sexta-feira, 29 de março de 2013

Copa Olé 2013 - Última Rodada

Nesta Sexta-feira da Paixão, os apaixonados torcedores argentinos lotaram as arquibancadas do Itaquá Dome para a rodada final da Copa Olé 2013. E justamente numa rodada de clássicos, os prognósticos viraram de cabeça para baixo! Vamos aos emocionantes jogos desta última rodada!

RIVER PLATE 3X5 BOCA JUNIORS

O River liderava a competição e precisava apenas repetir o resultado do jogo seguinte, com defasagem de até 2 gols. Já o Boce precisava de uma vitória marcando um mínimo de 5 gols e sofrendo, no máximo, 2. Os jogadores de ambas as equipes passaram a semana prometendo a vitória. Enquanto Almeyda dizia que era a hora do River ser campeão (a equipe não tinha vencido a Copa Olé ainda), Palermo prometia a vitória no Superclássico em primeiro lugar e o título como consequência.

Superclássico é o nome do embate entre estas duas equipes e o jogo desta sexta mostrou por que é assim chamado. O River começou o jogo a mil por hora e abriu o marcador com apenas 1 minuto. Gallardo inverteu jogo, chamando Berizzo para o apoio. O lateral invadiu pela esquerda e chutou forte, cruzado, para vencer Abbondanzieri: River 1x0.

O Boca não se apequenou. Precisando marcar, foi para cima e descobriu no seu lado esquerdo de ataque uma mina de ouro. Por ali, aos 4 minutos, Palermo tabelou com Basualdo e recebeu dentro da área para chutar forte e vencer Carrizo: Boca 1x1.

O River tinha o regulamento debaixo do braço e foi com essa tranquilidade que chegou ao segundo gol aos 6 minutos. Ortega recebeu de Ferrari na intermediária e, com lançamento primoroso, encontrou Gallardo na direita. O camisa 11 recebeu e, do bico da área, mandou belo chute cruzado para fazer River 2x1.

O Boca sabia que o tempo e os gols sofridos eram inimigos poderosos na disputa do título e, por isso, foi para cima. Novamente pela esquerda, mas invertendo papéis, foi Palermo quem tocou para Basualdo, da entrada da área, chutar por cobertura e vencer Carrizo: Boca 2x2 aos 8 minutos.

Nos descontos do primeiro tempo, o Boca encontrou a virada. Novamente a tabelinha do lado esquerdo, com Basualdo encontrando Palermo dentro da área. O camisa 9 se livrou da marcação de Placente e, de pé esquerdo, pôs o Boca na frente: 3x2.

No intervalo, Francescoli tentou se segurar na defesa, colocando Barrado no lugar de Coudet e Funes Mori no lugar de Buonannote. Já o Boca foi para o ataque com tudo. Paralelo tirou Escudero, Cagna e Palacio e colocou Battaglia, Guillermo Barros Schelloto e Viatri.  A proposta xeneize era clara, com um volante no lugar de um zagueiro, um meia atacante no lugar de um volante e um centroavante no lugar de um meia atacante.

E o Boca voltou massacrando. O River não ficava com a bola e o Boca rondava a área dos millonarios com uma blitz impressionante. Logo aos 42 segundos, novamente pela esquerda, Palermo invadiu a área, fez um pivô e rolou para Basualdo chegar batendo de trás e fazendo Boca 4x2. Bastava mais um gol...

Carrizo se esfolava na defesa para salvar a equipe e o River não saía de seu campo de defesa. O jogo ficou completamente dramático aos 5 minutos, quando Guillermo Barros Schelloto e Riquelme tabelaram pela direita. Riquelme deu um bonito giro, invadiu a área e deu belo toque por cobertura, fazendo o quinto gol xeneize e botando o Boca na disputa do título: 5x2.

O Boca ainda teve outras chances para fazer mais um, mas o River conseguiu voltar à disputa (e tirar seu rival) faltando apenas 15 segundos para o término da partida. Ortega avançou pela direita e deu bola para Trezeguet no meio. O camisa 7 invadiu a área e soltou a bomba, vencendo Abbondanzieri e dando números finais ao confronto: River Plate 3x5 Boca Juniors.

A torcida xeneize aplaudiu a vitória de sua equipe e o esquema ousado de Paralelo mostrou que ele já começa a se adaptar ao time. Palermo e Basualdo foram os destaques. Além de marcarem 2 gols cada, fizeram boas tabelas pela esquerda e se aproveitaram da fragilidade do adversário por ali.

Já a torcida do River não tinha motivos para comemorar a acachapante derrota para o rival, mas ainda tinham a oportunidade de comemorar o título, caso Independiente e Racing não atingissem os parâmetros mínimos.

Assim, as chances eram as seguintes: Independiente precisava de vitória ou empate, ou até uma derrota caso marcasse 6 gols. Já o Racing só seria campeão com vitória, marcando no mínimo 5 gols e sofrendo, no máximo, 3.

INDEPENDIENTE 0X5 RACING

E o que parecia impossível aconteceu, no Clássico de Avellaneda. O Independiente, com uma situação confortável, só tinha que manter as boas atuações dos dois jogos anteriores. Já o Racing tinha que correr (hein? Correr, Racing...) contra o relógio e os problemas extra-campo, já que teria que ser comandado pelo seu auxiliar, Buchanan's Special Reserve 3, uma vez que Madeirite estava suspenso por expulsão contra o Boca.
Precisando da vitória, o Racing foi para cima e precisou de apenas 1 minuto para abrir o marcador. Pocchetino se lançou ao ataque e tocou para Martin Simeone, que rolou para Latorre. O camisa 11 chutou alto e forte e venceu a marcação de Hilario Navarro: Racing 1x0.

Partindo com fúria para o ataque, o Racing não demorou a achar o segundo gol. Simeone veio do meio com a bola, tabelou com Ruben Capria e recebeu de volta na entrada da área para chutar e vencer a marcação do goleiro do Independiente: Racing 2x0, aos 4 minutos.

Aos 7, Martin Simeone driblou 2 adversários e invadiu a área, sendo derrubado por Navarro. Pênalti que Ruben Capria cobrou no ângulo esquerdo do goleiro, que nada pôde fazer: Racing 3x0.

Aos 10, a equipe de Madeirite ainda transformou o baile em goleada. Martin Simeone inverteu o jogo com belo lançamento para Acosta. O camisa 9 invadiu a área e tirou Hilario Navarro da jogada, fazendo Racing 4x0.

No intervalo, um desesperado Bayer tentava arrumar a equipe, que precisava fazer 4 gols para tentar o título. Para isso, tirou Facundo Parra e Mattheu da equipe e colocou Gandin e Acevedo. Já o Racing não mudou, pois precisava de só mais um gol para sair com o título.

O segundo tempo veio e o jogo não mudou. O Racing partia para dentro e o Independiente não conseguia encaixar uma jogada. Montenegro não fazia o primeiro passe, Gracian se movimentava mas não conseguia armar, Silvera era nulo no ataque. Já do outro lado, Martin Simeone era um gigante em campo, desarmando e armando jogadas de perigo.

O gol do título veio aos 5 minutos, quando Martin Simeone (sempre ele!) fez jogada de ultrapassagem e encontrou Enrique passando feito um foguete pela esquerda. O lateral recebeu e chutou cruzado para fazer Racing 5x0. A partir daí, foi tocar a bola e esperar o apito final, com o Independiente completamente entregue.

RACING CLUB AVELLANEDA CAMPEÃO DA COPA OLÉ 2013

O capitão Ruben Capria ergue a Copa Olé, rodeado por seus companheiros e tendo ao fundo o presidente da FIFUBO, Batistuta, e seu vice, Ruben Paz.

 O jogo mostrou o grande time que Madeirite tem nas mãos. O folclórico treinador, gênio da tática e da motivação, adiciona mais um grande feito à sua brilhante carreira ao vencer pela primeira vez com um time fechado um campeonato onde tem times argolados. E isso tudo na primeira competição que o Racing participa.

A equipe conta com uma defesa sólida, onde Diego Capria, Gamboa e Pocchetino marcam com seriedade, permitindo a Enrique apoiar o ataque.  Ajuda também o fato de que as bolas que passam pela zaga param nas mãos de Saja, fora a proteção que Quiroz dá na entrada da área, com o auxílio de Pelletieri.

Daí para a frente, o Racing revelou um grande craque. Martin Simeone, sobrinho do craque argentino Diego Pablo Simeone, saiu das divisões de base do Racing para comandar a equipe. Suando sangue, o camisa 8 sempre chama a responsabilidade para si e, com isso, é o destaque absoluto nas partidas que disputa.

Já Ruben Capria, além de capitão e craque do time, é um mentor para Simeone. O camisa 10 orienta, ajuda e tabela com ele, dando tranquilidade quando as coisas parecem sair do lugar. No ataque, Latorre é o elemento surpresa, enquanto Acosta é o matador. Se ele está no jogo, o Racing sempre marca. No banco de reservas, Fariña pode entrar em qualquer posição de defesa, enquanto que Hauche é sinônimo de velocidade no ataque.

O Racing vence a Copa Olé 2013 praticamente empatado com o River: 4 pontos (1 vitória, 1 empate e 1 derrota), marcando 10 gols (assim como os rivais de Nuñez), mas campeões no último critério de desempate antes do jogo extra: nos gols contra, sofreu 7, contra 10 do River.

A Copa Olé ainda teve o Boca em terceiro, com 4 pontos (1 vitória, 1 empate e 1 derrota, 9 gols pró e 8 gols contra) e o Independiente em quarto lugar, com 4 pontos (1 vitória, 1 empate e 1 derrota, 5 gols pró e 9 gols contra). Os artilheiros foram David Trezeguet (River Plate) e Acosta (Racing), com 4 gols cada.

Volta olímpica dos jogadores do Racing, campeão da Copa Olé 2013

O campeonato terminou com as 4 equipes empatadas, com números de gols muito próximos, o que mostra o grande equilíbrio que pesa as equipes argentinas da FIFUBO. Agora, com a chegada do San Lorenzo para o próximo mês e o Estudiantes em abril ou maio, o Torneio Clausura começa a ganhar força. As equipes vão participar de amistosos contra as outras equipes da FIFUBO que não participarão dos campeonatos. Os valores, participação de patrocinadores e outros termos estão sendo discutidos, mas é certo que a Elma Chips dará uma concentração para cada par de equipes, com toda a estrutura necessária para os atletas.

Assim que a Liga estiver definida, um novo post será feito, com a apresentação das equipes, esquemas, destaques e a forma de disputa. Por enquanto, parabéns ao Racing pelo título da Copa Olé 2013!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

A FIFUBO quer te ouvir!