segunda-feira, 30 de abril de 2018

Copa Olé 2018 - Semifinais - 30/04/2018

O feriadão continua e a Copa Olé também. Nesta segunda, o Itaquá Dome lotou para conhecer os dois finalistas do torneio. Os jogadores sentiram a vibração da torcida e entregaram dois espetáculos de primeira grandeza. Vamos ver quem chegou à final da Copa Olé 2018!

BOCA JUNIORS 3x1 SAN LORENZO

Após vencer o Velez (2x1), o Boca chegaria a este jogo com a empolgação de precisar dar apenas dois passos e chegar ao paraíso. Mas o treinador, Tripa Seca, tratou de trazer os jogadores de volta à realidade. A vitória veio, mas o time não jogou bem, não dominou o adversário e não mostrou que mereceu a vaga, conquistada graças a dois erros do adversário. Para este jogo, a ordem é ter muito mais foco e se dedicar 110% para conseguir a vitória. Já o San Lorenzo é pura empolgação. Apesar da classificação vir nos pênaltis após empate com o River (4x4), o fato de ter eliminado o atual campeão e ter ficado à frente do placar por 4 vezes é combustível mais que suficiente para alcançar a sonhada final. Para este jogo, Nilson fez duas alterações. Além de Erviti (suspenso no lugar do goleiro Migliore), Buffarini foi sacado. Em seus lugares, iniciavam o jogo os atletas Bordagaray e Piatti. O camisa 12 vinha por opção tática, pois jogava mais adiantado pelo lado esquerdo para marcar Palacio, enquanto Reynoso, mais recuado pelo lado direito, marcaria Palermo.

O jogo começou e o San Lorenzo logo mostrou suas credenciais. A equipe de Almagro joga de forma completamente diferente daquela que o saco de pancadas mostrou até o ano passado. Com bom toque de bola e variação de jogada, envolvia os jogadores do adversário e criava boas oportunidades. O Boca, por sua vez, começa a mostrar uma faceta do que Tripa Seca quer. Atuava fechado e partia em contra ataques.

E foi assim que surgiu o primeiro gol do jogo. Após Reynoso se arriscar no ataque em uma cobrança de córner, Basualdo o desarmou e tocou a Riquelme, que puxou veloz contra ataque. Com um bom passe, ele encontrou Palacio saindo da ponta para o meio. O camisa 19 invadiu a área e tocou na saída de Migliore, fazendo Boca 1x0, aos 3 minutos.

O gol fez com que o San Lorenzo se lançasse mais ainda ao ataque e se abrisse muito mais ainda aos contra ataques do Boca. Para piorar, o time de Almagro se desorganizou e criava jogadas sem um mínimo de ordem. Melhor para o Boca, que ampliou aos 9 minutos em novo contra golpe. Stracqualursi abriu na esquerda para Bordagaray, mas Escudero tirou, tocando a Serna. O camisa 5 tocou para Cagna, que fez lindo passe em profundidade para Ibarra. O camisa 4 invadiu a área pelo lado direito e chutou cruzado na saída de Migliore, fazendo Boca 2x0.

No intervalo, Tripa Seca pedia atenção aos seus jogadores, pois o adversário viria com tudo. Tirou Schiavi e Palermo e colocou Battaglia e Viatri. Já Nilson desmontou o 4-3-3, reforçando a marcação e dando total liberdade a Romagnoli. Sacou Johnathan Ferrari e Raul 'Pipa' Estevez e colocou Tellechea e Buffarini. Formava um 4-4-2 losango e tentava, com dois centroavantes, virar a maré azarenta.

O jogo ganhou em qualidade. Apesar dos jogadores do Boca marcarem Romagnoli de perto (às vezes até cinco jogadores o cercavam!), Piatti e Buffarini criaram jogadas e Stracqualursi e Bordagaray concluíram para boas defesas de Abbondanzieri. O Boca, por sua vez, tinha uma forte marcação e apostava nos contra ataques, que Viatri e Palacio desperdiçavam.

A coisa começou a ficar dramática aos 5 minutos, quando Buffarini desarmou Viatri e tocou a Piatti. Stracqualursi e Bordagaray abriram para as pontas e puxaram a marcação, então o camisa 12 tocou a Romagnoli no meio. O camisa 10 avançou com a bola dominada, invadiu a área e chutou na saída de Abbondanzieri, fazendo San Lorenzo 1x2. Com pressa, Romagnoli pegou a bola e levou ao meio de campo para, só aí, bater no peito, apontar ao chão e fazer a taunt da Paloma.

O San Lorenzo partiu em busca do empate e o Boca se fechou mais na marcação. O jogo ficou nesse ataque contra defesa até os acréscimos, quando Arruabarrena afastou a bola da área, Riquelme pegou no meio e abriu para Viatri na esquerda. O camisa 7 deu um corte para dentro, se livrando de Tulla, e chutou cruzado, sem chances para Migliore, levando o Boca à final: 3x1.

ESTUDIANTES 1x3 INDEPENDIENTE

Para muitos, este jogo deveria ser a final do campeonato, mas as ironias do sorteio os colocou nas semifinais. O Estudiantes apresentou o melhor futebol até aqui, despachando o Huracán de forma arrasadora (5x1) e reeditou o slogan do Clausura 2017 ("deixem-nos sonhar"), para buscar a inédita final. Já o Independiente, apesar de só passar nos pênaltis (1x1 com o Racing), apresentou um futebol consistente e soube segurar um adversário de ímpeto parecido com o rival de hoje. Para facilitar mais ainda, a torcida vive uma lua de mel com o time como há nunca se via, graças ao impacto da primeira partida de Mauro Burruchaga com a camisa da equipe. Mesmo assim, Bayer sente que o camisa 10 ainda precisa de maior entrosamento e, por isso, manteve Gracián no time e Burruchaga, no banco.

Tudo aquilo que se esperava dos dois times em uma final foi visto nesta semifinal. Um jogo incrível, eletrizante, um toma lá dá cá fabuloso. As duas equipes jogavam com uma inteligência poucas vezes vista, marcando bem e se virando para criar jogadas. Os dois goleiros faziam seu trabalho, afastando quando as defesas não conseguiam marcar. Em um lance, Verón deu um lançamento incrível para Gastón Fernandez e Navarro salvou com a ponta dos dedos. Em outro, Silvera ajeitou para Parra chutar e Andujar mandar a córner.

Quando parecia que o primeiro tempo iria terminar desta forma, veio o primeiro gol. Aos 9 minutos, Tuzzio desarmou Gastón Fernandez e tocou a Gracián no meio. O camisa 19 procurou Silvera que, por estar próximo a Facundo Parra, foi tabelando com o camisa 17 e envolvendo toda a marcação do Estudiantes. Quando Parra rolou para Silvera já na entrada da área, o camisa 11 viu Andujar e percebeu que ele cairia para o lado direito, então chutou do lado esquerdo e venceu o goleiro adversário: Independiente 1x0.

No intervalo, Cristaldo tirou Angeleri e Boselli, colocando Mathias Sanchez e  Hernan Rodrigo Lopez em seus lugares. A intenção era reforçar a marcação pelo lado direito e liberar Verón para ajudar na armação. Já Bayer fez a torcida se levantar quando mandou Burruchaga entrar. Junto com ele, Acevedo veio e os dois renderam Gracián e Fredes.

O jogo continuou espetacular, com as duas equipes se alternando em jogadas fantásticas. O empate do Estudiantes veio aos 2 minutos. Verón tabelou com Leandro Benítez, invadiu a área e caiu. O juiz, Dula Rápio, viu leve toque do goleiro no camisa 11 e marcou o pênalti. Verón cobrou do lado direito e Navarro foi para o outro lado: Estudiantes 1x1.

Com a igualdade (e justiça) no placar, as duas equipes se lançaram mais ainda em busca da vitória, mas de forma organizada, sem se descuidar da parte defensiva. O nível da partida subiu e, com isso, os dois times precisaram se esforçar mais, criar jogadas mais elaboradas para conseguir chegar ao ataque.

Aos 5 minutos, o Independiente foi à frente, em linda jogada que começou com Burruchaga abrindo a Silvera na esquerda. O camisa 11 inverteu o jogo para Facundo Parra, que chutou da entrada da área. Andujar se esticou e espalmou e, ao ver Vella chegando para o rebote, deu um tapa para tirar a bola dali, mas acabou atingindo o adversário e, com isso, o juiz marcou outro pênalti. Silvera cobrou no canto esquerdo de Andujar, que se esticou todo, mas não alcançou a bola: Independiente 2x1.

O Estudiantes partiu em busca do empate e o teria feito (e até virado o jogo) não fossem os milagres de Hilário Navarro. O goleiro fez defesas que pareciam impossíveis e foi garantindo a sua equipe na final. O Independiente não ficou atrás e obrigou Andujar a fazer algumas defesas incríveis. Com isso, o jogo ficou aberto e os torcedores prenderam a respiração. E é nessas horas que a estrela brilha.

Já nos acréscimos, um escanteio foi marcado para o Estudiantes. Leandro Benítez mandou para a área, mas Navarro tirou de soco. Montenegro deu um bico para a frente e encontrou Acevedo na intermediária. O camisa 12 tocou no meio para Mauro Burruchaga, que recebeu a bola com Rodrigo Braña a marcá-lo. Com um drible pro lado direito, o camisa 10 conseguiu se livrar da marcação do volante adversário e arrumar ângulo para um chute. A bola, em arco, subiu e desceu no fundo das redes, para delírio da torcida do Independiente, que via seu time chegar a 3x1 e garantir a vaga na final.

NOTAS RÁPIDAS

  • Em sorteio na Federação após os jogos, ficou decidido que o mandante será o Boca. Assim sendo, a final será Boca Juniors x Independiente, mas o mando de campo é meramente protocolar, já que a divisão de torcidas será meio a meio. É jogo único, quem ganhar, leva! Se houver empate, o campeão da Copa Olé 2018 será decidido nos pênaltis.
  • O milestone da rodada vai para Rodrigo Palacio. Ao abrir o marcador contra o San Lorenzo, o atacante chegou a 20 gols com a camisa do Boca.

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