sábado, 14 de setembro de 2013

Torneio Clausura 2013 - Oitava Rodada - 14/09/2013

Sábado de calor e céu azul também é sábado de Torneio Clausura 2013! A oitava rodada foi encerrada com dois jogos, um deles com emoção de sobra e muita polêmica! Vamos aos jogos!

INDEPENDIENTE 5x5 RACING

De um lado, uma equipe que apresentava um futebol consistente e vinha empolgada pela ótima colocação ao final do primeiro turno. O Independiente tinha problemas só no banco de reservas, pois Acevedo cumpria suspensão por conta da expulsão contra o Estudiantes. Do outro, uma equipe que vinha como favorita, mas que vinha apresentando um futebol decepcionante. Madeirite conversou a semana inteira com seus atletas, a fim de colocar o time nos eixos para uma arrancada. Esses eram os ingredientes do Clássico de Avellaneda, que lotava o Itaquá Dome.  No turno, Racing 2x4 Independiente.

E a conversa de Madeirite deu resultado. O Racing abriu o marcador com apenas 20 segundos. Ruben Capria trocou passes com Martin Simeone. O camisa 8, então, passou a tocar com Pelletieri e recebeu na frente. Com uma bela matada, Martin Simeone ajeitou para um chute certeiro, que venceu a marcação de Hilario Navarro e fez Racing 1x0.

O Independiente ficou perdido e não conseguiu se organizar a bola direito. Assim, Montenegro e Navarro se atrapalharam e Matheu teve que jogar para corner, aos 2 minutos. Ruben Capria cobrou na cabeça de Latorre, que mandou para o fundo das redes: Racing 2x0.

O Independiente, aos poucos, foi tentando se acertar e conseguiu organizar jogadas de ataque.  Em uma delas, aos 4 minutos, Vella tocou para Facundo Parra, que invadiu a área pela direita. Quando Saja saiu, ele tocou para Nestor Silvera empurrar para o gol vazio e recolocar o Independiente no jogo: 1x2.

O gol incendiou o Independiente, que partiu para cima. Em lindo passe de Gracián, Facundo Parra invadiu a área pela direita e chutou. Saja defendeu e a bola tocou na trave, mas há dúvidas se cruzou a linha do gol antes de sair.

Por outro lado, o Racing continuava jogando bem e chegou ao terceiro gol aos 9 minutos. Em bonita jogada, Martin Simeone tocou para Ruben Capria, que descobriu Latorre na esquerda. O camisa 11 recebeu, invadiu a área e chutou, tirando Navarro da jogada e fazendo Racing 3x1.

Quando se achava que o Independiente iria para o intervalo com uma desvantagem grande, eis que Gracián finalmente apareceu, na saída de bola. Ele tocou para Busse, recebeu na frente e chutou no ângulo de Saja, fazendo Independiente 2x3.

O jogo estava tão bom, que nenhuma das duas equipes mexeu no intervalo. Apenas aquele bate-papo para o Independiente tentar a virada e para o Racing manter o resultado.

Se estava bom, melhorou ainda mais no segundo tempo. O Independiente passou a dominar o jogo e partir para cima. O empate veio quando Fredes recebeu livre de Mareque no meio, invadiu a área e, ao invés de chutar, tentou o drible, sendo derrubado por Saja. Pênalti que Silvera cobrou com imensa categoria e venceu Saja para empatar o jogo: 3x3, aos 2 minutos.

O gol incendiou o Independiente, que passou a buscar a virada. E ela veio, aos 5 minutos. Gracián perdeu o controle da bola, Acosta veio para estourar e a bola caiu aos pés do próprio Gracián que, da entrada da área, chutou com precisão cirúrgica e acertou o ângulo de Saja para fazer Independiente 4x3.

O Racing se perdeu por completo com esse gol. Na saída de bola, Martin Simeone passou curto e Gracián dominou. Ruben Capria tentou roubar a bola e fez falta. Gracián cobrou rápido para Busse, que avançou até a intermediária e soltou bonito chute, no ângulo oposto de Saja, para fazer Independiente 5x3.

Ali, o Racing viu que ou acordava ou ia perder as chances de ainda disputar uma vaga nas semifinais. E passou a ir ao ataque no abafa. Aos 8 minutos, Enrique pegou uma bola vadia e arrancou. Tabelou com Martin Simeone e continuou em velocidade, até chutar cruzado da entrada da área e vencer Navarro, fazendo Racing 4x5.

O gol trouxe um toque maior de dramaticidade ao jogo, porque o Racing passou a buscar o ataque freneticamente e o Independiente tentava tocar a bola para o tempo passar. Só que o Racing conseguiu roubar a bola e organizar uma última tentativa de ataque. Ruben Capria tentou passar para Latorre na área, Matheu rechaçou e a bola sobrou para Martin Simeone. O camisa 8 chutou cheio de efeito, Navarro tocou na bola, a bola tocou na trave e Navarro tirou, mas ficou a dúvida se dentro do gol ou não. O juiz, Pedro Carlos Bregalda, validou o gol e o Racing empatou em 5x5, enquanto os jogadores do Independiente partiram para cima do árbitro.

Destaque do jogo: Martin Simeone. Sumido até então, o camisa 8 foi peça fundamental neste clássico sensacional. Assim como Latorre, Silvera e Gracián, fez 2 gols. Mas a entrega, a marcação e a organização de jogadas foram o diferencial deste jogador que, enfim, mostra o futebol que o consagrou na Copa Olé.

SAN LORENZO 1x2 HURACÁN

O segundo jogo já começava com um alvo nas costas, por conta do belíssimo clássico que vimos anteriormente. E foi um jogo fraco tecnicamente. Do lado do San Lorenzo, a quase certeza de que o campeonato estava perdido. Nilson escalava a mesma equipe que havia atuado o campeonato inteiro e esperava que Romagnoli mantivesse o belo futebol que o levou a dividir a artilharia com Palermo e Silvera na virada do turno. Já do lado do Huracán o futebol surpreendente que foi mostrado no primeiro turno era a esperança de classificação no segundo. Sr Rabina mantinha as esperanças nos gols de Cigogna. No primeiro turno, Huracán 2x1 San Lorenzo.

O San Lorenzo não jogou absolutamente nada o primeiro tempo inteiro, cabendo ao Huracán organizar as jogadas e levar perigo ao gol adversário. O primeiro gol saiu aos 5 minutos, quando uma sucessão de besteiras na defesa do San Lorenzo fez a torcida do Globo delirar. Tula tentou desarmar Cigogna e saiu jogando errado. A bola sobrou nos pés de Minici, que trouxe para o meio, tocou para Milano e recebeu na meia lua para dar um chute de extrema categoria e vencer Migliore: Huracán 1x0.

O segundo gol foi aos 8, em bonita trama que começou no tiro de meta. Daniel Islas tocou na direita para Danelón, que fez bom passe no corredor para Mauro Milano. O camisa 7 trouxe a bola para o meio, invadiu a área e tocou por cobertura, fazendo um golaço: Huracán 2x0.

No intervalo, o San Lorenzo trocou Tula e Erviti por Tellechea e Piatti. Além disso, Nilson deu uma bronca nos volantes, que abriram as pontas, por onde saiu o segundo gol do Huracán. Já Sr Rabina tirou o cansado Villarruel e colocou Erramuspe, mantendo Cigogna, que jogava muito mal.

O Huracán continuou dominando o jogo, mas passou a tocar a bola e administrar o resultado. O San Lorenzo, com Romagnoli jogando muito mal, não conseguia chegar à área. Na única boa jogada, aos 6 minutos, Buffarini tocou em profundidade para Stracqualursi invadir a área e chutar cruzado, fazendo seu primeiro gol com a camisa do time de Almagro: San Lorenzo 1x2.

Destaque do jogo: Mauro Milano. O jogo foi todo do camisa 7. Com Cigogna jogando muito mal, era para Milano que as jogadas de ataque convergiam. Além disso, deu o passe para o primeiro gol e fez o segundo, mantendo Barrales no banco no intervalo.

CLASSIFICAÇÃO

1° River Plate - 15 pontos, 21 gols pró
2° Huracán - 15 pontos, 15 gols pró
3° Independiente - 13 pontos
4° Boca Juniors - 12 pontos
5° Estudiantes - 7 pontos
6° Racing - 5 pontos
7° San Lorenzo - 3 pontos

ARTILHARIA

1° Nestor Silvera (Independiente) - 8 gols
2° Martin Palermo (Boca Juniors) - 7 gols
3° Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 6 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • Após o jogo em que Independiente e Racing empataram em 5x5, ação impetrada pelo Independiente por conta da anulação de um gol próprio e validação de outro do oponente, os membros do TJB decidiram por 2 votos a 1 condenar o árbitro Pedro Carlos Bregalda a um jogo de suspensão. Assim, além dos 2 jogos em que ele deve ficar de fora por conta do regulamento, ele ficará suspenso por mais um, ficando fora da nona rodada.
  • Já o árbitro Dula Rápio, que voltava de suspensão na partida entre San Lorenzo e Huracán foi absolvido da acusação de irregularidades na súmula da partida. Por 2 votos a 1, os auditores do TJB decidiram que não houve irregularidade alguma.
  • O milestone da rodada ficou por conta de Nestor Silvera. Com o primeiro gol marcado contra o Racing, o camisa 11 do Independiente chegou a 10 na carreira.
  • As negociações para a aquisição do oitavo e último time da Liga Argentina já começaram! Em breve, novos desdobramentos. Porém, a equipe só poderá atuar a partir do Torneio Início do Apertura, em 2014. Até lá, só poderá disputar amistosos.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Torneio Clausura 2013 - Oitava Rodada - 05/09/2013

O returno do Torneio Clausura deveria ter se iniciado na última quarta-feira. Porém, as fortes chuvas que caíram em Itacoatiara deixaram o gramado do Itaquá Dome encharcado, impedindo a realização da partida. Com a leve melhora do tempo nesta quinta, o jogo pôde rolar e nós vamos a ele!

BOCA JUNIORS 2x4 ESTUDIANTES

Um jogo um tanto quanto curioso. O Boca, vindo de derrota para o Independiente (2x3), mas mantendo sua segunda colocação no campeonato, queria a vitória para tirar a liderança do River. Já o Estudiantes, mesmo vindo de derrota (4x5, também para o Independiente) vinha empolgado pela recuperação de seu futebol. No primeiro turno, o Boca havia vencido por 5x1, mas nem os jogadores do Boca, nem os do Estudiantes, tinham o sentimento de que tal resultado se repetiria. Para isso, tanto Paralelo quanto Cristaldo mantinham as equipes que vinham atuando o campeonato inteiro.
O jogo começou truncado, com o Estudiantes desorganizado e o Boca tentando se soltar e foi só aos 5 minutos que as coisas começaram a esquentar. Palacio recebeu de Ibarra na direita e chutou cruzado. Andujar espalmou e a bola saiu para lateral. O próprio Palacio cobrou para Martin Palermo. O camisa 9 trouxe para o meio e, de frente, não tinha como desperdiçar. O chute saiu forte e venceu Andujar para fazer Boca 1x0, o sétimo gol de Palermo em sete jogos, artilheiro isolado do certame.

O gol desorganizou o Estudiantes e fez o Boca se soltar mais e isso foi muito bom, pois a equipe de La Plata perdeu a bola, que sobrou a Arruabarrena e este lançou a Basualdo. O camisa 11 invadiu pela esquerda e chutou e Andujar fez uma belíssima defesa, com a bola tocando no travessão e saindo pela lateral. Basualdo cobrou o lateral para Cagna, que invadiu pelo meio e, com um toque de muita categoria, deslocou Andujar e fez Boca 2x0 aos 7 minutos, em gol idêntico ao primeiro.

O Estudiantes continuou desorganizado, mas passou a tentar algo e arriscar de longe. Foi assim que conseguiu o gol, aos 9 minutos. Rodrigo Braña roubou no meio e tabelou com Leandro Benítez. Braña arriscou de longe e acertou belíssimo chute, no ângulo de Abbondanzieri, fazendo Estudiantes 1x2.

O primeiro tempo terminou quando Federico Fernandez avançou pela esquerda e chutou cruzado. A bola tocou no pé da trave e saiu, dando um toque de emoção a um jogo maravilhoso. No intervalo, Paralelo tirou Schiavi e Riquelme e colocou Battaglia e Guillermo Barros Schelloto. Já Cristaldo trocou Angeleri e Boselli por Mathias Sanchez e Hernan Rodrigo Lopez.

As mudanças do Estudiantes fizeram efeito com apenas 1 minuto, quando Leandro Benítez avançou pela esquerda e deu belo passe invertendo o jogo para a direita. Enzo Perez recebeu livre e chutou cruzado para empatar o jogo em 2x2.

Logo ficou latente a mudança tática de Cristaldo. Ao colocar um volante no lugar do lateral direito, além de melhorar a saída de bola e marcar bem o lado direito, ele tinha mais um reforço para fazer bloqueio no lado em que Palermo caía. A marcação do Estudiantes melhorou e o Boca ficou preso, sem conseguir criar. O único ponto negativo eram os atacantes, em fase ruim. Mas um time com um elenco que se ajuda tem alternativas para este problema.

E isso ficou claro aos 4 minutos, quando uma sucessão de contra-ataques resultou na virada do Estudiantes. Os defensores do Boca foram apoiar o ataque, para tentar furar o bloqueio no meio, mas deixaram um buraco na defesa. Primeiro, Rodrigo Braña tocou para Leandro Benítez, que invadiu pela esquerda e chutou para a defesa de Abbondanzieri. Depois, Rodrigo Braña roubou novamente e tocou para Marco Rojo. O lateral esquerdo avançou pela esquerda e chutou forte, desta vez vencendo o goleiro xeneize e fazendo Estudiantes 3x2.

O Boca se desestruturou de vez, as mudanças não surtiram efeito e Palermo parou de receber bolas. Assim, o Estudiantes chegou ao quarto gol, aos 7 minutos. Hernan Rodrigo Lopez cobrou escanteio na cabeça de Leandro Benítez, que mandou no canto de Abbondanzieri e deu números finais ao confronto: Estudiantes 4x2.

O Boca mostrou que continua sendo uma equipe que esquenta aos poucos, mas desta vez houve uma apatia geral. Mesmo marcando dois gols iguais e se aproveitando da ótima fase de Palermo, cansou e foi dominado, sem ter opções para sair da forte marcação.

Já o Estudiantes mostrou nos últimos dois jogos que tem um estilo parecido com o do Boca, vai esquentando aos poucos. Hoje, perdendo de 2x0, foi se acertando e conseguiu uma virada muito boa, para iniciar bem o segundo turno.

Destaque do jogo: Rodrigo Braña. Embora Leandro Benítez tenha se saído um armador sensacional, o destaque foi o volante Rodrigo Braña. Enquanto o time estava perdido, ele era o porto seguro. Sempre bem posicionado, interceptou passes, desarmou os jogadores do Boca, armou jogadas e fez o primeiro gol.

domingo, 1 de setembro de 2013

Torneio Clausura 2013 - Sétima Rodada - 01/09/2013

E eis que neste domingo de sol e temperatura em elevação foi finalizado o primeiro turno do Torneio Clausura 2013, com dois jogos pra lá de empolgantes. Vamos a eles!

SAN LORENZO 2x1 RACING

Um jogo apreensivo. O San Lorenzo era a única equipe que não tinha pontuado ainda, mas já havia mostrado uma evolução no último jogo. Nilson mantinha a mesma equipe que jogava junta desde o início. Já o Racing, outrora favorito ao título por conta da conquista da Copa Olé, fazia campanha decepcionante (apenas 1 vitória em 5 jogos) e precisava vencer para virar o turno com alguma chance. Madeirite mantinha a equipe que havia atuado o campeonato inteiro.
E bastaram 40 segundos para o San Lorenzo mostrar que é uma outra equipe. Enquanto o Racing tentava jogar com habilidade, o San Lorenzo era adepto do "bola pro mato, que o jogo é de campeonato" e foi assim que conseguiu o primeiro gol. Martin Simeone adiantou demais a bola e Tula chegou bicando. A bola viajou e foi cair na intermediária de defesa do Racing, nos pés de Romagnoli. O camisa 10 driblou Quiroz com facilidade e chutou sem chances para Saja para fazer San Lorenzo 1x0, enquanto batia no peito, apontava para o chão e fazia a taunt da Paloma.

O San Lorenzo passou a tocar mais a bola e o Racing conseguiu se organizar. Boas jogadas foram criadas de lado a lado até os 4 minutos, quando Stracqualursi fez falta em Pochettino, que tocou para Ruben Capria no meio. O camisa 10 tabelou com Martin Simeone e avançou pelo meio até tocar na esquerda, dentro da área, para Latorre. O camisa 11 só teve o trabalho de ajeitar para o pé direito e chutar, fazendo Racing 1x1.

O gol equilibrou um jogo que estava bom. O San Lorenzo criou boas jogadas com Romagnoli, Stracqualursi e outros. O Racing buscava os pés de Ruben Capria, que avançava pelo meio e procurava um dos atacantes para a finalização. E assim o primeiro tempo terminou, com bolas na trave, boas defesas e 1x1 no marcador.

No intervalo, Nilson trocou Erviti e Raul 'Pipa' Estevez por Piatti e Bordagaray, mas as mudanças não ficaram só nisso. Com a entrada de Piatti, Nilson adiantou os volantes, expandindo o losango, pois percebeu que as laterais do campo estavam com muitos espaços. Já Madeirite só mudou um jogador: saiu Diego Capria (novamente apagado) e entrou Fariña.

O jogo deu uma queda na qualidade, mas ainda assim tivemos bolas que encontraram a trave. Tudo ia bem até os 6 minutos, quando finalmente uma jogada foi armada até encontrar as redes. Luciatti recuperou bola na esquerda e tocou a Romagnoli, que viu Bordagaray entrar em velocidade. O passe foi preciso e o camisa 13 só teve o trabalho de tirar Saja da jogada e fazer San Lorenzo 2x1.

Desesperado, o Racing partiu para o ataque, mas não conseguiu encontrar o caminho das redes novamente. O San Lorenzo comemorou a primeira vitória, quando Acosta chutou a última bola e Migliore defendeu.

Destaque do jogo: Pablo Migliore. Está certo que os dois camisas 10 foram importantíssimos. Romagnoli fez um gol e deu o passe para outro, já Acosta deu a assistência no gol de seu time e fez belas jogadas. Mas Migliore fechou o gol. Além de ótimas defesas (e sorte quando a bola batia na trave), o camisa 1 do San Lorenzo ainda fez a última defesa da partida, que levou sua equipe a pontuar pela primeira vez no campeonato.

INDEPENDIENTE 5x4 ESTUDIANTES

O jogo de fundo fechou o primeiro turno com chave de ouro. Do lado do Independiente, a vontade de deixar a impressão de time apático, pois se diz que quando eles jogam ninguém sabe se é o time bem armado e vitorioso ou o time preguiçoso e conformado que vai a campo. Para piorar, Fredes voltava de lesão e começava no banco. Acevedo atuaria em seu lugar, mas não é volante que sai para o jogo, é mais fixo, mais defensor. Bayer queria que ele jogasse mais avançado e isso era uma incógnita. Do lado do Estudiantes, empolgação. A equipe venceu a primeira na rodada anterior e mostrou estar recuperada, finalmente pronta para alçar voos maiores. Na opinião de seu treinador, Cristaldo, uma vitória colocaria o Estudiantes nos trilhos para buscar a classificação no segundo turno e se conseguisse isso, o título era questão de tempo.

Pois as dúvidas de Bayer quanto à capacidade de Acevedo atuar mais adiantado ficaram para outra oportunidade. Bastaram 13 segundos para o volante deixar o jogo, expulso após tentar alcançar a bola e atingir 3 oponentes. Com isso, o jogo ficou à feição do Estudiantes. Será?

Com um minuto, os jogadores do Estudiantes partiram para cima e deixaram espaços. Tuzzio recuperou uma bola mal passada e tocou para Mareque, que tocou rápido e em profundidade para Gracián. O camisa 19 correu, dividiu com o goleiro e conseguiu empurrar para o fundo das redes: Independiente 1x0.

Quem achou que a equipe ia se trancar na defesa para segurar o resultado se enganou. O Independiente passou a ser insinuante, agressivo, não dando espaços para o Estudiantes. E o segundo gol veio aos 4 minutos, quando Vella tocou para Busse, que tocou a Gracián na esquerda. Com um belo drible em Rodrigo Braña, o camisa 19 trouxe a bola para o pé direito e chutou sem chances para Andujar, fazendo Independiente 2x0.

Atônito, o time de La Plata não esboçava reação e viu o Independiente dominar. Vella passou a fechar a direita do meio de campo, se juntando a Montenegro e Busse em uma linha que impedia os avanços do Estudiantes. Assim, aos 6 minutos, Vella recuperou uma bola e tocou para Gracián, que conduziu pelo meio e tocou para Facundo Parra nas costas da defesa. O camisa 17 invadiu a área e chutou forte, para vencer Andujar e fazer Independiente 3x0.

Está bom? Mas ainda pode melhorar! O Independiente encontrou o quarto gol aos 8 minutos, quando Gracián chutou e Andujar mandou a corner. O camisa 19 tocou curto para Nestor Silvera, que driblou Federico Fernandez e chutou cruzado para vencer Andujar e fazer Independiente 4x0.

Com esse primeiro tempo de sonho, Bayer resolveu poupar jogadores para o segundo turno. Tirou os dois atacantes, Parra e Silvera, para colocar Fredes e Gandín. Com isso, recomporia o meio de campo em losango e colocaria Gandín para jogar centralizado, como único atacante. Foi bastante criticado por isso, pois de seus 3 atacantes, Gandin é o que menos se adaptaria a jogar centralizado. Já o Estudiantes, no desespero, trocou Braña e Boselli por Mathias Sanchez e Hernán Rodrigo Lopez. Além disso, Cristaldo acertou o posicionamento de seus jogadores.

Foi o necessário para a equipe entrar no jogo. Com apenas 1 minuto, Verón tabelou com Leandro Benítez, ajeitou e chutou sem chances para Hilário Navarro, fazendo Estudiantes 1x4.

O Independiente não se importou, pois ainda goleava, e tocou a bola. Mas isso chamou o Estudiantes para seu campo e, aos 3 minutos, Enzo Perez tocou na direita para Gastón Fernandez. O camisa 10 avançou e chutou cruzado para vencer Hilário Navarro e fazer Estudiantes 2x4.

Esse gol já assustou mais a equipe de Avellaneda e recolocou o Estudiantes no jogo, tanto que aos 5 minutos, a equipe marcou outra vez. Leandro Benítez tocou para Hernán Rodrigo Lopez, que se atrapalhou e perdeu a bola. Marco Rojo recuperou e tocou para o atacante uruguaio, que perdeu de novo. Marco Rojo recuperou mais uma vez e, desta vez, tocou para Leandro Benítez. O camisa 8 trouxe para a esquerda e encontrou uma avenida, por onde avançou e chutou cruzado para fazer Estudiantes 3x4.

O que era uma goleada histórica se transformou em drama e o Independiente se perdeu de vez. Sem conseguir se organizar, era engolido pelo Estudiantes e, aos 8 minutos, viu o sonho virar pesadelo, quando Mathias Sanchez recuperou bola no meio e tocou para Verón. O camisa 11 avançou pelo meio e descobriu Leandro Benítez livre na esquerda. O camisa 8 recebeu, invadiu a área e chutou sem chances para Navarro: Estudiantes 4x4.

Ali a dúvida era se o Estudiantes viraria historicamente ou se o empate permaneceria. Mas aos 10 minutos, na chamada "primeira bola do jogo", Gracián conseguiu receber e acalmar, tocando no meio da zaga para Gandín. O camisa 9 recebeu, ajeitou e chutou para vencer Andujar e fazer Independiente 5x4.

Na saída de bola, na "segunda bola do jogo", Verón recebeu de Leandro Benítez e chutou. Hilário Navarro se esticou e fez bela defesa, garantindo uma vitória injusta pelo que o Estudiantes fez no jogo, mas justa pelo primeiro tempo perfeito de sua equipe.

Destaque do jogo: Leandro Gracián. Aqui podia ser resolvido na moedinha, pois o outro Leandro (Benítez) também fez dois gols e criou belas jogadas. Mas Gracián foi o nome de um time que teve um jogador a menos o jogo inteiro, marcou duas vezes, deu o passe para outros gols e foi quem conseguiu acalmar as coisas num jogo que sua equipe já devia ter perdido há muito tempo.

RESUMÃO DO CAMPEONATO AO FINAL DO PRIMEIRO TURNO

CLASSIFICAÇÃO

1° River Plate - 15 pontos - 6 jogos - 5 vitórias - 0 empate - 1 derrota - 21 gols pró - 10 gols contra
2° Boca Juniors - 12 pontos - 6 jogos - 4 vitórias - 0 empate - 2 derrotas - 19 gols pró - 14 gols contra
3° Independiente - 12 pontos - 6 jogos - 4 vitórias - 0 empate - 2 derrotas - 19 gols pró - 17 gols contra
4° Huracán - 12 pontos - 6 jogos - 4 vitórias - 0 empate - 2 derrotas - 13 gols pró - 14 gols contra
5° Racing - 4 pontos - 1 vitória - 1 empate - 4 derrotas - 14 gols pró - 16 gols contra
6° Estudiantes - 4 pontos - 1 vitória - 1 empate - 4 derrotas - 12 gols pró - 20 gols contra
7° San Lorenzo - 3 pontos - 1 vitória - 0 empate - 5 derrotas - 9 gols pró - 16 gols contra

ARTILHARIA

1° Martin Palermo (Boca Juniors), Nestor Silvera (Independiente) e Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 6 gols
2° Daniel Cigogna (Huracán) e Marcelo Gallardo (River Plate) - 5 gols
3° Acosta (Racing) e David Trezeguet (River Plate) - 4 gols
4° Guillermo Barros Schelloto (Boca Juniors), Hernan Rodrigo Lopez (Estudiantes), Juan Sebastián Verón (Estudiantes), Leandro Benítez (Estudiantes), Leandro Gracián (Independiente), Diego Latorre (Racing), Diego Buonanotte (River Plate) e Diego Armando Barrado (River Plate) - 3 gols
5° Ibarra (Boca Juniors), José Horácio Basualdo (Boca Juniors), Juan Roman Riquelme (Boca Juniors), Sebastian Battaglia (Boca Juniors), Gastón Fernandez (Estudiantes), Jeronimo Barrales (Huracán), Nicolás Minici (Huracán), Tuzzio (Independiente), Facundo Parra (Independiente), Luciano Vella (Independiente), Pelletieri (Racing), Ruben Capria (Racing) e Funes Mori (River Plate) - 2 gols
6° Cagna (Boca Juniors), Enzo Perez (Estudiantes), Daniel Islas (Huracán), Mauro Milano (Huracán), Ruben Masantonio (Huracán), Dario Gandín (Independiente), Fredes (Independiente), Lucas Mareque (Independiente), Walter Busse (Independiente), Enrique (Racing), Fariña (Racing), Martin Simeone (Racing), Ortega (River Plate), Berizzo (River Plate), Pablo Ferrari (River Plate), Erviti (San Lorenzo), Bordagaray (San Lorenzo), Julio Buffarini (San Lorenzo) - 1 gol

RESUMO POR EQUIPES

Boca Juniors - A equipe começou o campeonato goleando e mostrou que disputaria o título desde o início. Venceu suas duas primeiras partidas e perdeu, surpreendentemente, para o Huracán na terceira rodada. A vitória sobre o River no Superclássico, em partida que é considerada a melhor do campeonato até aqui (empatada com Independiente 5x4 Estudiantes) recolocou o time de La Boca nos trilhos e manteve-a na liderança até seu último jogo, quando perdeu para o Independiente (2x3) e os fez cair para segundo. Tem em Martin Palermo seu grande nome. O artilheiro do campeonato é o alvo de todas as bolas que saem da defesa para o ataque. E normalmente encontram o caminho das redes.

Estudiantes de La Plata - Uma das novas equipes que teve que ir para o recall fazia apenas figuração. Estreou sendo goleada pelo Boca (1x5), mas conseguiu empatar com o Racing na segunda rodada. Depois disso, foi perdendo, inclusive sendo goleada pelo River (1x5), até se encontrar no retorno do recall, onde venceu o San Lorenzo (4x2) e por muito pouco não derrotou o Independiente. A moral cresceu, junto com o futebol de uma equipe que tem como grande destaque Juan Sebastián Verón, que é uma espécie de treinador dentro de campo, orientando e ainda aparecendo para marcar.

Huracán - A grande sensação do campeonato, o time de Buenos Aires surpreendeu ao vencer seus 4 primeiros jogos, só perdendo os dois últimos. O esquema defensivo, quando funciona, faz a equipe triunfar, sempre pela vantagem mínima. Quando não funciona... derrotas para Racing (2x5) e River Plate (2x4). Seu destaque até aqui é Daniel Cigogna, artilheiro da equipe no campeonato e para onde as jogadas de ataque convergem.

Independiente - A equipe de Avellaneda é um tanto quanto estranha. Ao alternar altos e baixos, não confirmou a condição de favorita ao título que adquiriu ao vencer o Torneio Início. O bom futebol, fruto de um esquema tático eficiente e ajuda de todos os atletas, foi visto poucas vezes, quando a equipe triunfou, inclusive no clássico de Avellaneda (4x2 em cima do Racing) e no jogo que tirou a liderança do Boca Juniors (3x2). Mas não apareceu em jogos em que foi completamente apático, como na derrota para o River Plate (1x4). Não fosse tomar 4 gols do Estudiantes neste último jogo e teria pulado do quarto para o segundo lugar, pois empata com o Boca em pontos e gols pró, perdendo em gols contra (17x14). Seu destaque até aqui é Nestor Silvera, que vem sendo o artilheiro do campeonato jogando em uma equipe onde a rotatividade é grande.

Racing Club Avellaneda - A grande decepção do campeonato até aqui, o Racing chegou com status de favorito após o título da Copa Olé. Mas seus jogadores não conseguiram entrar no ritmo da competição até hoje e a equipe vem tendo resultados bastante insatisfatórios. Quando venceu, o fez com autoridade (5x2 no Huracán), mas empate com Estudiantes, derrota para San Lorenzo e derrotas para os três argolados colocaram a equipe em situação muito delicada. Está certo que para Boca e River (além do San Lorenzo) a derrota foi pela vantagem mínima, mas isso não mostra a apatia que passa em Avellaneda. Seu destaque até aqui é Ruben Capria, o único que joga da mesma forma que atuou na Copa Olé. Mas sozinho fica difícil...

River Plate - O líder do campeonato é a equipe que se esperava. Venceu 5 dos 6 jogos, com autoridade na maioria das vezes (2x0 San Lorenzo, 4x1 Independiente e 5x1 Estudiantes), mas a única derrota foi justamente para o Boca Juniors (3x4) em um jogo em que vencia por 3x1 no primeiro tempo e tomou a virada no último minuto. Mesmo assim, nada parece abalar a majestade da equipe de Nuñez, que tem dois destaques, mas um muito peculiar. Enquanto Gallardo é o craque do time, organiza e motiva, Diego Armando Barrado é a revelação. Reserva no início do campeonato, ganhou a vaga de titular por marcar muito bem, armar o jogo e marcar alguns gols, tendo sido eleito o melhor em campo algumas vezes.

San Lorenzo de Almagro - A equipe de Almagro é a pior do campeonato até o momento. Só conseguia jogar quando Romagnoli atuava por 11. Não é à toa que ele é o artilheiro do campeonato, ao lado de Palermo e Silvera, com 6 gols.  Mas, aos poucos, a equipe foi se encontrando, principalmente após o recall, onde passou a jogar de igual para igual com as outras equipes. Nilson ainda ajusta o esquema e tenta fazer alguns atletas entenderem o sistema da equipe e promete se recuperar no segundo turno. O destaque não podia ser outro que não Romagnoli. O camisa 10 sempre participa ativamente e faz gols, dedicando-os à sua amada Paloma.

RESUMO DO CAMPEONATO

O campeonato até aqui está muito bem disputado. As equipes fazem bons jogos, a média de gols está alta e somente um empate foi registrado até aqui (Racing 2x2 Estudiantes). Infelizmente, o problema com a bainha das equipes praticamente decidiu, ao final do primeiro turno, os classificados para as semifinais, pois a disparidade entre Estudiantes e San Lorenzo e o resto dos times os afastou de qualquer possibilidade de classificação. Só o Huracán, com seu início arrasador, conseguiu o que chamamos de "gordurinha para queimar". A distância do quarto (e terceiro e segundo) colocado para o quinto é de 8 pontos, sendo necessárias, no mínimo, 3 rodadas para haver uma troca nos classificados. Isso representa metade dos jogos de uma equipe no returno, o que torna quase impossível que os 4 classificados não sejam os que hoje ocupam esta zona. Mesmo assim, a recuperação das equipes é louvável e traz a esperança de novas emoções para o torcedor neste segundo turno.

NOTAS RÁPIDAS:

  • O milestone da rodada fica por conta de Leandro Gracián, do Independiente. O primeiro gol contra o Estudiantes foi o seu décimo com a camisa do Independiente.
  • O campeonato até aqui teve 21 jogos e 107 gols, o que dá uma média de 5.1 gols por jogo.
  • Os três jogadores que dividem a artilharia do campeonato estão com média de um gol por jogo.
  • O ataque mais positivo do campeonato é do River Plate, com 21 gols (média superior a 3 por jogo). Também é do líder do campeonato a melhor defesa, com 10 gols sofridos (menos de 2 por jogo).
  • O pior ataque é do San Lorenzo, com 9 gols (média inferior a um gol e meio por jogo).
  • Já a pior defesa é a do Estudiantes, com 20 gols sofridos (média de quase 4 por jogo), muito por conta das goleadas de 5x1 que sofreu para River e Boca.
  • O campeonato retorna nesta quarta-feira, com Estudiantes x Boca Juniors no duelo do returno.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Torneio Clausura 2013 - Sétima Rodada - 28/08/2013

Nesta quarta-feira foi iniciada a sétima rodada do Clausura 2013, com um jogo recheado de emoção. Por se tratar da última rodada do primeiro turno, com duas equipes que dividem a liderança com o Boca Juniors (todos com 12 pontos) e com o Boca folgando na rodada, ao menos uma equipe sairia do jogo com a liderança garantida na virada do turno. Vamos ao jogo!

RIVER PLATE 4x2 HURACÁN

O River, empolgado pela vitória contra o Racing na segunda-feira, tinha que vencer para finalizar o primeiro turno na liderança. Para manter a meta de vencer os dois últimos jogos, Francescoli mandou a campo a mesma equipe que derrotou o Racing na rodada anterior. A contar contra, um cada vez mais latente desentendimento entre Ortega e Gallardo. Já do lado do Huracán, a certeza de que o bom campeonato feito até então seria mantido, já que agora com a bainha correta, estavam no mesmo nível técnico dos adversários. A contar contra, a forma física dos jogadores, que estava um ponto abaixo dos demais times. Também era contra o fato de o último jogo ter sido há quase um mês e justamente uma derrota (2x5 Racing, em 31/07). Ao menos Sr Rabina mantinha equipe que vinha jogando desde o início.

E foi com 4 minutos que o Huracán inaugurou o marcador. Centurión tocou para Masantonio, que tocou para Mauro Milano na direita. O camisa 7 dominou e já chutou, com força para vencer Carrizzo e incendiar os torcedores: Huracán 1x0.

O Huracán marcava em cima e não deixava o River criar jogadas, de maneira que o jogo era bem controlado pela sensação do campeonato. Mas o River tem Gallardo, que queria mostrar que seu desentendimento com Ortega não podia atrapalhar o jogo dos millonarios. Aos 6 minutos, Ortega puxou contra-ataque e tocou para Gallardo na esquerda. O camisa 11 chutou sem chances para Islas e correu para abraçar o camisa 10: River 1x1.

A empolgação deu lugar à preocupação na saída de bola, aos 7 minutos. Masantonio tocou para Centurión, que se equilibrou e esperou o momento de devolver a bola redonda para o camisa 10. Masantonio, então, avançou até a intermediária e, percebendo o goleiro adiantado, tocou por cobertura com extrema categoria. Carrizzo tocou na bola, mas esta entrou mansa no gol, deixando o Huracán em vantagem: 2x1.

A partir daí, o jogo ganhou em emoção, mas o placar se manteve inalterado. Carrizzo e Islas fizeram defesas brilhantes e, quando não o faziam, a trave os salvava.  Em dado lance, Trezeguet invadiu a área livre e chutou, mas Daniel Islas se esticou todo e mandou a corner.

No intervalo, Francescoli ousou. Tirou Trezeguet (que não conseguia sair da marcação forte) e Diego Armando Barrado (que não lembrava o destaque de outros jogos) e colocou Funes Mori (centroavante mais leve, para tentar passar pela marcação na habilidade) e Coudet (na esperança de melhorar a marcação e a saída de bola). Já Sr Rabina não teve a mesma ousadia. Tirou Milano (que havia feito o primeiro gol) e Centurión (um dos destaques do time) para colocar Barrales e Erramuspe.

E bastou 1 minuto e meio para se perceber que quem acertou nas mudanças foi Francescoli. Alexis Ferrero foi recuar para Islas e o goleiro estava fora do gol, mas conseguiu correr e salvar em cima da linha. Porém saiu jogando errado e a bola caiu nos pés de Gallardo. Como não conseguiu o domínio para chutar, o camisa 11 recuou para Ortega, que vinha de trás e acertou belo chute, de longe, para o gol aberto: River 2x2.

No minuto seguinte, novamente a genialidade de Gallardo se fez latente. Masantonio partiu para o ataque e o camisa 11 chutou a bola em suas pernas, mandando-a para lateral. Gallardo cobrou para Almeyda, que inverteu para Ferrari.  O camisa 2 fez bom passe em profundidade e encontrou Funes Mori. O camisa 9, então, invadiu a área e tocou na saída de Islas para fazer River 3x2.

Com o River em vantagem, o Huracán tentou sair. Mas não era a mesma equipe do primeiro tempo, que marcava em cima do meio de campo e saía em bons contra-ataques. Quem ditava o ritmo era o River, que conseguiu chegar ao quarto gol aos 6 minutos, quando Gallardo recebeu pelo meio, avançou e inverteu jogo, pegando Funes Mori livre na esquerda. O camisa 9 dominou, chutou e venceu Islas para fazer River 4x2.

Com mérito para as belas defesas dos dois goleiros, o placar ficou assim. O River ousou e mostrou que é favorito à conquista do título. O Huracán, mesmo com as duas derrotas, encerra o primeiro turno com bela campanha e mostra que também é favorito.

Destaque do jogo: Marcelo Gallardo. A despeito dos dois gols de Funes Mori, da movimentação intensa de Ortega, do gol e da movimentação de Ruben Masantonio e das defesas dos dois goleiros, novamente foi o camisa 11 o grande destaque. Marcou um gol, deu passe para outros e foi presença constante no ataque, ajudando sua equipe a sair da marcação apertada do Huracán. Após o jogo, ainda disse que "não tem problemas com Ortega; tem problemas com quem não quer defender as cores do River".

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Torneio Clausura 2013 - Sexta Rodada - 26/08/2013

Eis que 19 dias após, o Torneio Clausura retoma as atividades. Espero que agora seja em definitivo, após as equipes voltarem de Itaipava, onde foram fazer o recall. Como o final de semana foi cheio, os jogos que fecharam a sexta rodada aconteceram nesta segunda-feira. Vamos a eles!

ESTUDIANTES 4x2 SAN LORENZO

O grande teste aconteceria logo no primeiro jogo, onde duas equipes que voltaram do recall estariam em campo para correr atrás da  primeira vitória. O time do Estudiantes, completamente empolgado de que agora vai, mantinha a equipe que havia jogado o campeonato inteiro. A única mudança era que Verón não bateria pênaltis por um tempo. No seu lugar, cobraria o zagueiro Federico Fernandez. Já do lado do San Lorenzo, a empolgação não era tanta por conta da péssima campanha (4 jogos, 4 derrotas). Nilson e Edds chegaram a cogitar entregarem o cargo, mas Romagnoli os convenceu a acreditar no projeto, após os jogadores voltarem do recall. A equipe era a mesma que tinha perdido das outras 4 vezes.
E o jogo foi para empolgar qualquer um. Logo com 30 segundos de jogo, Angeleri recebeu de Rodrigo Braña e deu passe em profundidade para Gastón Fernandez. O camisa 10 avançou pela direita e chutou cruzado, sem chances para Migliore, fazendo Estudiantes 1x0. Festa em La Plata.

O San Lorenzo não desanimou e conseguiu o empate aos 2 minutos. Após recuperar bola na direita, Tula tocou para Jonathan Ferrari. O lateral tocou para Reynoso, que descobriu Romagnoli livre. O camisa 10 só teve o trabalho de ajeitar e chutar da entrada da área para vencer Andujar e fazer San Lorenzo 1x1.

O jogo continuou emocionante, com as duas equipes desperdiçando chances e carimbando a trave até os 8 minutos, quando o campo estava completamente zoneado. Após recuperar uma bola na defesa, Marco Rojo tocou para Veron, que tocou na esquerda para Leandro Benítez. O camisa 8 avançou em diagonal e desferiu potente chute para vencer Migliore e colocar o Estudiantes na frente: 2x1.

Mas o San Lorenzo não se deu por vencido e conseguiu o empate na saída de bola. Romagnoli tocou para Buffarini que, com um belo drible, tirou Veron da jogada, ajeitou o corpo e chutou com efeito para vencer Andujar e fazer San Lorenzo 2x2.

No intervalo, apesar de as equipes estarem jogando bem, ambos os treinadores mudaram, para dar ritmo de jogo aos reservas. Cristaldo tirou Angeleri (que já tinha cartão amarelo) e Boselli e colocou Mathias Sanchez e Hernan Rodrigo Lopez. Já Nilson tirou Tula e Raul Estevez para colocar Tellechea e Bordagaray.

As equipes voltaram bem para o segundo tempo, mas o jogo não teve oportunidades claras de gol. Somente aos 4 minutos, quando Veron tocou para a corrida de Desábato e este foi atingido por Ameli é que tivemos um grito de gol vindo da arquibancada. Veron cobrou a falta com perfeição, encobrindo a barreira e fazendo a bola entrar no ângulo oposto, na parede da rede, para fazer Estudiantes 3x2.

O San Lorenzo caiu dentro e deu espaços aos contra-ataques do Estudiantes e foi assim que o jogo se decidiu. Após bela jogada de Enzo Perez, a bola saiu para lateral. O camisa 7 cobrou invertendo o jogo e Veron chutou de primeira para dar números finais ao confronto, aos 8 minutos: Estudiantes 4x2.

Destaque do jogo: Juan Sebastian Veron. O capitão do Estudiantes chamou a responsabilidade para si. Dois gols e uma assistência que definiram o jogo, além de ser presença constante no ataque, municiando os avançados e criando belas jogadas. Há quem diga que se houvesse penal, quem cobraria era ele...

RACING 2x3 RIVER PLATE

O jogo de fundo colocou frente a frente dois favoritos ao título. Do lado do Racing,  a empolgação pelo belo futebol apresentado quase um mês antes, quando venceu o então invicto Huracán por 5x2, na sua última apresentação no campeonato. A equipe era a mesma que havia derrotado o então líder. Já do lado do River, a derrota do Boca para o Independiente (2x3) era motivo de empolgação, pois bastava uma vitória contra o Racing e outra contra o Huracán para a equipe fechar o primeiro turno na liderança. Para isso, Francescoli mantinha a equipe e o esquema que vinha organizando nos últimos jogos.

E foi o River quem tomou a iniciativa desde o início. Com boas ações ofensivas e uma marcação forte, o gol era questão de tempo. E este tempo foi de 2 minutos, quando Buonanotte tabelou com Berizzo e tocou para Gallardo na entrada da área. O camisa 11 só teve que chutar colocado e vencer Saja, fazendo River 1x0.

Aos 4, saiu o segundo gol após uma blitz de volantes e laterais. Berizzo chutou, Saja deu rebote. Berizzo tocou para Almeyda, que chutou e Saja deu rebote. Almeyda tocou para Barrado, que chutou para Saja dar rebote. Barrado, então, chamou Paulo Ferrari e o lateral direito chutou colocado para, enfim, vencer o goleiro do Racing: River 2x0. Detalhe que neste lance, todos os chutes foram do centro, no mesmo lugar.

A partir daí, o River ainda teve boas chances, principalmente com Gallardo, mas a trave e Saja mantiveram o placar assim. No intervalo, somente o Racing mudou. Saíram Diego Capria e Diego Latorre para as entradas de Fariña e Hauche.

Apesar do Racing ter tido mais presença no campo de defesa do River, a equipe de Nuñez soube manter a boa marcação e sair em contra-ataques perigosos. Mas Ortega novamente se desentendeu com Gallardo, pois estava de firula e dificultando o trabalho do armador.

E isso quase custa a partida ao River, como havia sido contra o Boca. Aos 6 minutos, após perder uma bola na ponta esquerda, o River viu o Racing sair em velocidade. Gamboa tocou para Fariña, que deu passe em profundidade para Pelletieri. O camisa 7 avançou pela direita, invadiu a área e chutou cruzado para vencer Carrizzo e fazer Racing 1x2.

O River continuou tentando, mas um lance polêmico deu um toque dramático à partida, aos 8 minutos. Gallardo fez boa jogada e chutou. Na dúvida se Saja tinha tocado ou não na bola antes dela tocar na trave e sair, o árbitro José Roberto Wright optou pelo tiro de meta, para desespero dos jogadores do River. Saja tocou no centro para Ruben Capria. O camisa 10 virou rapidamente para Acosta na direita e o camisa 9 encontrou caminho livre para invadir e chutar sem chances para Carrizzo: Racing 2x2.

O River tentou se reencontrar e foi salvo por uma besteira de Gamboa, que fez falta em Buonanotte. O camisa 30 cobrou rápido para Trezeguet, que não conseguiu o domínio, mas mesmo caído tocou para Berizzo. O camisa 6 invadiu a área pela esquerda e chutou cruzado para vencer Saja e dar números finais ao encontro: River 3x2.

Destaque do jogo: Marcelo Gallardo. O camisa 11 foi o grande nome da partida ao fazer o primeiro gol, dar bons passes, cobrar faltas na trave e mostrar profissionalismo durante sua briga com Ortega. Após o jogo, entrevistado por Léo Farinella, da Rádio Olé, disse que "há alguns jogadores que não entendem a importância de vestir a camisa do River Plate. Não importa quem faz os gols e quem é o destaque; no final, todos devem erguer a taça", numa clara alusão ao fato de Ortega não estar tabelando com ele como devia.

Classificação:

1° Boca Juniors - 12 pontos, 19 gols pró
2° River Plate - 12 pontos, 17 gols pró
3° Huracán - 12 pontos, 11 gols pró
4° Independiente - 9 pontos
5° Racing - 4 pontos, 13 gols pró
6° Estudiantes - 4 pontos, 8 gols pró
7° San Lorenzo - 0 ponto

Artilharia:

1° Martin Palermo (Boca Juniors) - 6 gols
2° Daniel Cigogna (Huracán), Nestor Silvera (Independiente), Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 5 gols
3° Acosta (Racing), David Trezeguet (River Plate), Marcelo Gallardo (River Plate) - 4 gols

Notas rápidas:
  • O campeonato ficou parado quase 20 dias por conta do recall dos times do Estudiantes, San Lorenzo e Huracán. Ao irem para Itaipava para análise, ficou comprovado que tinham sido feitos em bainha 20, ao invés de 25, motivo pelo qual não conseguiam levantar a bola nos chutes. Refeitos os times, retornaram em grande estilo e já mostraram que o campeonato, agora, será de alto nível.
  • Gostaria de agradecer a Pierre Carlos Berens, do site www.jogodebotao.com.br por ter consertado os meus botões e fico muito feliz de saber que o envio demorou porque havia uma quantidade enorme de encomendas na minha frente. Bom trabalho deve ser sempre exaltado!
  • Voltando ao campeonato, após o término da sexta rodada, houve uma reunião do TJB para analisar o lance em que José Roberto Wright marcou tiro de meta (quando deveria ser escanteio) no lance que originou o gol de empate do Racing contra o River Plate. Porém, os auditores decidiram por maioria (3 votos a 0) que Wright não poderia ser considerado culpado e o absolveram de uma suspensão. Alegaram, em sua defesa, a cláusula "dos males, o menor", pois o River saiu vitorioso no jogo.
  • Na quarta-feira, River Plate e Huracán abrem a sétima rodada. No domingo (provavelmente) é a vez de San Lorenzo x Racing e Independiente x Estudiantes, fechando o primeiro turno do campeonato. Após os jogos, será feita uma postagem especial com as estatísticas do primeiro turno e uma análise de cada time.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Torneio Clausura 2013 - Sexta Rodada - 07/08/2013

A sexta rodada do Clausura 2013 esteve ameaçada, por conta de um recall de atletas, que será explicado mais adiante. Como Boca Juniors e Independiente abririam a rodada nesta quarta-feira e não participariam do recall, foi decidido que eles jogariam sem problemas. Quando o problema for sanado, o campeonato continua. Mas, o que interessa é o jogo de hoje. Vamos a ele!

BOCA JUNIORS 2x3 INDEPENDIENTE

O Boca Juniors, líder do campeonato e contando com o artilheiro da competição, vinha embalado. Ainda contava com o retorno de Rodrigo Palácio, que voltava após cumprir suspensão. Guillermo Barros Schelloto voltava ao banco de reservas. A equipe fazia nesta quarta seu último jogo no primeiro turno, já que é a equipe que folga na sétima rodada...
o Independiente precisava da vitória para encostar nos líderes, pois já havia perdido duas partidas no certame. Com uma terceira vitória, poderia chegar até à liderança, vencendo na última rodada. Para isso, Bayer aproveitou que a quinta rodada era de folga para acertar o time e mostrar os jogos para seus atletas estudarem o adversário.  A equipe era a mesma que tinha atuado no campeonato inteiro.

Logo no início da partida, Fredes sentiu. E, com apenas 2 minutos, precisou ser substituído. A FIFUBO permite substituições no decorrer das partidas somente em caso de contusão. Substituições de ordens tática e técnica só podem ser realizadas no intervalo. Desta forma, Fredes saiu para a entrada de Acevedo.

Quando se pensava que Bayer teria uma dor de cabeça fenomenal, eis que seus jogadores se tornaram um forte analgésico. Aos 4 minutos, o Independiente formou uma verdadeira blitz no ataque. Montenegro foi para o chute, enquanto Gracián era empurrado por Escudero dentro da área. O juiz Dula Rápio viu, mas ignorou o penal. Montenegro chutou, Abbondanzieri defendeu e Escudero aliviou para lateral. Mareque cobrou recuando para Acevedo, que lhe devolveu na frente. O camisa 3, então, recebeu e chutou de pé esquerdo para fazer Independiente 1x0 e aliviar a pressão pelo penal não marcado.

O Boca não conseguia jogar graças à potente marcação que o Independiente fazia no meio de campo, dificultando o trabalho de Riquelme. Para piorar, Palermo aceitava passivamente a marcação de Facundo Parra. Para piorar ainda mais a situação, o Independiente ainda chegava na frente sempre com 4 jogadores, tabelando bem e concluindo com perigo.

E foi numa dessas que encontrou o gol novamente. Mareque recebeu de Gracián e avançou pela esquerda, tabelando com Silvera. O último toque deixou o camisa 11 livre, na entrada da área. Silvera só teve que trazer para o pé direito e mandar no ângulo oposto de Abbondanzieri para fazer um golaço: Independiente 2x0.

No intervalo, totalmente dominados, os jogadores do Boca ouviam Paralelo atentamente, à espera de mais um milagre, após as viradas nas últimas rodadas. Para isso, o treinador tirou Schiavi e Palácio e pôs Battaglia e Guillermo Barros Schelloto. A sensação era de que não pôs Viatri para não ter que tirar o artilheiro Palermo. Já o Independiente tinha toda a euforia e o bom resultado ao seu lado. Por este motivo, Bayer não fez mudanças, ficando apenas com a mudança efetuada no início do jogo.

O segundo tempo começou da mesma forma como o primeiro transcorreu. O Independiente dominava e o Boca não conseguia se desprender da marcação. Mas a tática da serpente é aliada do Boca, que faz o adversário ficar eufórico e se descuidar e foi assim que conseguiram descontar. Aos 2 minutos, Tuzzio resolveu arrancar da defesa. Mas o capitão do time errou o domínio e a bola foi parar nos pés de Ibarra, que jogou rápido para a frente. Riquelme recebeu com a área livre e só teve que invadir e tirar do goleiro Hilário Navarro para fazer Boca 1x2.

Houve um princípio de pânico no Independiente, que o Boca aproveitou para finalmente espalhar seus jogadores. Mas, aos 4 minutos, o lance mais polêmico do jogo quase põe a beleza da partida por terra. Acevedo recuperou a bola e tocou para Gracián na direita. O camisa 19 ajeitou e chutou. Abbondanzieri tocou na bola, mas ela bateu na parede da rede. Só que Dula Rápio não marcou gol, alegando que foi na trave. No contra-ataque, Escudero tocou para Riquelme, que deu toque de primeira para Cagna. O camisa 8 invadiu a área e tirou Navarro da jogada para empatar em 2x2 e começar um grande tumulto.

A partida ficou paralisada por um bom tempo, com os jogadores do Independiente partindo para cima do árbitro e o policiamento tentando contê-los.  Quando o jogo reiniciou, os jogadores do Independiente estavam nervosos e os do Boca eufóricos, pois já conheciam esse filme.

E foi assim que o jogo transcorreu, com o time de Avellaneda tentando de todas as formas se recuperar na partida e o Boca partindo para a vitória. Mas as bolas paravam nas brilhantes defesas de Navarro que, com tais defesas, voltou a incendiar o Independiente, que equilibrou as ações. A partir daí foi um festival de lindas defesas e bolas na trave de ambos os lados.

Aos 8 minutos, porém, tudo se decidiu. Tuzzio recebeu reposição na área e saiu para o jogo. Procurou Gracián, que estava marcado. Procurou Silvera, que também enfrentava marcação. Procurou Busse, Acevedo e Montenegro, também marcados. Procurou Facundo Parra, que marcava Palermo (o camisa 17 abdicou do jogo para anular o artilheiro do certame). Então resolveu ir avançando, levando a bola até encontrar Mareque. O lateral esquerdo recebeu e, ao invés de avançar, deu novo toque para Tuzzio, que invadiu a área e chutou forte, para fazer Independiente 3x2.

No último lance do jogo, já nos acréscimos, Guillermo Barros Schelloto cobrou córner forte demais, Riquelme correu e pegou a bola fora da área, sem marcação. Trouxe para o pé esquerdo e chutou forte. Mas Hilário Navarro se esticou e espalmou a última chance do Boca de empatar.

O Boca não jogou bem, novamente. Mas mostrou que não é necessário jogar bem para ganhar, apenas tem que ir esquentando, como quer seu treinador. Desta vez, a vitória não veio. Mas é necessário que Paralelo tenha atenção especial a alguns atletas que aceitam a marcação passivamente, como Martin Palermo.

Já o Independiente voltou a ser o time que encantou a todos no Torneio Início e no início do campeonato. Com uma marcação eficiente e bom toque de bola, envolveu o Boca e ganhou com inteira justiça.

Destaque do jogo: Hilário Navarro. Não é fácil um goleiro ser o destaque em uma partida com cinco gols. Mas não fossem as defesas salvadoras do camisa 1 do Independiente, o Boca comemoraria a quinta vitória. Com, no mínimo, 10 defesas impressionantes, Navarro conseguiu dar uma nova luz à sua equipe e a possibilidade de liderança ao fim do primeiro turno.

NOTAS RÁPIDAS:

  • Primeiramente sobre o jogo, após a partida o Independiente entrou com representação contra o árbitro, Dula Rápio, pela não marcação do pênalti e ao não anotar o que seria o terceiro gol do Independiente, que resultou no empate do Boca. Por 2 votos a 1, os auditores do TJB decidiram suspender Dula Rápio por 2 partidas. Alfredo Sampaio e Dener votaram a favor, enquanto que Paraguaio votou contra.
  • Pelas regras da FIFUBO para a escolha do árbitro de uma partida, o árbitro deve ficar de fora do sorteio dos dois jogos seguintes ao último que apitou. Assim sendo, Dula Rápio ficará fora de quatro sorteios: os dois que fica pela regra e mais os dois da suspensão.
  • Dula Rápio fica, automaticamente, de fora do sorteio para os jogos Estudiantes x San Lorenzo e Racing x River Plate. E fica, por suspensão, fora do sorteio para os jogos River Plate x Huracán e San Lorenzo x Racing. Ele pode voltar, curiosamente, no jogo entre Independiente e Estudiantes, que fecha o primeiro turno do campeonato.
  • O milestone da rodada fica por conta de Riquelme. Com o gol que anotou contra o Independiente, chegou a 20 na carreira.
  • Após o término da quinta rodada, levantou-se a suspeita de que os jogadores de Estudiantes, San Lorenzo e Huracán teriam bainha 20, o que estaria impossibilitando-os de marcar gols. Assim sendo, os atletas dos três times foram enviados para a fábrica do jogodebotao.com em Itaipava para análise e novo angulamento de bainha.
  • Com isso, o campeonato fica paralisado por tempo indeterminado, até os atletas poderem retornar de Itaipava em plenas condições de pisarem novamente no gramado do Itaquá Dome. Desta forma, o segundo jogo da sexta rodada (Estudiantes x San Lorenzo) será o retorno do campeonato.
  • Chegou-se a cogitar que Racing e River Plate fossem a campo nesta quarta, após Boca x Independiente, pois seus atletas não participam do recall. Mas um pedido da própria Federação para que a ordem dos jogos seja mantida e de que rodada dupla só ocorra aos sábados também suspendeu a partida.
  • Substituído ainda no primeiro tempo da vitória de seu time sobre o Boca, o volante Fredes será submetido a exames para detectar a gravidade da lesão. Não estão descartados os tratamentos na lixa d'água e na cera de carro. A conferir.

sábado, 3 de agosto de 2013

Torneio Clausura 2013 - Quinta Rodada - 03/08/2013

Sábado de sol, temperatura em ascensão, céu limpo e muita polêmica em dois jogos emocionantes, que fecharam a quinta rodada do Clausura 2013. Vamos aos jogos!

RIVER PLATE 5x1 ESTUDIANTES

Duas equipes vindo de derrotas, mas situações completamente opostas. Os jogadores do River, cabisbaixos após perderem para o maior rival na rodada anterior (3x4) ainda tinham dois focos de incêndio dentro do elenco: discussões entre Gallardo e Ortega durante o jogo e entre o treinador Francescoli e seu auxiliar Blue Steel após o término da partida. Foi uma semana tensa, mas Francescoli manteve a equipe que perdeu para o Boca.
Já o Estudiantes, vindo de derrota para o Huracán (0x1), celebrava a ascensão física e técnica de sua equipe, ainda mais após o último estágio de recondicionamento feito durante a semana. Mantendo a mesma equipe desde o início do campeonato, Cristaldo começava a moldar a equipe para o restante da temporada.

E o jogo foi todo do Estudiantes. Com uma marcação eficiente, não deu espaços ao River e saiu sempre para o ataque. Mas os lances sempre acabavam em finalizações fracas de Verón e Boselli. Aos 5 minutos, o lance que começou a mudar a partida. Boselli ficou dentro da área atrapalhando Carrizo. Para chegar em uma bola, o goleiro afastou o centroavante e o juiz marcou pênalti. Verón cobrou na trave, desperdiçando sua terceira cobrança nesta temporada. A bola saiu em lateral. Ferrari cobrou para Almeyda, que tocou no meio para Gallardo. O camisa 11 avançou sem ser incomodado, invadiu a área e deu belo toque para encobrir Andujar e fazer River 1x0.

O Estudiantes continuou em cima, mas percebia que não tinha boas conclusões a gol, enquanto o River não necessitava de muito esforço para contra-atacar. Em uma delas, aos 9 minutos, Ortega avançou pela direita e tocou de calcanhar para Gallardo. O camisa 11 chutou da meia lua no ângulo, mas a bola bateu no travessão, sobrando limpa para Buonanotte tocar para o gol vazio e celebrar o segundo gol do River: 2x0.

No intervalo, Francescoli tirou Trezeguet (que aceitava a marcação passivamente) e pôs Funes Mori. Já Cristaldo tirou Angeleri e Boselli e pôs Sanchez e Hernan Rodrigo Lopez.

Nem deu tempo de ver se as mudanças surtiram efeito. Na saída de bola o River trabalhou muito bem, mas chutou para fora. Andujar cobrou mal o tiro de meta, nos pés de Funes Mori.  O camisa 9 recuou para Gallardo, que descobriu Buonanotte na esquerda. O camisa 30 recebeu e chutou cruzado para marcar seu segundo gol na partida com apenas um minuto de jogo: River 3x0.

Entregues, os jogadores do Estudiantes só esperavam o jogo passar e ainda viam o River tocar a bola com extrema tranquilidade. Mesmo assim, ainda viram o jogo se transformar em goleada quando Ferrari cobrou escanteio. Funes Mori desviou no primeiro pau e Gallardo apareceu no segundo para empurrar a bola para o gol: River 4x0, aos 7 minutos.

Aos 8, na única jogada bem tramada, o Estudiantes conseguiu marcar. Verón tocou para Gastón Fernandez, que inverteu jogo para Hernan Rodrigo Lopez. O camisa 13 invadiu a área e tirou Carrizo da jogada e fez Estudiantes 1x4.

No lance seguinte, uma infelicidade. Após recuperar a bola na intermediária, Marco Rojo arriscou com força. Carrizo defendeu e a bola ganhou velocidade, tocando em Hernan Rodrigo Lopez e entrando no gol do Estudiantes. O gol contra deu números finais ao confronto: River Plate 5x1.

A equipe do River não jogou bem no primeiro tempo, mas mostrou qualidade ao marcar dois gols. Depois do intervalo, melhorou e transformou a partida em goleada. Já o Estudiantes mostra que ainda tem muito trabalho pela frente...

Destaque do jogo: Marcelo Gallardo. O camisa 11 foi o dono da partida. Marcou dois gols e deu passe para outros dois, comandando o meio de campo e buscando tabelas.

SAN LORENZO 3x4 BOCA JUNIORS

O San Lorenzo foi a última das equipes que fizeram o programa de recondicionamento a entrar em campo, para fechar a rodada.  Por isso, era uma incógnita. Nilson mantinha a equipe que havia jogado desde o início e torcia por uma partida iluminada de Romangoli para conseguir seu primeiro ponto na competição.

Já o Boca vinha embalado pela vitória no Superclássico e pela consagração do estilo de jogo de Paralelo. Não importa o que aconteça, o Boca vai esquentando durante o jogo. Para essa partida, o sonho de muitos torcedores se tornava realidade, pois Schelloto entrava no lugar de Palácio, suspenso após expulsão contra o River.

Por incrível que pareça, quem dominou o jogo foi o San Lorenzo. Marcando em cima e saindo em velocidade, a equipe de Almagro não deixou o Boca jogar e, novamente, contou com uma péssima partida de Riquelme.

Porém, o meio de campo estava muito congestionado, dificultando grandes armações. Mesmo assim, aos 4 minutos, um gol espírita agitou o jogo. Erviti pegou no meio e arriscou. Tinha muita gente na frente de Abbondanzieri, que não viu a bola entrar no seu canto direito. Erviti mandava a torcida do Boca se calar enquanto o San Lorenzo comemorava o 1x0.

O Boca não se intimidou e manteve o seu ritmo, tentando se organizar aos poucos, mas foi surpreendido com um duro golpe aos 7. Romagnoli recebeu pelo meio e contou com uma falha (além da marcação frouxa) de Serna. Com a área aberta à sua frente, só teve o trabalho de chutar forte e fazer San Lorenzo 2x0, enquanto batia no peito, apontava para o chão e fazia a taunt da Paloma.

Aos 8, no entanto, o Boca começou a recuperar o controle. Em linda jogada, Cagna tocou para Schelloto na direita. O camisa 13 viu Palermo se desmarcar e tocou no meio. O camisa 9 recebeu dentro da área e tirou Migliore da jogada, fazendo Boca 1x2.

O Boca viu no jogo uma chance de crescer, mas duro golpe de um jogador iluminado pôs tudo por terra novamente. Nos acréscimos do primeiro tempo o San Lorenzo recuperou uma bola na direita co, Johnathan Ferrari. O camisa 2 tocou para Buffarini, que descobriu Romagnoli livre na esquerda. Aproveitando-se de nova marcação frouxa de Serna, o camisa 10 ajeitou para o pé direito e chutou cruzado para vencer Abbondanzieri novamente, bater no peito, apontar para o chão e fazer a taunt da Paloma: San Lorenzo 3x1.

No intervalo, Nilson trocou os cansados Buffarini e Estevez por Piatti e Bordagaray. Já Paralelo, inconformado com as falhas de Serna, o tirou de campo e pôs Battaglia. Palermo passava a ser o capitão e, novamente, a genialidade de Paralelo começava a surgir...

O jogo retornou com o San Lorenzo marcando forte e tocando a bola, enquanto o Boca tentava a todo custo avançar. Foi assim até os 5 minutos, quando Guillermo Barros Schelloto viu Palermo e Basualdo atrapalhando a visão do goleiro. O camisa 13 chutou no canto onde Basualdo obstruía a visão e Migliore aceitou, engolindo um frango: Boca 2x3.

O Boca partiu para cima e o San Lorenzo se encolheu, saindo em contra-ataques quando a bola caía nos pés de Romagnoli (foram duas bolas que o camisa 10 acertou na trave). Aos 9 minutos, a equipe xeneize foi recompensada por sua luta. Riquelme recuperou no meio e tocou na esquerda para Basualdo. O camisa 11 percebeu Palermo se deslocando e fez lindo passe em profundidade que encontrou o camisa 9 livre dentro da área. Palermo chutou e empatou a partida em 3.

Na saída de bola, o lance mais polêmico do jogo. Romagnoli recebeu de Piatti e chutou. A bola bateu na trave e no chão, mas não deu para ver se antes ou depois da linha, o fato é que Abbondanzieri tirou e os jogadores do San Lorenzo protestaram. Enquanto isso, Palermo chamou a marcação e Basualdo tocou para Battaglia, que entrou livre pela direita e chutou cruzado para fazer o gol da vitória: Boca 4x3.

O San Lorenzo ainda tentou uma saída de bola, mas o juiz Wilson Neca não autorizou o último chute, o que começou uma confusão muito grande, com os jogadores partindo para cima do árbitro e polícia e seguranças entrando para proteger Wilson Neca. Foi necessária a presença do presidente da FIFUBO, Batistuta, e seu vice, Ruben Paz para fazer os jogadores do San Lorenzo deixarem o campo.

O San  Lorenzo mostrou que fisicamente está recuperado, mas tecnicamente ainda dependem de um Romagnoli inspirado. Já o Boca vence a segunda por 4x3 com uma virada nos acréscimos, consagrando de vez o estilo de seu treinador.

Destaque do jogo: Leandro Romagnoli. O camisa 10 do San Lorenzo estava inspirado. 2 gols, 3 bolas na trave e mais alguns chutes que Abbondanzieri defendeu bem. Paloma foi homenageada com os gols e uma luta constante de alguém que se multiplicou em campo.

CLASSIFICAÇÃO

1° Boca Juniors - 12 pontos, 17 gols pró
2° Huracán - 12 pontos, 11 gols pró
3° River Plate - 9 pontos
4° Independiente - 6 pontos
5° Racing - 4 pontos
6° Estudiantes - 1 ponto
7° San Lorenzo - 0 ponto

ARTILHARIA

1° Martin Palermo (Boca Juniors) - 6 gols
Daniel Cigogna (Huracán) - 5 gols
3° Nestor Silvera (Independiente), David Trezeguet (River Plate), Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 4 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • Após o jogo, o San Lorenzo entrou com representação no TJB contra o árbitro Wilson Neca e o auxiliar, Promotor Corregedor, por conta da bola que supostamente teria entrado. Por 2 votos a 1 os auditores do TJB rejeitaram uma suspensão da dupla, mas condenaram os dois a pagar uma multa de 6 mil e 600 reais. A dupla recorre, alegando que foram inocentados do lance. Novo julgamento ainda será feito.
  • Também será realizado julgamento contra o árbitro Pedro Carlos Bregalda e o seu auxiliar, Defensor, por conta de irregularidades na súmula do jogo River Plate 5x1 San Lorenzo
  • O milestone da rodada fica por conta dos atletas do River Plate Marcelo Gallardo (que chegou a 20 gols na carreira com o primeiro marcado contra o Estudiantes) e Diego Buonanotte (que chegou a 10 na carreira com os dois que marcou contra o EstudianteS) e para o atleta do San Lorenzo, Leandro Romagnoli que, com o seu primeiro gol contra o Boca, chegou a 20 na carreira.
  • Com a crise técnica por que passam San Lorenzo, Huracán e Estudiantes, nova e radical mudança deve ser feita e os botões devem ser enviados para Petrópolis para ajuste de bainha. Se isso acontecer, o campeonato deve parar por uma ou duas semanas. A conferir.