Copa Stanley Rous 2018 - Semifinais - 28/01/2018

O primeiro torneio entre seleções em 2018 deu as caras neste domingo. A Copa Stanley Rous é, ao lado da Jarra Tropon, mais um torneio extraoficial da FIFUBO e serve como preparação para a Copa do Mundo de Futibou de Butaum, que será disputada no meio do ano. Aqui, quatro seleções se enfrentam em uma semifinal e os vencedores avançam à final. Se houver empate, a disputa por pênaltis definirá quem avança. O domingo de sol, típico de verão, não afastou os torcedores do Itaquá Dome. Muito pelo contrário, o estádio estava lotado à espera dos grandes duelos que se avizinhavam. Vamos a eles!

INGLATERRA 3x2 ARGENTINA

Talvez a mais badalada seleção da atualidade, o English Team vem a campo com o status de único invicto da FIFUBO, com duas vitórias em duas partidas amistosas (2x1 Argentina e 4x2 Japão), consolidando de vez sua armação em linhas. Especulado para começar jogando, Peter Crouch ficou no banco mais uma vez, devido à boa fase de Owen e Rooney. Já a Argentina sofre muitas críticas, pois é a única seleção que ainda não venceu e, após a derrota por 2x3 para o Japão depois de estar vencendo por 2x0, a imprensa e os torcedores não pouparam os jogadores e a comissão técnica, exigindo um futebol à altura da fama que lhes é destinada.

Mas não adiantou pressionar. A Argentina errou logo na saída, quando Messi fez um 'toca y me voy' com Di Maria, recebeu na frente e errou o giro. Ashley Cole marcava em cima e desarmou como facilidade o camisa 10 adversário, tocando a Gerrard. O camisa 4 fez um lindo passe em profundidade para Owen, que avançou, driblou Mascherano com facilidade, invadiu a área e foi derrubado por Abbondanzieri. Beckham cobrou o pênalti no canto direito e deslocou o goleiro adversário, fazendo Inglaterra 1x0 logo a um minuto de jogo.

O gol relâmpago desnorteou os argentinos. Desorganizado, o time sulamericano não conseguia chegar próximo à área inglesa e, por isso, não ameaçava. Os atacantes eram anulados pelas linhas de quatro no meio de campo e, assim, a Argentina não conseguiu assustar. Os ingleses iam trocando passes, variando jogadas e concluindo com perigo. Aos 6 minutos, uma linda jogada começou quando Ferdinand recuperou bola isolada pelos argentinos. Ele tocou a Gerrard no meio, que inverteu na esquerda para Joe Cole. O camisa 11 recuou no meio para Lampard, que abriu na direita para Bridge. Assim, de um lado para o outro, os ingleses foram abrindo a defesa adversária, até que Bridge deu um lindo passe para Owen, dentro da área. O camisa 10 avançou, Abbondanzieri saiu e  atropelou o atacante. Beckham cobrou o pênalti novamente no canto direito. Desta vez, Abbondanzieri foi na bola, mas não alcançou: Inglaterra 2x0.

Neste momento, os argentinos eram vaiados pelo seu torcedor. Apagado, Messi era o principal alvo dos apupos e, nervoso, deu rápido a Di Maria, que adiantou demais a bola e viu Ferdinand estourar nele e ganhar o escanteio. O próprio camisa 5 cobrou no primeiro pau, onde Owen subiu mais que Gabriel Milito e, aos 8 minutos, fez Inglaterra 3x0.

Como se não pudesse piorar, na saída de bola Di Maria fez falta tripla ao tentar ir ao ataque e foi expulso. O primeiro tempo terminava e os argentinos saíam debaixo de vaias.

No intervalo, David English resolveu fazer experiências. Sacou Terry e Rooney e colocou Carragher e Crouch. Beckham passaria a ser o capitão. Já Argentino não teve alternativas. Sacou Gabriel Milito e Messi e colocou Kranevitter e Alario. A Argentina ia variar entre um meio de campo com Mascherano e Conca, com Alario, Tevez e Scocco, e uma formação mais defensiva, com Tevez recuando para armar o jogo.

Curiosamente, a saída de Messi fez maravilhas à Argentina. O fato de os ingleses terem cansado ajudou, mas sem o camisa 10, Scocco saía da ponta para o meio o tempo todo e dava mais presença ao time no ataque. Mas os ingleses estavam com a vantagem e se seguravam muito bem lá atrás.

A Argentina só descontou aos 7 minutos, quando Beckham deu um chapéu em Alario, que correu, recuperou a bola e chutou-a em cima do camisa 7 adversário. Na cobrança de lateral, Mascherano tocou a Conca, que devolveu ao camisa 14. Da ponta direita, Mascherano avançou e chutou cruzado, sem chances para Robinson, fazendo Argentina 1x3.

Não parecia mais que um gol de honra. A Inglaterra voltou a gastar o tempo e esperar o final do jogo. Mas um erro de passe de Owen para Joe Cole fez com que os argentinos avançassem em velocidade no contra ataque. Conca tocou a Tevez no meio, que abriu na esquerda para Scocco. Saindo da ponta para o meio, o camisa 9 driblou Gerrard e, da meia lua, desferiu potente chute para fazer Argentina 2x3, aos 10 minutos.

Ali, o jogo começava a pegar fogo, mas a Inglaterra não é a sensação entre as seleções à toa. Experiente, o time inglês tocou a bola e esperou o final do jogo. Quando o árbitro Dula Rápio apitou o fim da partida, os ingleses celebraram uma ótima vitória, onde Michael Owen foi o grande destaque.

FRANÇA 3x3 BRASIL

Um duelo muito esperado, pelo histórico entre as duas equipes. Em amistoso, o Brasil venceu (4x0). Mas, na final da Jarra Tropon, os franceses deram o troco (5x4). A França tem um time muito bem ajustado. O esquema está consolidado e as peças se encaixam perfeitamente. Trezeguet foi de vez para o banco e Guivarch ganhou a posição, ajudando a dar o equilíbrio que os franceses precisavam. Já o Brasil, apesar da derrota na Jarra Tropon, voltou a jogar bem com a camisa do Imperatriz e venceu a Copa Rio na semana passada. Dircys e Madeirite trocaram boas ideias e o resultado foi um maior entrosamento dos jogadores. Romário ganhou de vez a vaga de Ronaldinho no ataque e o meio de campo, com Rivaldo como enganche, ganhou em qualidade.

Pode-se dizer que foi um jogo eletrizante, do início ao fim. Logo na saída, a França já armou uma linda jogada e Zidane acertou a trave. No contra ataque, foi a vez de Denilson chutar e Barthez fazer uma linda defesa. Conforme as peças iam se movimentando no tabuleiro, o jogo ia ficando mais interessante.

E assim foi até os 4 minutos, quando uma das maiores evoluções da seleção brasileira encontrou seu espaço em campo. Pires tocou a Guivarch na direita, mas Denilson correu e cobriu bem o espaço, tocando rapidamente a Edmilson. O camisa 5 devolveu ao camisa 7, que avançou pela ponta e tocou a Roberto Carlos no meio. Mais adiantado, o camisa 6 esteve à vontade para receber a bola, adiantar e, próximo à entrada da área, chutar forte de pé esquerdo para vencer Barthez e fazer Brasil 1x0.

Neste momento do jogo, a França estava desarrumada e, perdendo, passou a buscar o empate de forma mais desordenada ainda. Melhor para o Brasil, que já estava organizado e só esperava o erro do adversário para puxar o contra ataque. Aos 7 minutos, Lucio desarmou Henry e tocou a Cafu, que buscou Rivaldo no meio. O camisa 10 abriu na direita para Romário, que tocou a Ronaldo próximo à entrada da área. O camisa 9 deu um drible curto para tirar Vieira do lance e, de pé esquerdo, acertou um chute incrível. Alta, a bola perdeu força no momento em que tocou no travessão e morreu no fundo do gol de Barthez como se caísse em uma almofada: Brasil 2x0.

Menos mal para os europeus que a França descontou na saída de bola. Aos 8 minutos, Zidane e Pires fizeram a jogada conhecida como "Figura 8". Zidane tocou e foi para o lado esquerdo, Pires passou por trás dele e foi parar do lado direito. Quando Kleberson percebeu, o camisa 11 já avançava com a bola dominada e, da meia lua, Pires chutou com efeito e venceu Carlos Germano, fazendo França 1x2.

No intervalo, François Zidane sacou Deschamps e Guivarch para colocar Djorkaeff e Trezeguet. Blanc passaria a ser o capitão. Já Madeirite tirou Cafu e Rivaldo para colocar Roque Junior e Ronaldinho. Lucio, que passaria a ser o capitão, faria a dupla de zaga com Roque Junior, enquanto Edmilson ia para a volância e Kleberson, para a lateral direita, aumentando o poder de marcação brasileiro.

Se o primeiro tempo foi bom, o segundo foi bem melhor. Bem organizados, os dois times construíam jogadas inteligentes, de pé em pé, assustando os goleiros. Melhor para o Brasil, que numa dessas lindas jogadas, conseguiu marcar o terceiro gol. Aos 2 minutos, uma jogada que começou lá atrás com Lucio foi de pé em pé, passando por Kleberson, Edmilson, Ronaldinho, Roberto Carlos e chegou a Ronaldo no meio. O camisa 9 abriu na esquerda para Denilson e correu para a área. O camisa 17 avançou pela ponta, atraiu a marcação e rolou de volta para Ronaldo, que viu Barthez se preparar para um chute cruzado. Mas Ronaldo tocou embaixo, no corredor, e pegou o goleiro no contrapé, fazendo Brasil 3x1.

A França não queria deixar os adversários se distanciarem e tratou de empatar na saída de bola. Aos 3 minutos, Zidane fez o toca y me voy com Djorkaeff, recebeu de costas para a área, mas deu o famoso giro carretilha que lhe é característico. Com isso, ganhou ângulo e, da entrada da área, desferiu ótimo chute para vencer Carlos Germano e fazer França 2x3.

A partir daí, o jogo ficou frenético. Os franceses partiram com tudo para o empate e obrigaram Carlos Germano a fazer defesas incríveis. Os brasileiros aproveitavam o contra ataque e obrigavam Barthez a operar verdadeiros milagres. Entre essas defesas, bolas explodiam nas traves daqui e de lá.

Essa situação foi até o último minuto, quando Trezeguet cabeceou de dentro da área e Carlos Germano se esticou todo para mandar para córner. Trezeguet cobrou rasteiro para fora da área, para Thierry Henry. O camisa 12 tocou mais atrás para Pires, que procurou Zidane na meia direita. O camisa 10 tabelou com Thuram e recebeu de volta já dentro da área. De pé em pé, a França começou de um lado do campo e conseguiu invadir a área do outro. Dali, foi só Zidane esperar a saída de Carlos Germano e dar uma cavadinha para encobri-lo, fazendo França 3x3 e levando o jogo para os pênaltis.

Na primeira série de cobranças, Ronaldo cobrou rasteiro e fez Brasil 1x0. Zidane empatou com uma cobrança no ângulo direito de Carlos Germano. Denilson cobrou muito bem do lado esquerdo e fez Brasil 2x1, mas Pires também fez uma cobrança perfeita e empatou em 2x2.

Na terceira série de cobranças, Kleberson bateu à meia altura no canto direito e Barthez espalmou. Djorkaeff bateu no cantinho direito de Carlos Germano, mas o goleiro brasileiro se esticou todo e conseguiu fazer a defesa. Na quarta série, Ronaldinho cobrou seu tradicional pênalti forte, à meia altura, e fez Brasil 3x2. Mas Henry também acertou sua cobrança e a França empatava em 3x3.

Na última série de cobranças, Romário repetiu o que havia feito pelo Imperatriz na Copa 3 Corações. Cobrou no canto esquerdo e Barthez e acertou a trave. Desailly não perdoou. Cobrou forte e, apesar de Carlos Germano se esticar todo, a bola entrou em seu canto esquerdo: França 4x3.

O espetáculo dado pelas duas equipes em campo teve um resultado justo. Melhor no primeiro tempo, o Brasil fez 2x1. Mas a França foi melhor no segundo e também fez 2x1, deixando para as cobranças de pênalti definir quem será o adversário inglês. Os franceses melhoraram muito devido à entrada de Djorkaeff, que é o décimo segundo jogador francês. O camisa 6 pode jogar nas laterais, na zaga, no meio de campo e no ataque. Com isso, dá opções tanto ofensivas quanto defensivas e melhora o equilíbrio da equipe.

Agora, Inglaterra e França decidem a Copa Stanley Rous, em jogo que será disputado durante a semana. Este duelo é muito esperado, pois os principais comentaristas esportivos dizem que as duas equipes são as melhores entre as seleções da FIFUBO atualmente. Deste grande confronto, sairá o último campeão antes da Copa do Mundo de Futibou de Butaum!

NOTAS RÁPIDAS

• No próximo final de semana, as atenções estarão voltadas para o Torneio Início do Apertura 2018. Os times argentinos entrarão em campo e mostrarão suas armas para a temporada que se inicia.
• O Imperatriz concluiu a venda de 3 jogadores para o Vasco. O lateral esquerdo Ramon e os atacantes Elton e Rodrigo Pimpão trocam o Imperatriz Arena por São Januário e iniciam a renovação da frota vascaína. O outro jogador do Imperatriz que será negociado é o lateral direito Triton, que irá para a seleção holandesa quando esta finalmente chegar à FIFUBO.