sábado, 13 de julho de 2019

Mundial de Futibou de Butaum 2019 - Disputa de Terceiro e Quarto Lugares - 13/07/2019

O sábado de céu azul e temperaturas amenas foi muito especial. Não só por ser o Dia do Rock, mas por trazer a decisão da medalha de bronze do Mundial de Futibou de Butaum a um Imperatriz Arena completamente lotado de torcedores ávidos por mais uma grande partida.

Historicamente, a medalha de bronze é o prêmio de consolação que nenhuma equipe quer disputar. A derrota nas semifinais te tira da disputa do título e ainda te obriga a voltar a campo na preliminar da grande final, para ver quem completa o pódio. Mas, aqui, a história era completamente diferente.

Apesar da decepção pela derrota para o Japão (1x3) nas semifinais, a Argentina quer encerrar o Mundial em alta, com uma medalha de bronze que viria para mostrar a evolução de sua seleção. De quebra, os jogadores ainda querem ajudar Messi a ser artilheiro e, quem sabe, MVP da competição. Para este jogo, Carlos Bianchi finalmente deu ouvidos à torcida e barrou Scocco. Tevez seria titular pela primeira vez.

A Argentina foi a campo com 1. Abbondanzieri; 2. Mercado, 4. Demichelis, 6. Gabriel Milito, 3. Vangioni; 14. Mascherano (c), 8. Conca, 7. Di Maria, 10. Messi; 13. Alario, 11. Tevez. O técnico Carlos Bianchi armou a equipe num 4-4-2 losango e, auxiliado por Alfio Basile, tinha no banco 5. Kranevitter e 9. Scocco.

A Coreia do Sul tem motivos de sobra para se empolgar e buscar a medalha de bronze. Estreante em Mundiais, a equipe asiática foi sorteada como divisão 2 e caiu num grupo dificílimo. Pegou a favoritíssima Inglaterra e venceu (2x0) e a outra favoritíssima Alemanha, que fez a melhor pré-temporada entre as seleções, empatando em 2x2 e garantindo a vaga nas semifinais. Caiu para o Brasil nos pênaltis, após empatar em 2x2 jogando melhor. Com todas essas credenciais e sem pegar uma seleção mais fraca, a Coreia do Sul sabe que uma medalha de bronze é a forma ideal de mostrar que seu lugar é entre as grandes. A equipe tinha a volta de Kazuo Tachibana, que cumpriu suspensão contra o Brasil, após ser expulso contra a Alemanha.

A Coreia do Sul foi a campo com 1. Wakashimazu (c); 2. Okawa, 3. Nakanishi,4. Akai Tomeya, 6. Urabe; 5. Sano, 8. Kazuo Tachibana, 7. Masao Tachibana, 10. Jayeon; 9. Joo Sung, 11. Lee Young-Un. O técnico Kozo Kira armou a equipe num 4-4-2 losango e, auxiliado por Minato Gamo, tinha no banco 12. Kishida e 13. Taki.

Era um jogo em que, além da inédita medalha em Mundiais, faria com que a seleção vencedora fosse para o Mundial de 2020 como cabeça de chave e, com tanto em jogo, a arbitragem teria que estar atenta ao controlar a partida. O sorteado para comandar o espetáculo foi Howard Webb, que esteve em campo duas vezes na competição, justamente em jogos dos dois adversários. Como auxiliar, esteve presente em Inglaterra 0x2 Coreia do Sul e, como árbitro, em Brasil 2x1 Argentina. Daniel Pomeroy também esteve presente em duas partidas do Mundial, ambas como auxiliar, no jogo Brasil 3x1 Holanda e no jogo Argentina 2x1 Holanda, quando foi suspenso por um sorteio, ficando de fora da terceira rodada.

A arbitragem ficou a cargo de Howard Webb, com Daniel Pomeroy de auxiliar.

E assim estava tudo pronto para a decisão da medalha de bronze. Vamos ver quem riu por último nesta partida!

Equipes alinhadas, a saída pertenceu à Coreia do Sul.

ARGENTINA 1x3 COREIA DO SUL

Este foi daqueles jogos que realmente tiveram de tudo. O nível foi altíssimo desde o pontapé inicial, com as duas equipes brindando o torcedor com uma partida de muita emoção.

A Coreia do Sul abriu o marcador com apenas 30 segundos de jogo. Logo na saída, Jayeon fez o 'toca y me voy' com Masao Tachibana e recebeu de volta na meia direita. A marcação esperava que ele fosse recuar para Joo Sung, mas o camisa 10 sul coreano deu um giro com a bola, enganou seus marcadores e avançou pela meia até chutar da entrada da área, surpreendendo Abbondanzieri e fazendo Coreia do Sul 1x0.

O gol relâmpago mostrava o que Jayeon veio fazer no Mundial. Contra o Brasil, o camisa 10 também iniciou o jogo indo para o campo de ataque e pedindo a bola. Aqui, ocupava o campo argentino, se mexendo para um lado e o outro, buscando tabelas e levando sua equipe à frente. Mas a Argentina não ficava atrás. Apesar do susto inicial, os sulamericanos se organizaram e foram ao ataque. Messi se mexia pelo campo de ataque e, com a companhia de Tevez, tinha mais oportunidades. Do outro lado, fazia Alario avançar pelas pontas e concluir com perigo. Mas a Coreia do Sul jogava melhor e se fartava de perder oportunidades. A inexperiência falava mais alto, pois os asiáticos não aproveitavam as chances para matar o jogo e, aos poucos, davam campo aos adversários.

E assim foi até os 8 minutos, quando Kazuo Tachibana arrancou pela direita e serviu Joo Sung três vezes. Na três vezes, o camisa 9 dominou mal a bola e a zaga argentina afastou. Na última delas, foi Milito quem deu um bico pra frente e viu Vangioni puxar o contra ataque em velocidade. Os sul coreanos marcaram Messi, Di Maria e Tevez, para impedir a Argentina de ter quem organizar o jogo. Vangioni percebeu isso e resolveu avançar com a bola, saindo da lateral para o meio. Da intermediária, o camisa 3 resolveu arriscar o chute. Vangioni percebeu que Wakashimazu esperava uma bola alta no canto direito e, no último instante, virou o pé e mandou rasteira no canto esquerdo. Quando o goleiro sul coreano se recompôs, já era tarde: Argentina 1x1.

No intervalo, Carlos Bianchi tirou os apagados Demichelis e Conca para colocar Kranevitter e Scocco. Isso levaria o time à frente, pois Tevez iria para o meio e formaria com Messi e Di Maria um trio ofensivo de armadores. Já Kozo Kira mostrou que não há um jogador intocável no time. Além de tirar o apagado Nakanishi, não perdoou os erros de Joo Sung que custaram o gol de empate argentino. Em seus lugares, entraram Kishida e Taki.

A mexida melhorou o time sul coreano. Taki infernizou a defesa rival pela ponta direita e, com seus dribles em velocidade, conseguiu faltas próximas à área, que Abbondanzieri se esticava para afastar. Scocco entrou bem, mas atuou muito mais auxiliando na marcação a Taki do que no campo de ataque. O grande erro argentino aqui foi Tevez no meio de campo. Não tanto pelo poder ofensivo, já que o camisa 11 deu muito mais opções e fez aparecer o futebol de Alario, mas pelo buraco que deixou atrás e Mascherano não soube cobrir.

Assim, a Coreia do Sul teve boas oportunidades até que, aos 6 minutos, Jayeon cobrou escanteio para a área e encontrou Sano livre. Ao invés de tentar a cabeçada, o camisa 5 teve calma suficiente para botar a bola no chão, ver o posicionamento de Abbondanzieri e virar o pé, mandando um chute rasteiro que deslocou o goleiro adversário: Coreia do Sul 2x1.

A Argentina se lançou de vez ao ataque, em busca do empate. Os sul coreanos finalmente tiveram a experiência de se posicionar defensivamente e tocar a bola, gastando o tempo para ficar com a vitória. E assim a partida foi, com os argentinos indo ao ataque e os sul coreanos se segurando na defesa, afastando a bola e vendo Kazuo Tachibana lançar Taki nas pontas.

Quando a pressão argentina já parecia insustentável, veio o terceiro gol. Aos 9 minutos, Tevez fez a jogada pelo fundo e cruzou para a área. O toque de Kishida foi o suficiente para impedir a conclusão de Scocco e a bola sobrou na lateral da área com Okawa. O camisa 2 avançou com a bola e fez um lançamento incrível para a meia esquerda, onde encontrou Jayeon. Ali, onde o camisa 10 dominou a bola livre, era para ter um volante fazendo a marcação, mas este era Tevez, que ainda estava no campo de ataque. Desta forma, Jayeon avançou com a bola dominada, rumo à grande área. Mas, da intermediária, percebeu que Abbondanzieri estava adiantado e, com um lindo toque por cobertura, deu números finais ao confronto: Coreia do Sul 3x1.

Quando Howard Webb pediu a bola e encerrou o jogo, os sul coreanos comemoraram efusivamente, parecendo que tinham ganhado o título. A Coreia do Sul conquista a medalha de bronze no Mundial de Futibou de Butaum 2019 e escreve seu nome na História da FIFUBO!

Destaque do jogo: Jayeon. O camisa 10 foi a grande figura da Coreia do Sul não só nesta partida, mas em todo o Mundial. Jogou com intensidade desde o início, jamais diminuiu a velocidade, esteve no campo de defesa para auxiliar a marcação, no meio de campo para organizar o time e no ataque, concluindo com perigo. Fez dois gols e ainda cobrou o córner que resultou no outro gol de sua equipe. Agora, soma três tentos e divide a artilharia do Mundial com Ronaldo, Hyuga e Tsubasa. Com duas indicações como melhor em campo, divide com Tsubasa a corrida para ser MVP da competição. O Mundial mostra que uma nova estrela surge.

NOTAS RÁPIDAS

  • Conhecido o medalhista de bronze, as atenções agora se voltam para a grande final do Mundial de Futibou de Butaum! Japão e Brasil entram em campo no domingo, para decidir quem leva o título.
  • A Coreia do Sul volta a campo neste domingo, após o apito final, para receberem a medalha de bronze. O pódio será todo após o jogo decisivo, inclusive com a entrega dos prêmios individuais.
  • Um campeão mundial, no entanto, já foi coroado na sexta-feira. Fabio Aru derrotou seus rivais e cruzou a linha de chegada em primeiro na Copa do Mundo de Ciclismo, da LMC. A corrida, considerada a Prova Magna da LMC, foi no Canadá e contou com 15 trechos difíceis, sendo os cinco primeiros planos, os cinco seguintes em montanha com variação de 9 a 12%  de inclinação e os cinco últimos em plano, com chegada ao sprint.
  • Fabio Aru foi o vencedor, com Tom Dumoulin em segundo e Fabian Cancellara em terceiro. Damiano Cunego foi o quarto, Domenico Pozzovivo chegou em quinto e o campeão do Giro D'Italia, Luciano Pagliarini, foi o sexto, numa mostra do domínio italiano na prova, que teve o vencedor, o quarto e o quinto colocados entre os seis primeiros.
  • Fabio Aru e Tom Dumoulin estiveram sempre na fuga, se revezando no ritmo do grupo e ajudando. Mas Aru teve mais pernas e conseguiu vencer com folga. Fabian Cancellara manteve uma constante de esforço durante toda a prova e chegou ao pódio com facilidade.
  • De outro lado, a decepção ficou por conta de dois dos maiores nomes da História do ciclismo. Lance Armstrong nem chegou a largar, alegando contusão, enquanto Chris Froome abandonou tão logo chegou ao fim das montanhas, por conta do esforço altíssimo que fez naquele trecho, onde liderou a prova.
  • A Copa do Mundo de Ciclismo também foi a última prova de Gaizka Lejarreta. O ciclista espanhol não conseguiu competir no nível esperado pela diretoria do Imperatriz F.B. e resolveu se aposentar do ciclismo. O Imperatriz chegou a lhe oferecer o cargo de treinador de ciclismo da equipe, mas a proposta foi rejeitada. Lejarreta deixa a LMC sem ter conquistado um ponto sequer e após abandonar o Giro D'Italia. Na Copa do Mundo, andou sempre no pelotão de trás e terminou em vigésimo terceiro, entre trinta ciclistas.
  • O Imperatriz já fechou com um novo ciclista para ser seu líder, seguindo o trabalho de prospecção e atendimento dos requisitos que fez com sua equipe de Futibou de Butaum, mas o nome só será revelado na grande conferência de imprensa que a LMC fará antes do Tour de France, quando será mostrada a nova cara da Liga.
  • Fabio Aru estará presente no Imperatriz Arena neste domingo, dando o pontapé inicial da grande final e mostrando seu troféu de campeão mundial. Esta é a terceira vitória do italiano na LMC e seu primeiro título.
O pódio da Copa do Mundo de Ciclismo: o segundo colocado, Tom Dumoulin (Holanda, Sunweb); o vencedor, Fabio Aru (Itália, Liquigás); e o terceiro colocado, Fabian Cancellara (Suíça, Saxobank).

O campeão mundial, Fabio Aru, recebe o troféu das mãos do presidente da LMC, Lothaire Bluteau.

Fabio Aru e seu troféu de campeão mundial da LMC. O título fará com que a Copa do Mundo de 2020 seja disputada na Itália.

quarta-feira, 10 de julho de 2019

Mundial de Futibou de Butaum 2019 - Semifinais - 10/07/2019

Quarta-feira, 10 de julho de 2019. Um lindo dia de sol, céu azul e temperaturas baixas. As férias estão a mil e o Imperatriz Arena é o lugar ideal para curtir o belíssimo dia. As semifinais do Mundial de Futibou de Butaum ocorreram na tarde/noite de hoje, com dois jogos que levantaram o público, que lotou o estádio em busca de espetáculo e recebeu exatamente isso. Vamos conhecer os finalistas do Mundial deste ano!

COREIA DO SUL 2x2 BRASIL

Estreantes em 2019, os sul coreanos surpreenderam o mundo com uma campanha incrível. Logo de cara, bateram a favoritíssima Inglaterra (2x0) e, no segundo jogo, empataram com a Alemanha (2x2), conseguindo a vaga sem precisar entrar em campo na terceira rodada. Para este jogo, a ausência de Kazuo Tachibana (expulso contra a Alemanha) é muito sentida, pois é o jogador responsável pela armação de jogadas. Em seu lugar, joga Kishida, que é muito mais defensivo.

O Brasil, vice campeão em 2018, é a melhor equipe da competição até aqui. Com duas vitórias (3x1 Holanda e 2x1 Argentina), se classificou com sobras e tem a certeza de estar com o time arrumado. Dorival Junior sanou sua única dúvida na equipe titular e, a partir de agora, Alex é titular absoluto, com Ronaldinho no banco de reservas.

Mas quando a bola rolou, qualquer diferença entre os estreantes e os experientes ficou para trás. Desde o início, a Coreia do Sul partiu para o ataque. Jayeon corria o campo todo e pedia a bola, levando-a ao ataque e arriscando chutes. Com apenas um minuto de jogo, o camisa 10 sul coreano chutou para Carlos Germano fazer difícil defesa. No rebote, Lucio tentou sair jogando e entregou a bola nos pés de Jayeon, que chutou para uma defesa espetacular de Carlos Germano. Lucio tentou proteger a bola na linha lateral e Jayeon chutou em suas pernas, ganhando o lateral. Na cobrança, o camisa 10 tocou a Kishida, recebeu de volta na entrada da área, driblou Edmilson e, desta vez, acertou um chute perfeito: Coreia do Sul 1x0.

O gol mostrou o que foi o primeiro tempo. A Coreia do Sul tinha a bola e Jayeon deitava e rolava em cima da defesa brasileira. Os brasileiros tentavam criar, mas a defesa sul coreana estava bem postada e afastou as principais tentativas dos adversários.

No intervalo, Kozo Kira resolveu apostar nos contra ataques. Tirou Lee Young-Un e colocou Taki, seu único reserva disponível. Já Dorival Junior trocou Lucio (que estava tonto com as investidas de Jayeon) e Denilson (nulo em campo) para colocar Roque Junior e Ronaldinho. Roque e Edmilson trocariam de lado na defesa; Ronaldinho e Alex armariam o jogo e Rivaldo jogaria em dupla com Ronaldo na frente.

As mexidas de Dorival Junior surtiram efeito. Não tanto pela entrada de Ronaldinho, que continua muito aquém do que pode produzir. Mas com Alex na meia esquerda, por vezes partindo do centro e Rivaldo na frente com Ronaldo, o Brasil ganhou maior movimentação e conseguiu ir ao ataque. Os sul coreanos também continuaram muito bem, com Jayeon armando o jogo e Joo Sung aparecendo na área com perigo, principalmente quando Roberto Carlos ia ao ataque e deixava um buraco na defesa.

Curiosamente, foi no momento em que a Coreia do Sul pressionava de tudo quanto era jeito que o Brasil arrumou o empate. Em mais um buraco deixado no lado esquerdo da defesa por Roberto Carlos, Jayeon lançou Joo Sung. Mas Roque Junior apareceu antes e afastou a bola. Zé Roberto ligou o contra ataque para Alex na meia esquerda e o camisa 7 avançou. Com um passe para o campo de ataque, encontrou Rivaldo próximo á entrada da área. O camisa 10 dominou com a bola em seu pé esquerdo e acertou um lindo chute rasteiro, que venceu a marcação de Wakashimazu: Brasil 1x1, aos 4 minutos.

A partir dali, o jogo ficou eletrizante. As equipes sabiam que um erro custaria a vaga na final, mas isso não os afastou do campo de ataque um minuto sequer. Chances eram desperdiçadas de lado a lado e o tempo ia se aproximando do fim. E era ali que a emoção maior estava reservada.

Aos 9 minutos, Roberto Carlos se lançou ao ataque, mas Okawa interceptou a bola e avançou no contra ataque. Zé Roberto correu na cobertura, mas o camisa 2 sul coreano deu um passe por cima e encontrou Joo Sung entrando livre pelo lado direito. O camisa 9 invadiu a área e acertou ótimo chute cruzado para vencer Carlos Germano e fazer Coreia do Sul 2x1.

Os sul coreanos já comemoravam a classificação, mas o Brasil ainda tinha a saída de bola. Rivaldo foi para o meio de campo e falou para Ronaldo para eles tabelarem com muita calma e precisão, porque era a última bola do jogo. E a dupla brasileira funcionou novamente! Já corriam os acréscimos quando Rivaldo deu a saída e foi tabelando com Ronaldo, trocando de posição e confundindo a marcação. Do centro, o camisa 10 foi para a meia esquerda e puxou a marcação de Kishida e Sano. Ronaldo fez o caminho inverso e foi para o centro. O passe lhe encontrou livre, de frente pro gol, na meia lua. Ronaldo ajeitou a bola, olhou o posicionamento do goleiro e desferiu um chute incrível no ângulo, fazendo Brasil 2x2. Assim, o primeiro finalista seria conhecido após disputa de pênaltis!

Joo Sung, Rivaldo e Masao Tachibana converteram suas cobranças. Quando Ronaldo bateu a sua no canto esquerdo, Wakashimazu voou e fez a defesa. Okawa e Roberto Carlos converteram suas cobranças. Taki bateu embaixo, no canto direito, mas Carlos Germano esticou a mão e fez uma linda defesa. Na sequência, Alex converteu a sua cobrança e, com 3x3 no placar, nos vimos diante da última sessão de penalidades.

O escolhido da Coreia do Sul era o craque Jayeon. Ele ajeitou a bola com confiança, cobrou o pênalti á meia altura no canto esquerdo e viu Carlos Germano acertar o lado e espalmar para longe. Se Ronaldinho Gaúcho convertesse, o Brasil estaria na final. O camisa 11 ajeitou a bola, correu e virou o pé na última hora. A cobrança foi tão perfeita, no ângulo esquerdo, que Wakashimazu não teve reação. O Brasil vence por 4x3 e está na final do Mundial de Futibou de Butaum!

Destaque do jogo: Jayeon. Apesar do pênalti perdido, foi o grande nome do jogo. Desde o início, chamou a responsabilidade. Não se apequenou por enfrentar o Brasil, correu o campo todo, procurou o jogo e foi premiado com o primeiro gol, mostrando que veio para firmar seu nome no panteão dos maiores jogadores do mundo.

JAPÃO 3x1 ARGENTINA

Com o Brasil já na final, restava apenas uma vaga. Após um começo claudicante no campeonato (1x1 Camarões), o Japão finalmente engrenou e derrotou a França com autoridade (2x0), mostrando que o futebol que o levou a ser campeão mundial em 2018 estava finalmente aparecendo no Imperatriz Arena. A Argentina sofreu até o final para garantir sua vaga nas semifinais. Após estrear vencendo a Holanda (2x1), perdeu pro Brasil (1x2) e teve que esperar até o apito final do último jogo para se classificar como melhor segunda colocada. Apesar dos apelos da torcida e da imprensa, Carlos Bianchi manteve Tevez no banco e optou por Scocco.

Brasil e Coreia do Sul fizeram um jogo equilibrado e eletrizante por conta de seus camisas 9 e 10, que marcaram os quatro gols do jogo. O Japão avançou no Mundial graças a seus camisas 9 e 10. A Argentina, no entanto, só tinha o camisa 10. Enquanto Messi joga o fino da bola nesta competição, o camisa 9 (Scocco) não ajuda. Di Maria aparece no campo de ataque para servir Messi, mas isso deixa buracos atrás. E o treinador do Japão, Sr. Mikami, estudou o adversário para saber como marcá-lo. Enquanto a marcação a Messi era feita por Sawada, os avanços de Di Maria eram acompanhados pelos laterais e, mais importante, Tsubasa jogava nas costas do camisa 7. Desta forma, o Japão dominou o jogo desde o pontapé inicial e só não goleou porque se poupou para a final.

O primeiro gol veio aos 2 minutos, justamente em uma dessas jogadas de Tsubasa nas costas de Di Maria. O camisa 7 argentino foi ao ataque e não recompôs. Assim, Jun Misugi inverteu uma bola da direita para esquerda e encontrou Tsubasa livre. O camisa 10 avançou com a bola até a entrada da área e viu Mercado chegar para fazer a proteção. Inteligente, Tsubasa aproveitou que o marcador adversário obstruía a visão do goleiro e deu um tapa rápido na bola. O chute, rasteiro e cruzado, surpreendeu Abbondanzieri, que só viu quando a bola já ultrapassava a última linha: Japão 1x0.

Esperava-se que, atrás do marcador, a Argentina fosse sair pro jogo. Mas a equipe não conseguia criar e, quando Messi partia com a bola, a marcação era eficiente para lhe roubar. Do outro lado, Misugi, Hyuga e Tsubasa trocavam de posição constantemente e, de pé em pé, se fartavam de perder oportunidades.

O segundo gol veio aos 6 minutos. Após passe de Misugi na direita para Tsubasa, Demichelis veio na marcação. O camisa 10 só precisou rolar para Hyuga ao seu lado. O camisa 9 invadiu a área em diagonal, com liberdade e, com um chute cruzado, acertou o ângulo de Abbondanzieri: Japão 2x0.

A partir daquele momento, os torcedores já nem esperavam competição. Apenas aplaudiam o show japonês e aguardavam os próximos momentos de magia. Aos 9 minutos, Sawada desarmou Alario e tocou a Tsubasa no meio. O camisa 10 abriu para Hyuga na esquerda e viu o camisa 9 avançar com a bola dominada. Mercado chegou para a marcação e foi driblado com extrema facilidade. Hyuga invadiu a área, trouxe para o pé direito e deu seu chute assinatura, o Tiger Shot, para fazer Japão 3x0.

No intervalo, Sr. Mikami não parecia satisfeito com o posicionamento defensivo, apesar da vantagem no placar. Tirou Shingo Aoi e Taro Misaki para colocar Matsuyama e Shun Nitta. Matsuyama foi destacado para marcar Messi individualmente. Carlos Bianchi resolveu partir para o tudo ou nada. Fez uma jogada para a saída de bola e trocou Demichelis e Conca por Kranevitter e Tevez. O camisa 11 iria jogar como volante bem avançado. Enquanto Mascherano ficaria sozinho na marcação, Tevez, Di Maria e Messi formariam um trio ofensivo de meiocampistas para servir Scocco e Alario.

A jogada de saída de bola foi incrível. Messi, Di Maria e Tevez fizeram a jogada conhecida como "Figura Oito" e foi Tevez quem recebeu na direita, próximo à entrada da área. Com um belo chute de curva, enfim venceu Wakabayashi e fez Argentina 1x3.

Mas ficou nisso. Tevez entrou bem, mas Messi sumiu do jogo. Enquanto isso, Hyuga e Tsubasa continuavam comandando o baile japonês e, com Shun Nitta em velocidade pela ponta direita, os asiáticos ainda perderam boas oportunidades antes de Anderson Daronco decretar o fim do jogo e a classificação japonesa à final.

Destaque do jogo: Oliver Tsubasa. Embora Hyuga tenha marcado duas vezes e tenha atuado tão bem quanto seu companheiro, foi Tsubasa o grande nome do jogo. Jogador inteligente, atua por todo o campo. Arma o jogo e aparece para concluir. Cresce de produção na reta final da competição e começa a dar pinta de que pode ser escolhido MVP do Mundial.

NOTAS RÁPIDAS

  • Conhecidos os finalistas, a atenção agora se volta para as decisões. No sábado, Argentina e Coreia do Sul jogam pela medalha de bronze. No domingo, o Imperatriz Arena vai ferver com a grande final do Mundial de Futibou de Butaum 2019! Japão e Brasil repetem a final de 2018.
  • O pódio, com o campeão, o vice e o terceiro colocado, será montado no domingo, após a final, quando também serão conhecidos os destaques individuais.
  • Para MVP, Oliver Tsubasa desponta como favorito. Com duas indicações como melhor em campo, ele está à frente dos outros jogadores. Mas se houver algum empate em indicações, a junta técnica da FIFUBO elegerá o MVP. Cinco jogadores podem se juntar a Tsubasa nesta disputa: Alex, Masao Tachibana, Messi, Ronaldo e Jayeon.
  • Para artilheiro, a disputa está dura. No momento, lideram a artilharia Ronaldo (Brasil), Hyuga (Japão) e Tsubasa (Japão), todos com três gols. Tevez (Argentina) e Joo Sung (Coreia do Sul) têm dois gols cada e ainda entrarão em campo.
  • Mundial à parte, a quarta-feira também foi agitada fora do campo. Duas notícias espetaculares sacudiram a FIFUBO e a LMC.
  • A FIFUBO anunciou que a sua Liga de 2020 não será disputada por clubes, mas por seleções. Aos clubes restará jogar as Copas, que classificarão para a Supercopa no final do ano. As nove seleções disputarão a Liga FIFUBO, com toda a regra de turno e returno e playoffs. Mas o campeão não irá para a Supercopa.
  • A LMC anunciou a profissionalização de seus ciclistas. A mudança não virá para a Copa do Mundo, que será disputada nesta sexta-feira. Mas, provavelmente, já estará disponível no Tour de France. Deve acontecer daqui a 15 ou 20 dias e, tão logo aconteça, será anunciada aqui.

domingo, 7 de julho de 2019

Mundial de Futibou de Butaum 2019 - Terceira Rodada, Grupos A, B e C - 07/07/2019

O domingo foi gelado e nublado, mas também foi dia de Mundial de Futibou de Butaum. Só isso já seria suficiente para lotar o Imperatriz Arena. Saber que seria uma rodada tripla e que a fase de grupos seria finalizada era mais do que suficiente para tirar o torcedor do aconchego de seu lar. Saber que ninguém tinha vaga garantida, então, fez com que os ingressos se esgotassem e uma multidão se aglomerasse nas redondezas, ávida pela emoção que se desenrolaria no campo de jogo.

O primeiro jogo era o do grupo grupo A, com Brasil e Argentina. O Brasil se classificava com vitória ou empate. À Argentina só restava vencer. Um empate ou até uma derrota fariam os argentinos ficarem com a calculadora nas mãos. Vamos ver como foi o primeiro duelo!

BRASIL 2x1 ARGENTINA

Superclássico das Américas é sempre emocionante. Uma festa se espalhou pelas arquibancadas e, no campo de jogo, os jogadores deram o máximo de si. O Brasil vinha com uma mudança, muito criticada pela imprensa. Alex foi barrado e, em seu lugar, Ronaldinho Gaúcho ia para o campo. A justificativa de Dorival Junior era que o Brasil devia buscar a vitória desde o início e, com uma formação mais ofensiva, isso seria mais fácil. Já a Argentina manteve o time que derrotou a Holanda (2x1), apesar dos apelos para que Tevez começasse jogando.

A emoção começou logo no pontapé inicial. O Brasil inovou na saída de bola e fez uma jogada de toques curtos, avançando aos poucos. Desta forma, Rivaldo e Ronaldo foram tabelando e abrindo a defesa adversária até que o camisa 10 deu um passe para o 9 dentro da área. Ronaldo invadiu e tocou na saída de Abbondanzieri, fazendo Brasil 1x0 logo aos 30 segundos.

O gol relâmpago foi só um ingrediente a mais em um dos melhores jogos deste Mundial. O Brasil tinha mais a posse de bola e criava jogadas por todos os lados. Com Rivaldo se movimentando por todo o ataque, as tabelas saíam pelo lado esquerdo, com Denilson e Roberto Carlos, e pelo direito, com Ronaldo. Com estes quatro jogadores, o Brasil se fartou de perder gols. A Argentina não se acanhou e se lançou ao ataque. Messi estava inspiradíssimo e se movimentava tal qual Rivaldo do outro lado, por todos os cantos. As tabelas vinham, principalmente, com Di Maria. O jogo foi de um toma lá dá cá impressionante.

O empate veio aos 6 minutos, quando o Brasil jogava melhor. Foi após uma blitz, com um chute de Roberto Carlos que Abbondanzieri mandou a córner; uma cabeçada de Ronaldo após a cobrança do escanteio, que Abbondanzieri mandou a lateral; e na cobrança do lateral, quando Rivaldo acertou o travessão e a bola saiu para lateral. Mercado tocou a Alario no meio e o camisa 13 procurou Messi na ponta direita. Tabelando com Di Maria, o camisa 10 veio para o meio e inverteu a bola para o lado esquerdo. Conca recebeu e devolveu a Messi já na entrada da área. Pelo meio, com a bola no pé esquerdo, o camisa 10 não teve dificuldades para se livrar de Lucio, invadir a área e chutar sem chances para Carlos Germano, fazendo Argentina 1x1.

No intervalo, Dorival Junior percebeu que sua mudança inicial não surtiu efeito. Além do apagado Ronaldinho Gaúcho, saiu Kleberson, que vinha falhando incrivelmente. Entraram Roque Junior e Alex. Com isso, Roque iria para a zaga, Edmilson seria o primeiro volante e Alex entraria na meia direita. Já Carlos Bianchi tirou Mascherano (que levava um baile do ataque brasileiro) e Scocco (novamente nulo) para colocar Kranevitter e Tevez. Messi seria o capitão.

O jogo continuou excelente no segundo tempo. Com a braçadeira, Messi se sentiu mais à vontade e, assessorado por Di Maria, levava a bola para todos os cantos do ataque, onde Tevez e Alario rondavam a área brasileira com perigo. Do outro lado, Alex arrumou o meio de campo e, com isso, Rivaldo pôde encostar mais nos atacantes, servindo Denilson e Ronaldo para estes levarem perigo ao arco argentino. Assim, cada ataque de qualquer lado era um teste para cardíaco, pois um gol selaria a classificação de vez para qualquer lado.

E este gol só saiu aos 9 minutos, deixando a emoção para o último momento da partida. Tevez fez a jogada pela ponta e cruzou para a área, com Lucio afastando. Na entrada da área, Edmilson serviu Alex na meia direita. O camisa 7 avançou com a bola dominada para a ponta, chamou a marcação e rolou no meio para Ronaldo. O camisa 9 invadiu a área, driblou Gabriel Milito e, com um lindo chute, venceu Abbondanzieri e levou o Brasil às semifinais: Brasil 2x1.

Destaque do jogo: Ronaldo. Em uma partida onde Rivaldo e Messi se destacaram pela entrega durante todo o jogo, o grande nome foi Ronaldo. Com dois gols, classificou o Brasil e assumiu a artilharia do torneio.

Com o grupo A decidido, o Brasil estava classificado e a Argentina precisaria fazer os cálculos para se manter na competição. O grupo B tinha um jogo emocionante entre Japão e França, onde o vencedor se classificaria e o perdedor estaria eliminado. Se houvesse empate em 1x1, um sorteio triplo definiria o classificado e os eliminados e, ali, até Camarões teria chances. Se o empate fosse de 2x2 para cima, o sorteio seria entre Japão e França. Vamos conferir quem levou a melhor no grupo B!

JAPÃO 2x0 FRANÇA

O decepcionante empate na estreia (1x1 Camarões) pode ser justificado pelo nervosismo do primeiro jogo. Mas Sr. Mikami não quer saber disso, pois um erro aqui significa a eliminação dos atuais campeões mundiais. O treinador exigiu atenção e dedicação totais de seus atletas naquele que poderia ser o último jogo dos Samurais no Mundial. Do outro lado, o empate com Camarões (1x1) não foi decepcionante, mas irritante. Sam Allardyce não fala publicamente, mas este poderia ser seu último jogo à frente da França, já que não consegue fazer com que os franceses sigam suas instruções. Ele pediu um último esforço para evitar uma vexaminosa desclassificação na fase de grupos. Vale lembrar que as duas equipes se enfrentaram na Copa do Mundo 2018 e o Japão venceu por 7x3, com show de Hyuga.

Todas as instruções pré-jogo foram esquecidas. Tanto os japoneses quanto os franceses entregaram um jogo pobre desde o início, com muitos erros de passe e de posicionamento, um jogo de intermediária a intermediária. Os franceses não tinham a menor vontade de tentar alguma coisa, enquanto os japoneses não iam adiante por deficiência técnica. Mas aos poucos os asiáticos começaram a botar a bola no chão graças a Hyuga, que pedia a bola a todo instante e orientava seus companheiros.

E foi assim que surgiu o primeiro gol, já aos 8 minutos. Hyuga deu instruções de dentro do campo para Tsubasa ir ao ataque e Misaki recuar para o meio. Foi neste momento que Henry esticou uma bola e Wakabayashi saiu do gol para ficar com ela. Repondo para o meio, o goleiro encontrou Taro Misaki, que avançou com a bola dominada e abriu na esquerda para Hyuga. O camisa 9 poderia até adiantar e arriscar o chute, mas preferiu esperar a chegada da marcação para dar um passe dentro da área. Encontrou Tsubasa livre e o camisa 10 não desperdiçou. Com um belo Fly Wing Shot, Tsubasa mandou a bola para o fundo da meta de Barthez e fez Japão 1x0.

No intervalo, Sr. Mikami tirou Ishizaki e Taro Misaki para colocar Matsuyama e Shun Nitta, visando reforçar a marcação e buscar os contra ataques. Já Sam Allardyce, em uma última tentativa de fazer a França jogar, armou um 4-4-2 losango super ofensivo. Saíram Vieira e Guivarch (este, completamente nulo em campo) e colocou Pires e Trezeguet. Deschamps ficaria de primeiro volante enquanto Djorkaeff, Pires e Zidane fariam um trio ofensivo de meias.

O fato é que Allardyce poderia colocar Cantona e Platini em campo e, mesmo assim, os franceses jamais sairiam do marasmo. A equipe não teve organização, não conseguiu criar jogadas e somente Zidane ainda tentava alguma coisa. O Japão, depois do gol e das orientações de intervalo, passou a criar jogadas em ambos os lados, fazer cobertura e desperdiçar chances.

A classificação foi selada de vez aos 6 minutos, quando Matsuyama interceptou bola que ia para Henry e tocou a Shingo Aoi no meio. O camisa 5 tocou mais à frente para Jun Misugi, que lançou Shun Nitta na ponta. Em velocidade, o camisa 13 fez a jogada pela direita e, quando a marcação chegou, rolou atrás para Tsubasa. O camisa 10 ajeitou e mandou um chute de curva, vencendo Barthez e fazendo Japão 2x0.

Destaque do jogo: Oliver Tsubasa. O camisa 10 japonês chamou a responsabilidade do jogo e, com dois gols, classificou os atuais campeões às semifinais. Participou ativamente da partida, fez boas tabelas e saiu de campo aclamado pela crítica.

Desta forma, o grupo B se encerrou com o Japão classificado e França e Camarões eliminados. A Argentina ainda podia se classificar, a depender do que aconteceria no grupo C. Naquele grupo, Inglaterra e Alemanha jogavam. Os resultados dos dois jogos anteriores classificaram a Coreia do Sul, seja como primeira ou como segunda do grupo. Para se classificar, os ingleses precisariam vencer por 3 gols de diferença, sem poder tomar um gol sequer (se o placar fosse 3x1, a vaga seria decidida em sorteio entre Argentina e Inglaterra). Assim, se classificariam em segundo, com a Coreia em primeiro. A Alemanha se classificava vencendo os ingleses por qualquer placar. Se isso acontecesse, dependeria do número de gols para se classificar em primeiro ou segundo, mas a Coreia do Sul se classificaria junto dos alemães. Um empate classificava a Coreia do Sul em primeiro, a Argentina como melhor segunda colocada e a Alemanha e a Inglaterra restariam eliminadas do Mundial. Com tanta emoção em jogo, vamos ver como ficou a última partida e quem levou a classificação!

INGLATERRA 2x2 ALEMANHA

Para evitar um vexame histórico, onde chegaram a ser favoritos ao título e decepcionaram logo na estreia (0x2 Coreia do Sul), os ingleses precisavam atacar desde o início. Alex Ferguson desdenhou do problema e disse que a Inglaterra já havia feito o placar desejado em cima dos alemães na última Copa do Mundo (3x0, na disputa do terceiro lugar). Por isso, manteve a equipe que perdeu na estreia, confiante do bom resultado. Já a Alemanha precisava só vencer para se classificar. Depois de uma boa pré-temporada, onde derrotou o Vasco por 4x1, os alemãs só não venceram a Coreia do Sul por conta da expulsão de Neuer, que obrigou a equipe a se rearrumar totalmente. Thomas Muller cumpre suspensão no lugar do goleiro e, por isso, Draxler joga na meia direita, com Kroos na esquerda.

A Inglaterra finalmente entrou em campo neste Mundial. Desde o início, a equipe se mostrou organizada. Com Rio Ferdinand, John Terry e, principalmente, Ashley Cole muito bem postados, a defesa inglesa desarmava qualquer tentativa alemã de se infiltrar em sua área. Gerrard iniciava as jogadas do campo inglês, enquanto Lampard atuava mais avançado, distribuindo o jogo para as pontas, onde Joe Cole e Beckham avançavam e tabelavam com Owen e Crouch. A Alemanha se acuava em seu campo e a Inglaterra se fartava de perder oportunidades.

O gol inglês só saiu aos 10 minutos, quando Lampard tocou a Owen na ponta direita. O camisa 10 foi ao fundo e cruzou para a área, encontrando Rio Ferdinand. Mas o camisa 5 dominou de costas e, ao invés de tentar o giro, preferiu tocar a Beckham mais atrás. Da entrada da área, o camisa 7 acertou um lindo chute, no ângulo de Neuer, para fazer Inglaterra 1x0.

Nos acréscimos, a Alemanha tentou a saída de bola e, mais uma vez, Ashley Cole estava a postos para acabar com a tabela entre Kroos e Draxler. Com um passe para a ponta esquerda, o camisa 3 encontrou Joe Cole, que puxou o contra ataque em velocidade. O camisa 11 deu um drible desmoralizante em Hummels e tocou dentro da área para Peter Crouch. O camisa 15 avançou e, de pé esquerdo, tocou na saída de Neuer, fazendo Inglaterra 2x0 no último lance do primeiro tempo.

Faltava apenas um gol para o sonho inglês se realizar. No intervalo, Alex Ferguson tirou Wayne Bridge e Michael Owen, colocando Carragher e Rooney em seus lugares. Já Lothar Matthaus, precisando fazer quatro gols para se classificar, tirou Lahm para colocar Mario Goetze. Assim, iria jogar num 3-4-3, com Mertesacker, Hummels e Badstuber na zaga; Schweinsteiger, Reus, Draxler e Kroos no meio; Podolski e Goetze no meio do caminho entre se aproximar dos armadores e jogar nas pontas; e Klose como centroavante.

A Inglaterra sabia que tinha 10 minutos para fazer um gol e, com isso, tratou de jogar com calma e se organizar para tentar a classificação. Continuou muito bem, com a defesa bem postada, o meio de campo armando jogadas e trançando com os atacantes. De vez em quando, um defensor aparecia no ataque, como Carragher fez aos 3 minutos em cabeçada que Neuer defendeu. Mas, apesar do maior volume de jogo, o gol não saía.

Para piorar as coisas, a Alemanha ainda levava perigo nos contra ataques e, aos 7 minutos, Goetze lançou Klose na área. Livre, o camisa 11 invadiu, tentou driblar Paul Robinson e foi derrubado. Salvio Spinola não pensou duas vezes e assinalou o pênalti, que Schweinsteiger cobrou do lado esquerdo de Robinson, que foi para o outro lado: Alemanha 1x2

O gol desanimou os ingleses, que ainda tentaram marcar mais uma vez, já que uma vitória por 3x1 os empataria em tudo com a Argentina e os levaria para o sorteio. A Inglaterra se lançou ao ataque e se expôs aos contra ataques e foi aí que tudo desmoronou.

Já corriam os acréscimos quando Lampard tentou lançar para Crouch na área, mas Badstuber cortou. Schweinsteiger tocou a Draxler no meio, que lançou Klose no meio da zaga. O camisa 11 recebeu livre, invadiu a área, driblou Paul Robinson e empurrou para o gol vazio, fazendo Alemanha 2x2 e dando fim ao sonho inglês.

Destaque do jogo: Miroslav Klose. Em um jogo muito mais de raça do que técnica, com os ingleses jogando melhor, coube ao artilheiro alemão a frieza que, se não serviu para lhes classificar, ao menos tirou seus eternos rivais da competição. Sofreu o pênalti que resultou no primeiro gol e fez o gol de empate, saindo de campo como o melhor.

E assim se encerrou a fase de grupos do Mundial de Futibou de Butaum 2019. Vamos ver a classificação final dos grupos e a artilharia do torneio.

Grupo A:
1º Brasil - 6 pontos, 5 gols pró, 2 gols contra;
2º Argentina - 3 pontos, 3 gols pró, 3 gols contra;
3º Holanda - 0 ponto, 2 gols pró, 5 gols contra.

Grupo B:
1º Japão - 4 pontos, 3 gols pró, 1 gol contra;
2º Camarões - 2 pontos, 2 gols pró, 2 gols contra;
3º França - 1 ponto, 1 gol pró, 3 gols contra.

Grupo C:
1º Coreia do Sul - 4 pontos, 4 gols pró, 2 gols contra;
2º Alemanha - 2 pontos, 4 gols pró, 4 gols contra;
3º Inglaterra - 1 ponto, 2 gols pró, 4 gols contra.

ARTILHARIA

1º Miroslav Klose (Alemanha), Ronaldo (Brasil), Patrick Kluivert (Holanda) e Oliver Tsubasa (Japão) - 2 gols;
5º Lucas Podolski (Alemanha), Bastien Schweinsteiger (Alemanha), Dario Conca (Argentina), Lionel Messi (Argentina), Carlos Tevez (Argentina), Alex (Brasil), Denilson (Brasil), Rivaldo (Brasil), Emmanuel Kunde (Camarões), Emile Mbouh (Camarões), Joo Sung (Coreia do Sul), Lee Young-Un (Coreia do Sul), Masao Tachibana (Coreia do Sul), Urabe (Coreia do Sul), Stephane Guivarch (França), David Beckham (Inglaterra), Peter Crouch (Inglaterra) e Kojiro Hyuga (Japão) - 1 gol.

NOTAS RÁPIDAS

  • Finalizada a fase de grupos, foram conhecidos os semifinalistas do Mundial. As quatro seleções europeias e a africana ficaram pelo caminho e o Mundial, agora, se resume a um duelo Ásia x América do Sul.
  • Em sorteio realizado na sede da FIFUBO, os duelos das semifinais foram conhecidos. Coreia do Sul e Brasil fazem o primeiro jogo, cabendo a Japão e Argentina promoverem o segundo duelo.
  • As partidas serão realizadas durante a semana, na quarta-feira ou na sexta, deixando o sábado para a decisão do terceiro lugar e a grande final no domingo.
  • Nas semifinais, não há qualquer tipo de vantagem. Não há mando de campo, as equipes trocam de lado durante o intervalo e, caso a partida termine empatada, o vencedor será conhecido após disputa de pênaltis.
  • Também durante a semana, teremos a disputa da Copa do Mundo de Ciclismo, naquela que é considerada a Prova Magna da LMC. O vencedor será declarado campeão mundial e estará presente na final do Mundial de Futibou de Butaum, dando o pontapé inicial da partida.

sábado, 6 de julho de 2019

Mundial de Futibou de Butaum 2019 - Segunda Rodada, Grupos B e C - 06/07/2019

A segunda rodada do Futibou de Butaum prosseguiu neste sábado. Um dia gelado, com vento cortante e um público lotando o Imperatriz Arena, ansioso para ver tanto as duas seleções que ainda não tinham estreado quanto a possibilidade do primeiro classificado às semifinais. Vamos aos jogos!

FRANÇA 1x1 CAMARÕES

Toda competição de seleções que está para começar tem a França como grande favorita. Campeões da Jarra Tropon em 2017, os bleus estão sempre entre os mais cotados para sair com o troféu, mas sempre decepcionam, com vexames imperdoáveis. Mas neste Mundial, as coisas são bem diferentes. O amistoso de pré-temporada (1x2 Estudiantes) não ajudou a melhorar o ânimo dos franceses e os treinos, tensos e intensos, mostram que os europeus terão que ralar muito se quiserem recuperar seu antigo status. Sam Allardyce barrou Pires, colocando Djorkaeff em seu lugar, mas manteve Guivarch. A França adotou de vez o 4-4-2 losango, mas com os atacantes bem abertos nas pontas e jogando em diagonal. A ordem é fazer de Guivarch a referência e esperar pelos gols que o consagraram no Auxerre.

Já Camarões vive situação oposta. Sempre favoritos a ficarem entre os últimos, os africanos caíram num grupo difícil, onde a única "certeza" era de que não iriam pontuar. Mas a estreia, quando empatou com o Japão (1x1) jogando melhor, mostrou que a equipe dos Leões Indomáveis está mudando. A isso, soma-se a vitória na pré temporada sobre a Holanda (1x0) e a certeza de que Zlatko Dalic começa a dar uma cara à equipe, conseguindo enfim colocar um pouco de consciência tática na mente dos jogadores. Apesar dos pedidos da torcida e da imprensa, Dalic manteve Roger Milla no banco, pois Oman Biyik é importante taticamente.

A França começou o jogo mostrando que os treinamentos deram resultado. Sólida na defesa e bem armada com o meio em losango, a equipe europeia fazia a bola chegar a Zidane no meio e, dele, a bola ia para o ataque. As jogadas, mesmo que passassem pelos pés de Henry, acabavam encontrando Guivarch, que avançava em diagonal e chutava. O camisa 9 chutou uma por cima do gol e outra no travessão de Nkono. Mas, aos poucos, os franceses voltaram ao seu antigo jogo, perdidos em campo e deixando espaços, além dos erros de passe. E foi aí que Camarões começou a jogar. Com Mfede centralizando as jogadas e Oman Biyik fazendo o pivô tanto para o camisa 10 quanto para Mbouh e Makanaki nas pontas, a equipe africana rondava a área de Barthez.

Aos 5 minutos, uma combinação das duas equipes terminou no primeiro gol da partida. Deschamps foi ao ataque, na tentativa de armar o jogo, e acabou ficando por lá. Henry tentou o passe, tocou nas costas do camisa 7 e Massing roubou a bola. Tocando a Kana Biyik no meio, a jogada de contra ataque se iniciou. O camisa 5 tocou a Makanaki na esquerda e o camisa 20 avançou para o campo de ataque. Thuram correu para cobrir o buraco deixado por Deschamps e, neste momento, Makanaki tocou rápido a Mbouh. O camisa 8 recebeu pelo lado direito da defesa francesa, invadiu a área e chutou forte na saída de Barthez, para fazer Camarões 1x0.

No intervalo, Sam Allardyce berrava com seus jogadores (foi advertido no gol camaronês, por entrar no campo para reclamar do posicionamento defensivo). O técnico não perdoou os dois culpados pelo gol adversário e os sacou. Nos lugares de Deschamps e Henry, entraram Pires e Trezeguet, com Laurent Blanc passando a ser o capitão. A França ia para um 4-4-2 losango ofensivo. Já Zlatko Dalic resolveu reforçar a marcação e apostar nos contra ataques. Tirou Ebwelle e Oman Biyik para colocar Ndip e Roger Milla.

O jogo caiu de produção no segundo tempo. Nervoso, o time francês não conseguia dar prosseguimento às jogadas e, nisso, Camarões tentava se aproveitar nos contra ataques. Mas as jogadas, de ambos os lados, sempre terminavam com um erro no último passe. Conforme o tempo passava, os camaroneses iam ganhando confiança e caindo nos velhos erros de não matar o jogo e desperdiçar jogadas por irresponsabilidade. E isso lhes custou a vitória.

Já corriam os acréscimos do jogo quando Zidane tocou a Guivarch no campo de ataque, mas Pagal chegou primeiro e ficou com a bola. Abusado, o camisa 11 ainda deu um chapéu no atacante francês antes de reiniciar o jogo para o lado esquerdo, onde Makanaki recebeu e tocou na ponta para Roger Milla. Ao invés de segurar a bola, o camisa 9 tentou forçar uma jogada em velocidade. Perdeu a bola para Thuram e fez a falta, que o camisa 2 tocou a Vieira rapidamente e se mandou para a ponta direita. Vieira tocou a Djorkaeff no meio de campo e o camisa 6 lançou Thuram na ponta. Com um belo passe para o meio, o camisa 2 encontrou Guivarch. O camisa 9 parou a bola, deu um drible de corpo desmoralizante em Pagal, viu o posicionamento do goleiro, fez que ia chutar forte e terminou dando um toque por cobertura, com extrema categoria. A bola encobriu Nkono e morreu no fundo das redes: França 1x1.

Destaque do jogo: Stephane Guivarch. Em um jogo pobre tecnicamente, a entrega do camisa 9 francês foi essencial para o seu time não sair derrotado. No primeiro tempo, desperdiçou algumas chances e chegou a acertar a trave do adversário. No segundo tempo, mesmo bem marcado, se movimentou e procurou as jogadas. Após tomar um chapéu de Pagal, se recompôs e, ao receber a bola de volta, deu o troco com um desmoralizante drible de corpo, que deixou seu adversário no chão. E a frieza para dar um toque por cobertura no goleiro foi a cereja no bolo de sua boa apresentação.

ALEMANHA 2x2 COREIA DO SUL

A última estreia do Mundial podia trazer também o primeiro classificado para as semifinais. A Alemanha estreava com moral, após a brilhante vitória sobre o Vasco (4x1) na pré temporada. O sentimento de que, desinteressados, chegaram ao quarto lugar na Copa do Mundo 2018 mostra que os alemães, empolgados, são favoritos ao título. A Coreia do Sul, por sua vez, é a pura empolgação. Estreantes em Mundiais, caíram num grupo dificílimo e, logo na estreia, pegavam a poderosíssima Inglaterra. A vitória por 2x0, jogando melhor, mostrou que o Projeto Supercampeões realmente dá frutos. Uma vitória classificava os sul coreanos às semifinais.

Quando a bola rolou, no entanto, os asiáticos viram que teriam uma partida muito diferente. Ao contrário da Inglaterra, a Alemanha botou a bola no chão e, desde o início, mostrou quem iria mandar naquele jogo. Com menos de dois minutos, já tinham desperdiçado duas ótimas chances e, pressionando o tempo todo, o gol era questão de tempo. As coisas pioraram aos 3 minutos, quando Kazuo Tachibana tentou a tabela com Joo Sung, recebeu na entrada da área e, afoito, fez falta tripla. O camisa 8 sul coreano recebeu o cartão vermelho e, além de deixar sua equipe com um a menos, ainda fez o time perder muito na armação.

A mesa estava posta para o banquete alemão, mas a Coreia do Sul não chegou à FIFUBO para passear. Os Tigres Asiáticos são valentes e, na adversidade, mostraram que podem crescer. Após a expulsão, os atacantes se aproximaram mais e começaram a tabelar. Corriam 5 minutos do primeiro tempo quando Joo Sung tocou a Lee Young-Un na entrada da área. Neuer saiu para a dividida e tocou na bola fora da área. O juiz Leonardo Gaciba não pensou duas vezes e mostrou o cartão vermelho ao goleiro. O sorteio decidiu que Thomas Muller seria expulso no lugar de Neuer. Na cobrança da falta em dois lances, Lee Young-Un rolou e Joo Sung acertou um chute forte, que venceu a resistência de Neuer: Coreia do Sul 1x0.

Dominando o jogo e com um a mais, a Alemanha estava no céu; com seu goleiro levando o cartão vermelho, o melhor jogador em campo saindo em seu lugar e um gol sofrido, a Alemanha foi direto ao inferno. Mas a equipe é fria e técnica o suficiente para saber que tinha muito jogo pela frente.

A foi assim, com a bola no pé, que o empate surgiu no final do primeiro tempo. Schweinsteiger tocou a Toni Kroos na meia direita e o camisa 8 avançou com a bola dominada. Com um toque para o campo de ataque, encontrou Klose, que dominou na entrada da área, driblou Akai Tomeya, invadiu a área e deu um lindo chute por cobertura. Wakashimazu chegou a tocar na bola, a bola bateu no travessão e morreu no fundo das redes: Alemanha 1x1.

No intervalo, Lothar Matthaus fez uma grande mudança tática. Tirou Lahm e Klose para colocar Draxler e Mario Goetze. Mertesacker, Hummels e Badstuber formaria uma defesa com três zagueiros; Schweinsteiger, Draxler, Reus e Kroos formariam um meio de campo em losango e Podolski e Goetze formariam um ataque um pouco mais recuado, que atuaria em velocidade. Já Kozo Kira tirou Okawa e Lee Young-Un para colocar Kishida e Taki. Com Joo Sung centralizado no ataque e Taki como volante, a Coreia do Sul pretendia jogar em velocidade pelas pontas e ter o centroavante como alvo.

A Alemanha desempatou logo aos 30 segundos, quando Badstuber tirou a bola de Jayeon e tocou a Podolski na esquerda. Sem opções para o passe, o camisa 10 avançou e resolveu arriscar um chute de muito longe. Percebendo o erro de posicionamento de Wakashimazu, Podolski mirou entre o goleiro e a trave. O chute rasteiro surpreendeu o goleiro, que tentou pular e viu a bola passar embaixo do seu corpo, em um frango incrível: Alemanha 2x1.

A Alemanha voltava à programação normal, com o domínio da partida e do placar. Com a bola no pé e bem posicionada taticamente, a equipe europeia dominava as ações. Mas é nessas horas que o craque tem que resolver. Jayeon começou a se movimentar o campo inteiro, pedindo a bola, buscando tabelas e concluindo. O camisa 10 sul coreano encostava principalmente em Joo Sung e, com isso, a dupla começou a fuzilar o gol alemão, obrigando Manuel Neuer a fazer defesas difíceis para segurar o placar.

E foi assim até os acréscimos, quando Jayeon chutou uma bola no ângulo e Neuer mandou a córner. Jayeon foi para a cobrança e, com os principais jogadores marcados, o camisa 10 deu uma ordem e mandou a bola para a área. Naquele exato espaço, apareceu Urabe. Com uma cabeçada forte, o camisa 6 mandou a bola para o fundo das redes e deixou tudo igual: Coreia do Sul 2x2.

Destaque do jogo: Manuel Neuer. Se não fosse a expulsão na metade do primeiro tempo, Thomas Muller sairia de campo como o melhor, com certeza. Jayeon também teve uma participação incrível, chamando a responsabilidade e levando a Coreia do Sul ao ataque. Mas Manuel Neuer foi o melhor sem sombra de dúvidas. Levou dois gols e um cartão vermelho, mas a quantidade de defesas que fez entre as "falhas" impediu a classificação sul coreana e manteve a partida na igualdade que o alto nível dos jogadores levou.

NOTAS RÁPIDAS
  • A terceira e última rodada da fase de grupos ocorre neste domingo. Os três jogos serão disputados em sequência e, sem equipe classificada ainda, a emoção promete ser alta.
  • No grupo A, Brasil e Argentina jogam. A Argentina se classifica com vitória, enquanto o Brasil se classifica até com empate. No grupo B, Japão e França se enfrentam e quem vencer está nas semifinais. Empate leva a decisão para o sorteio, já que até Camarões teria chances. Já no grupo C, a Alemanha precisa vencer e marcar mais de três gols na Inglaterra, que já não tem chances de se classificar em primeiro lugar. Um empate ou vitória da Inglaterra classifica a Coreia do Sul.
  • O melhor segundo colocado se classifica, lembrando que o critério de desempate é pontos, gols pró, gols contra, vitórias, empates, derrotas e sorteio. Assim, ainda podem se classificar com o segundo lugar Brasil, Argentina, França, Japão, Alemanha, Inglaterra e Coreia do Sul. A única seleção já eliminada é a Holanda.
  • Na LMC, a semana trouxe a disputa dos dois campeonatos continentais, que não contam pontos para o ranking. No campeonato europeu, a vitória foi do francês Romain Bardet (AG2R). No campeonato panamericano, o campeão foi o colombiano Fernando Gaviria (Quickstep). Os dois estiveram em um camarote do Imperatriz Arena, acompanhando os jogos deste sábado.

Romain Bardet (campeão europeu) e Fernando Gaviria (campeão panamericano) no Imperatriz Arena, acompanhando a segunda rodada do Mundial de Futibou de Butaum.

domingo, 30 de junho de 2019

Mundial de Futibou de Butaum 2019 - Primeira Rodada, Grupo C e Segunda Rodada, Grupo A - 30/06/2019

O inverno com cara de verão de Niterói incomoda demais. Mas quando um dia desses cai no domingo, dá praia e todo mundo fica feliz. Quando tem jogo no Imperatriz Arena, a felicidade é maior. Quando a rodada é do Mundial de Futibou de Butaum, a felicidade é completa. Desta forma, o estádio lotou, com torcedores ávidos por jogos de qualidade e os atletas não decepcionaram. Vamos aos jogos!

INGLATERRA 0x2 COREIA DO SUL

Finalizando a primeira rodada, o Grupo C apresentou a primeira grande zebra da competição. A Inglaterra, terceira colocada na Copa do Mundo 2018 e franca favorita ao título desta edição, estreava com toda a confiança de quem sabe ser protagonista na FIFUBO. A Coreia do Sul, estreando em mundiais e fazendo seu primeiro jogo contra outra seleção, sabia estar diante de um gigante do Futibou de Butaum.

Mas foi só a bola rolar para as diferenças desaparecerem. Com uma pré temporada relaxante, os jogadores não focaram nos treinos e, assim, não estavam no melhor de sua forma. O esquema 4-4-2 em linha força o passe longo e a Coreia do Sul já estava preparada para tal. Com uma defesa bem posicionada, os asiáticos conseguiam repelir os ataques ingleses e ainda saíam em qualidade para o contra ataque. O jogo foi passando com os coreanos tocando a bola no campo adversário e os ingleses, acuados, sem conseguir criar jogadas de perigo.

As coisas começaram a ficar bem difíceis aos 6 minutos, quando Beckham tentou esticar para Owen, mas Akai Tomeya cortou, tocando a Masao Tachibana na meia esquerda. O camisa 7 tocou no campo de ataque para Jayeon e viu o craque do time avançar para o contragolpe. Com um belo passe nas costas de Bridge, o camisa 10 encontrou Lee Young-Un livre. O camisa 11 invadiu a área e chutou rasteiro para vencer Paul Robinson e fazer Coreia do Sul 1x0.

No intervalo, Alex Ferguson tentou fazer as coisas funcionarem para os britânicos. Tirou Wayne Bridge e Peter Crouch para colocar Carragher e Rooney. Com isso, pretendia melhorar a marcação na defesa e ganhar em velocidade no ataque. Já Kozo Kira, sabendo que teria o contra ataque à disposição, preferiu apostar na velocidade. Tirou Urabe e Joo Sung para colocar Kishida e Taki. Kishida iria para a zaga, com Tomeya na lateral, para impedir os avanços de Beckham. Taki faria as jogadas em velocidade pela ponta direita.

O fato é que Ferguson errou na leitura do jogo. A Coreia do Sul é conhecida pela sua velocidade. Querer apostar corrida contra os asiáticos é suicídio. Talvez se tivesse apostado no jogo aéreo, mantendo Crouch em campo, a Inglaterra teria alguma chance. Apostar que Rooney e Owen fariam tabelas em alta velocidade, auxiliados por Joe Cole, foi um grande erro. A Coreia do Sul continuou levando vantagem na marcação e tinha os contra ataques à disposição, onde os irmãos Tachibana tabelavam com Jayeon e levavam a bola para Lee Young-Un e Taki desperdiçarem ótimas chances.

Aos 5 minutos, a Coreia do Sul matou o jogo, depois de tanto tentar. Em mais uma jogada de contra ataque, Jayeon tocou a Kazuo Tachibana na ponta direita. O camisa 8 trouxe a bola para o meio e rolou na entrada da área para Masao Tachibana. O camisa 7 chutou de primeira e pegou mal, mandando a bola fraca para a direção do gol. Mas Paul Robinson abaixou para pegá-la, falhou e a bola passou pelo meio dos seus braços, em um frango incrível: Coreia do Sul 2x0.

Destaque do jogo: Masao Tachibana. Considerado o gêmeo menos talentoso, o camisa 7 mostrou suas credenciais logo no primeiro jogo do Mundial. Iniciou a jogada do primeiro gol, fez o segundo, apareceu bem na marcação e como principal armador da equipe. Se multiplicou em campo e saiu consagrado.

Assim, a primeira rodada foi encerrada. Mas como a rodada na FIFUBO é dupla, a segunda rodada do Grupo A começou na sequência. Vamos ver mais este jogo!

ARGENTINA 2x1 HOLANDA

Com uma boa pré temporada, os argentinos chegam ao Mundial esperançosos na conquista do título. Já a Holanda joga sua sorte na competição. Após perderem pro Brasil na estreia (1x3), precisam vencer fazendo muitos gols, se quiserem ainda ter alguma chance de classificação.

Os torcedores que vieram ao Imperatriz Arena foram presenteados com o melhor jogo da competição até aqui. Desde o início, a Argentina dominou as ações e, com jogadas inteligentes, se fartou de perder oportunidades. Só no primeiro tempo, foram quatro bolas na trave, fora as defesas de Van Der Sar. A Holanda não ficou atrás e, passado o susto de ver os argentinos sufocando, botaram a bola no chão e foram ao ataque. Com Zenden atuando com liberdade, as jogadas fluíam para as pontas e, de lá, procuravam Kluivert no meio para a conclusão. Com uma bola na trave e duas defesas difíceis de Abbondanzieri, os holandeses mostraram que não aguardariam a desclassificação passivamente.

Quando o primeiro tempo se encaminhava para terminar em branco, aconteceu o primeiro gol da partida. Aos 9 minutos, Abbondanzieri cobrou tiro de meta, Kluivert se esticou todo e conseguiu desviar a bola, que caiu nos pés de Zenden. O camisa 10 abriu na esquerda para Overmars, que rolou no meio para Kluivert, na clássica jogada do River Plate. O camisa 9 recebeu na meia lua, olhou o posicionamento do goleiro e desferiu um ótimo chute no canto esquerdo, fazendo Holanda 1x0.

No intervalo, Carlos Bianchi tirou Mercado e Scocco para colocar Kranevitter e Tevez. Assim, reforçava a marcação e mantinha a formação ofensiva no mesmo estilo. Cruyff, por sua vez, melhorou o equilíbrio defensivo e a saída de bola, tirando Van Bronckhorst e Seedorf para colocar Triton e Jordi Cruyff. Triton faria a lateral direita e Numan iria para a esquerda.

O segundo tempo continuou em um nível altíssimo, mas a arbitragem prejudicou o andamento do espetáculo logo a um minuto. A Holanda deu a saída de bola, com Zenden e Jordi Cruyff tabelando até o campo de ataque. Mas Gabriel Milito apareceu e desarmou o ataque adversário, tocando a Messi no meio. O camisa 10 puxou o contra ataque e, com um passe na direita, encontrou Conca. O camisa 8 recebeu uma bola esticada com mais força. Stam veio para o combate e Conca acabou ganhando com um tranco de corpo. Enquanto os holandeses pediram a falta óbvia, Conca ajeitou a bola para o pé esquerdo e, da meia lua, acertou um bonito chute no canto direito de Van Der Sar, para fazer Argentina 1x1.

Os jogadores holandeses já tinham cercado Chris Kavanagh por conta daquele lance e reclamaram mais ainda quando o árbitro não marcou uma falta claríssima de Mascherano em Bergkamp na entrada da área. Mesmo assim, a partida continuou espetacular, com as duas equipes criando e desperdiçando oportunidades. Cada posse de bola era uma jogada de perigo.

A situação permaneceu assim até os 7 minutos, quando Abbondanzieri cobrou tiro de meta e, desta vez, acertou a jogada. Messi recebeu no meio, avançou até o campo de ataque e abriu na esquerda para Tevez. Deixando a bola correr um pouco, o camisa 11 levou mais para a ponta, driblou Triton para entrar na área e chutou cruzado, vencendo Van Der Sar e fazendo Argentina 2x1.

Destaque do jogo: Lionel Messi. O camisa 10 fez uma partida espetacular. Com duas assistências, liderou a virada de sua equipe. Com presença constante do meio para a frente, conduziu as jogadas, ditou o ritmo do jogo e concluiu com perigo várias vezes, exigindo sempre o melhor de seus companheiros.

NOTAS RÁPIDAS

  • O Mundial continua no final de semana que vem onde, espera-se, terá a fase de grupos concluída. No sábado, os jogos da segunda rodada dos grupos B e C. No domingo, os três jogos da terceira rodada.
  • Com os resultados no sábado e no domingo, a Holanda é a primeira equipe eliminada da competição. Mas, até o momento, tem o artilheiro da competição. Patrick Kluivert anotou dois gols e lidera a corrida pela Bola de Ouro de artilheiro.
  • Já o TJB teve a sua primeira atuação neste domingo. A Holanda entrou com uma reclamação, aceita pelos auditores. O árbitro Chris Kavanagh e o auxiliar Daniel Pomeroy foram suspensos por uma rodada, por conta da falta não marcada que resultou no gol de empate da Argentina. Assim, estão fora do sorteio da terceira rodada, retornando na fase final.

sábado, 29 de junho de 2019

Mundial de Futibou de Butaum 2019 - Primeira Rodada, Grupos A e B - 29/06/2019

Enfim, o grande dia! O sábado de céu limpo e temperatura amena traz o clima ideal para a abertura do Mundial de Futibou de Butaum 2019. O Imperatriz Arena teve capacidade esgotada para as primeiras partidas da competição, recebendo autoridades, celebridades do mundo esportivo e torcedores, ávidos para a maior competição de Futibou de Butaum do mundo!

Antes da bola rolar, o presidente da FIFUBO, Gabriel Batistuta, foi ao centro do gramado, saudar os torcedores, explicar como será a competição e demonstrar seu desejo de ver as melhores partidas no Mundial.

O presidente da FIFUBO, Gabriel Batistuta, declara aberto o Mundial de Futibou de Butaum 2019

Para a primeira partida, Brasil e Holanda se enfrentariam. A equipe sulamericana, vice campeã em 2018, surpreendeu na escalação. Dorival Junior barrou Ronaldinho Gaúcho e desfez o 4-3-3. Em seu lugar, Alex jogaria, fruto da excelente pré-temporada feita pelo camisa 7. O problema é que o Brasil teria quatro jogadores canhotos encostando no ataque.

Já a Holanda, penúltima colocada em 2018, vinha cheia de problemas. O último amistoso antes da Copa (0x1 Camarões) foi de uma pobreza ímpar. A equipe não se acertou taticamente e isso prejudicou muito a parte técnica. Mesmo assim, Cruyff manteve a equipe no 4-3-3, pedindo aos pontas que jogassem mais próximos do meio, a fim de triangular com Kluivert.

A primeira partida do Mundial teve Anderson Daronco como árbitro e Daniel Pomeroy como auxiliar.

Antes do jogo, o campeão do Giro D'Italia 2019, Luciano Pagliarini, foi convidado a ir ao centro do gramado para mostrar o troféu conquistado naquela competição e dar o pontapé inicial do Mundial.

O campeão do Giro D'Italia 2019, Luciano Pagliarini, exibe o troféu de campeão e dá o pontapé inicial da partida.

Com o cerimonial finalizado, restava apenas uma coisa, aquela que os torcedores mais esperavam: que a bola rolasse no Mundial de Futibou de Butaum 2019!

Jogadores em campo, a saída pertenceu à seleção brasileira.

BRASIL 3x1 HOLANDA

Partida amistosa é uma coisa; Mundial de Futibou de Butaum é outra completamente diferente. Assim que a bola rolou, a Holanda começou a dominar as ações por completo. Com uma marcação eficiente, fruto da inversão dos zagueiros, o selecionado europeu conseguiu evitar os avanços de Denilson pela ponta esquerda, principal forma brasileira de levar a bola ao ataque. Por outro lado, Bergkamp era o alvo das jogadas holandesas. A armação sempre procurava o lado direito, onde o camisa 7 partia em velocidade e criava situações de perigo para os europeus.

O primeiro gol do Mundial veio aos 5 minutos. Kleberson tentou sair pelo meio da zaga, buscando Cafu na lateral direita. Mas o passe foi errado e a bola caiu nos pés de Overmars, que rolou no meio para Kluivert, no buraco deixado pelo camisa 15 brasileiro. Lucio correu para a cobertura, mas Kluivert conseguiu driblá-lo com facilidade, invadindo a área pelo centro. Com um chute forte no canto esquerdo, o camisa 9 venceu a resistência de Carlos Germano e fez Holanda 1x0.

O gol mostrou que os holandeses eram melhores e mais organizados em campo, enquanto o Brasil não conseguia dar sequência às jogadas. Ronaldo atuava muito recuado e, com isso, obrigava Alex a abrir na direita, onde não conseguia render. Do outro lado, Bergkamp corria o campo todo, de uma ponta a outra, aparecendo no meio e exigindo o melhor de seus companheiros de ataque.

Mas do outro lado também há o toque de genialidade que, mesmo sumido na maior parte do jogo, a qualquer momento aparecerá e mostrará todo o seu brilhantismo. Aos 10 minutos, Zé Roberto cobrou lateral no lado esquerdo da intermediária holandesa para Denilson. O camisa 17, ao invés de avançar pela ponta, foi trazendo a bola para o meio, buscando ângulo para o melhor passe. E ele foi preciso. Denilson inverteu rasteira para o lado direito, nas costas da zaga, e pegou Alex entrando livre em diagonal. O camisa 7 invadiu a área, trouxe para o pé esquerdo, viu o posicionamento do goleiro e mandou o chute conhecido como "Bola Fubá". A bola entrou calma, entre o goleiro e a trave e o primeiro tempo terminou empatado: Brasil 1x1.

No intervalo, Dorival Junior promoveu uma pequena revolução. Tirou Kleberson e Denilson e colocou Roque Junior e Ronaldinho Gaúcho. Assim, Roque Junior ia para a zaga, Edmilson ficaria como primeiro volante (às vezes, líbero), Ronaldinho ficaria na meia direita, Alex seria o meia esquerda e Rivaldo seria o segundo atacante, ao lado de Ronaldo.

Já Cruyff reforçou a marcação e melhorou a saída de bola. Saíram Heitinga e Seedorf, entrando Triton e Jordi Cruyff. Assim, Triton iria para a lateral direita, colocando Numan na zaga e Jordi Cruyff fazendo a saída de bola pelo lado esquerdo. Davids iria para o outro lado, para marcar Rivaldo.

As mudanças promovidas de lado a lado também mudaram o panorama do jogo. Com Alex na armação, o Brasil ganhou qualidade no passe e, embora não tivesse mais Denilson para jogar em velocidade pela esquerda, pôde liberar Roberto Carlos para apoiar o ataque. Já a Holanda tinha uma saída de bola muito mais equilibrada e isso fez com que as jogadas fluíssem com mais naturalidade.

Mas o que desequilibrou o jogo mesmo foi Alex indo para o meio de campo. O Brasil ganhou muito com isso e, aos 5 minutos, chegou à virada. Carlos Germano cobrou tiro de meta para Ronaldinho no meio e o camisa 11 abriu na esquerda para Alex. O camisa 7 avançou com a bola, chamou a marcação e, quando esta chegou, o toque mais à frente encontrou Rivaldo livre. Na entrada da área, o camisa 10 recebeu já no pé esquerdo. Ajeitou e mandou um chute indefensável para Van Der Sar e fez Brasil 2x1.

A partir daí, o panorama da partida mudou completamente. A Holanda começou a correr enlouquecidamente atrás da bola, enquanto o Brasil tinha os contra ataques à disposição. O jogo ganhou em emoção, mas o Brasil soube segurar o ímpeto do rival. E, aos 10 minutos, matou a partida.

A Holanda se lançou ao ataque freneticamente, pelo lado esquerdo, levando toda a marcação brasileira para aquele lado. Na última hora, Overmars rolou na meia lua para Kluivert dominar e empatar a partida. Mas Zé Roberto apareceu com um desarme salvador e tocou a bola mais à frente para Alex. O camisa 7 puxou o contra ataque, viu o Ronaldo e Rivaldo livres do lado esquerdo do ataque, mas um buraco enorme do outro lado, por onde corria Ronaldinho. O passe foi ali e o camisa 11 invadiu a área e tocou na saída de Van Der Sar para dar números finais ao confronto: Brasil 3x1.

Destaque do jogo: Alex. Em um duelo muito equilibrado, os dois camisas 7 se destacaram. Mas enquanto Bergkamp é unanimidade no time holandês, Alex é a surpresa. Convocado para ser reserva de Rivaldo, ganhou a posição na pré-temporada e não decepcionou. Marcou duas vezes no último amistoso (3x3 Imperatriz) e, aqui, foi o desafogo da equipe. Quando a bola passou por seu pé, o Brasil criou. Fez o gol de empate e deu o passe para os outros dois, que selaram a vitória.

JAPÃO 1x1 CAMARÕES

De um lado, os campeões mundiais de 2018, que surpreenderam o mundo e, hoje, já são uma realidade. O Japão manteve o nível altíssimo de suas exibições, aperfeiçoou seu projeto Supercampeões e chega como favorito ao bicampeonato. Do outro, o último colocado na Copa do Mundo, que era goleado em todos os jogos e joga um futebol mais peladeiro. Camarões atua de forma irresponsável e isso lhes custa muitos pontos. O técnico Zlatko Dalic cobrou muito de seus jogadores um respeito maior às táticas e atenção do início ao fim.

O trabalho de Dalic pode ser considerado excelente, já que Camarões esteve melhor desde o início. A equipe africana sufocou os asiáticos assim que a bola rolou e não deixou-a sair do campo de defesa nipônico. Com Pagal atuando no campo de  ataque, os camaroneses fizeram jus à alcunha de "Leões Indomáveis", circulando a área adversária e desperdiçando inúmeras chances. A trave salvou duas vezes e Wakabayashi, ao menos umas três. O Japão tentava sair, mas foi só com alguns chutes de longe que chegou.

Mesmo assim, o fator sorte tem que contar e, nesse quesito, o Japão é fora de série. Seguraram o adversário o primeiro tempo inteiro e, no último lance, conseguiram abrir o marcador. O juiz Luis Carlos Felix já olhava para o relógio para encerrar o primeiro tempo quando Tsubasa lançou Taro Misaki na ponta direita. O camisa 11 foi ao fundo e cruzou para o segundo pau, mas a bola foi forte demais. Kojiro Hyuga conseguiu dominar e, mesmo sem ângulo e marcado por Tataw, deu um drible desmoralizante no camisa 2 e acertou um chute perfeito, sem chances para Nkono: Japão 1x0.

No intervalo, Sr. Mikami tirou Sawada e Misaki para colocar Matsuyama e Shun Nitta. Já Zlatko Dalic trocou Tataw e Oman Biyik por Ndip e Roger Milla.

As mudanças de Dalic deram muito mais consistência ao time camaronês, pois agora tinham alguém a quem mirar no campo de ataque. Roger Milla atuou em velocidade pelo campo de ataque inteiro e deu opções. O Japão, por sua vez, tinha os contra ataques à disposição, mas ainda pecava muito na marcação, deixando enormes buracos.

E foi assim que os africanos empataram. Hiroshi tentou sair jogando e, ao buscar uma tabela com Shun Nitta no ataque, errou o passe. Camarões saiu em velocidade pelo lado esquerdo, obrigando Jun Misugi a voltar correndo para cobrir o buraco deixado pelo camisa 3 japonês. Makanaky recebeu a bola do lado esquerdo, viu o camisa 8 japonês chegar correndo e lhe aplicou um desmoralizante chapéu. Avançando pela ponta, o camisa 20 camaronês cruzou para a área, onde Kunde cabeceou com força, sem chances para  Wakabayashi, dando números finais ao confronto: Camarões 1x1.

Destaque do jogo: Jean Claude Pagal. O camisa 11 camaronês foi o exemplo perfeito do que é o futebol daquela equipe. Uma mistura da aplicação tática que Zlatko Dalic quer aplicar com a despreocupação dos jogadores, Pagal ora atuava como o volante aplicado que ajudava na marcação a Tsubasa e Hyuga, ora atuava como o peladeiro, se arriscando no campo de ataque. Com isso, participou ativamente da armação e também concluiu com perigo, acertando duas bolas na trave.

NOTAS RÁPIDAS

  • O Mundial prossegue neste domingo, com dois jogos. Enquanto Inglaterra e Coreia do Sul fazem a partida inaugural do Grupo C, a Holanda já define seu futuro contra a Argentina.
  • Se os holandeses perderem para os argentinos, já se despedem do Mundial, classificando não só a Argentina, como também o Brasil.
  • O Mundial prossegue no próximo final de semana, quando os Grupos B e C farão sua segunda rodada no sábado e, no domingo, os três jogos finais dos grupos.

terça-feira, 25 de junho de 2019

LMC - Giro D'Italia 2019

Enquanto a bola não rola para o Mundial de Futibou de Butaum, os ciclistas dão o seu show. Conforme prometido, o Giro D'Italia foi encerrado nesta semana, com uma grande festa, uma corrida de arrepiar e emoção até o fim. Vamos a um relatório das doze etapas do primeiro Grand Slam do ano!

Primeira Etapa

O Giro D'Italia começou com um contra relógio, um tipo de prova meio chato, onde a grande emoção é saber quem chegará ao final em menos tempo. E ali começaram as surpresas. Em uma prova deste tipo, espera-se que os especialistas fiquem na frente e, neste quesito, era de se esperar que Lance Armstrong, Chris Froome, Bauke Mollema, Alberto Contador, Romain Bardet e, principalmente, Fabian Cancellara dessem o ar de sua graça. Mas foram os sprinters quem brilharam. Oscar Freire venceu sua primeira prova na LMC, com Murilo Fischer em segundo e Chris Froome em terceiro. Um começo surpreendente de Giro e Maglia Rosa para Oscar Freire.

Segunda Etapa

Com a primeira corrida de verdade, não faltou emoção. Etapa plana e chegada em sprint, tudo pronto para um final eletrizante. Luciano Pagliarini despontou na última reta em primeiro, mas se sabia que sua função ali era embalar, pois haviam três sprinters logo atrás. Coube a Fernando Gaviria conquistar sua primeira vitória na LMC, com Tom Boonen em segundo e Mark Cavendish em terceiro. Pagliarini embalou os três sprinters mas não teve forças e acabou em quarto. O ponto negativo desta prova foi o primeiro abandono da competição e justamente Chris Froome, que despontava como favorito ao título da competição. A Maglia Rosa continuou com Oscar Freire.

Terceira Etapa

Nova etapa totalmente plana, um paraíso para os sprinters. Tudo indicava uma nova chegada em sprint, mas ninguém contava que a fuga iria vingar. Ela vingou e Bauke Mollema venceu, levando também a Maglia Rosa. Em segundo ficou Lance Armstrong e, em terceiro, Tom Dumoulin. Gaizka Lejarreta abandonou a prova.

Quarta Etapa

Aqui, as coisas começavam a ficar complicadas. Com algumas subidas em 5 e 6%, os sprinters teriam que mostrar resistência se quisessem chegar ao final em condições de disputar a vitória. No final, o estilo combativo de Phillipe Gilbert lhe trouxe a vitória, com Murilo Fischer em segundo e Sylvain Chavanel em terceiro, em uma etapa sem abandonos e Maglia Rosa mantida para Bauke Mollema.

Quinta Etapa

As montanhas continuavam a aparecer, mas ficando mais inclinadas. Aqui, a média ficou entre 6 e 8%, exigindo ainda mais dos sprinters, que teriam uma chegada plana, mas um meio de prova difícil. Desta vez, ninguém conseguiu se embalar e Luciano Pagliarini venceu, com Oscar Freire em segundo e André Greipel em terceiro. Bauke Mollema foi o quarto e manteve a Maglia Rosa.

Sexta Etapa

A última etapa antes das montanhas, mas com alguma inclinação ainda nos 6 e 8%. Os italianos finalmente deram o ar de sua graça e levaram o público ao delírio, na esperança da vitória de Vincenzo Nibali, que liderava com folga. Mas a chegada foi apertada e a disputa por posições acabou levando o "Tubarão de Messina" ao chão. O público italiano vibrou da mesma forma, porque quem venceu foi Fabio Aru. Thor Hushovd foi o segundo e Mark Cavendish, o terceiro. Indignado por ter sido atingido, Vincenzo Nibali recorreu ao TCB, que puniu Aru e Hushovd com a perda de dois pontos de esforço na prova seguinte. Bauke Mollema continuava com a Maglia Rosa.

Sétima Etapa

Perder dois pontos na largada era tudo o que os dois não precisavam, porque a sétima etapa marcava o início das provas de montanha. Apenas um ponto da prova era plano; todo o resto era subindo. As subidas nesta etapa começaram em 6%, mas chegaram a 9% em alguns pontos e muitos ciclistas não aguentaram, foram quatro abandonos nesta etapa. Phillipe Gilbert, Thibaut Pinot, Romain Bardet e Bauke Mollema ficaram pelo caminho e a disputa da Maglia Rosa se acirrou. André Greipel venceu, com Danilo Di Luca em segundo e Tom Dumoulin em terceiro. Oscar Freire herdou a Maglia Rosa.

Oitava Etapa

As montanhas ficavam cada vez mais difíceis. Com as primeiras inclinações em 7% e a máxima chegando a 10%, os ciclistas ficaram bem espaçados e quem atacou cedo deu sorte. Rafael Andriato surpreendeu a todos e deu à equipe de ciclismo do Imperatriz F.B. sua primeira vitória no Giro D'Italia e na LMC. Em segundo ficou Oscar Pereiro Sio e Vincenzo Nibali, enfim, foi ao pódio com a terceira colocação. Beneficiado com o quarto lugar e alguns pontos em metas volante, André Greipel assumiu a Maglia Rosa, em etapa sem abandonos.

Nona Etapa

A última das etapas de montanha seria a mais dura de todas. Com inclinações entre 9 e 12% e chegada em 10%, os ciclistas sabiam que teriam seu pior dia ao redor da Itália. Por isso, optaram em andar juntos e revezarem-se na cabeça do pelotão, deixando para a parte final os ataques. Desta forma, quem se beneficiou foi Thor Hushovd, que venceu sua primeira corrida na LMC e comemorou muito a vitória. Em segundo, ficou Tom Boonen e, em terceiro, Julian Alaphilippe. A Maglia Rosa continuou com André Greipel, que foi quem somou mais pontos nas montanhas e, por isso, ficou com este título. Todos conseguiram chegar ao final das montanhas.

Décima Etapa

De volta ao plano, os ciclistas tiveram mais refresco, mesmo que ainda pegassem algumas inclinações entre 5 e 6%. Com chegada em sprint, todos puderam acelerar. Luciano Pagliarini resistiu ao sprint de Tom Boonen e venceu sua segunda prova no Giro, deixando o belga em segundo. Em terceiro, Oscar Pereiro Sio. Peter Sagan e Julian Alaphilippe não resistiram ao cansaço das montanhas e abandonaram, enquanto André Greipel continuou com a Maglia Rosa.

Décima Primeira Etapa

A penúltima etapa do Giro trouxe uma leve inclinação de 5% no meio da prova e o resto plano e perfeito para os sprinters se destacarem. Foi a última etapa com metas volantes, então era bom acelerar para pegar os pontos e chegar na última etapa com chances de título. E quem se aproveitou disso foi Oscar Pereiro Sio e Luciano Pagliarini. Os dois lideraram desde o início e, ao final, o espanhol celebrou sua vitória, com o brasileiro em segundo e André Greipel em terceiro, se esforçando enlouquecidamente para tentar ultrapassar os dois primeiros. O esforço foi em vão e Luciano Pagliarini vestiu a Maglia Rosa pela primeira vez.

Décima Segunda Etapa

E enfim chegamos à etapa final do Giro D'Italia 2019! Nada menos que cinco ciclistas chegaram ao final com chances, sendo que Luciano Pagliarini e André Greipel eram separados por apenas um ponto. Três pontos atrás, Oscar Pereiro Sio ainda estava muito próximo dos líderes. Oscar Freire e Tom Boonen tinham chances remotíssimas de título, mas ainda estavam na disputa. Uma etapa emocionante se desenrolou, com aqueles ciclistas que não conquistaram nada no Giro tentando um último brilho. Os postulantes ao título se espantaram com o ritmo elevado e não conseguiram sair do pelotão intermediário, até que Oscar Freire resolveu arrancar para o título. O ciclista espanhol da Rabobank era o único na disputa do título a andar na fuga e o público prendeu a respiração, à espera do final.

Oscar Freire suou sangue, ficou de pé na bicicleta, arrancou em um sprint eletrizante, mas não conseguiu vencer. Alberto Contador venceu na fuga, com Oscar Freire em segundo quase colado no compatriota. Rafael Andriato liderou a prova inteira, com folga, mas o cansaço falou mais alto e ele não conseguiu emplacar mais uma vitória. Mesmo assim, deu mais uma glória ao Imperatriz F.B. ao chegar em terceiro.

Para ser campeão, André Greipel precisava de um quinto lugar, se Luciano Pagliarini não chegasse entre os seis. Mas andou sempre no pelotão intermediário e acabou em décimo sexto. Tom Boonen tinha chances matemáticas, mas a fadiga acumulada nas onze etapas anteriores falou mais alto e ele terminou apenas em décimo oitavo. Pior fez Oscar Pereiro Sio, que só precisava chegar ao pódio para ser campeão e terminou em vigésimo segundo, na antepenúltima colocação.

Melhor para Luciano Pagliarini, que controlou a corrida e contou com a sorte. Foi o nono na etapa e, como nenhum dos postulantes conseguiu o resultado que desejava, cruzou a linha de chegada comemorando o título.

O pódio da última etapa. O vencedor, Alberto Contador (Astana) no meio, ladeado por Oscar Freire (Rabobank) e Rafael Andriato (Imperatriz)

LUCIANO PAGLIARINI CAMPEÃO DO GIRO D'ITALIA 2019

O brasileiro da equipe Saunier Duval deu uma arrancada surpreendente. Com bons resultados durante toda a competição, vestiu a Maglia Rosa na penúltima etapa e soube administrar para conquistar seu primeiro título na LMC e logo um Grand Slam. André Greipel foi muito bem nas montanhas, mas vacilou em algumas chegadas e ficou com um amargo vice campeonato com apenas um ponto de diferença para o campeão. O esforço de Oscar Freire pode não ter lhe dado o título, mas o fez finalizar em terceiro na classificação e subir ao pódio.

O pódio do Giro D'Italia 2019. Luciano Pagliarini (Saunier Duval) venceu e, ladeado pelo segundo colocado, André Greipel (Lotto Belisol) e o terceiro, Oscar Freire (Rabobank) posou para a foto oficial.

André Greipel pode não ter conseguido o título do Giro, mas seus bons resultados nas etapas de montanha lhe renderam o prêmio de montanha, uma honraria dada aos ciclistas mais resistentes.

André Greipel (Lotto Belisol) após receber o prêmio de montanha.
Já Luciano Pagliarini era só sorrisos. O alívio ao ver que Alberto Contador não deixou Oscar Freire passar era latente na Saunier Duval. O Brasil conquista seu primeiro Grand Slam e Pagliarini, seu primeiro título na LMC.

O presidente da LMC, Lothaire Bluteau, entrega o troféu do Giro D'Italia ao grande vencedor, Luciano Pagliarini.

NOTAS RÁPIDAS
  • Luciano Pagliarini foi o ciclista que mais venceu, com duas vitórias. Ainda teve um segundo lugar.
  • Oscar Freire também subiu ao pódio três vezes, com uma vitória e dois segundos lugares. André Greipel também subiu ao pódio três vezes, mas com uma vitória e dois terceiros lugares.
  • Os brasileiros não brilharam só com o título de Pagliarini. Rafael Andriato venceu uma prova e ficou em terceiro em outra, enquanto Murilo Fischer foi segundo em duas ocasiões.
  • Os italianos poderiam sair frustrados com a falta de resultados de seus ciclistas. Mas a vitória de Fabio Aru, o segundo lugar de Danilo Di Luca, o terceiro de Vincenzo Nibali e o fato de todos terem completado o Giro é motivo de festa no país.
  • Por falar em abandonos, um quarto dos ciclistas deixou a prova mais cedo. Oito ciclistas abandonaram a competição, deixando apenas 24 para completar o Giro.
  • Bauke Mollema foi um dos que abandonou, mas sua frustração é maior que a dos demais, por ter saído quando liderava a competição e despontava como favorito ao título. Mesmo com o abandono, só foi superado em pontos duas etapas depois. O número de pontos que tinha conquistado até então fez dele o quinto melhor, mas seu abandono o obriga a ir para a última colocação, levando os pontos conquistados até então (27) para o ranking geral.
  • Só para se ter uma ideia do que Mollema fazia até então no Giro, dos ciclistas que levam pontos extra para o ranking, além dos pontos conquistados na competição (do primeiro ao sexto), o quinto e o sexto tiveram menos pontos que o ciclista holandês. Tom Boonen fez 25 e Sylvain Chavanel, 24.
  • Agora, os ciclistas se preparam para os campeonatos continentais. O campeonato europeu e o campeonato panamericano não contam pontos para o ranking, mas servem como preparação para a Copa do Mundo e, também, uma vitória sempre vale.
  • O sucesso do Giro D'Italia já rendeu frutos. O Tour de France e a Vuelta a Espanha estão confirmados e, em reunião com o presidente da FIFUBO, Gabriel Batistuta, o presidente da LMC, Lothaire Bluteau, conseguiu os troféus que serão dados naquela competição. Além disso, ficou acertada a criação da Liga das Nações de Ciclismo, mais uma competição para agitar o calendário.
  • Mas, a hora é de voltar as baterias para o Mundial de Futibou de Butaum! A competição começa nesta sexta, com jogos de arrepiar e o campeão do Giro D'Italia, Luciano Pagliarini, dando o pontapé inicial da competição!

O campeão do Giro D'Italia, Luciano Pagliarini, com o troféu da competição.