Quem me conhece sabe que meu tipo preferido de botão é o argolado. Desde criança, quando eu jogava com os panelinhas no início dos anos 90, já sonhava em ter aqueles botões argolados lindos e brilhantes, que via em reportagens. Dos panelinhas, fui para os de acrílico, de papelaria. Dos de acrílico, fui para os resinados. Dos resinados finalmente cheguei aos argolados.
Porém, este tipo de botão é extremamente caro. Hoje em dia, um time com 12 botões, o goleiro e o frete não sai por menos de 150 reais. Quando um deles pega de mal jeito e voa da mesa então... se lasca um botão desses, não tem conserto. Apesar de serem os meus preferidos, são os mais frágeis. Fora isso, a mesa que disponho não é da regra 12 toques, tornando difícil um jogo decente. São muitos problemas para atuar com os botões de que tanto gosto.
Pensando nesse negócio, resolvi "voltar às origens", voltar a jogar com botões dito "amadores" e adaptar minha liga a eles. Entrei em contato com 2 fabricantes conhecidos desta linha e fui solenemente ignorado, então pensei: "se eles sabem fazer botões, eu também posso fazê-los". Fui na base do erro e acerto, conseguindo fazer 2 times e meio. Foi na base do molde, lixa d´água e muito reparador de ponta de cabelo que os botões tomaram uma forma ainda primitiva. Faltava o teste de campo, num jogo. Se aprovados, os botões continuariam a ser feitos e daí nasceria a Liga Niteroiense da FIFUBO. Os jogos-teste, ou jogos-contra (como são chamadas as peladas de fim de semana), foram realizadas nesta sexta-feira, 31/08/2012. Vamos aos jogos!
IMPERATRIZ x BYRON
De um lado, o meu tradicional time do Imperatriz F.B. trazia de volta os jogadores que tantas glórias trouxeram ao clube na época pré-profissionalismo da FIFUBO. Do outro lado, o simpático Byron, o time cruzmaltino do bairro do Barreto, que eu descobri recentemente no excelente blog www.escudinhosdebotao.blogspot.com.
O Imperatriz foi a campo com: 1. Americano; 2. Reiziger (depois 13.
Brasileiro), 3. Frank de Boer, 14. Cruyff, 6. Argentino; 19.
Francescoli, 29. Tostão (depois 11. Ronald de Boer), 10 Gullit (depois
28. Allan Delon); 7. Euller (depois 5. Aremitas, o Saudita); 9. Van Basten (depois 20. Quilherme) e 17. Basílio (depois 21. Romário Silveira). O treinador do Imperatriz é o imortal Dircys. O jogador Romário, homônimo do famoso artilheiro, é jogador do Oliveiras (clube que pretendo fazer futuramente). Está no Imperatriz treinando até seu clube ser feito.
O 11 inicial do Imperatriz |
O Byron alinhou com: 1. Higuita; 2. Calcinha, 3. Bomba, 4. Talhadeira, 6. Orlando; 5. Valter (depois 12. Didi), 7. Almir, 8. Jorge, 10. Miguel; 9. Gonçalo, 11. Toninho. O treinador do Byron é o senhor Galindo.
O quadro do Byron, posando para foto antes do jogo. |
Foi uma partida bem interessante, pois o Imperatriz usava botões industrializados, com mais técnica e melhor deslize no campo. Já o Byron não deslizava tão bem em campo, mas tocava muito bem a bola e marcava com eficiência, além de os botões serem maiores e, por isso, bloquearem melhor o toque do Imperatriz.
O primeiro tempo terminou em 4x3 para o Imperatriz, mas no segundo tempo as coisas mudaram e o Byron fez 2x1, finalizando 5x5. Para o Imperatriz, marcaram Van Basten (2), Gullit, Francescoli e Ronald de Boer; para o Byron marcaram Gonçalo (2), Miguel (2) e Jorge.
O grande destaque da partida foi o camisa 8 do Byron, Jorge. Mostrou ser um meia armador de ótima qualidade. Marca bem, passa bem e ainda arrisca bons chutes de longe. O placar foi dilatado porque os gols utilizados são os famosos gols de filó, mais altos e largos.
CANTO DO RIO x COMBINADO FIGUEIRA - FIFUBO
O segundo jogo colocou frente a frente o todo-poderoso niteroiense Canto do Rio e um combinado entre os jogadores do Figueira já concluídos e alguns jogadores independentes da FIFUBO para completar o time. De quebra, houve a troca dos gols de filó pelos de arame, menores, que impediriam de se repetir o "placar de handebol" do jogo anterior.
O Canto do Rio formou com: 1. Sidimar; 2. Marcio, 3. Alcides (depois 13. Serafim), 4. Fernando, 6. Lilico; 5. Arquibaldo, 7. Quirino, 8. Dionísio (depois 12. Mozart), 10. Leanderson; 9. Geraldino Neto, 11. Dondom IV. O técnico do Canto do Rio é Nilson.
O quadro do Canto do Rio que iniciou a peleja |
Já o Figueira começou a ser feito a partir dos jogadores que saíram defeituosos e foram refeitos para poder atuar. Como somente 6 desses jogadores estavam disponíveis (alguns deles ainda com defeitos), 4 jogadores tiveram que ser chamados para completar a equipe. O Figueira formou com: 1. Quase Nada; 2. Paulo Miranda, 12. Natalino, 4. Leonardo Inácio, 6. Roberto Carlos; 17. Zezinho, 21. Recoba, 9. Carlos, 10. Canelinha; 7. Naldinho, 11. Zequinha. O treinador do Figueira é o seu Pinheiro.
Este jogo foi especial, pois além de ser o que teve mais jogadores fabricados em casa, também pôs duas situações opostas no gramado. O Canto do Rio foi uma equipe feita e aprimorada à exaustão, para fazer valer seu favoritismo na cidade. Conta com aquele que é considerado o melhor jogador da cidade (o camisa 10 Leanderson, cuja história será contada em uma postagem futura), o neto do único jogador do clube que já foi artilheiro do campeonato carioca (Geraldino Neto), bem como o descendente de quarta geração de um dos maiores craques do futebol do Andaraí (Dondom IV).
Já o Figueira era considerada a quarta força do futebol niteroiense. Porém, não contabiliza títulos (o máximo que conseguiu foi ser vice-campeão duas vezes) e só teve sua equipe iniciada porque os jogadores que estavam para ser descartados foram refeitos e aprovados. Mas não tinham nem recebido uma primeira demão de reparador de pontas de cabelo, que faz o botão deslizar melhor na mesa. Além disso, seu treinador foi tirado da sarjeta no dia anterior, lavado cuidadosamente e posto ao sol para secar. Fazia sua estréia depois de quase ir parar no lixo.
O jogo terminou com vitória do Canto do Rio por 2x0, com gols de Fernando e Geraldino Neto, ambos no primeiro tempo. O Figueira demorou a entrar no jogo, mas mandou algumas bolas na trave. Na equipe perdedora, se sobressaiu o ponta esquerda Zequinha, autor de boas jogadas. Já na bem armada equipe do Canto do Rio, Leanderson mostrou categoria e Geraldino Neto mostrou faro de gol.
Enfim, é isso. Aprovados num primeiro teste, os jogadores precisam agora de um bom polimento, para deslizarem melhor. Fora isso, a arte com escudinhos está em fase de produção e, em breve, os botões estarão uniformizados e prontos para entrar em campo.
Quando atingir o número de 8 equipes, a Liga Niteroiense será lançada. Mas isso deve acontecer só no ano que vem. Até lá, amistosos e mini-torneios serão realizados e novas equipes serão feitas. Na medida do possível, vou postando as novas artes aqui e, quando as equipes da Liga estiverem todas finalizadas, eu vou postar aqui mais um tópico de "conhecendo as equipes", com fotos, escalação, esquema e curiosidades.
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