2025 começou e, com ele, as bicicletas tomaram as ruas do mundo, com provas empolgantes e muita disputa entre os maiores nomes da modalidade. Vamos ver como foi o mês de janeiro da Liga Mundial de Ciclismo no novo ano!
REAL LIGA DE CICLISMO
O ano da LMC começou no dia 05, com a Real Liga de Ciclismo. A primeira prova foi disputada na República da Argentina, em um dia de céu azul e calor, com um traçado quase todo plano, à exceção de uma subida de 5% após a metade da prova. O início de 2025 foi igual ao de 2024, com Frank Schleck liderando toda a prova e decepcionando no final, para o triunfo de Oscar Freire. Campeão da LMC em 2024, o espanhol da Rabobank conquistou a primeira vitória da temporada, com o brasileiro Murilo Fischer (FDJ) repetindo o segundo lugar que conquistara em 2023 e o francês Romain Bardet (AG2R) em terceiro. Frank Schleck viu seus adversários passarem e terminou fora da zona de pontuação, com um sétimo lugar.
A segunda prova, no Império Branco, foi o oposto da primeira. Primeiro e segundo na corrida anterior, Oscar Freire e Murilo Fischer terminaram na penúltima e última posições, respectivamente, enquanto o belga Tom Boonen (Quickstep), último colocado na primeira corrida, foi o vencedor aqui, com a performance do ano até agora, marcando 101 pontos de esforço, uma média de 16,8 por trecho. Completaram o pódio o luxemburguês Frank Schleck (Saxo Bank), em segundo, e Marcel Kittel (Katusha), em terceiro. Kittel venceu duas vezes aqui, em 2021 e 2024. Foi também a prova que teve o primeiro abandono do ano, com Mathieu Van Der Poel, e a primeira atuação do TCB, punindo com a desclassificação os ciclistas Fabian Cancellara e Thor Hushovd, por envolvimento na queda de Remco Evenepoel.
A quinta prova, no Reino Branco
da Pedra, trouxe a primeira dobradinha nacional. Na vitória de Peter Sagan
(segundo em 2021 e terceiro em 2019 e 2023), a Itália fez as posições seguintes
no pódio, com Domenico Pozzovivo (vencedor em 2022) em segundo e Filippo Ganna
em terceiro. Os italianos voltaram a fazer dobradinha na nona prova, no Reino
de Jade e Ouro, com Michele Scarponi em primeiro e Danilo Di Luca em segundo,
além de colocarem mais dois ciclistas no G6, com Fabio Aru em quinto e Filippo
Pozzato em sexto.
Na segunda-feira, 20, dia de São
Sebastião, os ciclistas partiram do Reino Branco da Bisa para uma corrida de
montanhas difíceis, que representava a última Joia da Coroa da Real Liga de
Ciclismo 2025. Nada menos que 12 atletas ainda tinham chances de título,
tamanha a emoção da disputa desta edição.
Apesar de ser uma etapa de montanha bem
inclinada e com muito calor, a última Joia da Coroa fez jus ao altíssimo nível
desta Real Liga de Ciclismo. Os atletas se esforçaram, lutaram, suaram sangue
e, ao final, começaram a rezar. Tudo porque o então líder, Peter Sagan, não
conseguiu acompanhar o grupo que iria disputar a vitória, caindo para o segundo
grupo. No grupo da frente, 4 dos 12 ciclistas que tinham
chances de título ainda estavam na disputa, em uma subida com 11% de
inclinação. Surpreendentemente, o alemão Marcel Kittel (Katusha) conseguiu um
“sprint pra cima” e se distanciou dos demais, vencendo a corrida de forma
incrível no mesmo lugar onde fora terceiro em 2023. Este era o resultado dos
sonhos para Peter Sagan, pois Kittel empataria em pontos, vitórias, segundos e
terceiros com o eslovaco e, assim, os dois dividiriam o título. Mas Oscar
Freire também fez um “sprint pra cima” e, em que pese não ter conseguido
superar o belga Philippe Gilbert (Lotto Belisol) na disputa pelo segundo lugar,
o terceiro lhe foi suficiente para superar Sagan e Kittel por um ponto,
conquistando o título da Real Liga de Ciclismo 2025. Outro que fez “sprint pra
cima” foi Mark Cavendish, mas o inglês da T-Mobile precisava chegar em terceiro
e à frente de Oscar Freire, para dividir o título com Sagan e Kittel, ou de um
segundo para ser o campeão (desde que Freire não vencesse), mas acabou em
quarto lugar.
O altíssimo nível desta edição da
Real Liga de Ciclismo foi comprovado, com corridas espetaculares e muita emoção
até o final. Curiosamente, com provas de todos os tipos, foi uma competição
para os sprinters, que venceram metade das corridas (6 de 12) e conquistaram
metade dos pódios (18 de 36 possíveis), formando a totalidade do pódio final,
mesmo com um empate no vice-campeonato.
Oscar Freire inicia 2025 da mesma
forma que terminou 2024, conquistando títulos. O primeiro título do espanhol da
Rabobank no ano (também o primeiro de Real Liga) é o seu sexto na LMC. Foi a
segunda vez que a Espanha conquistou a Real Liga de Ciclismo, tendo vencido
anteriormente com Oscar Pereiro Sio, em 2022.
O título deu a Oscar Freire a primeira liderança
do ranking em 2025, com 9 pontos.
TROFÉU DO PAPA
No
dia 21, os ciclistas independentes se encontraram no Reino Branco da Pedra,
para a primeira prova do Circuito Independente em 2025. O Troféu do Papa deste
ano foi disputado em uma prova típica para ciclistas de clássicas de primavera,
com pendentes curtas e acentuadas e muito pavê, além, é claro, do calor
infernal.
Tão logo foi dada a bandeirada de
saída, a Movistar já partiu em fuga, com Nairo Quintana à frente. Quando
começaram as subidas, Richard Carapaz ficou mais atrás e Naironman ampliou
ainda mais a sua vantagem. Jamais incomodado, o colombiano da Movistar venceu
de ponta a ponta. Na emocionante disputa pelos lugares restantes no pódio, os
dois ciclistas da fuga lutaram palmo a palmo e acabou que o espanhol Juan Jose
Cobo Acebo (Caja Rural), vencedor em 2023, ficou com o segundo lugar. Em
terceiro ficou o equatoriano Richard Carapaz (Movistar), em uma prova sem
abandonos.
Após
o Troféu do Papa, Nairo Quintana é o primeiro líder do ranking independente,
com 9 pontos.
TOUR DA MALÁSIA
Na
sexta-feira, 24, um contra relógio dava início à primeira prova por etapas da
temporada 2025. O Tour da Malásia é uma competição moderada, sem muitas
montanhas e com inclinação baixa. Mesmo assim, é voltado para os ciclistas por
etapas. O primeiro contra relógio de 2025 foi de um nível altíssimo, com nada
menos que quatro ciclistas fazendo no tempo mínimo e culminando com a vitória
do francês Sylvain Chavanel (Quickstep), com o norte americano Lance Armstrong
(USPS) em segundo e o terceiro lugar para o inglês Mark Cavendish (T-Mobile),
segundo aqui em 2019.
No
dia 30, todos os 40 ciclistas largaram para a última etapa do Tour da Malásia
2025, uma corrida totalmente plana e com uma meta volante no meio do traçado.
Por esse motivo, 17 atletas ainda tinham chances de título. A corrida,
disputada em um dia nublado e de muito calor, foi de um nível técnico baixo,
com muitas quedas vistas ao longo do percurso. Após a meta volante, o número de
postulantes ao título caiu para 11. A prova continuou em um ritmo diminuto e
sem emoção e quem se aproveitou disso foi o holandês Mathieu Van Der Poel
(Corendon Circus), que arriscou uma fuga cedo, administrou com calma e venceu
de ponta a ponta a mesma etapa que vencera em 2023. Em segundo chegou o
espanhol Oscar Pereiro Sio (Caisse D’Epargne), terceiro no ano passado e vencedor
em 2022. Em terceiro chegou o norueguês Thor Hushovd (Credite Agricole),
segundo em 2019.
Frank Schleck foi mais um a fazer uma corrida bem lenta, andando sempre na parte de trás do pelotão e chegando a cair para grupeto. Cruzou a linha de chegada em vigésimo, comemorando o bicampeonato (já que era o atual campeão), mas foi avisado que o terceiro lugar de Thor Hushovd dava ao norueguês os pontos suficientes para terminar como campeão do Tour da Malásia 2025.
Vencedor
da quinta etapa e terceiro na sexta, Hushovd conseguiu uma excelente arrancada
no final da disputa para conquistar o seu primeiro título no ano e apenas o
terceiro na LMC. A péssima corrida de Frank Schleck foi castigada com a perda
do bicampeonato, mas ao menos o luxemburguês da Saxo Bank conseguiu sair com o
título de montanha (que já havia conquistado em 2023), seu primeiro no ano e o
décimo terceiro na LMC.
Após
o Tour da Malásia, Thor Hushovd é o novo líder do ranking, com 27 pontos.
VUELTA A SAN JUAN
No
dia 31, os ciclistas independentes se encontraram em San Juan, na Argentina,
para a disputa da clássica daquela província. Com uma subida de 5% logo no
início e o resto plana, a corrida é totalmente voltada para os sprinters.
O
dia, de sol entre nuvens e muito calor, poderia ser uma dificuldade extra para
os atletas. Para alguns, até foi. Mas, um grande grupo resolveu se esforçar e
imprimir um bom ritmo, formando uma fuga numerosa. Ao final, dois ciclistas se
destacaram do grupo e resolveram disputar a vitória entre si. Enquanto o belga
Woult Van Aert (Jumbo Visma) usava as suas habilidades de sprinter para se
arrumar em uma linha e vencer, o espanhol Juan Jose Cobo Acebo (Caja Rural)
tentou igualar a velocidade do adversário, se desequilibrou e acabou indo ao
chão. Além de não conseguir a vitória, ainda perdeu o segundo lugar para o
também belga Axel Merckx (T-Mobile), cruzando na terceira posição. Revendo as
imagens, o vice-presidente da LMC para o Circuito Independente, Dave
Brailsford, optou por não punir Van Aert, mantendo assim a vitória para ele e a
dobradinha belga no pódio.
Após
a Vuelta a San Juan, o líder do ranking é Juan Jose Cobo Acebo, com 10 pontos.
RANKING
1º Thor Hushovd (Credite Agricole) - 27 pontos;
2º Frank Schleck (Saxo Bank) - 25 pontos;
3º Mark Cavendish (T-Mobile) e Mathieu Van Der Poel (Corendon Circus) - 19 pontos.
RANKING INDEPENDENTE
1º Juan Jose Cobo Acebo (Caja Rural) - 10 pontos;
2º Nairo Quintana (Movistar) e Woult Van Aert (Jumbo Visma) - 9 pontos.
NOTAS RÁPIDAS
- O primeiro mês do ano se encerra com 4 competições disputadas, algo muito bom, já que janeiro de 2024 teve apenas a Real Liga. Aqui, além desta, tivemos o Troféu do Papa, o Tour da Malásia e a Vuelta a San Juan.
- Foram 5 abandonos nas corridas disputadas no mês, todas na LMC e com Van Der Poel contribuindo bem, ao abandonar duas vezes na Real Liga de Ciclismo.
- Além do ciclismo, o mês foi bem movimentado em outras modalidades, conforme veremos abaixo.
SUBBUTEO
No dia 10, foi feito o anúncio há muito esperado. A FIFUBO anunciou a profissionalização da sua divisão de Subbuteo, com a nomeação do senhor Zeca Drummond como presidente, o Sr. Perlingeiro como vice-presidente, diretor de comunicação e narrador das partidas, e Rico como novo treinador da seleção brasileira, além de comentarista das partidas. O novo estatuto já foi firmado por todos e inclui a criação de duas ligas nacionais, a Liesa (brasileira) e a Sunday League (inglesa), além de competições de seleções. Dessa forma, foi dado o pontapé inicial para o Projeto Copa do Mundo 2026, que visa adquirir um mínimo de 16 seleções para a disputa da competição.
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Atletas e árbitros na apresentação da nova presidência da FIFUBO Subbuteo. |
Também foi apresentado o novo árbitro da FIFUBO Subbuteo, Queixada, além de uma importante mudança na regra. Agora, as faltas não terão barreira. Os jogadores devem ser afastados na distância regulamentar (mais ou menos 3 dedos) e é permitido ao time defensor dar um toque em um jogador. Se ele se posicionar à frente da bola (respeitada a distância), pode continuar, como se fosse barreira. Mas montar barreira é proibido.
A Liesa continuará com 10 equipes, enquanto a Sunday League terá 12, que serão apresentados quando a competição se iniciar. Enquanto a Liesa é disputada no sistema todos contra todos, turno único, a Sunday League terá turno e returno.
JARRA TROPON
De sexta (24) a domingo (26), o Imperatriz Arena foi sacudido por uma das mais tradicionais competições de futebol do mundo. A Jarra Tropon 2025 foi disputada no Subbuteo e a tendência é que fique assim pelos anos que virão, saindo do monopólio japonês e passando a fazer parte do calendário da FIFUBO. A edição desse ano teve 6 seleções, divididas em 2 grupos. O grupo A contou com Coreia do Sul (atual campeã), Suécia (cercada de expectativas) e a Itália (tricampeã mundial, campeã do Torneio Internacional de 2024 e maior equipe de Subbuteo do mundo), enquanto o grupo B contou com Irã (que participará da Copa do Mundo), Inglaterra (com os jogadores da Sunday League) e Brasil (vice-campeão do Torneio Internacional de 2024, campeão sulamericano do mesmo ano e com os jogadores da Liesa).
O grupo A reservou as maiores emoções. Logo no primeiro jogo, esperava-se que a Suécia colocasse pra fora toda a expectativa criada no mundo do Subbuteo em cima da sua seleção. Mas foi a Coreia do Sul quem surpreendeu. Marcando forte e jogando no contra ataque, os sul coreanos ganharam por 2x1, com dois gols de Joo Sung e com Avdic descontando.
Na sequência, esperava-se que a poderosíssima Itália despachasse de vez os suecos, mas um gol de falta de Andersson e defesas espetaculares de Gunnarsson fizeram a zebra galopar forte no Imperatriz Arena, garantindo o 1x0 pra Suécia e a primeira derrota italiana em anos.
O terceiro e último jogo era dramático. Vitória ou empate da Coreia do Sul classificava os asiáticos e os suecos, eliminando a Itália. Mas uma vitória dos italianos por dois ou mais gols de diferença não só os classificaria em primeiro como eliminaria os sul coreanos. Uma vitória da Itália por um gol de diferença empataria tudo e os dois classificados seriam conhecidos no sorteio. O drama estava no ar e a Itália começou o jogo dominando as ações. Mas a Coreia do Sul marcava forte e jogava no contra ataque. Com dois gols de Joo Sung, abriu 2x0 e fez os europeus se desesperarem. Enquanto os sul coreanos comemoravam, Marc Bivi (para muitos, o melhor jogador de Subbuteo do mundo) fez dois gols em menos de 30 segundos, empatando em 2x2 e aumentando mais o drama. Marc Bivi ainda teve a última bola do jogo e ninguém respirava no Imperatriz Arena. O chute forte explodiu na trave da Coreia do Sul e o jogo terminou 2x2. A Coreia do Sul se classificou em primeiro, a Suécia foi a segunda e a Itália teve um vexame enorme, sendo desclassificada na primeira fase e saindo sem vencer um jogo.
O grupo B também teve emoção, mas só no jogo final. A Inglaterra derrotou o Irã por 3x0 e o Brasil por 2x1, se classificando com calma e deixando que iranianos e brasileiros se digladiassem na terceira partida, para ver quem ficaria com a vaga. Por ter saldo melhor, o Brasil se classificaria com vitória ou empate. Os iranianos precisavam vencer para irem às semifinais. O jogo foi recheado de drama, com Leozinho marcando para o Brasil e Cheshmi fazendo o gol iraniano. Enquanto o Brasil atacava daqui e parava nas defesas incríveis de Hosseini, o Irã atacava de lá e Daniel fazia milagres. No final, o 1x1 classificou o Brasil e tirou o Irã da competição.
Na primeira semifinal, o Brasil não deixou a Coreia do Sul ver o jogo, anotando um implacável 4x0 e se classificando para a grande final. Na segunda semifinal, tivemos mais um jogo excelente, teste para cardíaco. A Inglaterra tentava fazer jogadas de ataque e a Suécia, com excelente marcação, rechaçava tudo e partia em contra ataques organizados. Foi assim que, com uma tabela incrível entre Liedholm e Nordhall, os nórdicos levaram a bola até o ataque e tocaram para Avdic na esquerda. O camisa 9 deu lindo drible em Neville e um toquinho na saída de Woods para inaugurar o marcador. Com calma, a Inglaterra igualou as ações, com um chute forte de Eatmeal, da intermediária. Quando parecia que o jogo se encaminharia para as disputas de pênalti, Eatmeal fez nova arrancada, tabelou com Sandringham, levou para a esquerda e chutou cruzado, marcando um golaço. A Inglaterra venceu por 2x1, eliminou a Suécia e avançou para a final.
Assim, Inglaterra e Brasil se reencontraram para a grande final da Jarra Tropon 2025. Com 3 vitórias em 3 jogos, o English Team entrava com o favoritismo, principalmente por ter derrotado o mesmo Brasil (2x1) na fase de grupos. Já a equipe brasileira vinha em ascensão e com a maior goleada da competição (4x0 na Coreia do Sul). A decisão da competição também colocava em frente os projetos das duas ligas da FIFUBO Subbuteo. De um lado, a Sunday League; do outro, a Liesa.
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À esquerda, os jogadores da Inglaterra e o treinador, Paul Scholes. À direita, os jogadores do Brasil e o treinador, Rico. Ao centro, Almir Amarante, o árbitro da partida. |
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Imperatriz Arena lotado, atletas em campo, tudo pronto para uma grande decisão! |
A Inglaterra veio disposta a mostrar o seu favoritismo desde o início do jogo. Bem colocada taticamente e com jogadores correndo de forma ordenada para marcar os espaços do Brasil, a seleção inglesa dominava as ações, enquanto os jogadores brasileiros tentavam encontrar espaços no campo de jogo. Com apenas um minuto de jogo, André percebeu que a marcação era implacável, quando tentou uma jogada pela esquerda e, sem opções, foi levando mais para a linha de fundo até o campo acabar. Ali, o English Team mostrou toda a sua organização, quando Woods cobrou o tiro de meta para Sandringham na meia esquerda e o camisa 10 tocou a Gavin Harris na meia direita, já no campo de ataque. O camisa 7 avançou pela intermediária e deu um excelente passe para Hightower, no meio da defesa brasileira. O camisa 9 correu entre os dois defensores e, com um toque sutil de pé direito, tirou Daniel da jogada e fez Inglaterra 1x0.
O gol relâmpago assustou os jogadores brasileiros, que ainda tentavam entender o que houve quando tomaram o segundo gol. Na saída de bola, Pablo tentou passar a André na esquerda, mas Gavin Harris e Hightower marcaram bem o camisa 7 brasileiro e lhe roubaram a bola. Os dois puxaram contra ataque tabelando; quando um jogador brasileiro aparecia para marcar, a bola já não estava mais com o inglês, que tinha passado ao companheiro. E assim os dois foram até a entrada da área, quando Harris passou a Hightower, que invadiu pela direita e tocou na saída de Daniel para fazer Inglaterra 2x0, com 2 minutos de jogo.
Se 1x0 já tinha deixado os brasileiros nervosos, 2x0 logo no início havia piorado de vez. A seleção se desmontou completamente e passou a depender do talento individual para tentar diminuir o prejuízo. Por sorte, talento é algo que os brasileiros têm. Aos 5 minutos, Pablo tabelou com André e avançou pela esquerda, indo à linha de fundo, cortando para o pé direito e mandando para o segundo pau. Antevendo a jogada, Leozinho se posicionou bem, correndo da direita para o centro e, quando a bola o encontrou, bastou um chute cruzado para vencer Woods e fazer Brasil 1x2.
O Brasil cresceu no jogo, enquanto a Inglaterra mantinha seu bom futebol. Com isso, a partida ficou muito mais emocionante. Os sulamericanos tentavam o empate, mas se abriam para os contra ataques e isso ocasionou jogadas de perigo de lado a lado. Aos 9 minutos, Marquinho tirou uma bola que ia para Hightower e tocou a Pablo no meio. O camisa 10 levantou a cabeça e fez um lançamento longo para Leozinho, que fez o facão da direita para a esquerda, deu um lindo drible em Neville e, de dentro da área, chutou cruzado para vencer Woods novamente e fazer Brasil 2x2.
O empate levava o jogo para os pênaltis, mas ainda faltava um último ato neste espetáculo e este seria do astro que ainda não tinha despontado na competição. Tentando uma última cartada, Hightower e Sandringham tabelaram e levaram a bola pelo centro, atraindo a marcação. Com um passe para a direita, Sandringham encontrou Gavin Harris livre. O camisa 7 ajeitou a bola e acertou um lindo chute, cheio de efeito. Daniel se esticou, até tocou na bola, mas não conseguiu evitar que a Inglaterra fizesse 3x2 no último lance do jogo.
INGLATERRA CAMPEÃ DA JARRA TROPON 2025
Com 4 vitórias em 4 jogos, a Inglaterra dominou a competição do início ao fim. Seria injusto que outra equipe conquistasse a Jarra Tropon, mas o Brasil lutou até o fim para tirar dos ingleses essa conquista.
A Inglaterra evoluiu bastante com o seu projeto da Sunday League, atraindo astros do Subbuteo internacional e revelando grandes nomes do próprio país. Dois deles se destacaram nesta competição. O primeiro foi Wayne Eatmeal. O defensor do Aston Villa vem se destacando nos jogos desde a temporada passada e a própria comissão técnica resolveu dar uma chance a ele, no lugar do então zagueiro titular, Wes Ferdinand. Eatmeal fez 4 gols e foi eleito o melhor jogador da competição.
O outro foi Gavin Harris. O astro do futebol inglês é destaque do Newcastle há muito tempo, mas também leva uma vida de popstar fora dos campos, o que por vezes prejudica o jogo de equipe. Mesmo assim, a pressão da torcida e da imprensa fizeram com que fosse convocado justamente no lugar do então capitão da equipe, Ronny Anderton, que continua jogando muito bem no Tottenham. Harris vinha tendo atuação discreta na Jarra Tropon, mais como um figurante do que como o astro que é. Deixou para brilhar na final, sendo o melhor jogador da partida, ajudando na marcação, reiniciando os ataques, dando o passe para os dois gols de Hightower e fazendo o gol do título no último lance da partida. Acabou mostrando que, sim, veio para ficar nessa seleção.
Além deles, Hightower voltou a se destacar. Com os dois gols que fez na final, o atacante do Liverpool chegou a 5 na competição e terminou a Jarra Tropon na artilharia. Com o vexame da Itália e o canto de cisne da Inglaterra, já podemos ver uma nova força surgindo no Subbuteo da FIFUBO.
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Jogadores e treinador da seleção da Inglaterra, com a Jarra Tropon 2025. |
JSL
A maior novidade da temporada de 2025 é a criação da Juaum Skate League, ou JSL. A competição reúne os maiores nomes do fingerboard (ou skatinho) em disputas insanas. Não há um calendário definido, mas competições, que vão surgindo e somando para um ranking final.
A disputa da JSL se divide em Amador (com skatinhos de Shoppee) e Pro (com Tech Deck) e está em constante expansão, com a aquisição de novos skatinhos sempre que possível. Os obstáculos, no entanto, devem ser os mesmos adquiridos entre 2023 e 2024.
Na categoria amador, temos 6 skatinhos e na Pro, 9. Eles disputam dentro de suas categorias, mas há campeonatos unificados (como foi nas Olimpíadas de 2024). O campeão leva 9 pontos; o vice, 6; o terceiro colocado, 4; o quarto, 3; o quinto colocado, 2; e o sexto, 1 ponto. Os demais não levam pontos. No final do ano, veremos quem é o campeão do ranking (aquele que somar mais pontos dentro de sua categoria) e o campeão geral, que será definido no Super Crown, com os 3 melhores do ranking Amador e os 3 do ranking Pro em uma disputa.
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Os seis skatinhos que iniciaram a temporada 2025 da JSL. Da esquerda para a direita, Negro Fumante, Charlinho Charlô, Dalminho Tadafila, Manoel Mau Exemplo, Jorge Ben10 e Fandinho Macaco. |
A disputa é feita da mesma forma, para Amador e Pro. A primeira eliminatória é a volta, com cada skatinho tendo um minuto para fazer manobras no park e, ao final, será atribuída uma nota de 5 a 10, inteira ou pela metade. A nota é atribuída conforme a apresentação, se houve variação de manobras, grau de dificuldade e acerto. Cada queda tira meio ponto. A segunda eliminatória é nas tricks, em duas fases. Cada skatinho tem 5 chances de fazer uma trick pré-determinada em cada fase. Ao número de acertos em cada uma, se soma a nota da fase do park. Ao final, quem tiver mais pontos nesse somatório total, avança para as finais ou é declarado campeão.
No Amador, os 6 skatinhos se dividem em duas baterias e no Pro, os 15 se dividem em 3. Em ambos os casos, os dois melhores de cada bateria se classificam para a fase final. No Amador, os 4 se enfrentam com a ordem de apresentação sendo da menor para a maior nota na fase eliminatória. No Pro, a mesma coisa, só que são 6 os finalistas.
Com o regulamento explicado, no domingo (05) e segunda (06), tivemos a disputa do Desafio dos Reis, a primeira competição da JSL. No domingo, foi feita a disputa na categoria Amador. Na primeira bateria, se classificaram Negro Fumante (15 pontos) e Dalminho Tadafila (14 pontos). Na segunda, os classificados foram Manoel Mau Exemplo (12 pontos) e Charlinho Charlô (10,5 pontos). Na final, os 4 fizeram uma disputa muito apertada, com notas bem próximas. O mesmo aconteceu na primeira bateria de trick, onde todos acertaram apenas uma de cinco oportunidades no strawberry milkshake. A segunda bateria de trick era para acertar um flip e, ali, Negro Fumante conseguiu três acertos, de cinco possíveis, conquistando o Desafio dos Reis. Em segundo ficou Charlinho Charlô e, em terceiro, Dalminho Tadafila.
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Negro Fumante (Brasil) se torna o primeiro skatinho a conquistar um título na JSL, com o troféu do Desafio dos Reis. |
Na segunda-feira, Dia de Reis, foi disputada a categoria Pro do Desafio. Uma disputa de altíssimo nível nas voltas, com Rovani Fukuoka sendo o primeiro a entrar no Skate Park do Imperatriz Arena. E logo de cara, o "japonês lacrador" já conseguiu um 9,5. A ele se juntou Aurelien Giraud, na terceira bateria, como maior nota da primeira fase. Na primeira bateria, se classificaram Rovani Fukuoka e Raica Leal; na segunda, Pepe Bala Perdida e Fabiana Delfino; na terceira e última bateria, os classificados foram Chris Joslin e Aurelien Giraud.
Na fase final, Rovani conseguiu novo 9,5, junto com Raica Leal, mas os dois foram muito mal nas tricks. O "japonês lacrador" acertou um strawberry milkshake e fez dois flips. Já a "Fatinha" não acertou um strawberry milkshake e fez apenas um flip. Quem se aproveitou disso foi Pepe Bala Perdida. O skatinho brasileiro também entrou para o Nine Club, ao fazer um 9 na volta, três strawberry milkshakes e um flip, totalizando 13 na pontuação e conquistando o Desafio dos Reis na categoria Pro. Rovani Fukuoka ficou com o vice-campeonato, com 12,5 pontos; Chris Joslin ficou em terceiro, com 11,5 pontos; Fabiana Delfino ficou em quarto, com 11 pontos; Raica Leal ficou em quinto, com 10,5 pontos (9,5 na volta); e Aurelien Giraud foi o sexto, com 10,5 pontos (8,5 na volta).
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Na categoria Pro, o título ficou com Pepe Bala Perdida. |
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