sábado, 28 de outubro de 2017

Torneio Clausura 2017 - Décima Primeira Rodada - 28/10/2017

Um temporal caiu durante a madrugada, com ventos fortes e muita destruição. O dia raiou, a chuva se foi e um calor intenso apareceu. O público não quis saber disso e lotou o Itaquá Dome para a abertura da décima primeira rodada do Clausura, porque o cinto está apertando. Os jogadores fizeram a sua parte e deram espetáculo. Vamos ver como foi.

HURACÁN 4x2 VELEZ SARSFIELD

Precisando vencer para não ver a eliminação chegando, o Huracán quer aproveitar o embalo da vitória na rodada anterior (4x1 San Lorenzo) e encostar no grupo de cima. Além de vencer de goleada, o time foi premiado com o Troféu 100%, porque todos os seus jogadores (incluindo o goleiro) já marcaram em jogos oficiais. Já o Velez quer voltar a vencer após o vexame na rodada passada (1x4 Estudiantes) e se garantir de vez nas semifinais. No primeiro turno, Velez 1x4 Huracán.

O Velez começou o jogo em cima, marcando bem e puxando contra ataques em velocidade. O gol era questão de tempo. E assim foi, aos 4 minutos, quando Insua cobrou lateral para Romero e o camisa 7 tocou a Dario Hussain na meia direita. O camisa 10 avançou pelo meio e abriu na esquerda para Turco Assad. O camisa 9 recebeu a bola, entrou na área e chutou na saída de Islas, para fazer Velez 1x0.

O Huracán não tinha organização para sair jogando, embora marcasse bem. Já o Velez, bem postado em campo, começava a sentir confiança demais e, com isso, veio a soberba. Na única vez em que conseguiu se organizar, o Huracán encontrou o empate. Danelon repôs o lateral no ponto futuro para Centurión, que recebeu de costas para o gol e rolou atrás. Ruben Masantonio chegou e chutou de pé esquerdo, acertando o canto de Sosa e fazendo Huracán 1x1, aos 9 minutos.

O Velez ainda era melhor, mas o descontrole da equipe quando toma um gol desmonta qualquer jogo bonito que esteja sendo praticado. Na saída de bola, Insua e Claudio Hussain se perderam em passes sem nexo e a bola acabou sobrando para Centurión. O camisa 8 roubou de Hussain e avançou pela meia esquerda, chutando da entrada da área e vencendo Sosa, para fazer Huracán 2x1, já nos acréscimos.

No intervalo, Sr Rabina tirou Danelon e Milano para colocar Erramuspe e Barrales, tencionando passar Cigogna para o lado direito e dar-lhe mais liberdade. Já Tripa Seca berrava com seus jogadores, por conta do lance que custou a derrota parcial. Sua irritação era tal que ele resolveu punir os responsáveis e modificou o esquema com isso. Saíram Claudio Hussain e Insua e entraram Cubero e Lucas Pratto, com Gago passando a ser o capitão. O Velez iria jogar num 4-3-3 com 3 volantes no meio.

O grande problema da ousadia de Tripa Seca foi depositar suas esperanças nos pés daquele que, talvez, é o jogador mais desinteressado de todo o elenco. Lucas Pratto fez um 'toca y me voy' na saída de bola e, lento, demorou a girar. Com isso, Minici recuperou a bola e tocou a Masantonio. O camisa 10 deu um leve toque de primeira e encontrou Centurión. O camisa 8 avançou pela esquerda, driblou Gino Peruzzi e chutou cruzado, no ângulo de Sosa, para fazer Huracán 3x1 aos 30 segundos.

Nesse momento, a torcida do Velez passou a protestar contra a atuação de sua equipe. Já o time em campo se desmontou de vez e viu o Huracán dominar o jogo. De pé em pé, aos 5 minutos, a bola saiu do campo de defesa com Walter Ferrero, Barrientos, Centurión, Ruben Masantonio, Villarruel e chegou a Cigogna na direita. O camisa 9 avançou, adiantou a bola para mandar o scopetazzo e surpreendeu Sosa com um chute colocado, no canto direito, para fazer Huracán 4x1.

Neste momento, 90% da torcida do Velez deixou o estádio. Os poucos que ficaram aproveitaram para vaiar os jogadores, principalmente Lucas Pratto. Aos 8 minutos, no entanto, o Velez conseguiu encaixar uma única jogada decente no segundo tempo inteiro. Gago desarmou Barrales e tocou a Emiliano Papa, que tocou mais à frente para Romero. O camisa 7 esticou para Turco Assad, que foi ao fundo e cruzou. Lucas Pratto dominou dentro da área, foi vaiado e chutou no canto direito de Islas, que ainda viu a bola tocar na trave antes de entrar: Velez 2x4.

Destaque do jogo: Centurión. O camisa 8 reviveu seus melhores dias com uma atuação de gala. Na intermediária defensiva, desarmava o adversário e se lançava ao ataque, tabelando com Masantonio e se apresentando para a conclusão. Deu o passe para o primeiro gol, participou da jogada do último e deixou sua marca duas vezes, anotando pela primeira vez no campeonato.

ESTUDIANTES 4x3 RACING

O conto de fadas parece não ter fim. Líder do campeonato, o Estudiantes venceu na última rodada (4x1 Velez) e se classificou às semifinais com cinco rodadas de antecedência. Goleou seus 5 últimos jogos e a última vez que não fez mais de dois gols foi justamente contra o Racing no primeiro turno. Já a equipe de Avellaneda tem um misto de preocupação e alívio. Se, por um lado, a derrota do Velez sinaliza que o terceiro e o quarto lugares estão em disputa, a ascensão do Huracán preocupa. Uma vitória é essencial para o time continuar na briga pelas semifinais. No primeiro turno, Racing 1x2 Estudiantes.

O Racing começou o jogo a mil por hora, querendo mostrar que tem condições de derrotar o líder do campeonato. Precisou de apenas 15 segundos para fazer uma linda jogada ensaiada e encontrar as redes. Ruben Capria fez um 'toca y me voy' bem vigoroso e trombou com Federico Fernandez. Enquanto todo mundo prestava atenção ao camisa 10, Martin Simeone driblou Verón para o outro lado, ajeitou o corpo e acertou um chute cheio de efeito no ângulo de Andujar, para fazer Racing 1x0.

A equipe de Avellaneda continuou jogando bem. Marcando em cima, eles forçavam o Estudiantes a se desfazer da bola e saíam em velocidade no contra ataque. Mas o time de La Plata não lidera o campeonato à toa e, aos poucos, foi buscando alternativas para reequilibrar o jogo. Com isso, a partida ganhou em emoção.

Aos 5 minutos, Pocchetino foi ao ataque cobrar um lateral, mas a bola foi curta e Acosta acabou fazendo falta em Desábato. O camisa 3 esticou rápido no buraco deixado pelo zagueiro adversário e quem recebeu ali foi Boselli. O camisa 9 avançou em velocidade e, da entrada da área, chutou cruzado e rasteiro para vencer Saja e fazer Estudiantes 1x1.

Se não se pode culpar a estratégia do Racing no gol de empate, muito menos se pode culpá-los pela virada do adversário. O Estudiantes é uma equipe que sabe fazer o feitiço virar contra o feiticeiro. Usando a tática do adversário, o contra golpe surpreende a todos. Na saída de bola, o Racing encaixou uma figura 8, com Martin Simeone rolando para Enrique. Desábato percebeu e se antecipou, tirando a bola dos dois e mandando a Verón. O camisa 11 esticou rápido na direita, onde Enzo Perez recebeu sem a marcação de Enrique. O camisa 7 avançou com a bola, foi até a entrada da área e chutou forte para vencer Saja e fazer Estudiantes 2x1.

No intervalo, Cristaldo mudou o lado direito, visando melhorar a marcação. Tirou Angeleri e Gastón Fernandez, colocando Mathias Sanchez e Hernan Rodrigo Lopez em seus lugares. Já Paralelo tirou Diego Capria e Latorre para colocar Fariña e Hauche.

O jogo continuou em altíssimo nível, com as duas equipes desperdiçando oportunidades. O Racing jogou com inteligência e também usou a estratégia do adversário para encaixar um contra golpe. Mas quem chegou às redes foi, novamente, o Estudiantes. Aos 3 minutos, Ruben Capria saiu do campo de defesa e viu Hauche livre. Mas, na hora do passe, Rodrigo Braña se antecipou e roubou a bola, tocando a Verón no meio. O camisa 11 abriu a Leandro Benítez na esquerda e o camisa 8 inverteu para Enzo Perez, que recebeu nas costas da zaga, invadiu a área e chutou na saída de Saja, fazendo Estudiantes 3x1.

O empate parecia distante, mas o Racing não desistiu. Aos 5 minutos, foi a vez de Quiroz se antecipar a uma jogada e tirar a bola de Boselli, tocando a Ruben Capria. O camisa 10 passou a Martin Simeone, que fez uma tabela com Hauche, recebendo na meia esquerda. O camisa 8 deu um drible em Braña para trazer a bola para o pé direito e acertou um chute espetacular, em curva, no ângulo de Andujar: Racing 2x3.

O jogo ganhou emoção e os torcedores ficaram em dúvida, pois as duas equipes davam a impressão de que poderiam chegar às redes. Para a sorte da província de La Plata, foi o Estudiantes quem conseguiu chegar lá. Aos 8 minutos, Andujar cobrou tiro de meta para Enzo Perez, que abriu na esquerda para Leandro Benítez. O camisa 8 deixou a bola correr um pouco para ganhar ângulo e deu um lindo passe nas costas da zaga para Mauro Boselli. O camisa 9 ajeitou o corpo e chutou de primeira, de pé direito, para concluir a tradicional jogada de sua equipe: Estudiantes 4x2.

O Racing ainda correu atrás e conseguiu encostar aos 10 minutos. Quiroz desarmou Verón e tocou a Enrique, que lateralizou a Hauche. O camisa 13 percebeu Ruben Capria se deslocando da ponta para o meio e lhe passou a bola. O camisa 10 recebeu nas costas de Braña, ajeitou a bola na meia lua e acertou o ângulo de Andujar, para fazer Racing 3x4.

O jogo ganhou uma emoção tal que foi até o último lance. Ruben Capria recebeu uma bola de frente e chutou de trivela. Andujar se esticou todo, não alcançou, mas viu a bola tocar na trave. Um final perfeito para um jogo perfeito.

Destaque do jogo: Enzo Perez. Novamente, o camisa 7 se destacou. Na armação, criou as principais jogadas de sua equipe. Se apresentou no ataque e marcou duas vezes. E, na defesa, foi visto marcando individualmente Ruben Capria, anulando a principal jogada do adversário.

NOTA RÁPIDA

  • O milestone da rodada vai para Enzo Perez. Ao anotar duas vezes contra o Racing, ele chegou a 30 gols com a camisa do Estudiantes.


NOTA DE ESCLARECIMENTO

Na última rodada, a empolgação tomou conta da FIFUBO. Com o Projeto Copa do Mundo, as seleções começaram a chegar. A chegada de França e Japão, somada ao time do Brasil, já permitia sonhar com a competição e com outros torneios internacionais também. Na última postagem, foi inclusive anunciado o primeiro jogo de seleções da história da FIFUBO. A partida amistosa entre Brasil e França estava marcada para a quarta-feira e os botões começaram a ser preparados para estarem voando na partida.

Acontece que, na terça-feira, um último apronto na França e no Japão acenderam uma luz vermelha. Desta vez, além do polimento, os jogadores passariam por uns testes de chute a gol. Quando os jogadores franceses começaram a chutar, a bola só ia rasteira. Alguns testes foram realizados e chegou-se à constatação de que o fabricante tinha feito os botões em bainha 20, ao invés de 25. O ângulo de inclinação da bainha é crucial para que o botão possa levantar a bola que joga. A bainha 20 é para dadinho, enquanto a 25 é para bola redonda (usada nos jogos da FIFUBO). Completando, a bainha 18 é usada para jogar com pastilha (obrigado, Yago Picoli!).

Em contato com o fabricante, ficou confirmado que os botões foram todos feitos em bainha 20 e, portanto, é necessário fabricar novamente e colocar na bainha certa. O problema é que a fábrica está em recesso e só volta às atividades no dia 07/15. Por esse motivo, Brasil x França não foi realizado e está adiado até que os botões corretos cheguem à FIFUBO.

É frustrante passar por uma situação, ainda mais que não é a primeira vez (vale lembrar que San Lorenzo, Estudiantes e Huracán também vieram com a bainha errada e precisaram ser trocados). Os botões foram prometidos para antes do dia 12/10 e só chegaram em 19/10. Agora, só no meio do próximo mês estarão liberados. Para quem pratica e gosta de futebol de botão, é muito difícil encontrar lugares e pessoas para jogar. Os poucos que jogam são fechados em seus grupos, sendo muito raro aceitarem gente de fora.

Comprar material, então, é muito complicado. Há fabricantes que se acham estrelas e não respondem aos pedidos de orçamento. O comprador tem que, praticamente, implorar de joelhos que o fabricante o atenda e faça o time do jeito desejado. Há casos em que é necessário mandar mais de 20 emails para o fabricante te retornar e, quando o faz, é para informar que não vai atender o seu pedido.

Por este motivo mesmo é que o site jogodebotao.com.br se destaca. Os botões são de qualidade, o preço é muito abaixo dos praticados no mercado e o atendimento é semi-personalizado (porque você ainda tem dificuldades em ter uma resposta). Mas até os melhores erram - e feio! Quando comecei a montar a nova liga, comecei a comprar botões argolados naquele site e me apaixonei pela qualidade altíssima, são os melhores que já comprei. A ideia era a liga ter 8 equipes, mas quando fui comprar a quarta equipe (o Racing), fui informado de que eles não fariam mais equipes argoladas, só fechadas. Foi uma decepção muito grande, porque até agora o campeonato tem 3 equipes argoladas e 5 fechadas. Agora, com mais essa decepção, fica a revolta e a certeza de que o futebol de botão jamais terá o destaque que os praticantes esperam, pois quem pode levar isso adiante prefere cruzar os braços e esperar tudo acontecer por providência divina.

Desculpem o desabafo. A FIFUBO fará seu primeiro jogo de seleções ainda esse ano e, provavelmente, mais uma seleção chegará para se juntar às 3 já existentes.  E, enquanto isso, o Clausura segue rumo à sua reta final!

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