terça-feira, 1 de outubro de 2024

LMC - Setembro - 01/10/2024

Chegamos ao último quarto do ano. Setembro é um mês decisivo na LMC, com a última das Grandes Voltas, clássicas e outras grandes competições. Vamos ver como foi o nono ano do ciclismo em 2024!

PARIS TOURS

No dia 02, os ciclistas independentes alinharam na região central da França para a Paris Tours. Um festival voltado para os sprinters, tem uma subida de 5% logo no início e o resto plano, para sair de uma cidade e chegar a outra com tranquilidade. Mas a edição desse ano teria uma dificuldade maior, com os ventos fortíssimos que se apresentaram durante todo o percurso.

O mês começou com uma prova de pura emoção. Os ciclistas se viraram em mil para poderem contornar o problema causado pelos fortes ventos, que trouxeram bordures (ou abanicos) e quebraram de vez qualquer tentativa de organizar o pelotão. Isso trouxe uma corrida muito técnica e um final emocionante, onde quatro ciclistas disputaram a vitória.

O sprint derradeiro foi eletrizante e, a despeito dos esforços do público, a vitória ficou com o brasileiro Magno Nazaret (Vasco da Gama), que volta ao lugar mais alto no pódio depois de triunfar aqui em 2021. Em segundo lugar chegou o francês Bryan Coquard (Cofidis), que emocionou o público, mas não conquistou a vitória. Em terceiro, repetindo seu lugar no pódio de 2022, o equatoriano Richard Carapaz (Movistar).

O TCB foi acionado para avaliar a queda de Egan Bernal, mas concluiu que se deveu muito mais aos ventos do que a alguma manobra temerária. Assim, não puniu ninguém. Apesar de muitas quedas ao longo do percurso, nenhum ciclista abandonou uma excelente edição da Paris Tours. Ao final da prova, Nairo Quintana permanece na liderança do ranking independente, com 75 pontos.

O pódio da Paris Tours 2024. No alto, com o troféu de vencedor, o brasileiro Magno Nazaret (Vasco da Gama). Abaixo dele, o francês Bryan Coquard (Cofidis), segundo colocado. Abaixo do troféu, o equatoriano Richard Carapaz (Movistar), terceiro colocado.

CAMPEONATOS NACIONAIS

No dia 03, começavam os campeonatos nacionais de ciclismo. Pelas regras da LMC, o país que tiver um número mínimo de 5 ciclistas pode realizar seu campeonato nacional. Assim, do ano passado pra cá, o número saltou de 3 para 5 competições, que não contam para o ranking, mas para as estatísticas. Vamos ver quem se sagrou campeão nacional em 2024.

CAMPEONATO BELGA

Para sua estreia em campeonatos nacionais, a Federação Belga não poderia escolher outro estilo que não o de clássicas, com muito pavê e muros inclinados. Assim, seus seis ciclistas alinharam na região de Flandres para uma prova duríssima, que passava por trechos do Tour de Flandres, inclusive no temido Muur-Kapelmuur e seus 12% de inclinação em pavê, antes da linha de chegada.

A prova foi disputada em um dia nublado e de temperatura agradável. As condições favoráveis trouxeram uma competição intensa, bem ao estilo de clássica, com os corredores partindo em estratégias individuais e, sabedores que o Muur-Kapelmuur seria decisivo, pouparam suas energias para esta derradeira subida.

E foi dessa forma que, com um ataque incrível no muro, Philippe Gilbert (Lotto Belisol) abriu vantagem para os demais e acelerou para vencer a corrida. Em segundo chegou Axel Merckx (T-Mobile) e, em terceiro, Greg Van Avermaet (CCC). À exceção de Tom Boonen e Remco Evenepoel, os demais deram show e, inclusive, sprintaram após a difícil subida final.

Mas ninguém conseguiu superar a excelente estratégia de Philippe Gilbert, que conquista seu primeiro título no ano e o terceiro na LMC.

O pódio do Campeonato Belga. No alto, com o troféu de campeão, Philippe Gilbert (Lotto Belisol). Abaixo dele, Axel Merckx (T-Mobile), segundo colocado. Abaixo do troféu, Greg Van Avermaet (CCC), terceiro colocado.

CAMPEONATO BRASILEIRO

Outro campeonato nacional estreante em 2024, o brasileiro da categoria foi disputado em São Paulo, com uma prova quase plana, à exceção de duas subidas de 5 e 6% de inclinação. Nada que atrapalhasse a chegada em sprint, a não ser o calor que fez durante toda a prova.

Aconteceu de tudo neste Campeonato Brasileiro. De início, várias tentativas de fuga até que Magno Nazaret conseguiu sair e abrir vantagem. Os demais resolveram se organizar em um pelotão e tentar conter a avalanche do ciclista do Vasco da Gama. Conseguiram quando ele teve um problema mecânico, no pé da segunda montanha. A partir daí, foi cada um por si, à exceção da única equipe que tinha dois ciclistas e podia tentar uma estratégia. E foi assim, se revezando no ritmo, que os atletas da Imperatriz conseguiram se posicionar bem na hora do sprint final, na Avenida Paulista.

O mais veloz foi Vinícius Rangel, que conseguiu bela arrancada para vencer a prova, deixando Murilo Fischer (FDJ) em segundo e Rafael Andriato em terceiro, finalizando a dobradinha da Imperatriz.

Este foi o primeiro título de Vinícius Rangel na LMC e, curiosamente, o primeiro da Imperatriz na temporada.

O pódio do Campeonato Brasileiro. No alto, com o troféu de campeão, Vinícius Rangel. Abaixo dele, o segundo colocado, Murilo Fischer (Française De Jeux). Abaixo do troféu e comemorando a dobradinha com a bandeira da Imperatriz, Rafael Andriato, terceiro colocado.

CAMPEONATO ESPANHOL

O campeonato espanhol foi disputado com duas voltas em um circuito fechado em Buitrago de Lozoya, Madrid, com uma subida de 10% de inclinação logo no início e o resto plano.

Disputada em um dia nublado e de temperatura um pouco baixa, foi uma prova muito emocionante, com o pelotão organizado até a metade, quando aí começaram as tentativas de ataque. Mesmo assim, a montanha reunia todos os ciclistas novamente, indicando uma incrível chegada em sprint, que só foi resolvida no photofinish.

Ao final, o bicampeonato ficou com Oscar Pereiro Sio (Caisse D’Epargne), que renova o título conquistado em 2023 e chega a 11 títulos na LMC (seu primeiro na temporada). Em segundo chegou o campeão de 2022, Alejandro Valverde (Caja Rural), que também foi terceiro no ano passado. Em terceiro ficou Alberto Contador (Astana), terceiro em 2022 e vice-campeão em 2023.

O pódio do Campeonato Espanhol. No alto, comemorando o bicampeonato com o troféu, Oscar Pereiro Sio (Caisse D'Epargne). Abaixo dele, o vice-campeão, Alejandro Valverde (Caja Rural). Abaixo do troféu, Alberto Contador (Astana), terceiro colocado.

CAMPEONATO FRANCÊS

A região da Alsácia Lorena sediou a disputa do campeonato francês, que era plano até a metade, depois pegava montanhas de 11, 10 e 9% de inclinação, sendo esta última na linha de chegada. O dia nublado e de temperatura agradável oferecia as melhores condições para uma grande corrida.

De todas as competições nacionais, a francesa foi a melhor, disparada. Um show de ataques e contra ataques até a metade da prova, quando o terreno inclinou. A partir daí, todos os ciclistas se agruparam e prepararam uma grande chegada de montanha, estudada, calculada milimetricamente. E foi nessa disputa eletrizante, com os atletas fazendo o famoso zigue-zague para superar a inclinação, que Julian Alaphilippe foi ao chão, deixando todos em suspense para ver quem seria o vencedor. O título francês de 2024 estava, literalmente, nas mãos do TCB. Com o primeiro, o terceiro e o quarto colocados em julgamento, o Tribunal tinha uma banana de dinamite para descascar, mas analisou minuciosamente as imagens e decidiu não punir ninguém, pois a queda de Alaphilippe foi fruto mais de seu zigue-zague do que dos demais.

Assim, a vitória ficou com o vice-campeão de 2023, Sylvain Chavanel (Quickstep), com o campeão de 2022, Bryan Coquard (Cofidis), em segundo, e o vice-campeão de 2023, Thibaut Pinot (FDJ), em terceiro. O Campeonato Francês foi o segundo título de Sylvain Chavanel na temporada e o sétimo na LMC.

O pódio do Campeonato Francês. No alto, com o troféu de vencedor, Sylvain Chavanel (Quickstep). Abaixo dele, Bryan Coquard (Cofidis), segundo colocado. Abaixo do troféu, o terceiro colocado, Thibaut Pinot (Française De Jeux).

CAMPEONATO ITALIANO

O Roma Maxi Classic, ou GP de Lazio, é a casa do campeonato italiano de ciclismo. Mesclando trechos planos com difíceis subidas de 10, 8 e 9%, tem largada e chegada em sprint. Foi disputado em um dia parcialmente nublado e com temperatura amena.

Foi um verdadeiro espetáculo de Filippo Pozzato (Acqua & Sapone), que saiu em fuga e foi aumentando a distância a cada pedalada, desesperando os demais que ora tentavam se organizar em pelotão para pegá-lo, ora tentavam ir a solo, ao seu ritmo. Ninguém conseguiu e Pozzato acabou conquistando o seu segundo título italiano (também ganhou em 2022). Este foi seu primeiro título na temporada e o oitavo na LMC.

A muita distância ocorreu uma boa disputa pelo restante dos lugares no pódio e quem levou a melhor foi Fabio Aru (Liquigás), que chegou em segundo pelo segundo ano consecutivo (fora o terceiro em 2022). Em terceiro ficou Vincenzo Nibali (Astana), também repetindo o lugar do pódio do ano passado (além do segundo em 2020). Ou seja, o pódio foi o mesmo, à exceção do campeão.

O pódio do Campeonato Italiano. No alto, com o troféu de campeão, Filippo Pozzato (Acqua & Sapone). Abaixo dele, Fabio Aru (Liquigás), segundo colocado. Abaixo do troféu, Vincenzo Nibali (Astana), terceiro colocado.

CAMPEONATOS REGIONAIS

No dia 04, foi a vez dos ciclistas da Bélgica, Holanda, Luxemburgo e da América do Sul alinharem para os seus campeonatos regionais. Reconhecidos pela LMC, porém sem contar pontos para o ranking, são disputados nas duas categorias que não se enquadram em nacionais ou continentais.

COPA BENELUX

Pelo segundo ano consecutivo, a região das Ardenas sediou a Copa de Ciclismo que conta com os atletas da Bélgica, Holanda e Luxemburgo. Como Andy Schleck venceu em casa, a disputa continua no norte de Luxemburgo, em Clervaux, em um traçado de montanha. Mesclado com trechos planos, teríamos subidas de 10 a 12%, inclusive na linha de chegada.

O dia, parcialmente nublado e de temperatura agradável, não parecia se opor a uma grande prova ciclística. E foi isso que vimos aqui, com Philippe Gilbert atacando desde cedo e procurando uma vitória na fuga. Mas o pelotão estava organizado e, a cada montanha mais dura, o ritmo do campeão belga ia diminuindo, enquanto os demais o alcançavam e iam embora. Gilbert acabaria em quinto.

Na última subida, Remco Evenepoel arriscou um ataque e os demais não o contestaram. Assim, o belga da Quickstep conquistou sua primeira vitória na temporada e o inédito título da Copa Benelux, seu primeiro no ano e sétimo na LMC.

Na emocionante disputa pelos lugares restantes do pódio, melhor para o holandês Tom Dumoulin (Sunweb), o único não belga entre os seis primeiros, que ficou com a segunda posição. A terceira colocação foi de Greg Van Avermaet (CCC).

Atual campeão, Andy Schleck fez uma corrida muito ruim. Sofreu uma queda, sentiu muitas dores, pediu atendimento, mas conseguiu completar uma prova que não teve abandonos. O título de Remco Evenepoel leva a Copa Benelux 2025 para a Bélgica.

O pódio da Copa Benelux. No alto, com o troféu de campeão, Remco Evenepoel (Quickstep). Abaixo dele, o holandês Tom Dumoulin (Sunweb), segundo colocado. Abaixo do troféu e completando a dobradinha belga no pódio, o terceiro colocado. Greg Van Avermaet.

CAMPEONATO SULAMERICANO

Os ciclistas de Argentina, Brasil, Colômbia e Equador se enfrentaram neste último país para disputar o título sulamericano em uma prova montanhosa, com trechos planos apenas na largada e na metade e o resto com montanhas que variavam de 5 a 10%. Depois do título de Richard Carapaz, em 2023, o Equador sediava a competição pela primeira vez.

O sol abriu entre as nuvens e a temperatura ficou agradável, ditando o clima perfeito para a competição, mas os ciclistas não acompanharam essa euforia e entregaram uma prova pobre tecnicamente, com poucas tentativas de ataque, quase nenhuma estratégia, muitas quedas e polêmica no final.

Na última montanha, dois ciclistas se desgarraram do pelotão e abriram uma vantagem enorme, ficando claro que a vitória ficaria entre eles. Na disputa por posições, Luciano Pagliarini foi ao chão e Nairo Quintana arrancou para vencer. O TCB analisou as imagens e decidiu punir o colombiano da Movistar com a desclassificação.

Assim, por ironia do destino, quem herdou a vitória foi o equatoriano Richard Carapaz (Movistar), que conquista o bicampeonato e mantém o sulamericano no Equador em 2025. Em segundo ficou Luciano Pagliarini (Saunier Duval), terceiro em 2022, e Magno Nazaret (Vasco da Gama) completou a dobradinha brasileira, repetindo o terceiro lugar conquistado em 2023.

Este foi o primeiro título de Richard Carapaz na temporada e o segundo na LMC (o outro foi o Sulamericano de 2023). Apesar do nível baixo e das várias quedas, nenhum ciclista abandonou.

O pódio do Campeonato Sulamericano. No alto, com o troféu de bicampeão, o equatoriano Richard Carapaz (Movistar). Abaixo dele, Luciano Pagliarini (Saunier Duval), segundo colocado. Abaixo do troféu e completando a dobradinha brasileira no pódio, Magno Nazaret (Vasco da Gama), terceiro colocado.

TROFÉU BRASIL

No feriado de 7 de setembro, a LMC promove o seu tradicional Troféu Brasil. A clássica, disputada em Niterói, larga na saída do túnel Charitas-Cafubá, sentido Centro, sobe a Estrada da Cachoeira (com 7% de inclinação), passa pelo Largo da Batalha, depois pela subida da serrinha (com 6% de inclinação) e encontra tudo plano em Piratininga até a chegada em sprint na Praia de Itaipu, sendo uma prova muito mais para os ciclistas de clássicas do que para qualquer outro estilo.

O dia nublado e de temperatura agradável foi um alívio para os ciclistas, que aliviaram demais e entregaram uma prova pobre tecnicamente, com muitas quedas e um ritmo baixo. A fuga saiu no início e o pelotão nunca tentou acelerar para pegá-los, fazendo um verdadeiro passeio ciclístico enquanto um grupo de seis a oito ciclistas disputavam a vitória.

Apesar de tudo, tivemos emoção no final, quando os escapados disputaram a vitória no sprint e no photofinish. E o vencedor foi o francês Julian Alaphilippe (Quickstep), que superou o belga Greg Van Avermaet (CCC) por um pedacinho de roda. Em terceiro chegou o espanhol Oscar Freire (Rabobank), repetindo a sua posição no pódio em 2021. O único abandono foi de Alejandro Valverde, logo após o início da prova.

Este foi o primeiro Troféu Brasil de Lulu Alaphilippe, seu terceiro título no ano e o décimo quarto na LMC, além da terceira vez (em seis) que os franceses conquistaram esta competição. O melhor brasileiro foi Rafael Andriato (Imperatriz), em sexto lugar.

Frank Schleck chegou em quarto lugar e manteve a liderança do ranking, com 141 pontos.

O pódio do Troféu Brasil 2024. No alto, com o troféu de campeão, o francês Julian Alaphilippe (Quickstep). Abaixo dele, o belga Greg Van Avermaet (CCC), segundo colocado. Abaixo do troféu, o espanhol Oscar Freire (Rabobank), terceiro colocado.

VUELTA A ESPAÑA

No domingo, dia 08, se iniciava a terceira e última Grande Volta do Ciclismo Mundial. O resumo da Vuelta a España você confere aqui.

TOUR DO RIO

Na segunda-feira, 23/09, os ciclistas independentes se encontraram em Angra dos Reis, Rio de Janeiro, para mais uma edição do Tour do Rio, cujo resumo você confere aqui.

IL LOMBARDIA

O dia 29, um domingo, trouxe a última Clássica Monumento da temporada. A Lombardia, também conhecida como a Clássica das Folhas Mortas, por ser disputada no outono do Hemisfério Norte, é disputada no Norte da Itália, com largada em Bérgamo, passa por duas montanhas encadeadas no Ganda (em 7%) e em Dossena (6%), passa por um trecho plano e pega as duas piores subidas, em Madonna del Ghisallo (em 9%) e no Civiglio (em 10%), antes da chegada em sprint, na cidade de Como. O favoritismo é dos ciclistas de clássicas, mas os montanhistas também têm chances, se souberem aproveitar o terreno inclinado.

A Clássica, que dá início à festa italiana do ciclismo, foi disputada em um dia nublado e de muito vento, o que dificultou o trabalho do pelotão ante os numerosos ataques. Um deles foi Peter Sagan, que saiu cedo e buscou aumentar a vantagem para os demais, mas acabou cansando e terminou apenas na oitava posição.

Melhor estratégia fez Thibaut Pinot. Terceiro em 2021, o francês da Française De Jeux buscou se desgarrar do pelotão, mas só atacou mesmo na metade da prova. Com pernas descansadas, conseguiu manter a distância para os demais para vencer a Lombardia 2024. Este foi seu primeiro título no ano, a segunda Clássica Monumento (também conquistara a Milan Sanremo 2021) e o sétimo na LMC.

Em segundo, repetindo sua posição de 2019, chegou Chris Froome (Sky), que aproveita a ótima forma após conquistar a Vuelta a España para continuar andando bem. Em terceiro e fechando a dobradinha inglesa no pódio, Mark Cavendish (T-Mobile), que fez ótima corrida, soube se poupar nas montanhas e conseguiu sprintar para terminar entre os três.

Apesar das várias quedas provocadas pelo vento, nenhum ciclista abandonou, fechando o calendário de Clássicas Monumento com mais uma prova de altíssimo nível. Após a Lombardia, Oscar Freire permanece na liderança do ranking, com 179 pontos.

O pódio da Lombardia 2024. No alto, com o troféu de vencedor, o francês Thibaut Pinot (Française De Jeux). Abaixo dele, Chris Froome (Sky), segundo colocado. Abaixo do troféu e completando a dobradinha inglesa no pódio, Mark Cavendish (T-Mobile), terceiro colocado.

MILAN TORINO

No dia 30, os ciclistas independentes deram continuação à festa italiana do ciclismo, com a Milan Torino. Com largada em Milão, é um mix de trechos planos e subidas com 5, 7 e 9% de inclinação, sendo esta última na linha de chegada, na cidade de Turim. Apesar dos ciclistas de clássicas e montanhistas terem maior favoritismo, os outros estilos também podem se sobressair, a depender da tática adotada.

O lindo dia de sol e temperatura agradável ajudou o ciclismo a escrever mais uma linda história. O duelo tão esperado pelos fãs do esporte acabou acontecendo já no final da temporada, em uma prova de altíssimo nível. O pelotão andou junto por um tempo, mas o constante sobe e desce foi diminuindo o número de resistentes, até sobrar um pequeno grupo para disputar a vitória. E, antes da subida final, finalmente pudemos ver Tadej Pogacar e Jonas Vingegaard lutando na ponta.

A história ficou mais bonita quando Pogacar resolveu atacar e não foi acompanhado pelo seu rival. Desta forma, aumentando a distância a cada vez que o terreno inclinava, o esloveno da UAE conseguiu sua primeira vitória na LMC, depois de muitas críticas ao seu péssimo desempenho.

Em segundo chegou o segundo de 2023, o francês Bryan Coquard (Cofidis), mas o que chamou a atenção mesmo foi o terceiro colocado, pois desde a criação do Circuito Independente, ninguém diferente do belga Axel Merckx (T-Mobile) ocupou este lugar no pódio. Merckx foi terceiro em 2021, 2022, 2023 e 2024. Sem pernas para continuar lutando, Vingegaard terminou em quarto, em uma prova sem abandonos.

Após uma incrível Milan Torino, Bryan Coquard mantém a liderança do ranking independente, com 90 pontos.

O pódio da Milan Torino 2024, seguindo a tradição de primeiras vitórias. Com o troféu de vencedor, o esloveno Tadej Pogacar (UAE) é erguido pelo segundo colocado, o francês Bryan Coquard (Cofidis), e pelo terceiro, o belga Axel Merckx (T-Mobile).

RANKING
1º Oscar Freire (Rabobank) - 179 pontos;
2º Frank Schleck (Saxo Bank) - 152 pontos;
3º Romain Bardet (AG2R) - 130 pontos.

RANKING INDEPENDENTE
1º Bryan Coquard (Cofidis) - 90 pontos;
2º Nairo Quintana (Movistar) - 82 pontos;
3º Egan Bernal (Ineos) - 80 pontos;

NOTAS RÁPIDAS
  • No total, tivemos 13 provas, um número muito maior do que o de agosto (2). Isso se deu, principalmente, por conta dos campeonatos nacionais e regionais, que são individuais por país;
  • No geral, as corridas foram excelentes. Tivemos a Vuelta a España, o Tour do Rio e a Lombardia com provas de altíssimo nível e muita emoção;
  • Encerradas as Grandes Voltas e as Clássicas Monumento, a temporada da LMC entra em sua reta final, com a Settimana Ciclística Internazionale, o GP di Indústria Larciano, o Tour de Hogwarts e o GP de Hogsmead para definir os 10 classificados para o Rock & Roll Racing. E, finalizando o ano, o Eddy Merckx Challenge. A expectativa é finalizar a temporada ainda em outubro;
  • Tivemos 8 abandonos ao longo do mês, uma média de 0,6 por prova, um número bem menor que o mês de agosto (7 e média de 2,3), fruto do excelente nível técnico das provas disputadas;
  • Com a vitória de Tadej Pogacar na última prova do mês, apenas Mark Cavendish não venceu na temporada. Ele terá mais 10 chances de conquistar uma vitória, ou será o único a sair de 2024 sem ir ao lugar mais alto do pódio;
  • No campo esportivo, também tivemos avanços. A próxima edição da Liesa Subbuteo será ainda este mês e, no skate, o park está crescendo e novas competições serão vistas.

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