Agosto foi um mês histórico para os esportes de mesa, com muitas competições, estreias e emoção. Vamos ver então o que aconteceu no oitavo mês do ano na LMC, na JSL, na FIFUBO e mais!
IL LOMBARDIA
No
dia 02, tivemos a última Clássica Monumento da temporada. A Clássica das Folhas
Mortas foi disputada ainda no inverno do Hemisfério Sul, no Norte da Itália,
com largada em Bérgamo e subidas no Ganda (com 6% de inclinação) e em Dossena
(com 7%), depois um trecho plano e as subidas de Madonna del Ghisallo (com 9%)
e do Civiglio (com 10%) antes da chegada em Como, com favoritismo para os
ciclistas de clássicas, mas com os montanhistas também levando vantagem, se
escolherem a estratégia correta.
Disputada
em um dia de céu azul e temperatura um pouco baixa, a corrida foi um espetáculo
maravilhoso, de estratégia e emoção. Danilo Di Luca (Liquigás) saiu em fuga e
gastou cada gota de suor na primeira metade da prova, descansando na subida de
Madonna del Ghisallo só para voltar a acelerar no Civiglio e construir uma
vantagem impossível de ser alcançada, vencendo de forma arrebatadora a
Lombardia 2025.
A
disputa pelas posições restantes no pódio também foi emocionante e terminou com
o norte-americano Lance Armstrong (USPS) na segunda posição, assim como havia
sido em 2022. Em terceiro, para delírio dos torcedores locais ao completar a
dobradinha italiana no pódio, chegou Michele Scarponi (Lampre), que superou um
problema mecânico logo no início e fez uma corrida excepcional. Os italianos
ainda celebraram o sexto lugar de Filippo Pozzato, mas tiveram a decepção de
ver Vincenzo Nibali ser o único a abandonar a Clássica. Primeiro campeão, em
2019, Nibali chegou cercado de expectativas, mas não resistiu após uma queda e
deixou a corrida.
A
primeira vitória de Danilo Di Luca na temporada foi a sua segunda conquista da
Lombardia (venceu, também, em 2020), o primeiro título no ano e o sétimo na
LMC.
Após
a última Clássica Monumento do ano, Frank Schleck permanece na liderança do
ranking, com 179 pontos.
MILAN TORINO
No
dia 03, os ciclistas independentes se encontraram em Milão, para a Milan
Torino, a clássica que é um constante sobe e desce, mesclando trechos planos
com subidas de 5, 7 e 9%, sendo esta última na chegada, na cidade de Turim,
mostrando ser muito mais uma corrida para escaladores do que para qualquer
outro estilo.
O
dia estava lindo, com céu azul e temperatura agradável, condições ideais para o
show de estratégias que foi visto na edição deste ano da clássica. Alguns
aceleravam no plano e descansavam nas montanhas, outros faziam o inverso. E foi
nesse show de mudanças de posições que o espanhol Juan Jose Cobo Acebo (Caja
Rural) manteve a excelente fase, mantendo distância segura dos escapados no
plano e atacando nas montanhas (principalmente na última), finalizando com uma
bela vitória. A primeira vitória do colombiano Nairo Quintana (Movistar) no
circuito independente foi aqui, em 2021. Nessa edição, ele voltou a ir bem e
conseguiu um segundo lugar. Mas o mais impressionante foi o terceiro colocado,
o belga Axel Merckx (T-Mobile), que foi terceiro em todas as edições da Milan
Torino da LMC (2021-22-23-24-25).
A
prova teve um bom nível e terminou sem abandonos. Após mais um brilho que
confirmou a sua ascensão, Juan Jose Cobo Acebo se isola na liderança do ranking
independente, com 96 pontos.
SETTIMANA CICLÍSTICA INTERNAZIONALE
Na
segunda-feira, 04, a festa italiana do ciclismo atingiu o seu ápice, com um
contra relógio marcando o início da Settimana Ciclística Internazionale, a
competição que, salvo a primeira etapa, todas têm montanhas, com inclinações
que vão piorando a cada etapa (5 e 6% na segunda, 7 e 8% na terceira, 9 e 10%
na quarta e de 10 a 12 nas duas últimas, com a definição dos campeões no geral
e na montanha). O contra relógio de abertura foi de bom nível, teve um susto
enorme quando Fabio Aru quase não consegue finalizar no tempo mínimo, e
terminou com dobradinha holandesa nas duas primeiras posições. A vitória ficou
com Mathieu Van Der Poel (Corendon Circus) e o segundo, com Bauke Mollema
(Rabobank), vencedor em 2019. Em terceiro, repetindo a posição que conquistara
em 2023, ficou o inglês Bradley Wiggins (Sky).
No
dia 09, as montanhas mais duras esperavam os 38 ciclistas restantes para a
última etapa da Settimana Ciclística Internazionale 2025. Por decidir os
campeões no geral e na montanha, havia pontos a buscar e, com isso, nada menos
que 15 ciclistas ainda tinham chances de título no geral e todos os 38 podiam
sair com o título de montanha.
Subir
montanhas em um dia frio e chuvoso é complicado e, em uma competição marcada
pelas quedas e problemas físicos, não seria diferente nesta última etapa que
ocorressem várias. Mas a corrida teve emoção, com alguns ataques para decidir
de vez a disputa. Após as metas volante, na metade da prova, o número de
postulantes ao título caiu para 6, mas 3 deles (Frank Schleck, Marcel Kittel e
Mathieu Van Der Poel) precisavam da vitória e estavam muito distantes dos
escapados. Os outros 3 (Fernando Gaviria, Thibaut Pinot e Primoz Roglic)
estavam empatados. Quem chegasse na frente dos demais seria o campeão!
Independente
do que Gaviria e Pinot tentassem, Primoz Roglic tinha saído em fuga e acelerado
cada vez mais. Na última subida, já era impossível ser alcançado por qualquer
rival. Assim, o esloveno da Imperatriz venceu de forma avassaladora e
conquistou o título da Settimana Ciclística Internazionale. Em segundo chegou o
seu companheiro de Imperatriz, o brasileiro Rafael Andriato. Em terceiro, o
holandês Mathieu Van Der Poel.
Em
disputa pelo pódio, Fabian Cancellara e Greg Van Avermaet tocaram em Filippo
Pozzato, que foi ao chão e terminou na décima quinta posição. Analisando as
imagens, o TCB decidiu desclassificar os envolvidos da Settimana Ciclística
Internazionale.
A
vitória deu a Primoz Roglic seus dois primeiros títulos desde 2023. Ele foi o
campeão no geral e na montanha na Settimana Ciclística Internazionale. Ele,
agora, soma 12 na LMC. O título de montanha foi dividido com Fernando Gaviria,
que também conquistou seu primeiro título no ano e o décimo quarto na LMC.
Gaviria foi o primeiro campeão da Settimana, em 2019.
Mas
a verdade é que a competição deixou muito a deseja. Recheada de quedas e
atendimentos, baixo nível em quase todas as etapas 4 abandonos e 2
desclassificados, teve seu único momento de verdadeira emoção na quinta etapa,
com uma disputa incrível. Mas o segundo semestre da LMC foi uma decepção só e a
Settimana Ciclística Internazionale não foi exceção. Os fãs, que aguardam essa
festa o ano inteiro, mereciam um esforço maior por parte dos ciclistas.
Após
a Settimana Ciclística Internazionale, Frank Schleck permanece na liderança do
ranking, com 191 pontos, e já não pode mais ser alcançado, se consagrando
campeão da LMC em 2025.
GP DI INDUSTRIA LARCIANO
No
dia 11, os ciclistas independentes se encontraram na Toscana, onde um criterium
daria fim à festa italiana do ciclismo, com o GP di Industria Larciano. Um
circuito totalmente plano, à exceção de uma montanha de 10% na metade do
percurso, é mais voltado aos sprinters, mas os ciclistas de clássicas também
têm chances.
A
corrida foi disputada em um dia gelado e chuvoso, mas teve muita emoção,
principalmente na linha de chegada. Desde o início, Sam Bennet partiu em fuga e
foi aumentando a vantagem a cada volta do pedal. Mas uma queda antes da
montanha fez com que o pelotão o alcançasse. Atendido, Bennet fez novo ataque e
se distanciou dos demais, mas sentiu dores e pediu novo atendimento, sendo pego
pelo pelotão e chegando à conclusão de que não conseguiria vencer.
Com
o pelotão agrupado e uma eletrizante chegada em sprint, quem venceu foi o belga
Axel Merckx (T-Mobile). Terceiro em 2023 e segundo em 2024, Merckx finalmente
conseguiu triunfar no encerramento da festa italiana do ciclismo com uma
arrancada incrível. Em segundo chegou o equatoriano Richard Carapaz (Movistar)
e, em terceiro, o brasileiro Vinícius Rangel (Imperatriz), em prova que
terminou sem abandonos.
Após
o GP di Industria Larciano, Juan Jose Cobo Acebo se mantém na liderança do
ranking, com 96 pontos. Restando apenas uma prova a contar pontos para o
ranking, somente ele e Richard Carapaz (que tem 95) podem conquistar o título
do Circuito Independente em 2025.
TOUR DE HOGWARTS
No
dia 12, os 52 ciclistas da LMC se encontraram em King’s Cross, para pegarem o
Expresso de Hogwarts rumo ao mundo mágico do ciclismo. Os 40 ciclistas do
calendário foram para a famosa Escola de Magia e Bruxaria, para a disputa do
Tour de Hogwarts 2025, enquanto os 12 independentes ficaram no povoado para o
GP de Hogsmeade.
O
Tour de Hogwarts é disputado nos arredores da escola, com quatro corridas no
formato clássica e sem metas volante. Quem somar mais pontos nas provas é o
campeão e levará para o ranking somente a pontuação da classificação final.
Vamos ver, Casa a Casa, como foi a disputa desse ano.
CORVINAL
A
Casa que tem como elemento o ar e características a ousadia e a sagacidade é
disputada em uma corrida de montanha, com subidas variando entre 8 e 10% de
inclinação e voltada aos montanhistas.
Disputada
em um dia de céu azul e temperatura gélida, a corrida viu uma fuga ser formada
logo no início e o pelotão vindo atrás, a uma distância segura, tanto que
alcançou os escapados para uma chegada em sprint muito emocionante, porém
incomum para etapas de montanha. Mas um dos escapados conseguiu manter a
distância para o pelotão. Era o italiano Michele Scarponi (Lampre), que teve
pernas para se manter distante dos demais que aceleravam e venceu de forma
incrível. Em segundo lugar chegou o norte-americano Lance Armstrong (USPS) e em
terceiro, o belga Greg Van Avermaet (CCC), segundo em 2023, em uma prova de bom
nível e sem abandonos. Com a vitória, Michele Scarponi lidera o Tour de
Hogwarts.
LUFA-LUFA
A
terra é o elemento desta Casa, que tem como características a aceitação e a
cooperação. Por isso, a sua prova passa por belas paisagens com flores e
vegetação, largando em uma montanha com 6% de inclinação e tendo outra em 8%
antes da chegada em sprint, sendo voltada mais para os ciclistas de clássicas.
A
corrida se deu em um dia frio e de céu azul e dividiu os ciclistas em dois
grupos. O primeiro, dos que seguiram o ritmo do semestre, ficou bem atrás e
nada fez para mudar isso. O segundo foi o dos ciclistas que queriam dar um show
e, por isso, atacaram e contra atacaram em um ritmo frenético.
Ao
final, a vitória coube ao italiano Fabio Aru (Liquigás), vencedor também em
2022, que não deu chances aos rivais e conseguiu uma incrível média de 17,6 por
trecho. Em segundo chegou o inglês Bradley Wiggins (Sky) e, em terceiro, o
belga Philippe Gilbert (Lotto Belisol). Além deles, Frank Schleck, Greg Van
Avermaet, Vincenzo Nibali, Peter Sagan e Alejandro Valverde, respectivamente do
quarto ao oitavo colocados, deram show e imprimiram um ritmo muito veloz. Os
demais decepcionaram, principalmente Andy Schleck e Rafael Andriato, que
abandonaram a corrida. Com
a vitória, Fabio Aru assume a liderança do Tour de Hogwarts.
SONSERINA
Astúcia
e foco no objetivo são as características desta Casa, que tem como elemento a
água. Por isso, a corrida que a representa é uma típica clássica belga, com
pendentes curtas e acentuadas, lama e trechos em pavê, também voltada para os
ciclistas de clássicas.
Disputada
em um típico dia sonserino, com frio, nuvens carregadíssimas e ameaça constante
de chuva, a corrida foi eletrizante. Tal qual em clássicas de primavera, o
pelotão se dividiu em grupos, só que, ao contrário daquelas, eles não lutavam
dentro de si, mas entre os grupos. A depender do terreno e da inclinação, um
grupo atacava o outro e passava à frente, em um jogo enorme de gato e rato.
Uma
prova tão incrível merecia um final à altura, mas os dois que vinham na frente,
Lance Armstrong e Tom Dumoulin, se chocaram e o norte-americano se
desequilibrou, finalizando na oitava posição. Quem não tem nada a ver com isso
é Mathieu Van Der Poel. O ciclista da Corendon Circus conseguiu evitar a
confusão, escolheu uma linha desimpedida e fez um ótimo sprint para vencer. O
TCB analisou as imagens e decidiu não punir ninguém, assim Tom Dumoulin
(Sunweb) conseguiu manter o seu segundo lugar e dar à Holanda a dobradinha no
pódio. Em terceiro chegou o italiano Michele Scarponi (Lampre), que volta a
assumir a liderança da competição, em uma corrida excelente e sem abandonos.
GRIFINÓRIA
Na
sexta-feira, 15, os ciclistas alinharam para a última corrida do Tour de
Hogwarts 2025, com 9 deles ainda com chances de título. A Casa que tem como
elemento o fogo e cujas características são a nobreza e a determinação é quase
inteiramente plana, mas tem a pior montanha da competição, com 12% de
inclinação no meio da prova, sendo mais voltada aos sprinters.
Foi
mais uma corrida em um dia frio e nublado, com ameaça constante de chuva, sendo
bastante acidentada. Alguns ciclistas saíram em fuga e conseguiram se manter
distantes do pelotão justamente por causa das constantes quedas naquele, mas
todos se reagruparam para a chegada em sprint no último trecho. No entanto, Tom
Boonen tentou um novo ataque enquanto os trens de velocidade se arrumam e
aproveitou para sprintar e vencer. Aos demais restou a briga pelas posições
restantes no pódio. Em segundo chegou aquele que fora segundo em 2022, Remco
Evenepoel, que aproveitou para fazer uma dupla dobradinha no pódio, da Bélgica
e da Quickstep. Em terceiro chegou o que fora terceiro em 2023, o norueguês
Thor Hushovd (Credite Agricole). Com tantas quedas durante a corrida, tivemos
dois abandonos, de Bradley Wiggins e Greg Van Avermaet.
A
tensão ficou altíssima até o final, pois os pontos ainda estavam sendo
contabilizados para ver se alguém conseguiu superar o então líder e ficar com o
título, mas ninguém logrou tal êxito e, assim, o campeão do Tour de Hogwarts
2025 é Michele Scarponi, que chegou em oitavo lugar. O italiano da Lampre,
primeiro vencedor desta competição (empatado com Frank Schleck e Chris Froome)
conquista o bicampeonato (2021/25), seu segundo título no ano e o quarto na
LMC, após vencer uma corrida e chegar em terceiro em outra.
Após
o Tour de Hogwarts, Frank Schleck permanece na liderança do ranking, com 191
pontos.
GP DE HOGSMEADE
No
dia 16, o povoado bruxo de Hogsmeade recebeu os ciclistas independentes para o
GP local, que começa e termina no plano, mas tem duas montanhas com (com 7 e 8%
de inclinação) encadeadas e um trecho em pavê entre eles, sendo voltada para os
ciclistas de clássicas.
A
corrida foi disputada em um dia frio e nublado, com chuva fina em alguns
trechos, e teve um nível muito bom, com tentativas de ataque e o pelotão sempre
se reagrupando. Ao final, a vitória ficou com o colombiano Egan Bernal (Ineos),
com o esloveno Tadej Pogacar (UAE) em segundo e o equatoriano Richard Carapaz
(Movistar), vencedor em 2023, em terceiro, em uma prova que terminou sem
abandonos.
Finalizado
o GP de Hogsmeade, Richard Carapaz recupera a liderança do ranking
independente, com 99 pontos.
CAMPEONATOS REGIONAIS E NACIONAIS
No
dia 17, a LMC esteve presente nos países onde temos os campeonatos nacionais e
regionais, com os ciclistas envolvidos. Vamos ver quem foi coroado o campeão de
seu país em cada prova, lembrando que tais competições não contam pontos para o
ranking, mas para a estatística.
CAMPEONATO BELGA
País
das clássicas de primavera, a Bélgica utiliza trechos do Tour de Flandres para
a disputa de seu campeonato nacional, com muito pavê e muros, como o temido
Muur-Kapelmuur, com seus 12% de inclinação.
Disputado
em um dia de sol e temperatura em elevação, o campeonato belga viu um duelo
emocionante ser travado entre Tom Boonen e Woult Van Aert, que deixaram os
outros comendo poeira (literalmente) e resolveram disputar o título em si. Ao
final, as características do ciclista da Quickstep prevaleceram e, na hora do
sprint, ele acelerou para vencer, deixando o atleta da Jumbo Visma em segundo.
Em terceiro chegou Greg Van Avermaet (CCC), repetindo o mesmo lugar que
conquistara em 2024.
Esta
foi a primeira vez que Tom Boonen conquistou o campeonato belga, seu segundo
título no ano e o sexto na LMC. A corrida teve bom nível e terminou sem
abandonos.
CAMPEONATO ESPANHOL
Em
Buitrago de Lozoya, região de Madrid, um circuito com duas passagens por uma
subida com 10% de inclinação e chegada em sprint marcam o campeonato espanhol,
que foi disputado em um dia de céu azul e temperatura alta.
Foi
um verdadeiro show de Oscar Freire. O ciclista da Rabobank atacou desde o
início, manteve o ritmo alto, foi deixando seus adversários para trás e abriu
uma vantagem tal que, mesmo com uma queda na reta final, teve tempo de voltar à
bicicleta e cruzar a linha de chegada sem ser incomodado. O segundo lugar ficou
com Juan Jose Cobo Acebo (Caja Rural) e o terceiro, com o então bicampeão
(2023/24), Oscar Pereiro Sio (Caisse D’Epargne), em uma prova de nível alto e
sem abandonos.
Este
foi o primeiro campeonato espanhol conquistado por Oscar Freire, seu terceiro
título no ano e o oitavo na LMC.
CAMPEONATO FRANCÊS
A
região da Alsácia Lorena é a sede do campeonato francês, plana até a metade e,
depois, virando prova de montanha, com subidas que vão diminuindo, de 11 a 9%
de inclinação, sendo esta na linha de chegada.
Disputada
em um dia de céu azul e temperatura um pouco baixa, o resultado foi o mesmo de
2024, mas os fãs viram uma boa disputa entre Sylvain Chavanel e Bryan Coquard,
que saíram em fuga e deixaram os demais para trás. Tal qual em 2024, o ciclista
da Quickstep se sobressaiu nas montanhas, deixando o da Cofidis para trás.
Assim, Chavanel conquista o bicampeonato francês (2024/25), seu segundo título
no ano e o nono na LMC. Ao atleta da Cofidis, atual campeão mundial e campeão
francês em 2022, restou o “bi-vice”. Em terceiro chegou Thibaut Pinot
(Française De Jeux), vice-campeão em 2023 e terceiro no ano passado. O TCB
chegou a ser acionado, pois a disputa entre Pinot, Bardet e Alaphilippe teve
contato entre as bicicletas, mas ninguém foi punido. Assim, a prova terminou
sem abandonos e teve um bom nível geral.
CAMPEONATO ITALIANO
O
GP de Lazio, ou Roma Maxi Classic, é o campeonato italiano de ciclismo, com
trecho plano apenas na largada e na chegada. Entre eles, montanhas de 8 a 10%
de inclinação. A corrida foi disputada em um dia de céu azul e temperatura
agradável.
O
que se viu foi um show da Liquigás, que saiu com seus dois ciclistas na fuga e
foi aumentando a distância a cada pedaço de asfalto que percorria. Os dois
disputavam palmo a palmo e se atacavam nas montanhas até que, na última, Fabio
Aru conseguiu se distanciar e manter uma vantagem tal que, mesmo caindo na reta
final, conseguiu voltar à bicicleta e vencer com sobras. A Danilo Di Luca,
campeão em 2020, restou o vice-campeonato. Em terceiro chegou Filippo Ganna
(Acqua & Sapone), em prova que terminou sem abandonos.
Terceiro
em 2022 e atual bi-vice (2023/24), Fabio Aru finalmente conquista o título
italiano, que foi o seu primeiro no ano (o primeiro desde 2022) e o oitavo na
LMC.
CAMPEONATO BRASILEIRO
A
Serra Gaúcha recebeu o campeonato brasileiro de 2025, com uma etapa de montanha
que tinha subidas com 5 a 8% de inclinação. Disputada em um dia de céu azul e
temperatura baixa, a corrida alternou momentos de baixo nível técnico com
outras de qualidade, além de reservar uma emoção no final, pois Magno Nazaret
(Vasco da Gama) era um dos 3 ciclistas que não haviam vencido na temporada (os
outros são Fabian Cancellara e Tom Dumoulin) e, como esta era a sua última
chance, ele resolveu botar o coração nos pedais e acelerar forte, atacando
desde o início e vencendo a solo. Em segundo lugar ficou Rafael Andriato
(Imperatriz) e, em terceiro, Murilo Fischer (Française De Jeux),
respectivamente o terceiro e o segundo do ano passado.
Esta
foi a primeira vez que Magno Nazaret conquistou o campeonato brasileiro, seu
segundo título na LMC. A grande decepção foi Vinícius Rangel que, lesionado,
sequer largou, sendo o único abandono nas competições nacionais.
COPA BENELUX
Na
terça-feira, 19, os ciclistas de Bélgica, Holanda e Luxemburgo se reuniram em
um belo dia de céu azul e temperatura agradável para a disputa da Copa Benelux.
O título de Remco Evenepoel em 2024 levou a disputa desse ano para a Bélgica, e
o local escolhido foi o mesmo do campeonato belga, o trecho do Tour de Flandres
com seus pavês e o Muur-Kapelmuur.
A
corrida desse ano teve uma disputa intensa, com ataques e contra ataques em
sucessão e disputa aberta até o final, pois Andy Schleck atacou no
Muur-Kapelmuur e deixou os demais para trás e vinha para uma vitória tranquila,
mas caiu no último trecho, sentiu dores e demorou a voltar, sendo ultrapassado
por um Tom Boonen (Quickstep) que passou em velocidade incrível e venceu a
prova. Ao luxemburguês da Saxo Bank (campeão em 2023) restou o segundo lugar,
com Axel Merckx (T-Mobile) chegando em terceiro e fechando a dobradinha belga
no pódio. A alegria com essa dobradinha serviu para aplacar um pouco a decepção
dos locais com Philippe Gilbert, que sequer largou.
Terceiro
em 2022, Tom Boonen celebra um excelente final de semana nas Ardenas, após
conquistar o campeonato belga e a Copa Benelux em um espaço de 3 dias. A Copa
foi o seu terceiro título no ano e o sétimo na LMC. Boonen mostrou que conhece
os atalhos, já que seus 3 títulos em 2025 foram aqui (Tour de Flandres,
Campeonato Belga e Copa Benelux). Com esse título, a Copa Benelux 2026 também
será disputada na Bélgica.
CAMPEONATO SULAMERICANO
Também
no dia 19, um dia de céu azul e temperatura um pouco baixa recebia os ciclistas
da América do Sul para o seu campeonato continental. O título de Richard
Carapaz em 2024 levou a competição para o Equador, onde uma difícil prova de
montanha esperaria os atletas, com apenas um trecho plano na metade do traçado.
A corrida começava com subidas de 7 e 8% e, depois da metade, tinha outras
montanhas com 9, 6 e 8% na linha de chegada.
Foi
uma prova de altíssimo nível e uma disputa eletrizante. O pelotão se dividiu em
dois e, entre os que estavam na frente, os ataques e contra ataques aconteciam
intensamente. Quem escolheu a melhor estratégia, curiosamente fugindo ao seu
estilo, foi o brasileiro Murilo Fischer (Française De Jeux), que atacava nas
piores montanhas e descansava no terreno mais plano. Assim, com um belo ataque
na última montanha, conseguiu conquistar o título sulamericano de 2025. Em
segundo chegou o colombiano Egan Bernal (Ineos) e, em terceiro, o equatoriano
Richard Carapaz (Movistar), então bicampeão, em chegada eletrizante, com vários
atletas disputando os lugares restantes no pódio.
Este
foi o primeiro Campeonato Sulamericano conquistado por Murilo Fischer, seu
terceiro título no ano e o décimo primeiro na LMC, em uma corrida de nível tão
alto que não teve abandonos. Com a conquista de Fischer, o Sulamericano de 2026
será no Brasil.
RANKING
1º Frank Schleck (Saxo Bank) - 191 pontos;
2º Fernando Gaviria (Quickstep) - 138 pontos;
3º André Greipel (Lotto Belisol) - 130 pontos.
RANKING INDEPENDENTE
1º Richard Carapaz (Movistar) - 99 pontos;
2º Juan Jose Cobo Acebo (Caja Rural) - 96 pontos;
3º Axel Merckx - 88 pontos.
NOTAS RÁPIDAS
- Agosto se encerra com 13 competições disputadas, mas se formos considerar os campeonatos nacionais e regionais como um só, foram 7. Ainda assim é um número excelente, bem maior que julho desse ano e agosto do ano passado. Ambos tiveram apenas 2 competições.
- O ano da LMC só não se encerrou ainda porque o Troféu Brasil é disputado, obrigatoriamente, no dia 7 de setembro. E o Rock & Roll Racing e o Eddy Merckx Challenge só podem ser disputados depois que todas as competições tiverem acontecido. Por isso, tivemos 12 dias de descanso em agosto desde a última competição e teremos mais 6 no próximo mês, totalizando 18 dias sem corridas.
- Foram 11 abandonos no mês, um número bem superior a julho desse ano e agosto do ano passado. Curiosamente, os dois meses em comparação também tiveram o mesmo número de abandonos, 7. Para o mês que se encerrou, a média foi de 0,8 abandono por competição e, aqui, se considera cada campeonato nacional e regional individualmente, já que cada corrida é uma competição.
- O nível geral das corridas foi médio. Tivemos competições boas, emocionantes, e outras ruins, como a Settimana Ciclística Internazionale. Mas a sensação geral é que os ciclistas (principalmente os do calendário) deveriam ter se esforçado mais.
- Os campeões da LMC e do Circuito Independente já estão definidos. Mas só no Troféu Brasil serão coroados.
A FESTA
Seguindo a tradição de grandes conquistas, o campeão do Tour do Rio, Vinícius Rangel, foi recebido pela diretoria do Imperatriz F.B. A equipe costuma oferecer um almoço aos ciclistas sempre que há uma conquista grande, como as 3 Grandes Voltas da LMC, as 2 Grandes do Circuito Independente, o Tirreno Adriático e o título mundial. De todos esses, falta celebrar o Tour de France e o Baby Giro.
A OUTRA FESTA
Não foi só o Imperatriz quem recebeu um campeão em sua sede. Na manhã do dia 20, o Vasco da Gama também se organizou para celebrar o seu ciclista que conquistou um título importante. Magno Nazaret foi recebido pela comissão técnica e os lendários jogadores, que tantos títulos trouxeram para o clube no futibou de butaum e, agora, também comemoram a conquista do campeonato brasileiro, agora no ciclismo.
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Jogadores e comissão técnica do Vasco recebem Magno Nazaret em uma manhã festiva, na celebração da conquista do campeonato brasileiro de ciclismo. |
JSL
No último final de semana do mês, o skatepark do Imperatriz Arena recebeu os skatinhos para a Copa de Jade, a competição que marca um festivo mês de agosto.
A disputa começou no sábado, 30, com a categoria amador. A primeira bateria teve uma boa disputa nas voltas, com Negro Fumante fazendo 8,5 e Manoel Mau Exemplo e Fandinho Macaco fazendo 8. Nas manobras, no entanto, a decepção foi enorme para Negro Fumante, que não acertou um strawberry milkshake sequer, enquanto os outros dois acertaram 3, cada. Com isso, o líder do ranking tinha que acertar quase todos os flips para se classificar, mas conseguiu apenas 1, o mesmo que Manoel Mau Exemplo, enquanto Fandinho Macaco acertou 3 e se classificou em primeiro, com 14 pontos. Manoel Mau Exemplo também se classificou, com 12 pontos, enquanto Negro Fumante, com 9,5, foi desclassificado.
A segunda bateria teve um nível melhor nas voltas, com Jorge Ben10 e Charlinho Charlô tirando 9, enquanto Dalminho Tadafila fez 8. O strawberry milkshake foi decepcionante. Apenas Dalminho Tadafila conseguiu acerta (uma vez só!), enquanto os outros dois erraram tudo e, assim, os três foram para os flips empatados. Ao final, Charlinho Charlô acertou 3 e se classificou em primeiro, com 12 pontos. Em segundo se classificou Jorge Ben10, que acertou 2 e terminou com 11 pontos. Dalminho Tadafila só acertou 1 e foi eliminado, com 10 pontos.
A bateria final foi bem disputada. Nas voltas, Manoel Mau Exemplo e Charlinho Charlô marcaram 8,5, e Jorge Ben10 e Fandinho Macaco, 8. No strawberry milkshake, Charlinho Charlô acertou 2, Manoel Mau Exemplo e Fandinho Macaco acertaram 1 e Jorge Ben10 errou todas. A decisão ficou para os flips. onde Jorge Ben10 já deixou a disputa, ao acertar 2. Manoel Mau Exemplo também acertou 2 e Charlinho Charlô, 1. Com isso, tudo ficou para Fandinho Macaco, que teria que acertar pelo menos 3 para ficar com o título. Caso acertasse menos, Charlinho Charlô e Manoel Mau Exemplo disputariam no mata-mata das manobras. Mas Fandinho Macaco não deu chance aos rivais. Acertou justamente 3 e ficou com o título da Copa de Jade, a sua segunda conquista seguida (foi campeão brasileiro em julho). Na disputa pelo vice-campeonato, melhor para Charlinho Charlô. Manoel Mau Exemplo terminou em terceiro, Jorge Ben10 em quarto, Dalminho Tadafila em quinto e Negro Fumante em sexto. Apesar de ser o último colocado, Negro Fumante ainda lidera o ranking amador, com 42 pontos.
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Fandinho Macaco é o campeão da Copa de Jade na categoria amador. |
No domingo, 31, foi a vez da categoria pro. O dia de céu azul, temperatura baixa e muito vento foi melhor do que o anterior, quando uma chuva forte caiu sobre o skatepark e dificultou a vida dos skatinhos. As voltas foram de um nível técnico altíssimo. Rovani Fukuoka, Chris Joslin e Nuno Santamaria (pela primeira bateria) e Aurelien Giraud, Fabiana Delfino e Tony Walk (pela segunda) fizeram 9,5; Pepe Bala Perdida e Nyjah Dallas (pela primeira bateria) e Raica Leal (pela segunda) cravaram 9. Somente Cecil Peñarrubia não entrou para o nine club, fazendo 8,5. Com uma disputa tão apertada, os finalistas seriam conhecidos nas manobras.
No strawberry milkshake, Chris Joslin (na primeira bateria) e Aurelien Giraud (na segunda) acertaram todas. Pepe Bala Perdida e Nuno Santamaria (na primeira bateria) e Fabiana Delfino (na segunda) acertaram 3. Nyjah Dallas (na primeira bateria) e Tony Walk (na segunda) acertaram 2. Rovani Fukuoka (na primeira bateria) e Cecil Peñarrubia (na segunda) acertaram 1. Raica Leal se complicou ao errar todas as tentativas.
A decisão ficou para os flips. Na primeira bateria, os classificados foram Chris Joslin (que acertou 3 e terminou com 17,5 pontos), Nuno Santamaria (que acertou 2 e terminou com 14,5) e Nyjah Dallas (que acertou 2 e terminou com 13). Foram eliminados Pepe Bala Perdida (que vinha bem, mas não acertou um flip e terminou com 12,5 pontos) e Rovani Fukuoka (que acertou só 1 flip e terminou com 11,5).
Na segunda bateria, se classificaram Aurelien Giraud (que já entrou classificado, acertou somente 1 e terminou com 15,5 pontos), Fabiana Delfino (que acertou 2 e terminou com 14,5) e Tony Walk (que acertou 2 e terminou com 13,5). Foram eliminados Cecil Peñarrubia (que acertou 3, mas terminou com 12,5) e Raica Leal (que voltou a decepcionar, acertou somente 1 flip e terminou com 10 pontos).
Na grande final, o nível continuou altíssimo. Nyjah Dallas, Fabiana Delfino, Nuno Santamaria e Chris Joslin cravaram 9,5, com Tony Walk e Aurelien Giraud marcando 9. No strawberry milkshake, Fabiana Delfino e Tony Walk acertaram todos e Nuno Santamaria errou somente 1. Nyjah Dallas acertou 2, Aurelien Giraud 1 e Chris Joslin errou todos. Nos flips, a emoção prevaleceu, com Aurelien Giraud e Chris Joslin acertando 3 e os demais, 2.
Com isso, o título da Copa de Jade ficou com Fabiana Delfino, dos Estados Unidos, que anotou 16,5 pontos. A exemplo de Fandinho Macaco, a skatista da equipe Santa Cruz conquista seu segundo título consecutivo, já que também foi campeã brasileira em julho. O vice-campeonato ficou com Tony Walk (EUA), com 16 pontos. Em terceiro ficou Nuno Santamaria (Brasil), com 15,5. Em quarto ficou Nyjah Dallas (EUA), com 13,5. Em quinto ficou Aurelien Giraud (França), com 13, e em sexto, Chris Joslin (EUA), com 12,5. O sétimo lugar ficou com Cecil Peñarrubia (Brasil), em oitavo ficou Pepe Bala Perdida (Brasil), o nono foi Rovani Fukuoka (Brasil) e o décimo ficou com Raica Leal (Brasil).
Mesmo ficando na antepenúltima posição, Pepe Bala Perdida segue liderando o ranking, com 34 pontos, mas Fabiana Delfino (33) e Raica Leal (32) estão bem próximos.
SUBBUTEO
Na sexta (29) e sábado (30), o Imperatriz Arena foi palco do Desafio dos Campeões de Subbuteo, uma competição amistosa organizada pelo Vasco da Gama, que convida mais 3 equipes para um quadrangular todos contra todos e uma final entre as duas melhores equipes. Na edição 2025, foram convidadas as seleções da Argentina, da Escócia e da Suécia, em uma espécie de evento teste para a Copa do Mundo de 2026.
Na primeira rodada, tivemos Escócia 2x1 Vasco e Suécia 3x2 Argentina. Na segunda, Vasco 3x1 Argentina e Escócia 3x2 Suécia. A emoção ficou para a terceira e última rodada. A já classificada Escócia fez 3x0 na Argentina e só aguardou o seu rival na final, pois Vasco e Suécia jogavam pela vitória e pela vaga. O jogo foi emocionante e a Suécia venceu por 3x1, conquistando a vaga na decisão.
O campo de Subbuteo Society do Imperatriz Arena estava enlameado, após as fortes chuvas que atingiram o bairro durante todo o dia. Mas isso não afastou o público, que lotou a arena de olho numa grande decisão. E foi isso que tivemos! O jogo começou tenso, mas aos poucos a Escócia foi aproveitando os vacilos da marcação sueca. Aos 4 minutos, McLeish interceptou um passe e tocou a McNeil na meia esquerda. O camisa 10 fez ótimo lançamento para a direita e encontrou Josh Gallagher livre. O camisa 11 levantou a cabeça e viu Gordon Durie livre no meio, sem marcação alguma. O camisa 9 recebeu dentro da área, esperou o goleiro cair e tocou no outro lado: Escócia 1x0.
A Suécia tentava sair para o ataque, mas a marcação escocesa era implacável. Com a liderança no placar, a Escócia buscava gastar o tempo e segurar a vantagem. Se não dava na tática, tinha que ser no talento. Aos 8 minutos, Liedholm arrancou do meio de campo com a bola dominada e foi puxando a marcação. Próximo à entrada da área, tocou no meio para Avdic, que tinha a marcação de McLelan. Com um belo drible para fora, tirou o marcador da jogada, invadiu a área e chutou cruzado, com força, para empatar a partida: Suécia 1x1.
O jogo ficou emocionante, no toma lá, dá cá, mas os goleiros se destacavam. Tudo indicava que o campeão sairia nos pênaltis, mas Gunnarsson cometeu um erro imperdoável no último lance da partida, ao jogar a bola pro campo de ataque e ela bater no chão sem tocar em ninguém, o que configura a penalidade média, um tiro livre pouco afastado da entrada da área. Quem ajeitou foi McLelan, o defensor que joga no Leeds, na Sunday League. Com um potente chute de pé esquerdo, McLelan mandou uma bola rasteira no canto direito de Gunnarsson, que se esticou todo, mas não alcançou: Escócia 2x1.
ESCÓCIA CAMPEÃ DO DESAFIO DOS CAMPEÕES DE SUBBUTEO 2025
Uma seleção cercada de expectativas, a Escócia chegou à FIFUBO depois de muito tempo e especulação, o que só aumentava a ansiedade de ver quem era aquela misteriosa equipe que estava dando o que falar no Subbuteo. Em seu primeiro amistoso, no entanto, o que se viu foi muito nervosismo e uma derrota para a Rússia (0x1), que deixou a sensação de que eram uma tremenda enganação. Mas, no Desafio dos Campeões, o que se viu foi algo completamente diferente.
Dominante, arrumada taticamente, com jogadores talentosos, a seleção escocesa não deu espaço para os rivais. Jogou 4 partidas e venceu as 4 (2x1 Vasco, 3x0 Argentina e 3x2 e 2x1 Suécia), conquistando o título de forma avassaladora. E ainda teve Gordon Durie como artilheiro da competição, com 5 gols. A expectativa volta a ser alta com a Escócia, que já se coloca no mesmo patamar que Itália e Inglaterra para a disputa da Eurocopa.
BASEBALL SOCIETY - SPORTSCLIX
A noite da terça-feira, 26 de agosto de 2025, foi mais um marco histórico alcançado pela FIFUBO. Foi nesse dia, no campo que faz às vezes de estacionamento próximo à praia de Itaipu, que foi disputada a primeira partida de baseball society da história da Federação. O baseball society é uma modalidade criada para funcionar como uma pelada de beisebol. Ao invés dos 9 jogadores tradicionais, aqui se joga com 7 jogadores de defesa (ficaram de fora o jardineiro central e o interbases/shortstop) e 6 rebatedores, em um campo de dimensões menores do que o do beisebol tradicional (mais ou menos a proporção futebol - futebol society) e com bases improvisadas, como pneus, tampas de lata de lixo e afins. A partida é disputada em 3 innings, ao invés dos tradicionais 9. O resto é igual ao jogo de beisebol.
Para o baseball society foram utilizados os jogadores de Sportsclix, uma tentativa de trazer o mundo dos esportes para um jogo criado na primeira década do novo milênio, chamado Mage Knight. Neste RPG, se utilizam miniaturas de personagens, cuja base tem os seus atributos e, a cada dano sofrido, a base é girada e os números vão decrescendo até zerarem (quando o personagem "morre"). O Mage Knight fez um sucesso enorme e gerou uma segunda versão, chamada Heroclix, cujo jogo era a mesma coisa, mas ao invés de elfos, anões e quetais, jogava-se com super-heróis. Os primeiros escolhidos foram os da Marvel, depois os da DC e até as Tartarugas Ninja entraram na brincadeira. Como era um jogo relativamente simples de se jogar, tentaram fazer versões esportivas, começando pelo beisebol, mas o próprio fabricante, com sua ganância de esconder as melhores peças (uma figura mediana tinha status de ultra rara), acabou tirando o interesse do público.
Explicada a história das peças, voltamos ao baseball society. Minha primeira equipe foi adquirida em 2008, quando o Sportsclix já tinha caído em popularidade, mas foram necessários 17 anos até que uma segunda equipe chegasse para finalmente podermos realizar o primeiro jogo. As regras utilizadas aqui são bem mais simples do que as do Sportsclix. Com um dado de 8 lados para o arremessador e outro para o rebatedor, o arremessador joga primeiro. Os números são comparados e, seguindo uma tabela de combinações, pode acontecer uma bola, um strike, uma eliminação por rebatida (flyball ou ground ball), uma rebatida simples, dupla, tripla ou um home-run. Alguns aspectos mais complicados do jogo, como o avanço por ter sido atingido pelo arremessador ou o balk, foram deixados de lado, para tornar a jogabilidade mais simples e divertida.
E foi assim que chegamos à nublada, fria e histórica terça-feira, onde tivemos o primeiro jogo de baseball society, que está na divisão de Subbuteo da FIFUBO. Entraram em campo os Isótopos e os Pescadores!
Criado em 2008, o time dos Isótopos é comandado por Technomancer, um analista experiente, capaz de perceber as mínimas nuances e tirar o melhor de seus atletas com base nas estatísticas. A escalação defensiva dos Isótopos tinha como arremessador Michael Young (EUA), como catcher Paul Lo Duca (EUA), como primeira base Sean Casey (EUA), como segunda base Carlos Guillen (Venezuela), como terceira base Aaron Boone (EUA), como jardineiro direito Adam Dunn (EUA) e como jardineiro esquerdo Eric Chaves (EUA). A lista de rebatedores era a seguinte: Jeromy Burnitz (EUA), Vernon Wells (EUA), Alex Sanchez (Cuba), Sean Casey (EUA), Eric Chaves (EUA) e D'Angelo Jimenez (República Dominicana).
Os Pescadores são uma equipe recente, com apenas duas semanas de fundação, porém comandados por Randy Johnson, uma lenda do esporte e cuja experiência como arremessador é a credencial perfeita para mostrar os atalhos do campo aos seus jogadores. A escalação defensiva dos Pescadores conta com o arremessador Mike Lowell (Porto Rico), o catcher Ramon Hernandez (Venezuela), o primeira base Carlos Delgado (Porto Rico), o segunda base Jimmy Rollins (EUA), o terceira base Adam Boone (EUA), o jardineiro direito José Valentin (Porto Rico) e o jardineiro esquerdo Matt Lawton (EUA). A lista de rebatedores era a seguinte Marquis Grissom (EUA), Todd Helton (EUA), Alfonso Soriano (República Dominicana), Matt Lawton (EUA), Carlos Sanchez (Cuba) e David Ortiz (República Dominicana).
Os Isótopos têm a experiência de treinar juntos há quase 2 décadas, em um time com nomes que brilharam na Major League e reforçados por 3 talentosos latinos. Já os Pescadores têm uma lenda do esporte a comandá-los, além de um time majoritariamente latino, com 7 jogadores de Porto Rico, República Dominicana e Venezuela, grandes centros do beisebol.
O jogo foi tenso. A primeira entrada terminou sem rebatidas para ambos os lados, com os 3 que entraram sendo eliminados. Foi na segunda entrada que o jogo ficou emocionante. Matt Lawton entrou e anotou um home-run que deu aos Pescadores a vantagem no placar. Logo depois, foi a vez de Carlos Sanchez acertar uma rebatida simples. Mas David Ortiz foi eliminado por strike-out e, na vez de Marquis Grissom, houve um double play, acabando com a entrada da equipe. Os Isótopos conseguiram uma rebatida dupla com seu astro dominicano D'Angelo Gimenez, mas a equipe não anotou corridas. A terceira e última entrada da partida foi tensa, com Todd Helton fazendo uma rebatida dupla, mas os demais rebatedores foram eliminados e a sorte do jogo foi parar no taco dos Isótopos. Vernon Wells foi o primeiro a rebater e foi para a segunda base. A seguir veio Alex Sanchez, que fez uma rebatida dupla e foi para a segunda base, levando Wells para a terceira. Os Isótopos só precisavam de uma rebatida simples para empatar o jogo e uma dupla para vencer. Mas Sean Casey, Eric Chaves e D'Angelo Gimenez não conseguiram rebatidas válidas e, após o último strike-out, os jogadores dos Pescadores invadiram o campo para comemorar a vitória por 1x0, a primeira da nova modalidade esportiva da FIFUBO.
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O camisa 9 dos Pescadores, Marquis Grissom, se prepara para rebater. A sua equipe acabaria vencendo o jogo. |
O placar magro pode indicar que não houve emoção no jogo, mas o fato de ter sido a primeira partida depois de 17 anos de planejamento e ansiedade já é emoção de sobra. Realmente, poderíamos ter tido mais rebatidas válidas e corridas, mas o nervosismo da partida inicial também deve ser levado em conta. E o herói solitário do jogo, aquele que anotou o home-run decisivo, também contribuiu para isso, já que Matt Lawton não é um rebatedor, mas jogador de defesa. Como os Pescadores só tinham 5, ele virou batedor designado e acabou sendo o primeiro da História da divisão de beisebol da FIFUBO a conseguir anotar uma corrida. Este é apenas o primeiro de muitos jogos. Isótopos e Pescadores vão partir para diversas séries de jogos entre si e, a julgar pelo sucesso da primeira partida, não está descartada a aquisição de mais equipes e a disputa de campeonatos. O beisebol veio para ficar!
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