava com perigo no campo de ataque. Trezeguet e Ortega acertaram a trave de Charlie Brown em diferentes ocasiões. O Imperatriz também criava suas jogadas e viu Dagoberto e Douglas perderem ótimas chances de ampliar.

Os acréscimos do jogo já corriam quando Douglas esticou para Suker na área, mas Carrizzo foi mais rápido e tirou. Almeyda abriu na direita para Ortega e o camisa 10 rolou no meio para Trezeguet. Com calma, o camisa 7 olhou o posicionamento de Charlie Brown, virou o pé na última hora e completou a jogada clássica do River, terminando com um jejum de um ano, dois meses e dois dias sem marcar. Desde 18/02/2018, quando fez os quatro gols do River nos 4x3 sobre o San Lorenzo, o maior artilheiro da História da FIFUBO não marcava. Mas toda comemoração pelo fim do jejum não adiantou, já que este foi o último lance do jogo.

Destaque do jogo: Maikon Leite. Só os dois gols já seriam suficientes para dar-lhe o prêmio. Mas o camisa 17 do Imperatriz fez aquela que, talvez, seja a melhor atuação individual do ano até aqui. Com suas arrancadas pela esquerda, infernizou a defesa do River. Voltou ao campo de defesa, para ajudar no desarme. Armou o jogo. Sofreu o pênalti que Robinho desperdiçou. No segundo tempo, quando Ponzio entrou e marcou firme o lado direito da defesa, Maikon Leite foi para o meio e continuou jogando de forma impecável. O chapéu que deu em Gallardo no primeiro tempo foi coisa de cinema. Saiu de campo aplaudido pela torcida dos dois times.

CLASSIFICAÇÃO

1° Vasco - 10 pontos
2° Imperatriz - 9 pontos
3° Racing - 7 pontos, 9 gols pró
4° Estudiantes - 7 pontos, 6 gols pró
5° San Lorenzo - 5 pontos, 9 gols pró
6° Independiente - 5 pontos, 6 gols pró
7° Huracán - 4 pontos
8° Boca Juniors - 3 pontos, 5 gols pró
9° River Plate - 3 pontos, 3 gols pró
10°  Velez Sarsfield - 2 pontos

ARTILHARIA

1°  Gastón Fernandez (Estudiantes) - 5 gols
2° Maikon Leite (Imperatriz) e Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 4 gols
3° Martin Palermo (Boca Juniors), Daniel Cigogna (Huracán), Leandro Gracián (Independiente),  Acosta (Racing), Martin Simeone (Racing) e Erviti (San Lorenzo) - 2 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • Encerrada a "rodada maldita", espera-se que a FIFUBO possa continuar seu curso normal. Se tudo der certo, a quinta rodada se inicia já no feriado de terça feira, encerrando-se no final de semana.
  • Na LMC, encerrou-se neste sábado o Tour da Malásia, uma competição muito dura que terminou por coroar o ciclista de Luxemburgo e da equipe Saxobank Andy Schleck como seu grande campeão. Em segundo lugar, ficou Damiano Cunego (Itália, Lampre) e, em terceiro, Romain Bardet (França, AG2R).
  • Andy Schleck conseguiu ser campeão sem vencer uma prova sequer. Venceu algumas metas volante durante a competição e foi terceiro colocado na quarta etapa, conseguindo 18 pontos. Isso foi o suficiente para superar em um ponto o segundo colocado e em dois o terceiro.
  • A última etapa terminou com a vitória de Luciano Pagliarini (Brasil, Saunier Duval), com Thor Hushovd (Noruega, Credite Agricole) em segundo e Vincenzo Nibali (Itália, Astana) em terceiro. O campeão Andy Schleck chegou em nono.
  • Agora, os ciclistas entram na temporada de clássicas, provas de um dia que dão os pontos individualmente para o ranking. Começando pela temida Paris Roubaix, o Inferno do Norte, os ciclistas se preparam para o Giro d'Italia, uma das maiores provas de ciclismo do mundo.
Damiano Cunego (2º), Andy Schleck (campeão) e Romain Bardet (3º), no pódio do Tour da Malásia.

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